Deputadas do PS propõem eliminar quatro feriados
Elias Escreveu:Marco, eu não tenho nada contra abolir as pontes. Por mim até podiam acabar com os 4 feriados como propuseram as deputadas ou até podiam acabar com todos eles.
Simplesmente acho que isso pouco ou nada vai resolver.
Elias, nós trabalhamos entre 200 a 250 dias por ano, sensivelmente. Se uma alteração do número de feriados e pontes no seu conjunto tiver um ganho efectivo correspondente a 2 ou 3 dias (ou mesmo mais), poderemos estar a falar de 1% do PIB, grosso modo.
O que me parece tudo menos irrelevante...
Mas 0.5% que seja!
É o desporto nacional: não se mexe aqui porque não é isso que vai alterar nada, não se mexe ali pela mesma razão e no final nunca se faz nada e fica tudo na mesma, porque para cada coisa há sempre quem ache que "não é esse o problema e alterar isso não vai fazer nada de significativo". Soma n vezes 0.5% e retira o resultado...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Marco, eu não tenho nada contra abolir as pontes. Por mim até podiam acabar com os 4 feriados como propuseram as deputadas ou até podiam acabar com todos eles.
Simplesmente acho que isso pouco ou nada vai resolver.
Eu já trabalhei na Alemanha, numa grande multinacional (por acaso cotada no DAX) e posso dizer-te que a empresa pagava aos seus trabalhadores 30 dias de férias, um número bastante superior aos 26 que a lei alemã na altura exigia (que por sua vez já era superior aos 22 dias de férias que temos em Portugal). Como se isto não bastasse, a empresa encerrava entre o Natal e o Ano Novo e esses dias não eram descontados como férias (eram dias de descanso suplementares). Ou seja na prática os trabalhadores tinham direito 35 dias de férias / descanso. A empresa continua a prosperar mundialmente e a economia alemã está pujante, como se sabe.
Mas há mais: enquanto lá trabalhei, eu entrava às 8 e saía às 16 (um dia, apenas uma vez, saí às 17 e fui o último a sair). Cá o pessoal sai tardíssimo na maioria das empresas (18, 19 e por vezes quase 20 horas).
Ou seja, em Portugal trabalhamos mais dias e mais horas que na Alemanha e no entanto não somos competitivos.
Comparando as duas realidades - portuguesa e alemã - eu tenho muita, mas mesmo muita dificuldade em aceitar a tese de que o problema são as pontes e que mudando os feriados para não haver pontes isso vai resolver alguma coisa em termos de produtividade.
Posso estar muito enganado, mas é a minha convicção.
Simplesmente acho que isso pouco ou nada vai resolver.
Eu já trabalhei na Alemanha, numa grande multinacional (por acaso cotada no DAX) e posso dizer-te que a empresa pagava aos seus trabalhadores 30 dias de férias, um número bastante superior aos 26 que a lei alemã na altura exigia (que por sua vez já era superior aos 22 dias de férias que temos em Portugal). Como se isto não bastasse, a empresa encerrava entre o Natal e o Ano Novo e esses dias não eram descontados como férias (eram dias de descanso suplementares). Ou seja na prática os trabalhadores tinham direito 35 dias de férias / descanso. A empresa continua a prosperar mundialmente e a economia alemã está pujante, como se sabe.
Mas há mais: enquanto lá trabalhei, eu entrava às 8 e saía às 16 (um dia, apenas uma vez, saí às 17 e fui o último a sair). Cá o pessoal sai tardíssimo na maioria das empresas (18, 19 e por vezes quase 20 horas).
Ou seja, em Portugal trabalhamos mais dias e mais horas que na Alemanha e no entanto não somos competitivos.
Comparando as duas realidades - portuguesa e alemã - eu tenho muita, mas mesmo muita dificuldade em aceitar a tese de que o problema são as pontes e que mudando os feriados para não haver pontes isso vai resolver alguma coisa em termos de produtividade.
Posso estar muito enganado, mas é a minha convicção.
