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Caldeirão da Bolsa

OFF Topic: Vem aí o FMI. O meu dinheiro está seguro?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Trisquel » 29/4/2011 1:50

5 conselhos para proteger o seu dinheiro
29 Abril 2011 | 00:01
Paulo Moutinho - paulomoutinho@negocios.pt

André Veríssimo - averissimo@negocios.pt


Distribuir a poupança por vários produtos, e mesmo por vários bancos, é o primeiro passo a dar. Depois é preciso escolher os produtos certos, protegendo o dinheiro do risco e da subida da inflação.
Escolher depósitos à prova de inflação, preferir acções que pagam bons dividendos, diversificar o risco investindo em fundos, tirar partido do risco do país com os certificados são algumas das estratégias explicadas.
Cumpts.
Trisquel

A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
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por migluso » 18/4/2011 21:19

pdcarrico Escreveu:Desculpa .. não li a segunda questão - de facto sugere isso que dizes, mas possivelmente porque a activação do fundo de garantia deve implicar a renúncia ao depósito.


Não encontro a lei que diz isso, mas este site volta a dizer o mesmo em 2010 (penúltimo parágrafo).
http://www.observatoriodoalgarve.com/cn ... icia=38266

É por isso que o povo devia exigir um sistema de reservas 100% dos depósitos à ordem e equivalente. Esta deveria ser uma reivindicação central após esta crise. No entanto, nem esquerda, nem direita, nem comunicação social aborda este assunto.

É um roubo o que os bancos fazem.
Nenhum outro bem fungível é guardado desta forma, ou se fosse seria considerado roubo.
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por pdcarrico » 18/4/2011 20:46

Desculpa .. não li a segunda questão - de facto sugere isso que dizes, mas possivelmente porque a activação do fundo de garantia deve implicar a renúncia ao depósito.
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por pdcarrico » 18/4/2011 20:43

Repara que os pontos levantados na proteste não são os mesmos que discutíamos. Naturalmente que se alguém obteve um crédito continuará a tê-lo se o banco falir.

A questão é como a lei trata casos em que duas entidades são credores e devedores entre si. Pode haver alguma especificidade no contrato, mas numa situação normal uma das partes pode, de acordo com a lei, pedir a extinção de uma dívida se junto do seu credor também tiver um valor a haver que seja igualmente fungível.

Agora o normal é o banco pedir o que lhe devem e não pagar o que lhe pedem, por isso tem o cliente de tomar a iniciativa de requerer a compensação.
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por migluso » 18/4/2011 19:39

Pedro,

Tenho dúvidas que assim seja, infelizmente.

Os bancos são "entidades superiores" que não se regem por "contratos normais". O contrato de depósito à ordem que se estabelece com um banco é um exemplo pragmático do roubo que os bancos praticam.

http://www.deco.proteste.pt/poupanca/o- ... 689631.htm

É engraçada a última frase: "NOTA: Na conjuntura actual, a falência de um banco é muito improvável, sobretudo devido aos compromissos assumidos pelos governos." O texto é de 2008.
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por pdcarrico » 18/4/2011 19:26

Encontrei!! :)

É o artigo 847º do código civil. Aqui fica a referência:

http://www.igf.min-financas.pt/inflegal ... IVIL_4.htm
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por pdcarrico » 18/4/2011 19:19

migluso Escreveu:As aplicações (talvez aquela treta do retorno absoluto, mas não sei ao certo) eram superior ao empréstimo em mais de 20 vezes.


Talvez por isso ele tenha continuado a pagar. Se se recusasse a pagar o crédito provavelmente compraria um problema com o recebimento que é muito mais importante.

Sobre a legislação, não tenho infelizmente matéria sobre o direito Português, mas julgo estar certo ao recordar-me que existe uma figura chamada compensação que anula as obrigações de um devedor se o mesmo for credor em igual valor. É preciso que sejam créditos fungíveis (dinheiro é concerteza).

