Pedro Passos Coelho
Mares Escreveu:artista Escreveu:Mares Escreveu:Já também indiquei qual será a minha intenção de voto (irei repetir no mesmo "partido" que já o faço à muito tempo)....
Por acaso tenho curiosidade em saber qual é...
Deixa-me dizer-te em primeiro naqueles que não irei votar.... (à JS)
Nos partidos representados na AR, não votarei:
- PS, PSD, CDS, BE, PCP, Verdes
E também não votarei nos restantes que não tem assento na AR.
Fica então fácil nos que "votarei"....
Para todas as pessoas que não se sintam representadas, que sígam o mesmo sentido de voto. Que esqueçam essa "luta democrática" que os partidos tentam vender, pois isso não é mais do que pequenas disputas entre "dirigentes de clubes de futebol" (daqueles que são da maior mediocridade)....
Caro Mares:
Não disfarces. Como tu conheço eu muitos: votaram no Sócrates, e agora, ou arrependidos da "burrada" que fizeram ou não querendo "dar a cara" pela sua "clubite" com medo dos apupos, armam-se em puritanos apartidários e apoiantes da abstenção.
Estranha essa obsessão por só "malhar no PPC" numa pessoa tão equidistante. (Já agora: link)
Tal como é estranho neste fórum ninguém se assumir como apoiante de JS e depois anunciarem que tem 30% dos votantes... Devem viver em buracos, de onde só saem para responder a sondagens e votarem.
Abraço.

"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Sargotronss Escreveu:Elias Escreveu:Disseram há momentos na SIC que o Passos Coelho vai almoçar agora com o Nouriel Roubini.
A dar importância a quem a titulo de proveito próprio tem criado tanto alarido às custas da imagem de Portugal.
E se calhar ainda tem de pagar para ter essa honra!
Não faz mal!...
Flugufrelsarinn Escreveu:Elias Escreveu:Disseram há momentos na SIC que o Passos Coelho vai almoçar agora com o Nouriel Roubini.
E se o Roubini abrir a boca vou entrar longo numa acção do PSI ao aleatório
Muitos economistas do PSD devem andar muito aflitos.Será que estão curtos no PSI 20?
- Mensagens: 496
- Registado: 10/1/2010 14:26
- Localização: Local do Inferno
artista Escreveu:Mares Escreveu:Já também indiquei qual será a minha intenção de voto (irei repetir no mesmo "partido" que já o faço à muito tempo)....
Por acaso tenho curiosidade em saber qual é...
Deixa-me dizer-te em primeiro naqueles que não irei votar.... (à JS

Nos partidos representados na AR, não votarei:
- PS, PSD, CDS, BE, PCP, Verdes
E também não votarei nos restantes que não tem assento na AR.
Fica então fácil nos que "votarei"....
Para todas as pessoas que não se sintam representadas, que sígam o mesmo sentido de voto. Que esqueçam essa "luta democrática" que os partidos tentam vender, pois isso não é mais do que pequenas disputas entre "dirigentes de clubes de futebol" (daqueles que são da maior mediocridade)....
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mares Escreveu:Já também indiquei qual será a minha intenção de voto (irei repetir no mesmo "partido" que já o faço à muito tempo)....
Por acaso tenho curiosidade em saber qual é...

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Afinal náo é só o INGINHEIRO
Afinal, o rapaz já está fortemente ligado a pessoas/negócios muito
estranhos!.....
Parece que o BPN fez escola?! E alunos, ao que parece, não faltam!
Estamos tramados, olhem só o que nos espera!!!
http://www.sabado.pt/Actualidade/Portugal/Passos-Coelhos-empresas-escandalos.aspx?time=20113293160377
Afinal, o rapaz já está fortemente ligado a pessoas/negócios muito
estranhos!.....
Parece que o BPN fez escola?! E alunos, ao que parece, não faltam!
Estamos tramados, olhem só o que nos espera!!!
http://www.sabado.pt/Actualidade/Portugal/Passos-Coelhos-empresas-escandalos.aspx?time=20113293160377
- Mensagens: 905
- Registado: 17/5/2008 19:41
- Localização: ourem
PPC estará amanhã (quarta-feira) em entrevista na RTP1, às 21 horas.
Bases do PSD dão "carta branca" a Passos Coelho para assinar memorando
03 Maio 2011 | 00:01
Social-democratas no terreno pedem à direcção nacional para ser clara no apoio ao acordo com a troika, sem recear perdas eleitorais por nova assinatura conjunta com José Sócrates.
Pedro Passos Coelho conta com o apoio das “bases” do PSD caso decida colocar a sua assinatura ao lado da do primeiro-ministro no memorando de entendimento que celebrará os termos do acordo com as instituições internacionais para a concessão da ajuda externa a Portugal. Ouvidos pelo Negócios, líderes das distritais do partido, deputados e cabeças-de-lista nas próximas eleições e também a JSD defendem que o presidente do partido deve participar no acordo final, até para deixar claro junto de Bruxelas e dos credores o comprometimento com o processo de consolidação.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=482083
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Presa35 Escreveu:Mares Escreveu:Disclamer: Não tenho posição em nenhuma das "cotadas".
Pois não.
Tens na que nem sequer está cotada: PS
Estás errado. Critíco e criticarei todas as medidas que entenda que são erradas (sejam do PS, PSD, CDS, ....).
Já também indiquei qual será a minha intenção de voto (irei repetir no mesmo "partido" que já o faço à muito tempo)....
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Reeditado para o tópico F. Nobre.
Editado pela última vez por Trisquel em 3/5/2011 10:54, num total de 1 vez.
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Elias Escreveu:LOL, Mares.
Exemplo de stop loss: se o PSD cair abaixo de 30%, abrir curtos
Elias,
por prudência, esperaria pela "apresentação dos resultados" (i.e., as medidas de austeridade da "Troika").
Existe também um suporte muito forte em torno dos 30%. Nesse caso, até poderá ser um bom ponto de "compra".
Finalmente, ficaría muito "bearish" com a quebra desse suporte e vêr perda de "quota de mercado" para o concorrente mais directo (diga-se, CDS). Neste caso, acho que a abertura de "ferros-curtos" será uma tomada de posição com perspectívas de excelentes retornos.
"Penso eu de que..."
Bom fim de semana,

Mares.
Disclamer: Não tenho posição em nenhuma das "cotadas".
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mares Escreveu:
Relvas diz que "ainda há uma parte do eleitorado que quer ser enganada"
29 Abril 2011 | 08:14
Lusa
Partilhar9
Imprimir|Enviar|Reportar Erros|Partilhar|Votar|Total: 4 VotosTamanho
O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, afirmou ontem ter sondagens diárias que mostram que "ainda há uma parte do eleitorado que quer ser enganada", mas considerou que "na hora da verdade" os portugueses vão ter um "clique".
Convidado para falar aos alunos de mestrado em ciência política do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCP), em Lisboa, numa aula aberta à comunicação social, Miguel Relvas afirmou também que o PSD recusa "fazer campanha como o engenheiro Sócrates: discurso escrito, teleponto e muita falta de vergonha".
