OFF Topic: Vem aí o FMI. O meu dinheiro está seguro?
AutoMech Escreveu:Branc0 Escreveu:Em vez de se falar da Islândia que é um caso ainda em aberto e com vários desfechos possíveis deveríamos olhar para casos que já terminaram e que sabemos o desfecho completo como por exemplo a Russia (1998) ou a Argentina (2001). Se quisermos ser mais pessimistas podemos olhar também para a Venezuela em 1998.
Nem aí é totalmente comparável Branco. Eles tinham moeda própria.
É indiferente, as dívidas (na maior parte) estavam denominadas em USD.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
Branc0 Escreveu:Em vez de se falar da Islândia que é um caso ainda em aberto e com vários desfechos possíveis deveríamos olhar para casos que já terminaram e que sabemos o desfecho completo como por exemplo a Russia (1998) ou a Argentina (2001). Se quisermos ser mais pessimistas podemos olhar também para a Venezuela em 1998.
Nem aí é totalmente comparável Branco. Eles tinham moeda própria.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Re: Afinal o ESCUDO era um trunfo....
aefernandes Escreveu:Mas a consolidação das contas públicas não é a única receita. É também preciso repor a economia, como um todo, no caminho da competitividade e da sustentabilidade, e aí, inclui-se também o sector privado, ou seja os cortes salariais podem chegar às empresas.
O remédio que hoje não podemos usar, foi aquele a que recorremos na década de 80: a última vez em que o FMI veio a Portugal, o país ainda contava com um trunfo, que hoje não tem - o escudo. O Governo pôde desvalorizar a moeda e tornar o país e as exportações mais atractivas para os estrangeiros. Desta vez, com o euro, isso não é uma possibilidade.
Por isso, o único trunfo que resta é a política de rendimentos: vai ser preciso favorecer a competitividade das empresas e para isso só baixando os salários.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/ger ... -5238.html
Mas isso foi precisamente a mesma coisa que foi feita em 1980 -- a redução dos salários.
Só que na altura isso foi feito à custa da desvalorização da moeda e enorme inflação e portanto em termos nominais não se viu a redução. Agora vai ser mesmo em termos nominais, mas o resultado é o mesmo.
Só que entretanto o mundo mudou. Na altura este país conseguia ser competitivo com salários baixos, agora já não porque há a concorrência de países com salários ainda mais baixos e tecnologicamente já mais desenvolvidos que nós...
Editado pela última vez por atomez em 15/4/2011 12:42, num total de 1 vez.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
AutoMech Escreveu:A malta fala da Islândia, como justificação para não pagar ou exigir melhores condições, mas esquecem-se da nossa dependência energética. Era só desligarem-nos o interruptor e ficarmos à luz das velas para acabar logo a conversa (isto assumindo que ainda sabemos regressar aos campos para produzir alguma coisa que se coma).
Em vez de se falar da Islândia que é um caso ainda em aberto e com vários desfechos possíveis deveríamos olhar para casos que já terminaram e que sabemos o desfecho completo como por exemplo a Russia (1998) ou a Argentina (2001). Se quisermos ser mais pessimistas podemos olhar também para a Venezuela em 1998.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
A malta fala da Islândia, como justificação para não pagar ou exigir melhores condições, mas esquecem-se da nossa dependência energética. Era só desligarem-nos o interruptor e ficarmos à luz das velas para acabar logo a conversa (isto assumindo que ainda sabemos regressar aos campos para produzir alguma coisa que se coma).
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Ulisses Pereira Escreveu:Aliás, quem defende a renegociação da dívida nem tem noção que é o primeiro passo para nunca mais ninguém emprestar um cêntimo a Portugal.
Ulisses, já não é a primeira vez que te oiço dizer isto apesar de haver exemplos em que esta foi feita e os países voltaram a ter acesso aos mercados de capitais.