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Elias Escreveu:Eu sei... e o mesmo acontece durante a semana entre o Natal e o Ano Novo... e durante a semana da Páscoa... e durante o mês de Agosto... e na semana dos feriados de Junho... e por aí adiante...
Elias, o problema é um problema relativo e de concorrência também: nós (os nossos produtos e os nossos serviços) têm de concorrer com outras economias.
Nós fazemos coisas ineficientes que os outros não fazem ou fazemos coisas ineficientes em quantidade superior ao que os outros fazem. Isso torna-nos menos competitivos e é um grande problema para nós...
Ficar a dizer que existem outras ineficiências não é solução para nada. Na verdade, acho que isso é um dos maiores desportos nacionais: aponta-se para um problema e fica-se a discutir "ah e tal mas então e aquilo". E o problema para onde se apontou continua exactamente na mesma, sem ser resolvido!
Nós não vamos abolir o Natal, não é razoável (pelo menos a curto-prazo)...
Mas podemos abolir/reduzir as pontes, é totalmente razoável, na verdade só precisamos de fazer o mesmo que a maior parte da Europa da frente já faz!
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Elias Escreveu:O problema é a falta de produtividade durante os dias em que efectivamente há prestação de trabalho.
Especialmente se esse dia for aquelas segundas e sextas-feiras de ponte em que a malta que está a trabalhar é só metade e a metade que está a trabalhar está a trabalhar meio gás (mas com alguns gastos a todo o gás: a luz no local de trabalho, a gasolina que se gastou para ir trabalhar, etc).
Eu sei... e o mesmo acontece durante a semana entre o Natal e o Ano Novo... e durante a semana da Páscoa... e durante o mês de Agosto... e na semana dos feriados de Junho... e por aí adiante...
Já reparaste que este ano no Porto vai haver dois feriados consecutivos (23+24 de Junho)? Essa semana vai ser uma festa

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Elias Escreveu:O problema é a falta de produtividade durante os dias em que efectivamente há prestação de trabalho.
Especialmente se esse dia for aquelas segundas e sextas-feiras de ponte em que a malta que está a trabalhar é só metade e a metade que está a trabalhar está a trabalhar meio gás (mas com alguns gastos a todo o gás: a luz no local de trabalho, a gasolina que se gastou para ir trabalhar, etc).

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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Recordo esta tabela que está na página anterior:
Além de Portugal ter um número relativamente elevado de feriados, tem-nos imensamente concentrados ao meio da semana. Nesta, como noutras matérias, fazemos mal (da forma menos eficiente) e em quantidade...
Já agora:
Isto hoje não faria qualquer sentido. Era necessário um serviço adicional para ocupar os filhos nessas 5ª feiras em que não iam para a escola (não podem, na generalidade dos casos, ficar em casa sozinhos). Coisa que ao Sábado já não seria necessária em grande parte das vezes dado que nessa altura também os pais estão em casa. Fazer coincidir o mais possivel os horários de grandes faixas de população (bem como dias/periodos de férias) é benéfico!
E é precisamente por este tipo de questão, de ineficiência, de serviços adicionais, etc que a dispersão dos dias de não trabalho de formas ainda menos uniformes é prejudicial: cria custos/prejuízos adicionais e baixa a produtividade geral da população...
Além de Portugal ter um número relativamente elevado de feriados, tem-nos imensamente concentrados ao meio da semana. Nesta, como noutras matérias, fazemos mal (da forma menos eficiente) e em quantidade...

Já agora:
Elias Escreveu:Não sei se sabes mas no passado (há uns 60 ou mais anos atrás) nas escolas em Portugal não havia aulas à quinta-feira, mas sim ao sábado. Assim os meninos tinham 3+2 dias de aulas por semana, em vez de 5 dias consecutivos. Era melhor ou pior? Não sei... Em minha opinião era melhor (mas isto é naturalmente passível de discussão).
