Off Topic- Deolinda - "Parva que sou"
AutoMech Escreveu:Agora a questão é: se um filho decide ir para um curso que não tem mesmo saída (mas que é o seu sonho), devem os país fazer um enorme sacrifício para que ele tenha esse curso ?
Não sou ninguém para dizer o que é correcto ou errado na forma de lidar com os filhos. Mas no meu caso garantidamente que não o faria.
Se os meus filhos quiserem continuar a estudar após o 12º (espero e desejo que sim), têm que "vender-me" o curso, como alguém que vai ao banco apresentar um plano de negocio para obter financiamento para abrir uma empresa.


"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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Muito bom post mais_um.
Isto cruza-se com o que o Artista referiu. O não sustentar depois, parece óbvio (deita-te na cama que fizeste).
Agora a questão é: se um filho decide ir para um curso que não tem mesmo saída (mas que é o seu sonho), devem os país fazer um enorme sacrifício para que ele tenha esse curso ?
O meu também. E já me começa a falar em comprar acções. No outro dia andava-me a ver as acções das coisas que a malta da idade dele conhece, tipo Nike, Adidas, Apple, Google, à procura de marcas de cereais e de bolachas, a perguntar se o Facebook estava na bolsa...
E lá tive que lhe explicar que uma acção de 100$ não é necessariamente melhor que uma de 25$
mais_um Escreveu:Se ele decidir ser canalizador ou outra coisa qualquer é com ele, desde que seja feliz, agora não espere é que eu ande a sustentá-lo.
Isto cruza-se com o que o Artista referiu. O não sustentar depois, parece óbvio (deita-te na cama que fizeste).
Agora a questão é: se um filho decide ir para um curso que não tem mesmo saída (mas que é o seu sonho), devem os país fazer um enorme sacrifício para que ele tenha esse curso ?
mais_um Escreveu:No outro dia perguntei ao mais velho o que ele queria fazer com o dinheiro que o avô lhe tinha dado, queria ficar com ele no mealheiro ou ir para a conta dele no banco, resposta dele: vai para o banco.
O meu também. E já me começa a falar em comprar acções. No outro dia andava-me a ver as acções das coisas que a malta da idade dele conhece, tipo Nike, Adidas, Apple, Google, à procura de marcas de cereais e de bolachas, a perguntar se o Facebook estava na bolsa...

E lá tive que lhe explicar que uma acção de 100$ não é necessariamente melhor que uma de 25$

mais_um Escreveu:Aos meus filhos vou fazer exactamente o que o meu pai me fez. Ensinar a pescar, se não quiserem aprender é um problema deles, não vou ficar a sustentá-los.
O meu pai nunca foi uma pessoa de muitas palavras, até porque não o via muitas vezes, chegou a ter 3 trabalhos ao mesmo tempo (se há defeito que eu não posso apontar ao meu pai é ser calão, trabalhou até aos 78 anos). Sobre a escola ele disse-me, enquanto quiseres estudar não te falta nada, quando chumbares vais para as obras! Dava-me premios monetarios pelos bons e mto bons a partir do ciclo.
Outra coisa que ele me disse foi: "na cama que fizeres é na cama que te deitas, não contes comigo".
Quando tirei a carta, com 18 anos, paga por ele pedi-lhe o automovel para sair, resposta dele: Se tiveres um acidente tens dinheiro para pagar o arranjo do carro? Não, respondi eu. Comentário dele : Não ando eu a matar-me a trabalhar para tu estragares, quando tiveres dinheiro teu compras um carro. Assim foi, a 1ª vez que levei o carro sozinho foi quando o comprei ao meu pai (ele comprou um novo e vendeu-me o que ele tinha).
O meu filho mais velho, desde os 9 anos (quando passou para o 5º ano)que levou a "informação" sobre a importancia de estudar e o que pode significar no futuro dele.
Se ele decidir ser canalizador ou outra coisa qualquer é com ele, desde que seja feliz, agora não espere é que eu ande a sustentá-lo.
Uma vez cheguei a casa estava a minha mulher furiosa, perguntei porquê, ela disse-me que naquela semana era o 3º par de calças que vinha rasgado para casa. Chamei-o e disse-lhe que o proximo que aparecesse rasgado era ele que pagava do mealheiro (dinheiro) dele. Já passaram 4 anos e nunca mais apareceram calças rasgadas.