Renegociar a dívida não é o fim do mundo, depende de como for feito.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
Ajuda externa
Olá bom dia,
Obrigada por ter aberto este tópico e ter compilado informação de grande interesse!
Mas, no que a esta matéria respeita,cada vez estou mais confusa: numa 1ª fase parecia estar concretizada a ajuda externa a Portugal, a vinda de entidades reguladoras também firmou esse cenário.
Agora fala-se que pode não haver ajuda: a Finlândia está contra! Parece que a Alemanha também não está muito segura (então e o discurso anterior do presidente alemão?)
E aquela observação que fez: "Deve de ser assim:
Manter tudo de bom e de melhor para esses...classe política...e lixar ainda mais os que já quase nada tem." tinha eu esperança que fosse doutra forma.
Que nos dizem as anteriores passagens do FMI? Eu desconheço, mas se calhar servirão de exemplo, digo eu!
Obrigada por ter aberto este tópico e ter compilado informação de grande interesse!
Mas, no que a esta matéria respeita,cada vez estou mais confusa: numa 1ª fase parecia estar concretizada a ajuda externa a Portugal, a vinda de entidades reguladoras também firmou esse cenário.
Agora fala-se que pode não haver ajuda: a Finlândia está contra! Parece que a Alemanha também não está muito segura (então e o discurso anterior do presidente alemão?)
E aquela observação que fez: "Deve de ser assim:
Manter tudo de bom e de melhor para esses...classe política...e lixar ainda mais os que já quase nada tem." tinha eu esperança que fosse doutra forma.
Que nos dizem as anteriores passagens do FMI? Eu desconheço, mas se calhar servirão de exemplo, digo eu!
Na bolsa, como na vida, referenciar o passado e perspectivar o futuro.
- Mensagens: 75
- Registado: 29/11/2007 2:31
- Localização: Loulé
Acho extraordinário o comentário/artigo do quanto lucra o FMI no resgate. Se calhar era melhor esperar que alguém quisesse cá meter dinheiro a preço mais barato e deixar que os juros subissem a 25% porque ninguém cá mete dinheiro nem a esse preço. Este pessoal não tem mesmo a noção. De facto não se entende porquê que há malucos (o FMI!) a querer enterrar dinheiro neste país.
Debaixo do colçhão é que ele está seguro! 

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
Dinheiro sai dos certificados de Aforro ao ritmo mais elevado de sempre
Nunca tinha saído tanto dinheiro dos certificados de Aforro (CA), num mês. Os portugueses resgataram 346 milhões de euros em Março, elevando para 750 milhões o valor total retirado deste produto de poupança do Estado nos primeiros três meses de 2011.
O ritmo de fuga dos CA está a acelerar. Depois dos 182 milhões retirados em Janeiro, e dos 259 milhões em Fevereiro, no mês de Março o saldo líquido entre novas subscrições e resgates foi negativo em 312 milhões. É o saldo mensal mais negativo desde que os CA foram lançados.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=479533
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
O Problema de Portugal não se limita apenas ao endividamento do País mas é muito mais grave do que isso,é toda uma construção economica de um País sob um visão errada,
As dos baixos salarios,
da dependencia da UE,
manter uma classe empresarial satelite do estado,
Acabar com a Industria, a Pesca,a Agricultura.