"Eu quero chegar a casa, depois de ganhar as eleições, todos os dias e quero que a minha filha tenha orgulho daquilo que está a ser feito", disse o porta-voz do PSD, acrescentando: "Eu no lugar do engenheiro Sócrates tinha vergonha, eu se fosse parente do engenheiro Sócrates escondia que era parente dele".
Na sua intervenção sobre comunicação política, Miguel Relvas disse que o PSD se vai apresentar nestas eleições com a mensagem de que o PS é "mais do mesmo" e de que esta "é hora de mudar" de política para pôr a economia a crescer, como aconteceu "nos Estados Unidos em 1992, salvaguardadas as devidas diferenças", com Bill Clinton.
No entanto, o secretário-geral do PSD reconheceu que há resistência à mudança: "Nós temos sondagens, 'tracking diário', e vejo a evolução, como é que a coisa está, e vejo que sempre que falamos verdade, sempre que vamos mais longe na mudança, os portugueses retraem-se".
"Sabem que é uma coisa que me custa muito, é que a sensação que eu tenho é que ainda há uma parte do eleitorado que quer ser enganada. Ainda há uma parte do eleitorado que quer ser iludida, quer ser enganada e quer ser iludida", lamentou.
Segundo Miguel Relvas, contudo, "é bom que haja sondagens que aproximem" PSD e PS: "Na hora da verdade vai ser o clique de que os portugueses vão precisar. Boas sondagens para o engenheiro Sócrates é o clique da nossa mensagem para ganharmos as eleições".
"Estou convencido de que as pessoas vão arriscar a mudança, porque nós merecemos o benefício da dúvida", reforçou.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=481589
Um grande erro é achar que o "mercado" que está errado...
Sugestão: Colocar um "stop loss"...
Eu acho que ele tem razão.
Votar no PS ou no PSD, é gostarmos de ser enganados. Sempre pelos mesmos. Uns ou outros. Quem vai votar num destes 2 partidos? Eu não. Estou cansado.
O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia, praticamente, toda a gente tem um.
Relvas diz que "ainda há uma parte do eleitorado que quer ser enganada"
29 Abril 2011 | 08:14
Lusa
Partilhar9
Imprimir|Enviar|Reportar Erros|Partilhar|Votar|Total: 4 VotosTamanho
O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, afirmou ontem ter sondagens diárias que mostram que "ainda há uma parte do eleitorado que quer ser enganada", mas considerou que "na hora da verdade" os portugueses vão ter um "clique".
Convidado para falar aos alunos de mestrado em ciência política do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCP), em Lisboa, numa aula aberta à comunicação social, Miguel Relvas afirmou também que o PSD recusa "fazer campanha como o engenheiro Sócrates: discurso escrito, teleponto e muita falta de vergonha".
"Eu quero chegar a casa, depois de ganhar as eleições, todos os dias e quero que a minha filha tenha orgulho daquilo que está a ser feito", disse o porta-voz do PSD, acrescentando: "Eu no lugar do engenheiro Sócrates tinha vergonha, eu se fosse parente do engenheiro Sócrates escondia que era parente dele".
Na sua intervenção sobre comunicação política, Miguel Relvas disse que o PSD se vai apresentar nestas eleições com a mensagem de que o PS é "mais do mesmo" e de que esta "é hora de mudar" de política para pôr a economia a crescer, como aconteceu "nos Estados Unidos em 1992, salvaguardadas as devidas diferenças", com Bill Clinton.
No entanto, o secretário-geral do PSD reconheceu que há resistência à mudança: "Nós temos sondagens, 'tracking diário', e vejo a evolução, como é que a coisa está, e vejo que sempre que falamos verdade, sempre que vamos mais longe na mudança, os portugueses retraem-se".
"Sabem que é uma coisa que me custa muito, é que a sensação que eu tenho é que ainda há uma parte do eleitorado que quer ser enganada. Ainda há uma parte do eleitorado que quer ser iludida, quer ser enganada e quer ser iludida", lamentou.
Segundo Miguel Relvas, contudo, "é bom que haja sondagens que aproximem" PSD e PS: "Na hora da verdade vai ser o clique de que os portugueses vão precisar. Boas sondagens para o engenheiro Sócrates é o clique da nossa mensagem para ganharmos as eleições".
"Estou convencido de que as pessoas vão arriscar a mudança, porque nós merecemos o benefício da dúvida", reforçou.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=481589
Um grande erro é achar que o "mercado" que está errado...
Sugestão: Colocar um "stop loss"...

- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Re: Post que não aquece nem arrefece.
Presa35 Escreveu:Estes Mares andam turvos e agitados.
Andam nervosos com medo que o barco naufrague.
Com medo de quê?


- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Placebo escreveu:
Mas extremismos não servem para nada como sabe.
Elias escreveu:
Extremismo: termo utilizado para classificar opiniões diferentes da nossa.
Caro Sr. Elias,
Está a ser um pouco injusto, para não dizer muito, pois somente está a seleccionar a parte que lhe convém do texto o que amplia o significado da minha utilização da palavra extremismo. Seja justo também e compreenda que o significado é dentro do espírito daquilo que foi escrito por si sobre a sua forma de ver as coisas...ou seja, na sua opinião não voto, pois não tenho representatividade! O que é para si uma declaração de "sim ou sopas"? Não será parecido com uma conduta de tudo ou nada, ou seja "extremismo" (entre aspas teria se calhar sido mais soft....).....ou quem sabe, dentro do nosso sistema político presente, uma utopia. Por mais que esteja no seu direito desejá-lo e achar que deveria ser uma realidade?
Não lhe teria ficado mal, que também tivesse admitido que (eu) já tinha mencionado em anteriores textos que respeito a sua opinião mesmo que ache uma realidade impossível num futuro próximo para Portugal! Ou não foi? Isso é "extremismo" da minha parte? Se calhar foi da sua? Saúde.
CPS
Mas extremismos não servem para nada como sabe.
Elias escreveu:
Extremismo: termo utilizado para classificar opiniões diferentes da nossa.
Caro Sr. Elias,
Está a ser um pouco injusto, para não dizer muito, pois somente está a seleccionar a parte que lhe convém do texto o que amplia o significado da minha utilização da palavra extremismo. Seja justo também e compreenda que o significado é dentro do espírito daquilo que foi escrito por si sobre a sua forma de ver as coisas...ou seja, na sua opinião não voto, pois não tenho representatividade! O que é para si uma declaração de "sim ou sopas"? Não será parecido com uma conduta de tudo ou nada, ou seja "extremismo" (entre aspas teria se calhar sido mais soft....).....ou quem sabe, dentro do nosso sistema político presente, uma utopia. Por mais que esteja no seu direito desejá-lo e achar que deveria ser uma realidade?
Não lhe teria ficado mal, que também tivesse admitido que (eu) já tinha mencionado em anteriores textos que respeito a sua opinião mesmo que ache uma realidade impossível num futuro próximo para Portugal! Ou não foi? Isso é "extremismo" da minha parte? Se calhar foi da sua? Saúde.