Ele e o irmão estragaram a PS, por falta de cuidado, caiu tantas vezes no chão que acabou por estragar-se. Compraram uma nova mas com o dinheiro deles.
No outro dia perguntei ao mais velho o que ele queria fazer com o dinheiro que o avô lhe tinha dado, queria ficar com ele no mealheiro ou ir para a conta dele no banco, resposta dele: vai para o banco.
Todos nós tentamos fazer o melhor, só que por vezes em vez de ajudarmos estamos a prejudica-los.
A educação que tiveste e que tentas transmitir aos teus filhos não é muito diferente da que o meu pai me deu... tivessem todos as crianças deste país pais que se importassse tanto com os seus filhos e seríamos uma nação bem mais desenvolvida!
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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mais_um Escreveu:Aos meus filhos vou fazer exactamente o que o meu pai me fez. Ensinar a pescar, se não quiserem aprender é um problema deles, não vou ficar a sustentá-los.
O meu pai nunca foi uma pessoa de muitas palavras, até porque não o via muitas vezes, chegou a ter 3 trabalhos ao mesmo tempo (se há defeito que eu não posso apontar ao meu pai é ser calão, trabalhou até aos 78 anos). Sobre a escola ele disse-me, enquanto quiseres estudar não te falta nada, quando chumbares vais para as obras! Dava-me premios monetarios pelos bons e mto bons a partir do ciclo.
Outra coisa que ele me disse foi: "na cama que fizeres é na cama que te deitas, não contes comigo".
Quando tirei a carta, com 18 anos, paga por ele pedi-lhe o automovel para sair, resposta dele: Se tiveres um acidente tens dinheiro para pagar o arranjo do carro? Não, respondi eu. Comentário dele : Não ando eu a matar-me a trabalhar para tu estragares, quando tiveres dinheiro teu compras um carro. Assim foi, a 1ª vez que levei o carro sozinho foi quando o comprei ao meu pai (ele comprou um novo e vendeu-me o que ele tinha).
O meu filho mais velho, desde os 9 anos (quando passou para o 5º ano)que levou a "informação" sobre a importancia de estudar e o que pode significar no futuro dele.
Se ele decidir ser canalizador ou outra coisa qualquer é com ele, desde que seja feliz, agora não espere é que eu ande a sustentá-lo.
Uma vez cheguei a casa estava a minha mulher furiosa, perguntei porquê, ela disse-me que naquela semana era o 3º par de calças que vinha rasgado para casa. Chamei-o e disse-lhe que o proximo que aparecesse rasgado era ele que pagava do mealheiro (dinheiro) dele. Já passaram 4 anos e nunca mais apareceram calças rasgadas.
Ele e o irmão estragaram a PS, por falta de cuidado, caiu tantas vezes no chão que acabou por estragar-se. Compraram uma nova mas com o dinheiro deles.
No outro dia perguntei ao mais velho o que ele queria fazer com o dinheiro que o avô lhe tinha dado, queria ficar com ele no mealheiro ou ir para a conta dele no banco, resposta dele: vai para o banco.
Todos nós tentamos fazer o melhor, só que por vezes em vez de ajudarmos estamos a prejudica-los.
Gostei do teu post e da forma como tentas responsabilizar teus filhos.
Eu acredito que em qualquer situação, eles precisam de serem encarados com escolhas e decisões. Quantas mais vezes eles forem solicitados a responderem aos estímulos, melhor eles estarão preparados. Proteger é o pior erro que existe. Será adiar o inevitável... eles serem donos das suas escolhas.
Com esse princípio tento passar o sentido de responsabilidade em cada opção e isto deve ser praticado o mais cedo possível.
Abraço,
Mares.
ps- recordo perfeitamente desses avisos dos meus pais ..."se reprovares vais trabalhar para as obras" ou "a cama que fizeres, nela te deitarás"... Não se esqueçem nunca.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Aos meus filhos vou fazer exactamente o que o meu pai me fez. Ensinar a pescar, se não quiserem aprender é um problema deles, não vou ficar a sustentá-los.
O meu pai nunca foi uma pessoa de muitas palavras, até porque não o via muitas vezes, chegou a ter 3 trabalhos ao mesmo tempo (se há defeito que eu não posso apontar ao meu pai é ser calão, trabalhou até aos 78 anos). Sobre a escola ele disse-me, enquanto quiseres estudar não te falta nada, quando chumbares vais para as obras! Dava-me premios monetarios pelos bons e mto bons a partir do ciclo.