Isto hoje não faria qualquer sentido. Era necessário um serviço adicional para ocupar os filhos nessas 5ª feiras em que não iam para a escola (não podem, na generalidade dos casos, ficar em casa sozinhos). Coisa que ao Sábado já não seria necessária em grande parte das vezes dado que nessa altura também os pais estão em casa. Fazer coincidir o mais possivel os horários de grandes faixas de população (bem como dias/periodos de férias) é benéfico!
E é precisamente por este tipo de questão, de ineficiência, de serviços adicionais, etc que a dispersão dos dias de não trabalho de formas ainda menos uniformes é prejudicial: cria custos/prejuízos adicionais e baixa a produtividade geral da população...
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 23/4/2011 18:14, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Isto já não foi debatido? Se não foi debatido neste tópico foi noutro em que se discutiu os feriados e pontes...
A forma mais eficiente de distribuir os feriados é colocar o mais possivel ao fim-de-semana e dos restantes o mais possivel junto ao fim-de-semana para evitar as pontes.
O problema das pontes é um problema de rendimento/eficiencia porque dispersa o trabalho: não fazem todos ponte e não fazem todos as mesmas pontes ao mesmo tempo o que tem implicações várias. Por exemplo, é preferível umas instalações estarem fechadas um dia e abertas e funcionar a 100% noutro do que estarem dois dias a funcionar a 50%: no segundo caso os gastos energéticos e de desgaste de material são superiores (por exemplo, não se reduz o ar condicionado para metade e não se desligam metade das luzes por só estar metade do pessoal, porque senão ficava tudo na penumbra); os serviços tendem a funcionar de forma menos fluída porque em ambos os dias podem faltar pessoas para as coisas funcionarem como é expectável, o que pode ter consequências adicionais noutros trabalhos; em contrapartida, vai ser preciso um porteiro ou recepcionista em ambos os dias (há serviços que são indispensáveis, sem os quais a empresa não funciona); outras empresas ou serviços podem ainda estar dependentes desta e dos serviços desta e mesmo que nessa outra empresa estejam todos a trabalhar, podem sair prejudicados (o rendimento desta segunda empresa pode baixar, embora estejam lá todos).
É por aspectos como estes que ter enormes quantidades de pessoal a fazer ponte ao longo do ano é prejudicial.
Em Portugal, diria ainda que quem mais faz ponte são os serviços (nomeadamente no sector público). Creio que o sector industrial não faz tanto e o comercial também (até porque neste caso esses são dias de "negócio"). Isto faz com que os serviços sejam mais requisitados nos dias restantes, o que pode implicar que acabem a ser precisas mais pessoas (mais trabalhadores) do que uma distribuição mais eficiente permitiria.
Aliás, algo semelhante eu mostrei há dias no tópico dos funcionários públicos, acerca dos professores por aluno: os alunos portugueses passam mais dias em casa do que a média OCDE (têm mais dias de férias) mas nem por isso passam menos horas na escola no total, ie, quando estão em aulas é mais intensivo. Isto faz com que sejam precisos mais professores por aluno...
A forma mais eficiente de distribuir os feriados é colocar o mais possivel ao fim-de-semana e dos restantes o mais possivel junto ao fim-de-semana para evitar as pontes.
O problema das pontes é um problema de rendimento/eficiencia porque dispersa o trabalho: não fazem todos ponte e não fazem todos as mesmas pontes ao mesmo tempo o que tem implicações várias. Por exemplo, é preferível umas instalações estarem fechadas um dia e abertas e funcionar a 100% noutro do que estarem dois dias a funcionar a 50%: no segundo caso os gastos energéticos e de desgaste de material são superiores (por exemplo, não se reduz o ar condicionado para metade e não se desligam metade das luzes por só estar metade do pessoal, porque senão ficava tudo na penumbra); os serviços tendem a funcionar de forma menos fluída porque em ambos os dias podem faltar pessoas para as coisas funcionarem como é expectável, o que pode ter consequências adicionais noutros trabalhos; em contrapartida, vai ser preciso um porteiro ou recepcionista em ambos os dias (há serviços que são indispensáveis, sem os quais a empresa não funciona); outras empresas ou serviços podem ainda estar dependentes desta e dos serviços desta e mesmo que nessa outra empresa estejam todos a trabalhar, podem sair prejudicados (o rendimento desta segunda empresa pode baixar, embora estejam lá todos).