E governar em função das eleições seguintes,ignorando o essencial e gastando muito no superfluo
Temos uma população presa aos emprestimos para um bem de 1º necessidade "A Casa" porque ao longo dos anos nunca os governos resolveram o problema da habitação transformaram o direito constituçional de resolver este assunto passando o tema para o povo que sem opção comprava,e cada vez mais longe para ser barato e assim muita gente saia a ganhar menos o País,hoje temos as cidades desertas a noite temos gente que poderia ate procurar trabalhos em outras localidades e esta presa porque comprou casa e os custo dos transportes são cada vez maiores, retirando tempo e dinheiro as populações distantes dos locais de trabalho manteve-se uma economia baseada em baixo salarios porque assim muitos ganhavam rios de dinheiros e porque com uma baixa especialização o poder reinvincativo seria baixo e esqueceram-se que o mundo não só Portugal e outros fazem mais barato,hoje o Pais esta amarrado porque com salarios baixos muitas alternativos morrem a nascença,A UE passou a ser o eldorado da classe politica, aceitando tudo em troca de dinheiro que durante anos tem sido esbanjado em brinquedos que não fazem falta, é gastar a grande em carros "28,000" pertencentes ao estado é cartões de frota,é cartões de credito, á altissimas reformas para as elites bastando pouco anos para as alcançar mas afirmando que o povo tem de se reformar cada vez mais tarde, ou seja o governo e os orgãos publicos cuja obrigatoriedade e servir o povo acontece o contrario.
Temos um ideia errada de trabalho,é frequente ser-se analisado muito mais em função do fato e da gravata do que pela capacidade e conhecimentos,desperdiça-se força de trabalho e conhecimento adquirido em função do anos porque se é considerado velho, incrivel quer-se a reforma aos 67 e depois dizem que é velho se tiver 40 que se pode esperar de um País com esta mentatalidade.
Depois tem-se uma ideia errado do que gestão ou direcção veve-se com os mesmos padrões do passado o dos chicote,"Eu sou o chefe eu penso a voces compete obeceder" é assim que funciona em Portugal muita empresa grande o pequena e ate nas ofertas de emprego se percebe o quanto é apreciado esta mentalidade que so provoca um produtividade caduca.
Com uma politica salarial onde que trabalha muito e se recebe sempre o mesmo mas os lucros são sempre destribuidos pelos mesmos.
As dos baixos salarios,
da dependencia da UE,
manter uma classe empresarial satelite do estado,
Acabar com a Industria, a Pesca,a Agricultura.
E governar em função das eleições seguintes,ignorando o essencial e gastando muito no superfluo
Temos uma população presa aos emprestimos para um bem de 1º necessidade "A Casa" porque ao longo dos anos nunca os governos resolveram o problema da habitação transformaram o direito constituçional de resolver este assunto passando o tema para o povo que sem opção comprava,e cada vez mais longe para ser barato e assim muita gente saia a ganhar menos o País,hoje temos as cidades desertas a noite temos gente que poderia ate procurar trabalhos em outras localidades e esta presa porque comprou casa e os custo dos transportes são cada vez maiores, retirando tempo e dinheiro as populações distantes dos locais de trabalho manteve-se uma economia baseada em baixo salarios porque assim muitos ganhavam rios de dinheiros e porque com uma baixa especialização o poder reinvincativo seria baixo e esqueceram-se que o mundo não só Portugal e outros fazem mais barato,hoje o Pais esta amarrado porque com salarios baixos muitas alternativos morrem a nascença,A UE passou a ser o eldorado da classe politica, aceitando tudo em troca de dinheiro que durante anos tem sido esbanjado em brinquedos que não fazem falta, é gastar a grande em carros "28,000" pertencentes ao estado é cartões de frota,é cartões de credito, á altissimas reformas para as elites bastando pouco anos para as alcançar mas afirmando que o povo tem de se reformar cada vez mais tarde, ou seja o governo e os orgãos publicos cuja obrigatoriedade e servir o povo acontece o contrario.
Temos um ideia errada de trabalho,é frequente ser-se analisado muito mais em função do fato e da gravata do que pela capacidade e conhecimentos,desperdiça-se força de trabalho e conhecimento adquirido em função do anos porque se é considerado velho, incrivel quer-se a reforma aos 67 e depois dizem que é velho se tiver 40 que se pode esperar de um País com esta mentatalidade.