Outra coisa que ele me disse foi: "na cama que fizeres é na cama que te deitas, não contes comigo".
Quando tirei a carta, com 18 anos, paga por ele pedi-lhe o automovel para sair, resposta dele: Se tiveres um acidente tens dinheiro para pagar o arranjo do carro? Não, respondi eu. Comentário dele : Não ando eu a matar-me a trabalhar para tu estragares, quando tiveres dinheiro teu compras um carro. Assim foi, a 1ª vez que levei o carro sozinho foi quando o comprei ao meu pai (ele comprou um novo e vendeu-me o que ele tinha).
O meu filho mais velho, desde os 9 anos (quando passou para o 5º ano)que levou a "informação" sobre a importancia de estudar e o que pode significar no futuro dele.
Se ele decidir ser canalizador ou outra coisa qualquer é com ele, desde que seja feliz, agora não espere é que eu ande a sustentá-lo.
Uma vez cheguei a casa estava a minha mulher furiosa, perguntei porquê, ela disse-me que naquela semana era o 3º par de calças que vinha rasgado para casa. Chamei-o e disse-lhe que o proximo que aparecesse rasgado era ele que pagava do mealheiro (dinheiro) dele. Já passaram 4 anos e nunca mais apareceram calças rasgadas.
Ele e o irmão estragaram a PS, por falta de cuidado, caiu tantas vezes no chão que acabou por estragar-se. Compraram uma nova mas com o dinheiro deles.
No outro dia perguntei ao mais velho o que ele queria fazer com o dinheiro que o avô lhe tinha dado, queria ficar com ele no mealheiro ou ir para a conta dele no banco, resposta dele: vai para o banco.
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O meu pai nunca foi uma pessoa de muitas palavras, até porque não o via muitas vezes, chegou a ter 3 trabalhos ao mesmo tempo (se há defeito que eu não posso apontar ao meu pai é ser calão, trabalhou até aos 78 anos). Sobre a escola ele disse-me, enquanto quiseres estudar não te falta nada, quando chumbares vais para as obras! Dava-me premios monetarios pelos bons e mto bons a partir do ciclo.
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O meu filho mais velho, desde os 9 anos (quando passou para o 5º ano)que levou a "informação" sobre a importancia de estudar e o que pode significar no futuro dele.
Se ele decidir ser canalizador ou outra coisa qualquer é com ele, desde que seja feliz, agora não espere é que eu ande a sustentá-lo.
Uma vez cheguei a casa estava a minha mulher furiosa, perguntei porquê, ela disse-me que naquela semana era o 3º par de calças que vinha rasgado para casa. Chamei-o e disse-lhe que o proximo que aparecesse rasgado era ele que pagava do mealheiro (dinheiro) dele. Já passaram 4 anos e nunca mais apareceram calças rasgadas.
Ele e o irmão estragaram a PS, por falta de cuidado, caiu tantas vezes no chão que acabou por estragar-se. Compraram uma nova mas com o dinheiro deles.
No outro dia perguntei ao mais velho o que ele queria fazer com o dinheiro que o avô lhe tinha dado, queria ficar com ele no mealheiro ou ir para a conta dele no banco, resposta dele: vai para o banco.
Todos nós tentamos fazer o melhor, só que por vezes em vez de ajudarmos estamos a prejudica-los.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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pvg80713 Escreveu:o que eu vou fazer se me acontecer não sei. mas tenho muito medo ! ai isso tenho !
Pois, a tua posição parece-me sensata e real... o mesmo não posso dizer das muitas que passam a idéia que isto se resolve simplesmente por escolher bem o curso, o problema é muito mais vasto do que aquilo que muitos o estão a tratar...
Já agora, em 1988, quando entrei para Arquitectura, dizia-se que era um curso de futuro porque mais ano menos anos os Engenheiros Cívis deixariam de poder assinar projectos de arquitectura, ainda hoje, passados 23 anos, isso não foi totalmente irradicado, e julgo que foi muito por essa "idéia" que se criaram cursos de arquitectura em todas as universidades privadas (a primeira a ter foi a Lusiada desde 1987)!
AutoMech Escreveu:Mas isso responde à tua pergunta para o pvg "Até que ponto o vais influenciar a fazê-lo?"
Não acho que responda e mesmo que respondesse seria a minha resposta, eu queria era a do pvg. Duvido que a resposta de todos seja a mesma, se for não faz muito sentido para mim o que alguns têm defendido!