É por aspectos como estes que ter enormes quantidades de pessoal a fazer ponte ao longo do ano é prejudicial.
Em Portugal, diria ainda que quem mais faz ponte são os serviços (nomeadamente no sector público). Creio que o sector industrial não faz tanto e o comercial também (até porque neste caso esses são dias de "negócio"). Isto faz com que os serviços sejam mais requisitados nos dias restantes, o que pode implicar que acabem a ser precisas mais pessoas (mais trabalhadores) do que uma distribuição mais eficiente permitiria.
Aliás, algo semelhante eu mostrei há dias no tópico dos funcionários públicos, acerca dos professores por aluno: os alunos portugueses passam mais dias em casa do que a média OCDE (têm mais dias de férias) mas nem por isso passam menos horas na escola no total, ie, quando estão em aulas é mais intensivo. Isto faz com que sejam precisos mais professores por aluno...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:Não percebo. Então e nesses 2 ou 3 que são feriados lá fora a situação das máquinas que não podem trabalhar por um dia deixa de ser um problema?
Não deixam de ser um problema. Mas penso que ao resolver esse problema crias outros maiores.
Se fosse por essa vida de pensamento/lógica de que as máquinas não poderão parar de maneira nenhuma, também se acabava os feriados todos e folgas semanais.
Só estou a comparar as 2 alternativas que é acabar com as pontes ou tornar a maioria dos feriados móveis.
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oMeDo Escreveu:Ha dias em que é feriado no mundo inteiro, não são muitos (2 ou 3) e acho que não faz muito sentido tornar esses móveis. Mas são excepção e não regra.
Não percebo. Então e nesses 2 ou 3 que são feriados lá fora a situação das máquinas que não podem trabalhar por um dia deixa de ser um problema?
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Elias Escreveu:
Por essa ordem de ideias, quando o dia de ano novo calhar a uma quinta, passa-se para dia 2 de Janeiro para ser uma sexta-feira. Assim as máquinas ficam a laborar na passagem de ano e tiram folga no dia 2 de Janeiro - que tal?![]()
Ha dias em que é feriado no mundo inteiro, não são muitos (2 ou 3) e acho que não faz muito sentido tornar esses móveis. Mas são excepção e não regra.
Elias Escreveu:
Bom, suponho que isso seja uma ideia pré-concebida tua. Não sei se existe algum estudo que possa comprovar se isso é mesmo assim. Eu, por exemplo, tenho a ideia oposta.
Não sei se sabes mas no passado (há uns 60 ou mais anos atrás) nas escolas em Portugal não havia aulas à quinta-feira, mas sim ao sábado. Assim os meninos tinham 3+2 dias de aulas por semana, em vez de 5 dias consecutivos. Era melhor ou pior? Não sei... Em minha opinião era melhor (mas isto é naturalmente passível de discussão).
Estou a basear-me em pura observação empírica. É só um sentimento.
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oMeDo Escreveu:@ - Elias
Mover os feriados para segundas/sextas-feiras ou não dar "pontes" poderá ter o mesmo resultado em termos de dias úteis, mas não tem o mesmo resultado em termos práticos.
Há empresas que têm maquinas que não compensa ligar por um dia, essas empresas forçosamente fazem "ponte" por ser uma decisão necessária economicamente.
Por essa ordem de ideias, quando o dia de ano novo calhar a uma quinta, passa-se para dia 2 de Janeiro para ser uma sexta-feira. Assim as máquinas ficam a laborar na passagem de ano e tiram folga no dia 2 de Janeiro - que tal?

oMeDo Escreveu:Também há outra questão que se prende pelo facto de eu ter a ideia que uma pessoa trabalhando 3+1 dias ou 2+2 dias não produz o mesmo que se trabalhar 4 dias ininterruptos.