No direito Brasileiro (que neste domínio é muito próximo ao nosso) isso está no artigo 373º do código civil.

Aqui ficam algumas referências:

http://www.dji.com.br/codigos/2002_lei_ ... a_0380.htm

http://www.fortesadvogados.com.br/artig ... php?id=663
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por migluso » 18/4/2011 15:57

Conheço um caso, no BPP. Ficou sem poder aceder ao dinheiro mas teve que continuar a pagar o crédito. Agora não sei como está. Isto foi há cerca de 1 ano que soube.

As aplicações (talvez aquela treta do retorno absoluto, mas não sei ao certo) eram superior ao empréstimo em mais de 20 vezes. Era dinheiro em "fuck you quantities".
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por boramasela » 18/4/2011 15:44

A-330 Escreveu:aefernandes ,

Ponho aqui um pedido de opinião , que não se preocupe, não o levarei como uma recomendação , mas tão somente como uma opinião.
Tenho um crédito habitação da casa que tenho condições de pagá-lo integralmente , mas só não o fiz porque tenho condições muito boas (Euribor 3 meses + Spread 0,25) e, como vou buscar mais ao mercado , tenho optado por não liquidá-lo.

Você acha que dado o risco todo envolvido , inclusive de a Finlândia não emprestar dinheiro , etc que eu deveria acabar de vez com esse credito?

Repito que entendo que a sua resposta é só uma opinião e a qual desde já agradeço.
Se alguém mais quiser comentar tb será bem vindo

A330


Coloquei uma questão relacionada há uns dias no tópico: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... highlight=

boramasela Escreveu:Já que estamos no campo das hipóteses, gostava que me esclarecessem, se souberem, o seguinte:

Neste momento possuo em DPs numa instituição bancária da nossa praça, um valor equivalente ao que tenho como crédito à habitação, nessa mesma instituição.

Pergunta: Em caso de default desse banco, ou seja de eventual "congelamento" dos DPs, posso deixar de pagar o crédito? É que se me tiram a possibilidade de aceder ao meu dinheiro, pela mesma ordem de raciocínio, tb me posso sentir no direito, de deixar de pagar o crédito, né!?


Vê as respostas, em que ficamos afinal?
 
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por Pata-Hari » 18/4/2011 14:23

Esses comentários são estranhos. O lider do partido True Finns perdeu as eleições.... o governo não está formado, como é que quer um, quer o outro fazem afirmações dessas? claro está que não tendo ganho os true finns, essa oposição terá terminado...
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«Finlândia vai juntar-se ao resgate a Portugal»

por aefernandes » 18/4/2011 11:01

Embaixador da Finlândia em Portugal diz que o país vai entrar na ajuda nacional.

O líder do partido de extrema-direita finlandês Verdadeiros Finlandeses, Timo Soini, assegurou esta segunda-feira que a União Europeia deve renegociar o resgate financeiro de Portugal. Também hoje o embaixador da Finlândia em Portugal disse ao «Diário económico» que o país «vai juntar-se ao resgate de Portugal».

...
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
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O que é que aí vem?

por aefernandes » 18/4/2011 11:00

Como contrapartida, a redução ou corte do subsídio de férias e de Natal dos pensionistas poderá estar na calha. A poupança anual com essa medida poderia atingir os 3.233 milhões de euros, segundo revela esta segunda-feira o «Correio da Manhã».

Mas nem só os pensionistas estarão na mira do FMI. Há também a possibilidade de serem reduzidos ou eliminados o 13º e 14º mês dos trabalhadores dos sectores público e privado. Uma estratégia que é, de resto, semelhante à que foi adoptada na Grécia.

Entre o que o FMI nos pode obrigar a fazer, podem não escapar também outros subsídios, como por exemplo o do desemprego. Os técnicos do FMI querem reduzir o período em que se beneficia desta benesse e o valor da mesma.