AutoMech Escreveu:Não financiar um curso, que se prevê condenado ao desemprego, pode ser uma forma de influenciar e deixar nas mãos dele se quer ir trabalhar para tirar o curso dos seus sonhos.
Ok, não sei se tens filhos e que idades têm, mas estás a imaginar-te a dizer a um filho teu que não o vais apoiar, nem financeiramente, para que ele siga a sua vocação e faça o curso que pretente? Eu não estou com toda a certeza, no máximo, farei todos os possíveis para o informar de tudo o que for possível, mas as opções serão dele!
AutoMech Escreveu:Ser pai e mãe não é só momentos bons. Dizer não é das coisas mais difíceis, mas por vezes necessárias.
Pois, a questão tem mais a ver como aquilo que cada um acha "necessário"... eu jamais deixaria de apoiar um filho no caminho que ele escolher, como disse, posso tentar influenciá-lo mas nunca deixarei de o apoiar no que puder... e duvido que tu e todos os outros não o façam quando essa ocasião chegar!

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Sei muito bem o esforço que muitas familias fazem para dar aos filhos aquilo que elas próprias não tiveram.Muitos aplicam as poupanças de uma vida de trabalho para o efeito de forma que nem culpo muito os pais.
Acontece é que nos últimos anos(10/15) banalizou-se o ensino superior em quantidade e qualidade e transformaram em negócio aquilo que devia ser maioritáriamente público e de qualidade.
Estive a vasculhar o site:
http://www.acessoensinosuperior.pt/inda ... II&frame=1
e encontra-se cada coisa de arrepiar.
Baixaram a qualidade com notas miseráveis de entrada,abriram privadas a dar cursos de caneta e papel e inundaram o mercado de gente pseudo-qualificada cujo destino final é o desemprego.
Este filme é mau demais para ser verdade,o pior é que já estreou e parece que têm casa cheia de norte a sul.
Acontece é que nos últimos anos(10/15) banalizou-se o ensino superior em quantidade e qualidade e transformaram em negócio aquilo que devia ser maioritáriamente público e de qualidade.
Estive a vasculhar o site:
http://www.acessoensinosuperior.pt/inda ... II&frame=1
e encontra-se cada coisa de arrepiar.
Baixaram a qualidade com notas miseráveis de entrada,abriram privadas a dar cursos de caneta e papel e inundaram o mercado de gente pseudo-qualificada cujo destino final é o desemprego.
Este filme é mau demais para ser verdade,o pior é que já estreou e parece que têm casa cheia de norte a sul.
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
carcanhol_II Escreveu:Boas
...os que querem ir para médicos.
a Medicina também não vai ser o que tem sido !
a minha filha de 15 anda no 10º. não sabe o que quer ser.
os casos de sucesso que vê são na sua maioria na Medicina...
por isso começou por dizer que queria ser médica... mas as nota são muito dificei, disse ela...
Em Espanha entras com 14 e pouco disse eu... e se for preciso mais entras na Republica Checa, custa muito dinheiro mas se for preciso vendo o couro e o cabelo (tudo menos as minhas acções do BCP !) para pagar, por isso penso que se for isso que queres não terás problemas......
agora já não sabe o que quer ser... mas Artes, ela própria me diz que só foram os amigos falhados...
penso que tenho que fazer isto pelos meus filhos porque eles acham que a minha geração de "vampiros" comeu tudo e não deixou nada !
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- Registado: 19/4/2005 11:11
artista Escreveu:Quanto à tua questão inicial, não me parece que a palavra "obrigação" tenha aqui alguma relevância, o que interessa é se estão ou não dispostos a financiar, mesmo que não concordem com a opção do filho! Obrigado obviamente ninguém é!
Mas isso responde à tua pergunta para o pvg "Até que ponto o vais influenciar a fazê-lo?"
Não financiar um curso, que se prevê condenado ao desemprego, pode ser uma forma de influenciar e deixar nas mãos dele se quer ir trabalhar para tirar o curso dos seus sonhos.