CPS
- Mensagens: 42
- Registado: 29/9/2008 14:47
- Localização: 16
Post que não aquece nem arrefece.
Estes Mares andam turvos e agitados.
Andam nervosos com medo que o barco naufrague.
Andam nervosos com medo que o barco naufrague.
As maiorias absolutas ganham-se pelo entendimento do que o povo quer... e não por aspirações de ír ao "pote"...
O povo português entende que não será no confronto e na crispação que se ganham concensos... Os apelos para uma "base ampla de entendimento" fazem parte da aspiração da sociedade...
O povo português entende que não será no confronto e na crispação que se ganham concensos... Os apelos para uma "base ampla de entendimento" fazem parte da aspiração da sociedade...
Aguiar Branco diz que "em democracia não há uniões nacionais"
Aguiar Branco defendeu que a vontade dos portugueses "não deve ser condicionada", até porque "têm uma maturidade democrática que é absolutamente insuspeita".
O cabeça de lista do PSD/Porto, José Pedro Aguiar Branco, considerou hoje que "em democracia não há uniões nacionais" mas sim consensos pós eleitorais, defendendo que o objectivo do partido é ter uma "maioria confortável e abrangente".
"Em democracia não há uniões nacionais. Há consensos que podem vir a estabelecer-se depois de [os portugueses] se expressarem de forma livre, não condicionada em ato eleitoral. Devemos em democracia criar as condições para que os portugueses se exprimam de forma livre, sem receios e sem medos, porque isso é que é dar a voz ao povo", afirmou José Pedro Aguiar Branco depois da entrega no tribunal da lista de candidatos a deputados pelo círculo do Porto.
O presidente do PSD, Passos Coelho, considerou na segunda feira que a ideia de "fabricar em Portugal uma espécie de União Nacional é uma perversão", depois Cavaco Silva e antecessores terem apelado à convergência política.
Na mesma linha de pensamento, Aguiar Branco defendeu que a vontade dos portugueses "não deve ser condicionada", até porque "têm uma maturidade democrática que é absolutamente insuspeita".
Apelou mesmo a que "não se jogue com o medo ou com o receio para com isso se condicionar a vontade" dos portugueses.
Para Aguiar Branco, o PSD "irá ter uma maioria e irá saber criar as condições de governabilidade porque o país precisa disso".
"O PSD luta por uma maioria absoluta e é esse o seu objectivo. Ter uma maioria confortável e abrangente. Temos a consciência de que o país reclama um largo consenso em torno do próximo governo", sustentou.
Antecipando a campanha do PSD para as eleições de 5 de Junho, o social-democrata avançou com os dois objectivos que a irão orientar e que passam por lembrar aos portugueses as responsabilidades do PS na situação actual e por "ouvir os cidadãos".
"Por um lado um exercício de memória para mostrar a responsabilidade do PS no nosso círculo eleitoral. Este ano está tudo muito pior que em 2005 com a taxa de desemprego local mais elevada que no país e o número de insolvências também maior", salientou Aguiar Branco, justificando assim que "o falhanço da governação do PS é algo que não pode ser esquecido e tem que merecer esse exercício de memória por parte do PSD".
Acrescentou que a campanha será de "proximidade" e que "ao contrário do PS e de Sócrates, que hoje tem lágrimas de crocodilo no que diz respeito a ouvir os portugueses", o PSD irá mostrar que "não só não esquece as responsabilidades como também sabe ouvir para apresentar com mais certeza as suas propostas"
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=480897
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Quando todos falam de "União nacional", "convergência de esforços", "diminuír as crispações", ou "entendimento alargado".....
PPC resolve seguir no sentido contrário.... Sonha com uma maioria absoluta, mas cada vez fica mais longe até de ser governo (mesmo que minoritário)...
De uma forma hábil, Paulo Portas vai adicionando créditos.... e até já tem na cabeça a seguinte fábula:
"A formiguinha (CDS) diz para o elefante (PSD): dá-me a tua patinha, que eu levo-te a passear no jardim (i.e., para o governo)..."
PPC resolve seguir no sentido contrário.... Sonha com uma maioria absoluta, mas cada vez fica mais longe até de ser governo (mesmo que minoritário)...
De uma forma hábil, Paulo Portas vai adicionando créditos.... e até já tem na cabeça a seguinte fábula:
"A formiguinha (CDS) diz para o elefante (PSD): dá-me a tua patinha, que eu levo-te a passear no jardim (i.e., para o governo)..."

Passos Coelho: "A União Nacional não é desejada"
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que a ideia de "fabricar em Portugal uma espécie de União Nacional é uma perversão", mais ainda quando invocada no 25 de Abril.
Durante uma conferência da plataforma "Construir Ideias", num hotel de Lisboa, Passos Coelho defendeu que nas actuais circunstâncias os partidos devem ter "uma grande capacidade de diálogo", mas, em respeito pela decisão dos eleitores, não podem "acabar na União Nacional".
Num dia em que se ouviu da parte do actual Presidente da República e dos seus antecessores apelos à convergência política, na cerimónia comemorativa do 25 de Abril, no Palácio de Belém, o presidente do PSD disse querer fazer "uma observação".
"Ter a ideia de que, como estamos com um problema muito sério para resolver, temos de fabricar em Portugal uma espécie de União Nacional é uma perversão, ainda para mais a ser invocada num dia como este, porque a União Nacional não é desejada em Portugal, nem pelos que têm memória da que já existiu, nem por aqueles que, com prudência, aprendem lições do passado", considerou.
Passos Coelho salientou que, "em democracia, é a maioria que decide" e sustentou que Portugal tem "uma democracia madura".
"Temos de nos saber ouvir, temos de confrontar as nossas ideias e, depois, quando o povo decide quem é que governa, esse quem governa tem de ser responsabilizado. Essa é a regra que vamos ter de seguir daqui para a frente novamente", acrescentou.
"O que, significa, portanto, que nós temos de ter uma grande capacidade de diálogo, mas, se queremos dar consequência à decisão dos eleitores, se queremos respeitar a sua decisão, não podemos acabar na União Nacional, temos de acabar naquilo que é mais próprio das democracias, que é o pluralismo, a diversidade, dos partidos nomeadamente, e a responsabilidade que cada um tem", concluiu o presidente do PSD.
A seguir, questionado pelos jornalistas, Passos Coelho rejeitou que tenha sido a falta de diálogo a conduzir à actual situação política: "O PS governa desde as últimas eleições sem maioria absoluta e até hoje, apesar de governar sem maioria absoluta, não teve um único Orçamento do Estado que tivesse sido chumbado no Parlamento e não teve nenhum Programa de Estabilidade e Crescimento, tirando o último, que não tivesse sido sufragado no Parlamento. O que faltou, portanto, não foi diálogo".
A plataforma de reflexão política "Construir Ideias" foi criada por Passos Coelho antes de ser presidente do PSD.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interi ... 60&page=-1
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mais uma do "Troca-Passos"...
Amanhã lá vem alguém do PSD dizer que "não era bem isso o que ele queria dizer"... O que o PPC queria dizer é que é "a favor da existinção do comércio exterior, pois faz aumentar as importações...."