Depois tem-se uma ideia errado do que gestão ou direcção veve-se com os mesmos padrões do passado o dos chicote,"Eu sou o chefe eu penso a voces compete obeceder" é assim que funciona em Portugal muita empresa grande o pequena e ate nas ofertas de emprego se percebe o quanto é apreciado esta mentalidade que so provoca um produtividade caduca.
Com uma politica salarial onde que trabalha muito e se recebe sempre o mesmo mas os lucros são sempre destribuidos pelos mesmos.
- Mensagens: 302
- Registado: 14/11/2006 17:47
rpmt Escreveu:assim como pretender flexiblilizar ainda mais o despedimento, mas num País onde se considera as pessoas velhas depois do 30 sendo muito dificil arranjar emprego apos essa idade,
Engraçado, eu quando defendo a liberalização da lei laboral é precisamente esse o argumento que uso: este é um país que considera as pessoas com 30 (ou vá 40 anos) já velhas.
Essas pessoas velhas que estão desempregadas são precisamente as que têm a ganhar com a flexibilização.
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Estas receitas que ja vêm preparadas de outros lugares, deviam e 1º lugar perceber-se como é a realidade em cada País.
Uma das hipoteses que falam é de baixar salarios no privado, mas não esquecer que o nosso nivel salarial é baixo mesmo no privado, inflação a subir ordenados a baixar e com o desemprego a subir os custos nas familias ainda vão ser maiores pois têm de suportar muitas vezes os familiares desempregados e isso vai-se refectir no consumo interno cuja tendência deve ser diminuir,logo o crescimento será muito reduzido ou menor que durante muito tempo assim como pretender flexiblilizar ainda mais o despedimento, mas num País onde se considera as pessoas velhas depois do 30 sendo muito dificil arranjar emprego apos essa idade,aumentando o desemprego esta-se a criar uma bola de neve e ainda com uma natalidade das mais baixas e com todos estes problemas,se tudo isto não for levado em conta estas situações vão estourar daqui a muito pouco tempo.
Uma das hipoteses que falam é de baixar salarios no privado, mas não esquecer que o nosso nivel salarial é baixo mesmo no privado, inflação a subir ordenados a baixar e com o desemprego a subir os custos nas familias ainda vão ser maiores pois têm de suportar muitas vezes os familiares desempregados e isso vai-se refectir no consumo interno cuja tendência deve ser diminuir,logo o crescimento será muito reduzido ou menor que durante muito tempo assim como pretender flexiblilizar ainda mais o despedimento, mas num País onde se considera as pessoas velhas depois do 30 sendo muito dificil arranjar emprego apos essa idade,aumentando o desemprego esta-se a criar uma bola de neve e ainda com uma natalidade das mais baixas e com todos estes problemas,se tudo isto não for levado em conta estas situações vão estourar daqui a muito pouco tempo.
- Mensagens: 302
- Registado: 14/11/2006 17:47
Poul Thomsen lidera equipa do FMI em Portugal
A equipa do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Portugal será liderada pelo dinamarquês Poul Thomsen, o mesmo responsável que dirigiu as negociações do fundo com a Grécia e a Islândia, confirmou um porta-voz do Fundo.
O nome foi divulgado no mesmo dia em que se soube que técnicos do FMI já estão em Lisboa, a analisar as contas portuguesas, um dia antes do previsto.
...
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/ger ... -5238.html
O nome foi divulgado no mesmo dia em que se soube que técnicos do FMI já estão em Lisboa, a analisar as contas portuguesas, um dia antes do previsto.
...
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/ger ... -5238.html
- Anexos
-
- 215.gif (7.49 KiB) Visualizado 6587 vezes
FMI avisa: vem aí um ajustamento «muito duro»
Portugal, tal como a Grécia e a Irlanda, enfrenta ajustamentos orçamentais que serão «muito duros» e que levarão muito tempo a realizar, avisou esta segunda-feira Olivier Blanchard, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), numa conferência em Washington.