Ser pai e mãe não é só momentos bons. Dizer não é das coisas mais difíceis, mas por vezes necessárias.
artista Escreveu:pvg, a questão que te ponho é o que é que fazes? obrigas o teu filho a mudar de idéias? Até que ponto o vais influenciar a fazê-lo?
até que ponto ? boa pergunta.
não sei.
tento explicar-lhes se querem ter uma boa vida têm que ganhar dinheiro razoável...
mas...... eu vejo-me através dos meus amigos mais velhos...... e aí fico aterrorizado !
uns têm uma filha licenciada em Relações Internacionais ! ela tem tido imensas relações com vários tugas !
Não aceitou uma cunha arranjado pelo pai para ir trabalhar para um banco. Não quis ir trabalhar para a camara onde o pai tinha excelentes relações... e depois de um divórcio com 22 anos e um filho, decidiu apaixonar-se pelo seu chefe na Remax, e hoje é feliz e acredita que tem um excelente emprego !
(estou quase a vomitar)
Outro, pediu ao pai para ir estudar....... Direito... na Sorbonne ! O pai é dono de uma empresa farmaceutica ! mas o menino foi estudar Direito. Depois de 3 anos, achou que se queria dedicar à Musica.....
Ok, estamos a falar de malta com massa...
Um amigo meu, que a mulher é professora e ele trabalha numa companhia de seguros, conseguiram que o filho entrasse com esforço de uma vida para Economia, numa das melhores Universidade Publicas !
Grande caso de Sucesso !
mas....
o puto no final do primeiro ano.... achou que tinha vocação para...
Direito
e os pais..........
apoiaram !
o que eu vou fazer se me acontecer não sei. mas tenho muito medo ! ai isso tenho !
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- Registado: 19/4/2005 11:11
Boas
O esteriotipo que tenho relativamente a algus doutores e eng. é esse mesmo em particular os que querem ir para médicos.
Haverá com certeza alguns jovens que gastam a sua juventude a queimar pestanas, na esperança de ajudar outros seres humanos no seu sofrimento. Há com certeza. Mas há muito menino e menina que lutam pelo canudo de médico porque sabem que uns anos mais tarde o retorno vem sob a forma de um bom carro pessoal (Mercedes ou BMW topo de gama) ser proprietário de um bom apartemento ou vivenda. Em resumo andam á procura de "status", claro que nos intervalos lá teram de gramar com um gajo num corredor a gritar "ai! ai! ai!" ossos do oficio.
De resto há umas semanas comentámos um topico de um Sr Dr. a queixar-se de ter o ordenado reduzido. O problema dele era o de receber mênos 700 ou 800€, mas sobrando ainda uns 2500€ (ganha mesmo assim cinco vezes mais que um quinhentos eurista) e tem emprego garantido naquilo para o qual estudou.
Os comentários do Sr. Dr. bem espremidos e analizados tinham como ideia base, (na minha opinião) o óbvio que o jovem foi para médico para ganhar bem não para tratar a humanidade.
Estou convencido e acredito que a maioria dos jovens que tira um curso daqueles standard, dos que há decadas que são lecionados engenharias medicinas arqutectura etc, não de cursos com nomes esquesitos, por convicção e que no fim revela a sua vocação e talento para a materia terá sempre emprego e será bem sucedido.
Qualquer um de nós pode sonhar e investir num sonho e vocação, agora tem de ter presente que o seu sonho e vocação pode não ter utilidade alguma para a sociedade e e mercado de trabalho em geral.
Eu posso sonhar desde miudo ser um "indiana johnes", e lutar por isso. Agora tenho de ter a noção que o meu pais e a sociedade pode não precisar de ardeologos ou de não ter lugar para mais um né.
Quem vai tirar um curso superior já sabe ao que vai caso contrario anda cá a fazer o quê ver passar os comboios?
Um dos problemas do ensino superior hoje em dia está no excesso de licenciados produzidos na última decada, ou nas últimas duas decadas. Resultado do licenciamneto de "n" instituições de ensino superior com o único objectivo de dar canudos indiscriminadamente a um mar de jovens que queriam ser doutores, a troco de mensalidades/propinas bem caras para encher os bolsos a muita gente mediucre que de um dia para o outro passou a ter importância.
Veja-se o caso da Moderna, da Independente e outras. Verdadeiras fábricas de diplomas e de eng e doutores de copetência duvidosa. Eram um meio fácil de obeter canudos veja-se o caso muito falado e debatido do Eng. Socrates.
Temos o exemplo dos licenciados em direito. O bastonário tem falado no assunto mas como a verdade doi ninguém o que ouvir.