Outras das medidas genéricas que a imprensa começa a avançar têm que ver com os despedimentos. A troika deverá propor a redução das indemnizações. Também a saúde poderá não escapar às mexidas do FMI, com a redução da comparticipação dos medicamentos.

As reuniões têm sido marcadas por um grande secretismo. Poul Thomsen não quis falar aos jornalistas à entrada do ministério.
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«Senhor FMI» já está no Ministério das Finanças

por aefernandes » 18/4/2011 10:59

O «senhor FMI» já está em Portugal e chegou por volta das 9h30 ao Ministério das Finanças para esta que é a segunda fase da missão técnica da troika do FMI, BCE e Comissão Europeia.

Depois de uma semana de análise das contas públicas, arrancam esta semana as negociações sobre a ajuda financeira. Esta segunda-feira vai ficar marcada por várias reuniões. Poul Thomsen vai reunir-se com o Ministério da Economia e com o Banco de Portugal.

Nesta semana de conversações políticas, espera-se que seja definido o preço a pagar para garantir o financiamento do Estado português nos próximos anos. As primeiras projecções apontam para um pacote de 80 mil milhões de euros, dos quais parte chegará já em Maio.

Numa entrevista à TVI, o director do FMI defendeu juros mais baixos para Portugal e ainda que seja dado mais tempo ao país para fazer a correcção das contas públicas. Já o «Diário Económico» assegura hoje quem nem Bruxelas nem o Fundo vão alargar o prazo para reduzir o défice.
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por pdcarrico » 16/4/2011 13:11

A-330 Escreveu:
Agora , como tudo se negocia e eles andam sem dinheiro , talvez pudesse negociar um desconto se liquidasse a dívida. Acham que colava?

A330


Tentar não custa. Aliás se forem usar o teu resgate antecipado num novo crédito com um spread de 3 ou 4% para outro cliente com risco similar ao teu, significa que o banco pode, daqui para a frente, ter um ganho de 2% do valor do teu crédito por cada ano.

Supondo um crédito de 100 mil euros, o teu resgate teria um valor de talvez uns 2 mil por cada ano para eles. Se tiveres 10 anos de crédito pela frente, a poupança seria significativa, embora para calcular o valor preciso devas descontar para o presente com uma taxa de desconto.
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por Be Cool » 16/4/2011 11:19

Gostaria de ter resposta para duas questões:

1. No caso, ainda que para já remoto, de o Estado vir a reter/utilizar as poupanças dos portugueses, isso ocorrerá mesmo se tivermos depósitos em bancos estrangeiros sedeados em Portugal (Barclays e Deutsch Bank, por ex.)?

2. O que significa, concretamente, esta opinião da S&P (em particular o que está a negrito):
"A agência de rating S&P prevê que um novo pacote de austeridade até 2017 seja necessário para Portugal. O País corre assim o sério risco de vir a ser o palco de uma fuga descontrolada de depósitos.

Esta situação ocorrerá não por falta de segurança nos bancos, mas porque não haverá incentivos e dinheiro suficientes para manter o ritmo dos últimos tempos, referem peritos.

E entra-se num ciclo vicioso. Quanto mais tempo o País ficar fora dos mercados, mais se agrava o problema da drenagem das poupanças. Este afecta já a Irlanda e, de maneira mais dramática, a Grécia. Ambas as situações pioraram após os pedidos de ajuda."??

Obrigado.
.
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por A330-300 » 16/4/2011 6:02

Obrigado a todos pela resposta.

A minha preocupação é no caso de a Europa , liderada pela Finlândia decidir não emprestar dinheiro a Portugal e o país entrar em insolvência.Se tudo correr normalmente também acho que não haverá problemas. O problema é se a Europa não nos dá o dinheiro.
Será que em um caso desses nos iam às poupanças?
È que nesse caso prefiro pagar a casa.Pelo menos fico com ela paga e não me vão ao dinheiro.

Nem seria o caso de o banco ir à falência , pq eu tenho o empréstimo em um banco e poupanças no outro.