No mesmo dia em que o Fundo divulgou o World Economic Outlook, o economista avisou ainda, citado pela Reuters, que a ajuda planeada para os três países se baseia na assunção de que os mesmos vão honrar as garantias dadas e considerou que as ajudas acordadas com os outros dois países «tem sido um bom negócio para eles até agora».
Nas previsões agora apresentadas para a economia global, o FMI aponta para que a recessão em Portugal se mantenha até 2012, com uma contracção de 1,5% este ano e de 0,5% no próximo. A taxa de desemprego, revela, deverá atingir os 12,4% em 2012.
O responsável abordou também a situação espanhola, considerando que Espanha tomou medidas significativas para resolver os problemas da economia. «Neste momento, Espanha está a fazer as coisas certas. Em geral, Espanha é percepcionada como estando a ter um desempenho relativamente bom», afirmou, acrescentando, no entanto, que ainda existe espaço para uma maior desvalorização dos imóveis no país vizinho.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/ger ... -5238.html
No mesmo dia em que o Fundo divulgou o World Economic Outlook, o economista avisou ainda, citado pela Reuters, que a ajuda planeada para os três países se baseia na assunção de que os mesmos vão honrar as garantias dadas e considerou que as ajudas acordadas com os outros dois países «tem sido um bom negócio para eles até agora».
Nas previsões agora apresentadas para a economia global, o FMI aponta para que a recessão em Portugal se mantenha até 2012, com uma contracção de 1,5% este ano e de 0,5% no próximo. A taxa de desemprego, revela, deverá atingir os 12,4% em 2012.
O responsável abordou também a situação espanhola, considerando que Espanha tomou medidas significativas para resolver os problemas da economia. «Neste momento, Espanha está a fazer as coisas certas. Em geral, Espanha é percepcionada como estando a ter um desempenho relativamente bom», afirmou, acrescentando, no entanto, que ainda existe espaço para uma maior desvalorização dos imóveis no país vizinho.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/ger ... -5238.html
«Ajuda» tem contrapartidas
Quanto lucra FMI com resgate de Portugal?
São 520 milhões de euros para o Fundo Monetário Internacional e 1.060 milhões para os países europeus. É esta a verba que eles vão arrecadar com o resgate financeiro de Portugal.
Uma factura que pode ser ainda maior dada a subida dos juros decretada este mês pelo Banco Central Europeu. É que com o agravamento da taxa de juro de referência, FMI e a União Europeia poderão ter de suportar mais custos na hora de irem ao mercado buscar dinheiro para a economia nacional.
O resgate português anda à volta dos 80 mil milhões de euros, dos quais 20.800 serão emprestados pelo FMI. Portugal também se ajuda a si próprio, tal como aconteceu na Irlanda, com 16.800 milhões.
Só que a «ajuda» tem contrapartidas: juros de 3.470 milhões de euros, decorrentes de uma taxa de juro final de 5,5%, segundo o «Diário de Notícias». O jornal faz notar que esse valor é inferior ao que foi cobrado à Irlanda.
Ora o lucro do FMI e da UE no auxílio que prestam a Portugal resulta da diferença entre a aplicação dessa taxa de juro e o custo de financiamento com o resgate (na ordem dos 3%). Mas as duas percentagens podem estar subavaliadas, dizem fontes de Bruxelas, que alertam para a escalada das Euribor.
Enquanto isso, Portugal vai ser submetido a uma terapia de choque: o FMI aterra já esta terça-feira no país e traz na bagagem exigências; e Bruxelas avisou logo na semana passada que, embora o PEC 4 seja o ponto de partida para as negociações, é apenas o começo.
Mesmo que venha a ser a oposição a governar, no caso de ganhar as eleições de Junho, terão de ser cumpridas as promessas de austeridade.
São 520 milhões de euros para o Fundo Monetário Internacional e 1.060 milhões para os países europeus. É esta a verba que eles vão arrecadar com o resgate financeiro de Portugal.