De há uns anos para cá o mercado de trabalho não tem capacidade para dar emprego a tando adevogado. No entanto nada se faz para travar a praga de licenciados em direito que saem todos os anos das faculdades.
Isto muito por culpa de haver "n" instituições a lecçionar o curso, criadas para absorver milhões e mensalidades a troco de mais um título de Sr. Dr. que ao fim de cinco anos anda por ai de nariz empinado só porque tem canudo mas não tem trabalho e acha-se com direito de recusar empregos vulgares só porque tem canudo.
Lecionar um curso de direito é bastante lucrativo, tem baixos custos, só precisa de salas professores e alunos pagantes, e calhamaços de 2 e 3kg para empinar. E como é mais fácil empinar que raciocinar, qualquer um cujos pais com mais ou mênos sacrifício possam dispender 300€ por mês pode ser licenciado em direito.
O pais é pequeno tem 10 milhões, um milhão são brasileiros, 2.5 são pensionistas se toda a gente quiser tirar direito alguém tem de ficar no desemprego não.
pvg80713 Escreveu:pensem num curso superior que dê para viver bem, um bom emprego com bom ordenado...
sei que em Portugal é dificil : a resposta é Engenharia, Gestão, Medicina e poucos mais.
O esteriotipo que tenho relativamente a algus doutores e eng. é esse mesmo em particular os que querem ir para médicos.
Haverá com certeza alguns jovens que gastam a sua juventude a queimar pestanas, na esperança de ajudar outros seres humanos no seu sofrimento. Há com certeza. Mas há muito menino e menina que lutam pelo canudo de médico porque sabem que uns anos mais tarde o retorno vem sob a forma de um bom carro pessoal (Mercedes ou BMW topo de gama) ser proprietário de um bom apartemento ou vivenda. Em resumo andam á procura de "status", claro que nos intervalos lá teram de gramar com um gajo num corredor a gritar "ai! ai! ai!" ossos do oficio.
De resto há umas semanas comentámos um topico de um Sr Dr. a queixar-se de ter o ordenado reduzido. O problema dele era o de receber mênos 700 ou 800€, mas sobrando ainda uns 2500€ (ganha mesmo assim cinco vezes mais que um quinhentos eurista) e tem emprego garantido naquilo para o qual estudou.
Os comentários do Sr. Dr. bem espremidos e analizados tinham como ideia base, (na minha opinião) o óbvio que o jovem foi para médico para ganhar bem não para tratar a humanidade.
Estou convencido e acredito que a maioria dos jovens que tira um curso daqueles standard, dos que há decadas que são lecionados engenharias medicinas arqutectura etc, não de cursos com nomes esquesitos, por convicção e que no fim revela a sua vocação e talento para a materia terá sempre emprego e será bem sucedido.
Qualquer um de nós pode sonhar e investir num sonho e vocação, agora tem de ter presente que o seu sonho e vocação pode não ter utilidade alguma para a sociedade e e mercado de trabalho em geral.
Eu posso sonhar desde miudo ser um "indiana johnes", e lutar por isso. Agora tenho de ter a noção que o meu pais e a sociedade pode não precisar de ardeologos ou de não ter lugar para mais um né.
Quem vai tirar um curso superior já sabe ao que vai caso contrario anda cá a fazer o quê ver passar os comboios?
Um dos problemas do ensino superior hoje em dia está no excesso de licenciados produzidos na última decada, ou nas últimas duas decadas. Resultado do licenciamneto de "n" instituições de ensino superior com o único objectivo de dar canudos indiscriminadamente a um mar de jovens que queriam ser doutores, a troco de mensalidades/propinas bem caras para encher os bolsos a muita gente mediucre que de um dia para o outro passou a ter importância.
Veja-se o caso da Moderna, da Independente e outras. Verdadeiras fábricas de diplomas e de eng e doutores de copetência duvidosa. Eram um meio fácil de obeter canudos veja-se o caso muito falado e debatido do Eng. Socrates.
Temos o exemplo dos licenciados em direito. O bastonário tem falado no assunto mas como a verdade doi ninguém o que ouvir.
De há uns anos para cá o mercado de trabalho não tem capacidade para dar emprego a tando adevogado. No entanto nada se faz para travar a praga de licenciados em direito que saem todos os anos das faculdades.
Isto muito por culpa de haver "n" instituições a lecçionar o curso, criadas para absorver milhões e mensalidades a troco de mais um título de Sr. Dr. que ao fim de cinco anos anda por ai de nariz empinado só porque tem canudo mas não tem trabalho e acha-se com direito de recusar empregos vulgares só porque tem canudo.