Bom, suponho que isso seja uma ideia pré-concebida tua. Não sei se existe algum estudo que possa comprovar se isso é mesmo assim. Eu, por exemplo, tenho a ideia oposta.
Não sei se sabes mas no passado (há uns 60 ou mais anos atrás) nas escolas em Portugal não havia aulas à quinta-feira, mas sim ao sábado. Assim os meninos tinham 3+2 dias de aulas por semana, em vez de 5 dias consecutivos. Era melhor ou pior? Não sei... Em minha opinião era melhor (mas isto é naturalmente passível de discussão).
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Se calhar muito tarde, mas fica para debate.
@ - Elias
Mover os feriados para segundas/sextas-feiras ou não dar "pontes" poderá ter o mesmo resultado em termos de dias úteis, mas não tem o mesmo resultado em termos práticos.
Há empresas que têm maquinas que não compensa ligar por um dia, essas empresas forçosamente fazem "ponte" por ser uma decisão necessária economicamente.
Também há outra questão que se prende pelo facto de eu ter a ideia que uma pessoa trabalhando 3+1 dias ou 2+2 dias não produz o mesmo que se trabalhar 4 dias ininterruptos.
@ - Elias
Mover os feriados para segundas/sextas-feiras ou não dar "pontes" poderá ter o mesmo resultado em termos de dias úteis, mas não tem o mesmo resultado em termos práticos.
Há empresas que têm maquinas que não compensa ligar por um dia, essas empresas forçosamente fazem "ponte" por ser uma decisão necessária economicamente.
Também há outra questão que se prende pelo facto de eu ter a ideia que uma pessoa trabalhando 3+1 dias ou 2+2 dias não produz o mesmo que se trabalhar 4 dias ininterruptos.
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AutoMech Escreveu:Tolerância de ponto vai custar 20 milhões
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... id=1834938
Deixa lá, isso só dá 1/2 almoço a cada português que trabalha. 4€ vezes 5 milhões.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Tolerância de ponto vai custar 20 milhões
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia ... id=1834938
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Elias Escreveu:Mares Escreveu:Agora se o 25 de Abril fosse na quarta-feira....aí é que sería o máximo....
era melhor ser na terça, assim sempre se encaixava mais uma ponte
Tem muito lugar em que "segunda de Páscoa" também é feriado...
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Elias Escreveu:Conselheira do FMI critica tolerância de ponto
abola.pt
A conselheira do FMI Estela Barbot criticou esta quinta-feira a decisão do Governo em dar tolerância de ponto aos funcionários públicos, numa altura em que Portugal atravessa uma situação difícil.
«Estamos a dar uma imagem do País que não quer encarar a realidade dos factos, afirmou a conselheira, citada pela TSF.
Estela Barbot disse que o País transmitiu um sinal errado ao dar a tarde de quinta-feira aos trabalhadores do Estado, sublinhando que Portugal enfrenta uma crise financeira.
00:18 - 22-04-2011
Mas isto não foi sempre assim...?
Agora se o 25 de Abril fosse na quarta-feira....aí é que sería o máximo....

- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Conselheira do FMI critica tolerância de ponto
abola.pt
A conselheira do FMI Estela Barbot criticou esta quinta-feira a decisão do Governo em dar tolerância de ponto aos funcionários públicos, numa altura em que Portugal atravessa uma situação difícil.
«Estamos a dar uma imagem do País que não quer encarar a realidade dos factos, afirmou a conselheira, citada pela TSF.
Estela Barbot disse que o País transmitiu um sinal errado ao dar a tarde de quinta-feira aos trabalhadores do Estado, sublinhando que Portugal enfrenta uma crise financeira.
00:18 - 22-04-2011
abola.pt
A conselheira do FMI Estela Barbot criticou esta quinta-feira a decisão do Governo em dar tolerância de ponto aos funcionários públicos, numa altura em que Portugal atravessa uma situação difícil.
«Estamos a dar uma imagem do País que não quer encarar a realidade dos factos, afirmou a conselheira, citada pela TSF.