Agora , como tudo se negocia e eles andam sem dinheiro , talvez pudesse negociar um desconto se liquidasse a dívida. Acham que colava?

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por pdcarrico » 15/4/2011 16:51

AutoMech Escreveu:Pedro, a questão é que em caso de falência o crédito mantém-se na totalidade, ao passo que recebe apenas uma parte do dinheiro. Penso que seja essa a preocupação do A-330.


Juridicamente a coisa não funciona assim - se tens um deve e um haver, há um encontro de contas e o que podes perder é a diferença entre o que tens e o que deves. Supondo que o crédito à habitação é 100 e o saldo é 120, o teu prejuízo máximo são os 20 de diferença.

Eu não sou jurista, mas já tive umas aulas de direito de negócios e o princípio creio ser esse. Não é porque a empresa vai à falência que se extinguem as obrigações, e um devedor pode legitimamente recusar-se a pagar se a entidade a quem deve também tem um valor em dívida de igual montante no sentido oposto.

Mas volto a dizer que não sou jurista e desconheço alguma particularidade contratual específica do crédito. De qualquer forma, diria que quem ficaria muito contente com a liquidação antecipada seria o banco, porque nos dias que correm liquidez é altamente valorizada.
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por Automech » 15/4/2011 16:40

Pedro, a questão é que em caso de falência o crédito mantém-se na totalidade, ao passo que recebe apenas uma parte do dinheiro. Penso que seja essa a preocupação do A-330.
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por pdcarrico » 15/4/2011 16:38

A-330 Escreveu:aefernandes ,

Ponho aqui um pedido de opinião , que não se preocupe, não o levarei como uma recomendação , mas tão somente como uma opinião.
Tenho um crédito habitação da casa que tenho condições de pagá-lo integralmente , mas só não o fiz porque tenho condições muito boas (Euribor 3 meses + Spread 0,25) e, como vou buscar mais ao mercado , tenho optado por não liquidá-lo.

Você acha que dado o risco todo envolvido , inclusive de a Finlândia não emprestar dinheiro , etc que eu deveria acabar de vez com esse credito?

Repito que entendo que a sua resposta é só uma opinião e a qual desde já agradeço.
Se alguém mais quiser comentar tb será bem vindo

A330


Se o devedor és tu, então não incorres em risco nenhum, quem incorre é o teu banco. Ainda por cima se tens recursos para liquidar o empréstimo, então nem mesmo ao risco de variação do indexante (euribor) estás exposto, porque podes em qualquer altura antecipar o pagamento.
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por migluso » 15/4/2011 16:13

A-330 Escreveu:Se alguém mais quiser comentar tb será bem vindo
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Jamé!!! É a minha opinião.
Pensa nisso quando a taxa nominal estiver acima de 3,5%.

Cumps
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por Automech » 15/4/2011 16:05

Branc0 Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Branc0 Escreveu:Em vez de se falar da Islândia que é um caso ainda em aberto e com vários desfechos possíveis deveríamos olhar para casos que já terminaram e que sabemos o desfecho completo como por exemplo a Russia (1998) ou a Argentina (2001). Se quisermos ser mais pessimistas podemos olhar também para a Venezuela em 1998.


Nem aí é totalmente comparável Branco. Eles tinham moeda própria.


É indiferente, as dívidas (na maior parte) estavam denominadas em USD.


Certo Branco, mas atendendo ao nosso défice comercial corremos o risco de, ao incumprirmos, fecharem-se as torneiras de parte das importações. E a forma mais rápida de resolver o défice comercial a curto prazo é desvalorizando a moeda, coisa que não podemos fazer.
Editado pela última vez por Automech em 15/4/2011 16:30, num total de 1 vez.
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por A330-300 » 15/4/2011 13:26

aefernandes ,

Ponho aqui um pedido de opinião , que não se preocupe, não o levarei como uma recomendação , mas tão somente como uma opinião.
Tenho um crédito habitação da casa que tenho condições de pagá-lo integralmente , mas só não o fiz porque tenho condições muito boas (Euribor 3 meses + Spread 0,25) e, como vou buscar mais ao mercado , tenho optado por não liquidá-lo.

