IRS. Leia as respostas do consultório financeiro às suas perguntas

[MarcoAntonio]

Melro, há muito que venho referindo que o padrão se tem vindo a inclinar mais fortemente para o pendão (o pendão que se encontrava igualmente na mesma análise em que referi pela primeira vez o H&S).

Eu sempre considerei os dois cenários e sempre estive atento aos dois. E à medida que as sessões foram passando fui-me inclinando cada vez mais para o pendão. É uma questão de ler atentamente o que eu tenho escrito...

Isso não impede que eu defenda que o cenário de possível H&S que ponderei tinha possibilidades de se realizar, dado que cumpria todos os requisitos básicos. Agora, nem todos os padrões que têm «pernas para andar» acabam por dar certo...

A Análise Técnica é assim mesmo. Sempre que realizo uma análise (e são muitas as que realizo <b>publicamente</b>, quer à EDP quer a outros títulos) estou consciente que a Análise pode não dar certo: os targets podem falhar, as figuras podem não funcionar, as linhas podem não se confirmar, etc...

Quem me conhece e me acompanha regularmente sabe <b>muito bem</b> qual é a minha postura perante a Análise Técnica e perante o Mercado.

[Melro]

Por finalmente reconhecer que o seu h and s falhou
bem hajas

[MarcoAntonio]

Cinzento, eu analiso os mercados há uns 3 anos, de forma praticamente diária, e <u>muito raramente me refiro a H&S</u>. A análise nada teve de hipocondríaco (se assim fosse, vería H&S todos os dias ou pelo menos... todas as semanas). O caldeirão existe há cerca de um ano e se falei umas 3 vezes em H&S neste período... foi muito!

Quanto ao facto da figura se ter começado a formar a meio da tendência, é uma observação não muito pertinente dado que normalmente o critério que é considerado, em termos técnicos, é o padrão «ter algo para inverter»: ora, quando o padrão se completou, a cotação encontrava-se sensivelmente a 70% de todo o movimento. Havia uma tendência (e uma valorização) mais do que suficientes para se poder considerar um padrão de inversão.

Vários são os padrões que se começam a desenvolver a meio ou a 2/3 da tendência. Começam-se a formar, portanto, muito antes de se completarem e de darem o sinal efectivo de inversão (um exemplo bastante evidente, além do H&S, é o BARR).

Devo ainda referir que tenho visto em artigos e livros de autores conceituados, considerar-se H&S que se começaram a formar praticamente no início da tendência mas que acabaram por se completar bem acima (neste aspecto chamo atenção para o particular de se poder verificar um grande desnivelamento entre o início do ombro esquerdo e o início da cabeça e relembro que o (local do) início do ombro esquerdo não é relevante para o desenvolvimento da figura.

Quando me referi à possibilidade de um H&S, referi-me na mesma altura a uma possível consolidação em pendão ou bandeira. Pelo menos, um dos padrões estava condenado ao fracasso e à medida que o tempo foi passando fui defendendo que o padrão se estava a inclinar mais para um pendão...

Uma observação final e bastante pertinente: todos os padrões são falíveis; o facto do H&S não ter funcionado não significa que não esteja lá. Para mim ele está lá claramente, a formação existiu... no entanto, falhou!

[Cinzento]

Lembrei-me de um episódio recorrente , nos jovens estudantes de medicina. Acontece variadissimas vezes que estes por consequencia dos estudos da sintomatologia e desenvolvimento da capacidade de diagnostico, muitos acabam hipocondriacos. Ou seja, por tanto estudar este e aquele sintoma ao pormenor , excedem-se em cuidados e acabam por com uma simples dor no peito pensarem sériamente que estão a ter um enfarte de miocárdio.Bem,este fenómeno tende a passar com a experiencia, e com o bom senso adequirido ao longo do exercicio da profissao.

Tudo isto porquê?