Estela Barbot disse que o País transmitiu um sinal errado ao dar a tarde de quinta-feira aos trabalhadores do Estado, sublinhando que Portugal enfrenta uma crise financeira.
00:18 - 22-04-2011
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Por acaso, ainda na 3ª feira tinha comentado que o governo este ano não ia ter lata para dar esta tolerância de ponto. Mas a verdade é que o governo PS continua a desiludir, mesmo depois de se demitir...
Outra notícia de destaque, tendo em conta o assunto "original" de tópico é:
Outra notícia de destaque, tendo em conta o assunto "original" de tópico é:
PS afasta deputadas que queriam reduzir feriados e cortar salários dos gestores
Teresa Venda e Maria do Rosário Carneiro, duas independentes que integravam as listas socialistas desde 1995, ficam de fora das listas de candidatos do PS nas próximas eleições.
Segundo disse Teresa Venda ao Negócios, o PS contactou o Movimento Humanismo e Democracia para comunicar que não será renovado o acordo que vigorava há 15 anos. “Deverá ter a ver com a perda de alguns lugares nas próximas eleições e porque querem aliciar alguns votos que o partido vem a perder para os partidos à sua esquerda”, justificou a gestora.
Nos últimos anos, estas deputadas foram duas vozes quase isoladas na bancada socialista contra iniciativas como a despenalização da interrupção voluntária da gravidez e, mais recentemente, a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Em sentido contrário, entrará nas listas do PS a activista favorável ao casamento gay, Isabel Moreira. A filha do ex-presidente do CDS, Adriano Moreira, entra em lugar elegível no círculo de Lisboa.
Ao longo da legislatura que agora termina, Teresa Venda e Maria do Rosário Carneiro obrigaram o Parlamento (e a bancada parlamentar socialista) a debater dois temas que causaram muita polémica. Um deles foi a redução do número de feriados e a programação dos outros junto ao fim-de-semana, que acabou por não ter o apoio da liderança do partido.
O outro diploma previa a redução do número de administradores, a limitação da remuneração base dos gestores ao salário do primeiro-ministro e a imposição de austeridade no sector empresarial do Estado, como a imposição de um tecto de 40 mil euros na aquisição de automóveis ou retirar o cartão de crédito aos gestores públicos. Para levar o projecto de resolução a plenário, o PS “obrigou” as duas deputadas a retirar a parte em que se impunham limites aos salários dos gestores.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=480489
Já se esperava...
Troika indignada com tolerância de ponto da Função Pública
21 de Abril, 2011
por Luís Gonçalves
Os responsáveis do FMI, UE e BCE ficaram «chocados» com o anúncio de tolerância de ponto decretada para esta quinta-feira à tarde pelo Governo de José Sócrates, apurou o SOL.
Depois de uma primeira semana dedicada a recolher as necessidades de financiamento da economia e a escrutinar o estado das contas públicas portuguesas, a troika esteve esta semana a ouvir os partidos políticos, parceiros sociais (sindicatos e patrões ) e os bancos.
As reuniões da troika irão continuar para a semana com encontros com diversas entidades, embora o calendário das reuniões não seja conhecido. O grupo quer manter a «discrição», adiantou fonte ao SOL, e não irá fazer quaisquer declarações, estando a ser estudada uma eventual conferência de imprensa no final da visita a Portugal.
Com os parceiros sociais, a troika focou-se sobretudo nos temas da flexibilização laboral. Na esfera dos partidos políticos, o PSD reuniu-se com o grupo na sua sede com uma comitiva constituída por Abel Mateus, Eduardo Catroga Carlos Moedas e Orlando Carriço, tendo Pedro Passos Coelho dito mais tarde que o encontro serviu para avaliar a situação económica e política do país. O CDS também se encontrou com Paul Thomson e restante equipa, esta semana. António Pires de Lima esteve nessa reunião, realizada na sede do CDS. Foi anunciado que ele passará a liderar os centristas nas conversações com os elementos da UE e FMI.
Já o PCP, o BE e Os Verdes recusaram encontros com a troika.