Uma factura que pode ser ainda maior dada a subida dos juros decretada este mês pelo Banco Central Europeu. É que com o agravamento da taxa de juro de referência, FMI e a União Europeia poderão ter de suportar mais custos na hora de irem ao mercado buscar dinheiro para a economia nacional.
O resgate português anda à volta dos 80 mil milhões de euros, dos quais 20.800 serão emprestados pelo FMI. Portugal também se ajuda a si próprio, tal como aconteceu na Irlanda, com 16.800 milhões.
Só que a «ajuda» tem contrapartidas: juros de 3.470 milhões de euros, decorrentes de uma taxa de juro final de 5,5%, segundo o «Diário de Notícias». O jornal faz notar que esse valor é inferior ao que foi cobrado à Irlanda.
Ora o lucro do FMI e da UE no auxílio que prestam a Portugal resulta da diferença entre a aplicação dessa taxa de juro e o custo de financiamento com o resgate (na ordem dos 3%). Mas as duas percentagens podem estar subavaliadas, dizem fontes de Bruxelas, que alertam para a escalada das Euribor.
Enquanto isso, Portugal vai ser submetido a uma terapia de choque: o FMI aterra já esta terça-feira no país e traz na bagagem exigências; e Bruxelas avisou logo na semana passada que, embora o PEC 4 seja o ponto de partida para as negociações, é apenas o começo.
Mesmo que venha a ser a oposição a governar, no caso de ganhar as eleições de Junho, terão de ser cumpridas as promessas de austeridade.
As célebres declarações dos banqueiros que exigiram o valor de pelo menos 15.000 milhões para resolver compromissos de curto prazo!
O FEEF/FMI vêem resolver o quê? o problema dos Bancos? ou o problema do Estado!
Aquilo que me parece é que o Estado não pode resolver o problema dos bancos porque está à rasca com as pensões, funcionários públicos e mais todas aquelas empresas de transportes falidas!
Começo a acreditar que para os bancos só resta a falência!
O FEEF/FMI vêem resolver o quê? o problema dos Bancos? ou o problema do Estado!
Aquilo que me parece é que o Estado não pode resolver o problema dos bancos porque está à rasca com as pensões, funcionários públicos e mais todas aquelas empresas de transportes falidas!
Começo a acreditar que para os bancos só resta a falência!
- Mensagens: 2033
- Registado: 3/5/2007 13:55
- Localização: LISBOA
Alemanha também recebe avisos do FMI
O Fundo Monetário Internacional não tem as atenções concentradas só em Portugal, o terceiro país a ser socorrido pela instituição. O director-geral do FMI apelou à Alemanha para que resolva os problemas no sector bancário, nomeadamente os dos bancos públicos regionais.
...
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fin ... -1729.html
...
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fin ... -1729.html
Afinal o ESCUDO era um trunfo....
Mas a consolidação das contas públicas não é a única receita. É também preciso repor a economia, como um todo, no caminho da competitividade e da sustentabilidade, e aí, inclui-se também o sector privado, ou seja os cortes salariais podem chegar às empresas.
O remédio que hoje não podemos usar, foi aquele a que recorremos na década de 80: a última vez em que o FMI veio a Portugal, o país ainda contava com um trunfo, que hoje não tem - o escudo. O Governo pôde desvalorizar a moeda e tornar o país e as exportações mais atractivas para os estrangeiros. Desta vez, com o euro, isso não é uma possibilidade.
Por isso, o único trunfo que resta é a política de rendimentos: vai ser preciso favorecer a competitividade das empresas e para isso só baixando os salários.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/ger ... -5238.html
O remédio que hoje não podemos usar, foi aquele a que recorremos na década de 80: a última vez em que o FMI veio a Portugal, o país ainda contava com um trunfo, que hoje não tem - o escudo. O Governo pôde desvalorizar a moeda e tornar o país e as exportações mais atractivas para os estrangeiros. Desta vez, com o euro, isso não é uma possibilidade.