Você acha que dado o risco todo envolvido , inclusive de a Finlândia não emprestar dinheiro , etc que eu deveria acabar de vez com esse credito?

Repito que entendo que a sua resposta é só uma opinião e a qual desde já agradeço.
Se alguém mais quiser comentar tb será bem vindo

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por Mares » 15/4/2011 12:51

Be Cool Escreveu:
Branc0 Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:Aliás, quem defende a renegociação da dívida nem tem noção que é o primeiro passo para nunca mais ninguém emprestar um cêntimo a Portugal.


Ulisses, já não é a primeira vez que te oiço dizer isto apesar de haver exemplos em que esta foi feita e os países voltaram a ter acesso aos mercados de capitais.

Renegociar a dívida não é o fim do mundo, depende de como for feito.
(sublinhado meu)

O economista Ricardo Cabral tem esta visão. Aliás, ele tem vindo a defender mesmo a reestruturação há mais de um ano
http://geoscopio.tv/2011/04/gestao-do-r ... do-cabral/

...e hoje, aqui no Negócios, afirma:

Renegociar a dívida com os credores tem um preço. No curto prazo, o crescimento económico ressente-se ainda mais, o financiamento externo reduz-se e os custos de endividamento agravam-se. Mas estas penalizações tendem a ser de curta duração, com a confiança e os fluxos financeiros a restabelecerem-se no prazo de três anos. Irremediável mesmo é o destino dos políticos que estão no poder quando decidem reestruturar a dívida.


O preço de renegociar é determinado pelos credores e não pelos devedores....

Tem gente em Portugal que demonstra uma completa disposição para branquear as suas responsabilidades, levando a elevados sacrifícios o cidadão comum.

Por aqui podem não gostar de ouvir.... mas infelizmente temos "crianças" na maioria dos parlamentares deste país.

Não consigo entender a completa palhaçada no discurso do PSD (a insinuação, serem uma espécie de "governo parasita", que nada propõe mas tenta impôr a sua ideologia de direita)... os discursos demagógicos do PCP, BE e Verdes (aclamam a renegociação da dívida,... que não são necessários mais sacrifícios, ...a cobiça pelo dinheiro dos bancos)....

É muito lamentável o papel teatral destes partidos, num momento em que o país mais precisa deles.

Começo a achar que somente alguns do CDS e do PS tem ainda algumas competências para encarar melhor esta crise.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por Lion_Heart » 15/4/2011 12:35

Já agora o que acontece a quem tem divida em escudos (que foi denominada para euro quando entramos ).
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por Be Cool » 15/4/2011 12:31

Branc0 Escreveu:
Ulisses Pereira Escreveu:Aliás, quem defende a renegociação da dívida nem tem noção que é o primeiro passo para nunca mais ninguém emprestar um cêntimo a Portugal.


Ulisses, já não é a primeira vez que te oiço dizer isto apesar de haver exemplos em que esta foi feita e os países voltaram a ter acesso aos mercados de capitais.

Renegociar a dívida não é o fim do mundo, depende de como for feito.
(sublinhado meu)

O economista Ricardo Cabral tem esta visão. Aliás, ele tem vindo a defender mesmo a reestruturação há mais de um ano
http://geoscopio.tv/2011/04/gestao-do-r ... do-cabral/

...e hoje, aqui no Negócios, afirma:

Renegociar a dívida com os credores tem um preço. No curto prazo, o crescimento económico ressente-se ainda mais, o financiamento externo reduz-se e os custos de endividamento agravam-se. Mas estas penalizações tendem a ser de curta duração, com a confiança e os fluxos financeiros a restabelecerem-se no prazo de três anos. Irremediável mesmo é o destino dos políticos que estão no poder quando decidem reestruturar a dívida.
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