As medidas do plano de ajuda a Portugal só serão conhecidas no final do mês, mas pelas reuniões mantidas com as entidades portuguesas e pela confirmação que o PEC IV será o ponto de partida , é de esperar que a UE e o FMI apostem numa nova subida de impostos com o IVA como hipótese mais provável. A redução e duração do subsídio de desemprego e a aceleração das privatizações também.
Um ponto parece certo: o processo de ajustamento da economia nacional será feito sobretudo na Função Pública.
luis.goncalves@sol.pt

Troika indignada com tolerância de ponto da Função Pública
21 de Abril, 2011
por Luís Gonçalves
Os responsáveis do FMI, UE e BCE ficaram «chocados» com o anúncio de tolerância de ponto decretada para esta quinta-feira à tarde pelo Governo de José Sócrates, apurou o SOL.
Depois de uma primeira semana dedicada a recolher as necessidades de financiamento da economia e a escrutinar o estado das contas públicas portuguesas, a troika esteve esta semana a ouvir os partidos políticos, parceiros sociais (sindicatos e patrões ) e os bancos.
As reuniões da troika irão continuar para a semana com encontros com diversas entidades, embora o calendário das reuniões não seja conhecido. O grupo quer manter a «discrição», adiantou fonte ao SOL, e não irá fazer quaisquer declarações, estando a ser estudada uma eventual conferência de imprensa no final da visita a Portugal.
Com os parceiros sociais, a troika focou-se sobretudo nos temas da flexibilização laboral. Na esfera dos partidos políticos, o PSD reuniu-se com o grupo na sua sede com uma comitiva constituída por Abel Mateus, Eduardo Catroga Carlos Moedas e Orlando Carriço, tendo Pedro Passos Coelho dito mais tarde que o encontro serviu para avaliar a situação económica e política do país. O CDS também se encontrou com Paul Thomson e restante equipa, esta semana. António Pires de Lima esteve nessa reunião, realizada na sede do CDS. Foi anunciado que ele passará a liderar os centristas nas conversações com os elementos da UE e FMI.
Já o PCP, o BE e Os Verdes recusaram encontros com a troika.
As medidas do plano de ajuda a Portugal só serão conhecidas no final do mês, mas pelas reuniões mantidas com as entidades portuguesas e pela confirmação que o PEC IV será o ponto de partida , é de esperar que a UE e o FMI apostem numa nova subida de impostos com o IVA como hipótese mais provável. A redução e duração do subsídio de desemprego e a aceleração das privatizações também.
Um ponto parece certo: o processo de ajustamento da economia nacional será feito sobretudo na Função Pública.
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Esta vou guardá-la para memória futura:
Passos: "Governo fez mal ao conceder tolerância de ponto"
Económico com Lusa
21/04/11 12:15
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"É um mau sinal, é um sinal negativo, que tenho pena que tenha ocorrido".
O presidente do PSD criticou hoje a decisão do Governo de conceder tolerância de ponto esta tarde.
O Governo decidiu conceder tolerância de ponto aos trabalhadores que exerçam funções não essenciais nos serviços da administração central e dos institutos públicos no período da tarde de hoje, por ser quinta-feira santa.
No final de uma visita a uma delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, na Parede, no concelho de Cascais, questionado pelos jornalistas se concorda com esta decisão, Pedro Passos Coelho respondeu: "Eu creio que o Governo fez mal quando concedeu esta tolerância de ponto".
"Já temos um fim-de-semana bem prolongado, que começa com a sexta-feira de Páscoa, com a sexta-feira santa, e que vai até ao 25 de Abril, que calha a uma segunda-feira, e, portanto, o país não precisava, numa altura em que está a pedir a toda a gente na Europa que o ajude porque não é um país ainda suficientemente competitivo, porque não somos suficientemente produtivos", considerou.
Segundo o presidente do PSD, "na prática, o que o Governo disse foi: façam mais um dia de feriado, porque o país é suficientemente rico para poder ter mais um dia de descanso".
"É um mau sinal, é um sinal negativo, que tenho pena que tenha ocorrido", reforçou Passos Coelho.