Assim não vamos lá....
Amanhã lá vem alguém do PSD dizer que "não era bem isso o que ele queria dizer"... O que o PPC queria dizer é que é "a favor da existinção do comércio exterior, pois faz aumentar as importações...."

Assim não vamos lá....
Agricultura: extinção do ministério "seria erro trágico"
O ministro da Agricultura, António Serrano, reafirmou hoje estar "frontalmente contra" a alegada intenção do PSD de extinguir o Ministério da Agricultura, por considerar que a medida "seria um erro trágico para o setor primário".
Se a proposta do PSD "for uma realidade, seria um erro trágico para o setor primário, porque não vejo que traga algum benefício, antes pelo contrário, trará imenso prejuízo para os agricultores", afirmou António Serrano, em declarações à agência Lusa.
O ministro da Agricultura falava à margem da inauguração da 25.ª edição da Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE), uma das mais importantes do Alentejo, que decorre até segunda-feira em Estremoz (Évora), com mais de 250 expositores.
Condenando a alegada intenção do PSD de extinguir o ministério da Agricultura, o governante defendeu que "todos os partidos, incluído o PSD, deviam era fazer uma afirmação da importância do setor e de ser um ministério forte".
Não há produção sem ministério
"Não podemos concretizar um aumento da produção sem que tenhamos um ministério forte a tutelar o setor", advertiu, admitindo, contudo, "a oportunidade de se juntar este ministério com algum outro, mas sempre sob a liderança e a tutela da agricultura".
Depois de na quarta-feira o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, ter garantido que o partido "nunca defendeu" a extinção do Ministério da Agricultura, António Serrano mantém as dúvidas e, por isso, espera uma clarificação por parte dos sociais-democratas.
"Eu espero que o PSD quando apresentar o seu programa eleitoral diga, claramente, aquilo que pretende e acabe, de uma vez por todas, com essa dúvida que se instalou desde que alguém em nome do PSD propôs a extinção do ministério", disse o atual titular da pasta da agricultura.
Na inauguração da FIAPE, António Serrano destacou a importância do setor primário no atual contexto de crise económica, já que, através do aumento da produção e das exportações, pode contribuir para a consolidação das contas públicas.
"O setor primário é um elemento chave para ultrapassar a crise atual e para consolidar as contas públicas", considerou, lembrando que, nos últimos anos, as exportações aumentaram em áreas como o vinho, o azeite e as hortícolas e na produção de carne.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/644943
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Entrevista (longa) de Mário Soares
"Passos Coelho é uma pessoa bem-intencionada com quem se pode falar"
Publicado em 23 de Abril de 2011
Governo e PSD têm de se entender. Esta é a batalha de Mário Soares, o fundador do PS que simpatiza com o líder do PSD.
O fundador do PS e antigo primeiro-ministro que chamou o FMI em 1983 não alinha na demonização de Passos Coelho promovida por Sócrates e afluentes. Numa longa entrevista ao i regista que teve ultimamente "alguns encontros" com o líder do PSD "para estabelecer algumas pontes necessárias" e "sem dificuldades". Acima do PS, diz, põe "o interesse nacional".
Pedir a intervenção do FMI é mais duro hoje do que quando era primeiro--ministro?
Incomparavelmente mais. A situação é difícil, muito mais difícil do que no meu tempo. No meu tempo tínhamos uma moeda própria, podíamos desvalorizar o escudo. Hoje as coisas estão complicadas, embora tenhamos à frente do FMI - pela primeira vez, acho eu, na história - um socialista francês, de grande prestígio, Dominique Strauss-Khan.
E acha que isso pode ser favorável?
Acho que sim. Ele defende que é preciso conciliar a redução do défice, e do endividamento, público e privado, com medidas de austeridade. Mas, ao mesmo tempo, conseguir dinheiro para investir, fazer crescer a economia do país e reduzir muito o desemprego. Bem como manter as grandes conquistas sociais.
Pensa que um programa FMI vai conseguir manter as grandes conquistas sociais?
Não sei, não faço ideia. Acho que, na UE, essa ideia começa a fazer o seu caminho. Os líderes actuais da UE são todos conservadores, são todos neoliberais, e ainda não perceberam que as coisas estão a mudar no mundo. Começam, contudo, a sentir que pode haver muitas dificuldades, entre a população europeia em geral e os sindicatos, se não houver uma mudança de paradigma. Ninguém quer recuar em relação a tudo aquilo que foi uma das pedras fundamentais do projecto europeu: a justiça social, as conquistas dos trabalhadores e a luta contra a pobreza. Nunca houve no mundo, antes de nós, nada de comparável. Isto não se pode tirar.
Se é possível atribuir culpas, de quem foi a culpa de termos chegado aqui, à necessidade de pedir um empréstimo ao FMI outra vez?
Para responder com isenção a essa pergunta, dir-lhe-ei que as culpas são repartidas. Não interessa nada agora afirmar que as culpas são de uns ou de outros. Gritarmos "Vocês é que foram os culpados", ou vice-versa. Não foi, seguramente, só por causa da crise internacional. A verdade é que as culpas são repartidas. Vamos dizer assim para não entrarmos em polémica. Vamos ter eleições. Veremos quem vai ganhar e quem vai perder. Naturalmente que sou socialista, gostaria que o Partido Socialista ganhasse, mas acima do Partido Socialista ponho o interesse nacional. Não é só agora, pus sempre...
Acha que se não fosse a teimosia do primeiro-ministro poderíamos ter evitado isto? Ou ter pedido o resgate mais cedo?
O primeiro-ministro conseguiu pedir o apoio do Fundo Europeu a tempo e horas e conseguiu uma resposta positiva, que foi o PEC IV. Depois disso, a oposição atirou abaixo o PEC IV. Foi uma grande irresponsabilidade. Se ele podia ter feito isso mais cedo, não tenho elementos que me permitam dizê-lo.
Há aqui um problema que obriga a um pacto PSD/governo, eventualmente, o Presidente da República. Já pediu, aliás, um compromisso...
Sim, acho que o Presidente da República devia ter intervindo e não o fez. E o Presidente da República é - e deve ser - uma garantia para toda a gente. Não pode ficar silencioso. Penso que os dois principais partidos sabem disso. Evidentemente que se eles tivessem a sua "bênção" quanto a um entendimento seria fundamental. Tenho-me batido para que se consiga, um entendimento interpartidário, tentando convencer as pessoas com quem falo de que é indispensável conseguir esse entendimento.
Acredita que vai convencer Cavaco Silva?
Não tenho essa pretensão. Fiz-lhe um apelo, a dizer que era necessário um entendimento. Foi um "apelo angustiado", como lhe chamei. Se não fizer nada, parece-me evidente que tudo fica mais difícil...
Como é que, neste momento, os responsáveis políticos - falo do PS, do PSD e inclusive do Presidente - não se conseguem entender e o senhor conseguiu entender-se com Mota Pinto em 1983 tão facilmente?