Por isso, o único trunfo que resta é a política de rendimentos: vai ser preciso favorecer a competitividade das empresas e para isso só baixando os salários.
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/ger ... -5238.html
Um outro compromisso a assumir pelo Estado português poderá ser o de impor novos cortes nos salários da Função Pública: até agora os cortes foram, em média, de 5% dos salários acima dos 1500 euros.
Mas poderá haver também a necessidade de apresentar novos cortes nas prestações sociais, que podem envolver subsídios mas também pensões: os mesmos cortes que levaram ao chumbo do PEC 4.
Além de corrigir as contas públicas, também é preciso devolver a competitividade à economia. E que não se iluda quem não trabalha para o Estado: o corte de salários pode chegar também às empresas e afectar os trabalhadores do sector privado.
A julgar pelos exemplos da Grécia e Irlanda, as medidas serão severas. Cortar a despesa do Estado vai ser a palavra de ordem, e por isso poderá haver um corte no número de funcionários públicos, e os salários da função pública e as pensões não deverão escapar à tesoura do Fundo. Os subsídios de Natal e de férias também poderão encolher, desaparecer ou ser pagos em títulos de dívida pública em vez de dinheiro. Tudo é possível.
Mas poderá haver também a necessidade de apresentar novos cortes nas prestações sociais, que podem envolver subsídios mas também pensões: os mesmos cortes que levaram ao chumbo do PEC 4.
Além de corrigir as contas públicas, também é preciso devolver a competitividade à economia. E que não se iluda quem não trabalha para o Estado: o corte de salários pode chegar também às empresas e afectar os trabalhadores do sector privado.
A julgar pelos exemplos da Grécia e Irlanda, as medidas serão severas. Cortar a despesa do Estado vai ser a palavra de ordem, e por isso poderá haver um corte no número de funcionários públicos, e os salários da função pública e as pensões não deverão escapar à tesoura do Fundo. Os subsídios de Natal e de férias também poderão encolher, desaparecer ou ser pagos em títulos de dívida pública em vez de dinheiro. Tudo é possível.
O que o FMI nos vai obrigar a fazer
Para receber ajuda, Portugal poderá ter que assumir mais cortes nos salários e nas prestações sociais e o congelamento do salário mínimo nacional.
A ajuda externa pode atingir, numa primeira fase, um montante a rondar os 25 mil milhões de euros, dinheiro que poderá estar disponível já no próximo mês.
No total, a ajuda pode ultrapassar os 90 mil milhões de
euros, em números redondos quase 9 mil euros por cada português.
Mas para que o dinheiro chegue é preciso dar garantias, e entre elas podem estar o congelamento do salário mínimo nacional, uma hipótese que constava já do PEC 4, e que pode agora ser recuperada. O salário mínimo ficará então em 485 euros, ficando pelo caminho os dois aumentos intercalares que chegaram a estar previstos para este ano.
...
A ajuda externa pode atingir, numa primeira fase, um montante a rondar os 25 mil milhões de euros, dinheiro que poderá estar disponível já no próximo mês.
No total, a ajuda pode ultrapassar os 90 mil milhões de
euros, em números redondos quase 9 mil euros por cada português.
Mas para que o dinheiro chegue é preciso dar garantias, e entre elas podem estar o congelamento do salário mínimo nacional, uma hipótese que constava já do PEC 4, e que pode agora ser recuperada. O salário mínimo ficará então em 485 euros, ficando pelo caminho os dois aumentos intercalares que chegaram a estar previstos para este ano.
...
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: acintra, Bing [Bot], darkreflection, Goya777, karaya75, latbal, Luzemburg, m-m, macau5m, MXMX, nunorpsilva, OCTAMA, Opcard33, PAULOJOAO, peterteam2, Pmart 1 e 195 visitantes