Interrogado se vai de férias neste fim-de-semana, o presidente do PSD respondeu: "Não, vou estar com a minha família".
Passos: "Governo fez mal ao conceder tolerância de ponto"
Económico com Lusa
21/04/11 12:15
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"É um mau sinal, é um sinal negativo, que tenho pena que tenha ocorrido".
O presidente do PSD criticou hoje a decisão do Governo de conceder tolerância de ponto esta tarde.
O Governo decidiu conceder tolerância de ponto aos trabalhadores que exerçam funções não essenciais nos serviços da administração central e dos institutos públicos no período da tarde de hoje, por ser quinta-feira santa.
No final de uma visita a uma delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, na Parede, no concelho de Cascais, questionado pelos jornalistas se concorda com esta decisão, Pedro Passos Coelho respondeu: "Eu creio que o Governo fez mal quando concedeu esta tolerância de ponto".
"Já temos um fim-de-semana bem prolongado, que começa com a sexta-feira de Páscoa, com a sexta-feira santa, e que vai até ao 25 de Abril, que calha a uma segunda-feira, e, portanto, o país não precisava, numa altura em que está a pedir a toda a gente na Europa que o ajude porque não é um país ainda suficientemente competitivo, porque não somos suficientemente produtivos", considerou.
Segundo o presidente do PSD, "na prática, o que o Governo disse foi: façam mais um dia de feriado, porque o país é suficientemente rico para poder ter mais um dia de descanso".
"É um mau sinal, é um sinal negativo, que tenho pena que tenha ocorrido", reforçou Passos Coelho.
Interrogado se vai de férias neste fim-de-semana, o presidente do PSD respondeu: "Não, vou estar com a minha família".
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Governo dá tolerância de ponto 5ª feira à tarde
Função pública tem tarde de folga
2011-04-19 20:07
Agência Financeira
O Governo decidiu dar tolerância de ponto aos funcionários públicos na tarde de quinta-feira, dia 21, véspera de Sexta Feira Santa.
Ainda que a decisão do primeiro-ministro ainda não tenha sido publicada em Diário da República, foi já confirmada à Lusa pelo Gabinete de José Sócrates.
«O Governo decidiu conceder, como é habitual, tolerância de ponto nos serviços não essenciais aos trabalhadores que exerçam funções públicas na administração central e nos institutos públicos no período da tarde de quinta-feira santa, dia 21 de abril», referiu o Gabinete.
A tolerância aplica-se aos funcionários e agentes do Estado, dos institutos públicos e dos serviços desconcentrados da administração central.
Pergunta: será que a Troika também vai ter tolerância ponto na quinta-feira à tarde?
Função pública tem tarde de folga
2011-04-19 20:07
Agência Financeira
O Governo decidiu dar tolerância de ponto aos funcionários públicos na tarde de quinta-feira, dia 21, véspera de Sexta Feira Santa.
Ainda que a decisão do primeiro-ministro ainda não tenha sido publicada em Diário da República, foi já confirmada à Lusa pelo Gabinete de José Sócrates.
«O Governo decidiu conceder, como é habitual, tolerância de ponto nos serviços não essenciais aos trabalhadores que exerçam funções públicas na administração central e nos institutos públicos no período da tarde de quinta-feira santa, dia 21 de abril», referiu o Gabinete.
A tolerância aplica-se aos funcionários e agentes do Estado, dos institutos públicos e dos serviços desconcentrados da administração central.
Pergunta: será que a Troika também vai ter tolerância ponto na quinta-feira à tarde?

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paulop2009 Escreveu:Não esquecer que neste país é preciso ser muito homem para tirar a tolerancia de ponto no carnaval... Não esquecer que foi isso que fez o Cavaco cair em desgraça e foi o principio do fim do governo PSD da altura. (Não foi o bloqueio da ponte 25/abr, bem a cacetada na Marinha Grande... foi o Carnaval, meus amigos)
E assim se vê quem governa o país ou se governa a si próprio..
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