Porque as boas relações entre o dr. Mota Pinto e eu próprio dataram de uma fase anterior à coligação entre PS/PSD. Ele foi ministro de um governo a que eu presidi, era ministro do Comércio e depois foi primeiro-ministro de um governo de iniciativa presidencial. O PS ajudou a deitar abaixo esse governo, mas isso não afectou a nossa boa relação. Sempre mantivemos relações de confiança. E tivemos um amigo comum que nos ajudou nessa altura. Foi o dr. Daniel Proença de Carvalho. Ofereceu-nos dois jantares antes das eleições, em casa dele. Era grande amigo de Mota Pinto, seu colega na Universidade de Coimbra. E eu tinha, por razões várias, também uma grande simpatia e estima por ele. Como Mota Pinto e eu nos tornámos amigos, apesar de pertencermos a partidos diferentes, foi fácil resolvermos os nossos problemas. Nunca tivemos grandes dificuldades durante dois anos e meio. E houve imensas intrigas, de um lado e de outro, contra nós. Mas sobrevivemos a tudo, porque havia uma confiança e um respeito recíprocos.
Porque é que Sócrates e Passos Coelho não se entendem?
Isso não sei, como imagina. Custa-me a compreender isso. Tem talvez a ver também com o temperamento de cada um. Mas não quero entrar nesse domínio. Acho, simplesmente, que é preciso que eles se entendam, em virtude do supremo interesse nacional. Tenho vindo a dizê-lo publicamente. Alguns socialistas ferrenhos, meus camaradas e amigos, já me perguntaram: "Você diz que simpatiza com o Passos Coelho?" É verdade, acho que é uma pessoa com quem se pode falar e acho que é necessário falar com ele e, se possível, chegar a acordo - é o líder do segundo maior partido português. Acho que não são os partidos adversos que devem escolher os líderes dos outros partidos. Ser o PSD a escolher um outro líder do PS e dizer "não quero Sócrates", isso não faz qualquer sentido. Só fortalece Sócrates aos olhos dos militantes do PS. E se os militantes do PS disserem "não queremos Passos Coelho" só fortalecem Passos Coelho aos olhos do PSD. De resto, diga-se: em democracia não há inimigos, como nas ditaduras. Só há adversários, que podem ser, em muitos casos, amigos pessoais.
O governo tem mesmo de se entender com Passos Coelho...
Obviamente. Como o PSD com Sócrates. É a regra do jogo democrático.
Quando é que percebeu que tinha de chamar o FMI em 1983?
Quando verifiquei que não podíamos ultrapassar a crise por nós próprios. Tínhamos uma dívida, que estava a ser muito grande e que nós tínhamos a obrigação de ultrapassar. E foi aí que precisámos da ajuda. O PSD e o PS perceberam que tínhamos de tomar medidas de austeridade, como por exemplo cortar o 13.o mês...
Foi uma decisão de quem?
Foi uma imposição dos negociadores e do ministro das Finanças, o professor Ernâni Lopes, que me disse: "Tenho de ir dizer isto à televisão." E eu, que era primeiro-ministro, respondi-lhe: "Quem vai sou eu que, como primeiro-ministro, sou o principal responsável." E fui. Faz com certeza ideia de como os portugueses ficaram zangados comigo.
Os portugueses ficaram danados...
Ficaram furiosos, claro! Em primeiro lugar os sindicalistas socialistas, depois os outros socialistas e ainda os responsáveis das autarquias, que me disseram que era um disparate, precisava de me resguardar. Entendi o contrário. O que tem de ser feito deve ser feito. Isso tem a ver com o sentido da responsabilidade e a honra de um político.
Qual foi o seu pior momento naqueles dois anos difíceis? Foi o "Há fome em Setúbal" gritado pelo bispo de Setúbal?
Achei isso um pouco exagerado, com efeito. Tendo em conta o que se passara no tempo da ditadura e o silêncio de uma parte da Igreja. Nessa altura houve alguma fome e muitas dificuldades. Depois do 25 de Abril havia liberdade. Toda a gente podia dizer o que lhe apetecesse, sem ter problemas. E os comunistas de Setúbal até gostaram que um bispo católico gritasse que havia fome e que a culpa era do governo socialista. Exagerou. Mas, por mim, perdoei-lhe. Enfim, isso pertence a uma polémica do passado...
Mas foi o pior momento?
Foi um momento mau, passou depressa. A Igreja Católica sabe bem como o PS a defendeu durante o PREC. Depois disso tivemos uma grande derrota - porque foram atribuídas ao PS todas as dificuldades do governo PS/PSD. Mas a verdade é que voltei a ganhar as eleições para a Presidência da República, uns meses depois. Outro problema grave que tivemos foi a lei da despenalização do aborto...
Conte-nos essa história.
O PSD era contra, havia ministros do PSD que eram católicos praticantes, absolutamente contrários à lei. A Igreja portuguesa em geral não intervinha, nessa altura, directamente na política. Mas ainda havia lembranças de um passado recente.
Estamos a falar do Congresso do PS que decidiu despenalizar o aborto esquecendo que o governo era de coligação...
Sim, nessa altura houve grandes manifestações contrárias dos católicos. O senhor cardeal, na altura D. António Ribeiro, reagiu mal à lei e criou-se uma situação um pouco difícil. Houve uma grande manifestação católica, com velas, à noite, frente à sede do Partido Socialista, no Largo do Rato.
Como conseguiu que a coligação sobrevivesse?
Havia muitos católicos do lado do PSD, possivelmente também havia alguns do lado do PS. Combinei as coisas com o professor Mota Pinto. Disse-lhe que era uma questão que não dizia respeito ao governo, mas tão-só aos partidos. "Vocês votam como querem e o PS vota como quer. Depois se verá. Mas agora não vamos comprometer o governo, que está a funcionar bem e tem tantas coisas importantes para fazer." Foi um pouco difícil, mas o professor Mota Pinto foi compreensivo, apesar de ser contrário à lei. E, realmente, conseguiu-se evitar a crise. Eu era amigo do cardeal Casaroli, o número dois do Vaticano, nesse tempo. Perguntei-lhe se o Papa não me convidaria para uma visita oficial. E ele arranjou as coisas no Vaticano. Fui convidado a ir a Roma em visita a Sua Santidade. O senhor cardeal António Ribeiro também foi, antes de mim, acompanhado pelo senhor bispo de Aveiro, para ver in extremis se o Papa não me receberia. Não conseguiram.
Conseguiu apaziguar os católicos?
Estive com Sua Santidade uma hora e meia a falar dos dois Estados e do mundo em geral, de Angola - cuja situação era muito discutida na altura - e da Europa em especial. A certa altura, quase no fim da audiência, Sua Santidade disse-me: "Sei que há um problema sobre a despenalização do aborto, que nos preocupa. A Igreja é contra, como sabe. Mas aqui em Itália também há uma lei desse tipo, menos prudente do que a vossa. Sei que a Igreja portuguesa não está satisfeita. Mas o importante é que tudo se acalme."
Foi o Papa João Paulo II?
Sim, disse textualmente: "Porque nós tivemos de aceitar uma lei a favor do aborto em Itália mais difícil do que a vossa."
Disse o Papa João Paulo II?