Porque me parece , de todo , que considerar a hipótese da existencia de um H & S, assemelha-se ao jovem estudante de medicina que na primeira dor conclui por algo grave.
Senão vejamos: Um h& S , independentemente das particularidades que subjazem á sua validade , nomeadamente o volume - seu grande garante , conota-se como sendo um padrão de inversão de tendencia. Logo deverá aparecer sómente no expoente máximo da tendencia.....Ora, o dito em questão, começa a formar-se a meio da mesma ...conforme assinalado, no rectangulo.....na elipse fica o que remanesce da figura e o bom senso para quem dele fizer uso.

Um caso claro de "hipócondriaca" análise !!


Cumprimentos
Cinzento

[Ulisses Pereira]

Marco,

Eu sou mais exigente na questão dos volumes dos Head & Shoulders. Só considero como válidos, aqueles cujo volume do ombro esquerdo sejam os mais fortes da figura e o volume vá decrescendo na cabeça e no ombro direito.

Apenas considero estes H&S pois ao longo dos anos, sempre que identificava outros H&S o grau de falha deles era bastante elevado. Comecei, por isso, a apertar ainda mais os meus critérios.

Um abraço,
Ulisses

[MarcoAntonio]

Ulisses, o H&S respeita/respeitava a regra dos volumes.

O volume mais forte na cabeça é a segunda configuração mais habitual, sendo o H&S ainda perfeitamente válido desde que o volume no ombro esquerdo seja maior do que o volume no ombro direito. Estas características eram cumpridas naquela figura...

[Ulisses Pereira]

Kopas,

Não estou a conseguir abrir o Metastock (definitivamente, parece que vou ter que formatar o meu disco ) pelo que não consigo confirmar se unindo os últimos dois máximos relativos, ele toca neste último máximo da sessão de Quinta-feira. Se o fizer, pode estar mesmo formado um triângulo descendente.

Consequências? Quando se der a ruptura, o alvo do movimento será distanciado do valoe entre o vértice do triângulo (1,93) e o seu topo (2,14) 2,14-1,93= 0,21. Ou seja, no local da ruptura, há que adicionar (se a ruptura for ascendente) ou adicionar (caso seja descendente) 21 cêntimos e temos encontrado o alvo do movimento.

Quanto ao H&S, eu não concordo com ele, pois não respeita as regras do volume.

Um abraço,
Ulisses

[Visitante]

Ulisses,
Assim numa perspectica de CP, se traçarmos uma linha dos últimos 2 topos até à data, parece que formamos um triângulo, que implicações é que tal padrão teria no papel?

Por outro lado, será que aquele H&S ainda será válido?

Poderia tecer alguns comentários em relação a estas postas de pescada.

Um abraço.
Kopas

[Ulisses Pereira]

(estou com imensos problemas no meu PC que faz com que, por vezes, nem consiga visualizar gráficos. Apesar de já ter desenhado estes três gráficos logo a seguir ao seu post, só agora os consegui abrir para poder colocar aqui)

A minha opinião é praticamente neutra em relação ao curto prazo da EDP. Ela encontra-se sensivelmente a meio entre a resistência horizontal nos 1,93 euros e a resistência horizontal nos 2,14, pelo que é complicado prever o seu rumo.

Porque digo eu "praticamente neutra"? Porque eu estou muito optimista em relação ao médio/longo prazo da EDP depois da ruptura da belíssima base formada pela EDP durante largos meses (só mudarei esta opinião após um fecho abaixo dos 1,75 euros). Como tal, é natural que, apesar de neutro em relação ao curto prazo, o meu "bias" seja positivo devido à tendência de médio prazo.

Um abraço,
Ulisses

[MarcoAntonio]

Se a EDP se aguentar nesta faixa (2.00-2.03), o movimento parece-me favorável, até porque o volume caiu nas duas últimas sessões. Abaixo dos 2€ poderá esmorecer e iniciar um <i>downswing</i>. Se quebrar o pendão em alta e com volume (ver análises anteriores, de momento não disponho de gráficos) , poderá iniciar um movimento interessante...

[MSM]

Bom dia,

Temos vindo a assistir a uma consolidação da EDP em torno dos 2 Euros.
Será que vamos assistir a um BOM ou não?

Obrigado