Pois disse. Eu regressei, como calcula, muito satisfeito. Quando em Lisboa os jornalistas me perguntaram se havia um conflito, respondi-lhes: "Não, não há, fui convidado para ir ao Vaticano por Sua Santidade, e falámos das relações Estado a Estado. Tudo correu muito bem."
Esse foi mesmo o momento terrível dessa coligação. Tiveram mais problemas, não foi só esse.
Tivemos mais problemas mas realmente esse foi um dos sérios. Mas houve outros. Todos os dias havia intrigas que vinham no jornal. Nós - o professor Mota Pinto e eu - víamos aquilo e riamo-nos, porque tínhamos plena confiança um no outro. Mota Pinto era um homem sério, rigoroso, impecável. Era também um grande jurista e uma pessoa excelente, bondoso e compreensivo. Tinha origens modestas, mas não sentia o menor complexo com isso. Demo-nos sempre muito bem. Ao princípio pensava: como é possível que um lente de Coimbra, tão ilustre, sendo eu, ainda por cima, um modesto licenciado por Lisboa - na altura havia uma certa rivalidade entre as duas universidades - aceite que eu seja primeiro-ministro e ele ministro de Estado e da Defesa? Mas não, esse problema nunca se pôs. O PS venceu as eleições e Mota Pinto nunca levantou essa questão.
Foi uma amizade muito grande.
Que durou até à morte dele. Aliás, inesperada e que mudou totalmente os dados políticos partidários. Fez imensa falta e deixou-nos muitas saudades. Ainda hoje tenho muita estima pela sua viúva e sigo com grande simpatia as carreiras brilhantes dos seus filhos.
Para além da amizade, há uma coisa que gostava de perguntar. Não havia também outra elevação nessa altura?
Penso que sim. Tem razão. Nessa altura não havia a agressividade entre os políticos que há hoje. Há uma certa crispação na sociedade portuguesa, evidente, que é muito desagradável. É preciso mudar o estilo, com os políticos, semana a semana, a agredirem-se, sem respeito mútuo, no parlamento. Há palavras que não devem ser ditas. Os eleitores apreciam o respeito dos políticos, uns pelos outros, entre partidos diferentes.
Acha que neste Congresso do PS Sócrates falou mais para o partido do que para o povo?
Bem, as circunstâncias obrigaram-no a isso. Ele tinha acabado de perder a votação do PEC IV. Todos os partidos votaram, sem excepção, contra ele. Sentiu-se um pouco isolado e naturalmente, perto de eleições, quis dar confiança ao seu eleitorado. E conseguiu. Quando está toda a gente a dizer "o Sócrates não, mas o PS sim" ou "pode vir o PS sem Sócrates" é um absurdo. A verdade é que ninguém deve permitir-se dizer isso, nem em relação ao PS, nem ao PSD, nem relativamente a qualquer outro partido. Isto é: quem deve ser o líder de outro partido? Quem escolhe os líderes são os militantes dos respectivos partidos. E não os dos outros. Quando o PSD começa a dizer "Sócrates tem de sair", todo o PS se une para que ele não saia. É a primeira reacção. Se fosse o Passos Coelho, seria a mesma reacção. É inútil e pouco sensato dizer coisas deste tipo...
Querer arranjar líderes para os outros partidos.
E arranjar questões onde elas não existem ou podem - e devem - ser evitadas.
Neste momento o discurso do governo e do PSD e eventualmente de outros partidos não está completamente desfasado do povo e das preocupações das pessoas?
Acho que está bastante. O Congresso do PS foi um êxito para o PS. Não sei se o eleitorado em geral vai achar tão bom os discursos de Sócrates como achou o eleitorado do PS e, em particular, os seus militantes propriamente ditos. Estão ali para aplaudir. Não sei. Para mim ainda é uma coisa que se está para ver. Quem vota é o povo, que maioritariamente não tem partido. Tem simpatias pelos líderes. Portanto, acho que realmente era bom que os partidos se tornassem mais cordatos, uns com os outros. Seria bom para todos e bom para a democracia. Quando se começam a insultar, as pessoas não gostam. Temem que o regime esteja em causa e a própria democracia. Os mais ignorantes pensam logo que a ditadura era melhor. Havia silêncio. Ninguém se atrevia a criticar. É preciso não ter vivido a ditadura para dizer uma tal blasfémia!
Já fez um apelo ao Presidente...
Angustiado...
Exactamente. Neste momento, até alguns cavaquistas mais empenhados começam a criticar o Presidente da República. O que se está a passar com o Presidente, porque não aparece?
Não sei, terá de lhe perguntar a ele. Acho que agora seria a boa altura para exercer a tal magistratura de influência activa que prometeu. Estamos num momento único da nossa história, e péssimo. É preciso explicar e dizer a verdade, sobretudo sendo economista. Tinha toda a autoridade para o fazer e as pessoas, julgo, estão à espera de ouvir o Presidente. Penso que irá fazê-lo, mais tarde ou mais cedo, e que o deve fazer. Veremos como será. Gostaria que houvesse um acordo entre os partidos que acalmasse as pessoas. Não era preciso haver coligação nenhuma, dada a situação de crispação a que se chegou. Basta haver um acordo entre os principais partidos, para que subscrevam as condições que os negociadores que nos emprestam dinheiro nos venham a pôr. Para lhes dar confiança, a fim de negociar com eles com razoabilidade. E se o Presidente da República disser que acha que o acordo é para ser cumprido, tanto melhor. Aliviava-se a situação, como aconteceu no passado.
A ideia de pedir um compromisso aos partidos foi sua?
Não, a ideia foi de várias pessoas. Reuniram-se espontaneamente porque estavam ansiosas quanto ao que podia acontecer. Naquele dia, de quarta para quinta-feira, em que chegou a temer-se que houvesse uma corrida aos bancos para levantar o dinheiro, as pessoas começaram a ficar aflitas, os banqueiros em primeiro lugar, mas não só, as pessoas mais variadas, de todas as condições e de todos os partidos. Houve então uma meia dúzia de pessoas que se puseram de acordo para fazer um apelo aos responsáveis dos partidos, para se entenderem entre si, sem se injuriarem nem atribuir reciprocamente as culpas. Por respeito por Portugal e por desejo sincero de que Portugal caminhe bem para um futuro melhor. O que está nas mãos de todos nós.
Mas na Grécia e na Irlanda o FMI não veio trazer grandes alegrias.
É verdade que não veio. Acho, aliás, que os três Estados deviam falar entre si. A União Europeia tem muitas culpas. A Grécia é o berço da nossa civilização. Foi lá que nasceu a filosofia, a democracia e tudo o mais. Devia ter merecido da União Europeia outro respeito. A Irlanda é um país extraordinário, deu um contributo único para o que a América hoje é. E Portugal? Foi quem trouxe a civilização dos outros continentes à Europa, e quem levou a cultura e a religião europeia à China, ao Japão e à Índia, sem esquecer o Brasil. Por isso nos estimam tanto, apesar de serem todos, hoje, grandes países, alguns mesmo, como se diz, emergentes. Somos um Estado com quase nove séculos de história independente, com uma das línguas mais faladas no mundo, em expansão, que merece ser respeitado e ouvido. Estamos há mais de 25 anos na Comunidade Europeia, onde entrámos por direito próprio e depois de termos feito uma revolução de sucesso - que entusiasmou a Europa - e uma descolonização exemplar, aplaudida pelas Nações Unidas. Não devemos, por isso, ter complexos de inferioridade. Temos o direito a sermos respeitados. Portugal é dos países mais prestigiados nas Nações Unidas, membro eleito do Conselho de Segurança, lugar que ganhou contra a Austrália, apesar da sua pequena dimensão, como alguns portugueses estão sempre a dizer... Não devemos ter desses complexos. Os países, como as pessoas, não se medem aos palmos.
Neste momento estamos a ser humilhados todos os dias pelos comissários...
Não somos tão humilhados como parece. Os portugueses é que se auto-humilham frequentemente com os seus complexos e pessimismo. Portugal tem problemas, é evidente, mas a União Europeia está pior e não se atreveu, até agora, a meter na ordem os mercados especulativos - como devia - nem a defender a nossa moeda comum, o euro. Os líderes europeus não têm estado à altura das suas responsabilidades. Esqueceram a solidariedade e outros valores que são os fundamentos do projecto europeu. Portugal foi atacado depois da Grécia, da Irlanda e da Islândia. Mas outros se seguirão: a Bélgica, a Espanha, talvez a Itália. Onde iremos parar? Aos egoísmos nacionalistas do passado, responsáveis por duas grandes guerras mundiais? Se fosse alemão ou francês não estaria tranquilo. A Alemanha está a esquecer-se que provocou duas guerras mundiais e está a ignorar a reunificação alemã e a solidariedade que lhe foi dada então por toda a União Europeia. A Alemanha não pode querer germanizar a Europa. Tem é de ser cada vez mais Europa, seguindo os exemplos de Adenauer, Schmidt, Willy Brandt e Koln. Esta é a minha posição. Temos de dizer isto muito alto, todos, para salvar o projecto europeu, o mais original e pacífico de sempre.
Nós não temos sido todos muito cobardes, os países do Sul?
Não direi cobardes, direi que aceitámos a "teologia" dos mercados, a loucura dos mercados, a especulação dessas agências de rating que são ilegais e irresponsáveis, ao serviço de interesses inconfessáveis, que podem criar graves problemas a um país, de um momento para o outro. Nem os Estados Unidos parecem escapar... Não somos só nós. Portanto, é preciso defendermos a Europa em primeiro lugar, e a Europa tem de mudar de paradigma, como disse o presidente Obama. Ainda ontem, por exemplo, se ouviu algo extraordinário. Berlusconi, imagine, ficou indignado contra a França quando perante milhares e milhares de fugitivos do Norte de África, que entraram como imigrantes na ilha de Lampedusa, pediu legitimamente auxílio à Europa, que lho negou. Então disse, sem papas na língua: "Se é assim, podemos sair da União Europeia." Para a Itália dizer isso, país fundador da Europa dos 6, é porque a Europa está muito pior do que se pensa. Os actuais governantes europeus que aparecem nas fotografias das cimeiras a rir-se muito não ficam na história com esse sorriso. Ficarão na história com péssimos retratos.
Acha que ficam como os coveiros da Europa?
Se chegarem lá, talvez. Mas espero que não.
Mas são os países do Sul que deviam levantar-se, fazer fileiras?
Devem conversar, claro que sim. E falar alto. Porque devemos todos trabalhar a sério para salvar a União Europeia da decadência para onde caminha...
PS e PSD vão assinar um acordo. Vamos ter um anacronismo que é uma campanha eleitoral onde há um programa comum aos dois maiores partidos?
As duas coisas não são confundíveis: as negociações com a União Europeia e o FMI por um lado; e os programas eleitorais dos partidos por outro. Há uma série de medidas que são aceites por ambos os partidos, pela força das circunstâncias. Mas fora isso, há evidentemente programas diferentes, quanto ao futuro. Há quem ponha o acento tónico em menos Estado e mais privado e há quem ponha o acento tónico num Estado melhor, mais ético e ao serviço dos cidadãos, sobretudo dos desempregados, com trabalho precário e dos mais pobres.
Foi o senhor que convenceu o professor Boaventura Sousa Santos, que está muito mais à esquerda, a assinar o apelo?
Não o convenci. Dei-lho a conhecer, o que é diferente. Boaventura Sousa Santos é um grande sociólogo, de reputação internacional, um homem que sabe politicamente o que quer e não se deixa convencer por ninguém. Limitei-me a mostrar-lhe o texto do apelo, num momento particularmente delicado da vida nacional. Trata-se apenas de um apelo aos partidos para que se entendam e dialoguem uns com os outros. É a falar que as pessoas se entendem. E em democracia não há inimigos. Há alguns adversários.
Mas o Bloco está contra isso e Boaventura Sousa Santos está muitas vezes próximo do Bloco.
Está próximo do Bloco, é certo. Mas como grande intelectual que é, sabe a importância que tem o diálogo em política e pensa pela sua própria cabeça. Nunca tive a pretensão de o convencer seja do que for. Gosto muito, aliás, de conversar com ele e de o ouvir.
Voltando à vaca fria. Porque é que não pode haver uma coligação agora como houve em 83-85? Por causa dos maus feitios dos líderes do PS e do PSD?
Os tempos mudaram. Na altura do Bloco Central, houve um dado excepcional: a amizade e a admiração recíproca que existia entre o professor Mota Pinto e eu próprio. E, além disso, confiança. Hoje a política está um pouco inquinada, há uma crispação entre os protagonistas difícil de ultrapassar. No parlamento por vezes comportam-se como se estivessem num circo, não têm consideração uns pelos outros. É mau para todos e, sobretudo, para o nosso país, no seu conjunto. Num parlamento democrático não pode haver inimigos. Isso era quando havia ditadura, e os oposicionistas eram metidos na cadeia, espancados, alguns até foram mortos. Portanto tínhamos de ser inimigos, pela força das circunstâncias. Em democracia é outra coisa. Há regras que se cumprem e cordialidade entre os adversários. É assim que deve ser em democracia. É útil para todos que os políticos aceitem as regras de cordialidade que devem existir - para bem de todos - e sejam capazes de se entender entre si, por diferentes que sejam os seus interesses e convicções.
Tem sido acusado de às vezes dizer bem de Pedro Passos Coelho. Quais são as melhores qualidades do líder do PSD?
Temos velhas relações, dado que o conheci, muito jovem, na juventude do PSD. Sempre foi, comigo, uma pessoa cordial e aberta. Acho-o simpático, mas nunca tive com ele grandes relações de intimidade. Ultimamente tivemos alguns encontros, para estabelecer algumas pontes necessárias. Sem dificuldades. Acho-o uma pessoa bem-intencionada, embora, para meu gosto, demasiado neoliberal. Mas isso nunca impediu um diálogo construtivo entre nós.
E Sócrates também o devia fazer?
Não me cabe dar conselhos ao primeiro--ministro. Só ele lhe pode responder à sua pergunta. Mas para Portugal, no momento crítico em que vivemos, seria bom que os líderes dos dois principais partidos se pudessem entender minimamente.
Acha que o PS já está condenado a perder as eleições depois desta derrota que foi chamar o FMI, tentando tudo por tudo para não o fazer?
Sinceramente, acho que não. Não sou adivinho, mas julgo que está ainda tudo em aberto. Um dos dois grandes partidos ganhará, não sei se com maioria absoluta. E aí é que pode estar o busílis, uma grande complicação. Veremos...
Mas para ganhar as eleições, o que é que o PS deve fazer?
Não sou competente para responder à sua pergunta. No PS, julgo, há bons técnicos de marketing. Mas as próximas eleições são diferentes de todas as outras. Portugal está a viver uma crise grave. É essencial, por isso, falar a verdade aos portugueses, todos os portugueses. Esclareçam-nos primeiro como é que a situação está. Seria muito desagradável se fosse agora o Fundo Monetário Internacional ou o Fundo Europeu que viessem dizer-nos: "Há este buraco aqui que não estava previsto, ninguém sabia que existia. E há mais este ali." Os portugueses querem a verdade, e não propaganda eleitoral. Querem também conhecer a estratégia para sairmos da crise. Não basta fazerem-nos apertar o cinto, é indispensável dizerem-nos para onde vamos e como. Não basta "simpatizar com um líder e embirrar com o outro". Porque os portugueses, julgo eu, pensam que a situação, e como a resolver, transcende as simpatias e as cores partidárias.
O próprio PS tinha de assumir onde é que errou?
Obviamente. A autocrítica, neste momento, impõe-se. E fica sempre bem.
Surpreendeu-se com a decisão do seu amigo Fernando Nobre ser cabeça-de- -lista do PSD por Lisboa?
Quando me fizeram essa pergunta respondi: "Fiquei estarrecido." Não creio que deva acrescentar mais nada. Como se recorda, durante toda a campanha mantive-me sempre calado. Limitei-me a dizer ao Sócrates - e a escrever - quando me informou sobre a escolha do candidato do PS, que considerava um grande erro, para ele e para o PS. E depois nunca mais me pronunciei sobre o assunto.
Mas havia alguns chamados soaristas, incluindo a sua filha Isabel Soares, que apoiaram Fernando Nobre...
Soaristas não sei o que seja. A minha filha, que para mim é muito querida, sempre se declarou socialista. Nunca soarista. Tem o grande mérito de pensar pela sua cabeça e de ser uma excelente pedagoga, saiu ao meu pai e talvez um pouco à mãe, não a mim. Tem uma vida muito ocupada e só excepcionalmente se ocupa da política. Apoiou, de facto, Fernando Nobre, porque tinha por ele consideração e simpatia. Foi, de resto, na minha família mais próxima, a única que o fez. A minha mulher, por exemplo, não o apoiou, ao contrário do que os jornais disseram...
Achou estranho que Fernando Nobre fosse para as listas do PSD como candidato a presidente da Assembleia?
Achei, já o disse. Fiquei estarrecido. E mais não quero dizer... Pareceu-me ser algo de extemporâneo e absurdo.
Se José Sócrates perder as eleições de 5 de Junho deve abandonar a liderança do PS?
Isso deve ser ele a decidir junto das instâncias do PS. Durante os 13 anos que fui secretário-geral do PS, perdi algumas eleições mas não deixei de ser secretário-geral do PS, nem nenhum camarada mo sugeriu.
Como é que a Europa vai sair disto, da crise do euro?
Temos hoje uma Europa de 27 países, dos quais 24 são extremamente conservadores. Se fossem democratas-cristãos ficaria radiante; mas não, são populistas, populares e cada vez mais neoliberais, no plano económico e social. Estão a conduzir a União Europeia para a decadência e para a desagregação. É uma tragédia para a Europa e para o mundo. Os partidos socialistas também não estão bem. Alguns deixaram-se converter à "terceira via" de Blair, confundindo a política com o negocismo... Sempre pensei que política e negócios são incompatíveis. Quem quer ganhar dinheiro não vai para a política, que é um serviço público orientado por princípios éticos em que o que conta são as pessoas e não o dinheiro. Esta, quanto a mim, é a ética republicana e socialista, que sempre segui. Quando, depois do 25 de Abril, regressei a Portugal, tanto o Zenha como eu, que éramos profissionalmente advogados, resolvemos devolver à Ordem dos Advogados os nossos cartões, porque pensámos que, sendo ministros e deputados, não devíamos continuar a ser advogados e a defender interesses privados. Até hoje.
Defende que os políticos nem sequer deviam exercer advocacia?
É isso mesmo. Porque os advogados defendem interesses privados e os políticos interesses públicos. A confusão entre as duas coisas dá geralmente mau resultado.
Mas nem PS nem PSD conseguem impor isso.
Não conseguiram até hoje. Mas deviam fazê-lo. Agora, em tempo de crise, era uma boa altura, porque quem quer ganhar dinheiro a sério não deve ir para a política. Na política perde-se normalmente dinheiro, não se ganha. Foi o que sempre me aconteceu a mim.
Jorge Coelho na Mota-Engil, Pina Moura e Vitorino...
Não cito nomes nem me permito julgar ninguém. Limito-me a dizer que a política é uma coisa e os negócios são outra, e que não é salutar que haja confusão.
Na última sondagem da Marktest, 86% dos portugueses apontam Sócrates como o principal culpado da crise. O PS já não vai conseguir ganhar estas eleições?
Não sei. Mas as sondagens nunca me impressionaram muito. Porque em política, as circunstâncias mudam muito rapidamente e obrigam a repensar as opiniões das pessoas. A imprevisibilidade é a regra.
O que pensa da recusa do PCP e do Bloco de Esquerda em se reunirem com a troika?
Muito mal. Porque voluntariamente põem--se à parte da política portuguesa. Isolam-se no pior momento e será difícil que os trabalhadores os compreendam neste seu gesto tão displicente...
Cavaco Silva também é muito criticado pelos portugueses na gestão da crise. Surpreendeu-o que o Presidente tivesse ficado calado tanto tempo?
Confesso-lhe que não o compreendo neste silêncio, quando o país mais necessitava de o ouvir. O Facebook, de que tanto fala, não compensa o desejo popular de ouvir o Presidente, num momento tão angustioso como o que atravessamos.
Aceitou o convite feito aos ex-Presidentes da República para comemorar o 25 de Abril em Belém. Num momento como este, que significado pode ter esta comemoração?
Aceitei-o sem a menor hesitação. Felicitei, de resto, o Presidente por ter tido a ideia de realizar um acto de homenagem, sempre devido, aos capitães de Abril, no dia da Revolução dos Cravos, convocando os três ex-Presidentes para estarem ao seu lado, num acto patriótico e em que o apaziguamento político é tão necessário.
http://www.ionline.pt/conteudo/118945-p ... pode-falar
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: aaugustobb_69, Esquinas3, Google [Bot], HFCA, m-m, malakas, Mr.Warrior, MR32, nunorpsilva, OCTAMA, Pmart 1 e 110 visitantes