Lecionar um curso de direito é bastante lucrativo, tem baixos custos, só precisa de salas professores e alunos pagantes, e calhamaços de 2 e 3kg para empinar. E como é mais fácil empinar que raciocinar, qualquer um cujos pais com mais ou mênos sacrifício possam dispender 300€ por mês pode ser licenciado em direito.
O pais é pequeno tem 10 milhões, um milhão são brasileiros, 2.5 são pensionistas se toda a gente quiser tirar direito alguém tem de ficar no desemprego não.
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- Registado: 19/5/2010 11:51
- Localização: 16
Claro que pode, eu também faria isso e acho que todos devem fazer, informá-lo, dar-lhe opções. Eu nem quis transmitir nada de concreto, ou melhor, quis fazer-vos ver que essas questões não são tão simples e directas como já muitas vezes as vi aqui tratadas, neste e noutros tópicos...
Quanto à tua questão inicial, não me parece que a palavra "obrigação" tenha aqui alguma relevância, o que interessa é se estão ou não dispostos a financiar, mesmo que não concordem com a opção do filho! Obrigado obviamente ninguém é!
Quanto à tua questão inicial, não me parece que a palavra "obrigação" tenha aqui alguma relevância, o que interessa é se estão ou não dispostos a financiar, mesmo que não concordem com a opção do filho! Obrigado obviamente ninguém é!

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Artista, a pergunta pode ser feita ao contrário. Terão os pais a obrigação de financiar um curso (possivelmente) condenado ao desemprego ?
Um filho chega a casa e dizer que quer tirar a licenciatura em cinema.
Até pode vir a ser um Harrison Ford ou um Steven Spielberg, mas convenhamos que as probabilidades parecem-me bastante inferiores do que fazer vida, por exemplo, como gestor, engenheiro, médico, arquitecto, enfermeiro ou professor, ainda estas ultimas tenham uma taxa de desemprego razoável.
Ou seja, obrigar, provavelmente não pode obrigar, mas fazer com que vá ver os planos das licenciaturas, como disse o Mapaman, informar-se que saídas tiveram os alunos dos últimos anos, fazer lista de empresas ou entidades que recrutam esses cursos, quantos recrutam por ano, etc.
Ou seja, obrigá-lo a pensar no futuro, duma forma mais ou menos estruturada e não romântica, que é uma das obrigações dos pais.
Um filho chega a casa e dizer que quer tirar a licenciatura em cinema.
Até pode vir a ser um Harrison Ford ou um Steven Spielberg, mas convenhamos que as probabilidades parecem-me bastante inferiores do que fazer vida, por exemplo, como gestor, engenheiro, médico, arquitecto, enfermeiro ou professor, ainda estas ultimas tenham uma taxa de desemprego razoável.
Ou seja, obrigar, provavelmente não pode obrigar, mas fazer com que vá ver os planos das licenciaturas, como disse o Mapaman, informar-se que saídas tiveram os alunos dos últimos anos, fazer lista de empresas ou entidades que recrutam esses cursos, quantos recrutam por ano, etc.
Ou seja, obrigá-lo a pensar no futuro, duma forma mais ou menos estruturada e não romântica, que é uma das obrigações dos pais.
pvg, a questão que te ponho é o que é que fazes? obrigas o teu filho a mudar de idéias? Até que ponto o vais influenciar a fazê-lo?
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Concordo em absoluto com a opiniao expressa aqui pelo amigo artista. Acham que sera uma boa ideia alguem fazer medicina quando nao tem a minima vocaçao para aquilo so porque tem saida? Se toda a gente pensar desta forma daqui a uns tempos nao havera profissionais nas areas agora saturadas. Julgo que o problema nao se resolve fazendo com os nossos estudantes vao para os ditos cursos com saida. O problema e bem mais complexo que isso. Abraço.
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E acho muito bem !
O problema é que não temos uma sociadade à altura !
A especialização é muito importante, e ter cursos muito abrangentes, às vezes não é boa solução.
O problema é que não valorizamos as competencias ciÊntificas.
Apenas o ordenado que se vai dar.
SE OS PATRÕES (e politicos) em Porugal fossem TODOS fulminados como que por magia, e substituidos por empresários ALEMÃES, podem ter a certeza que teriamos outro país.
O problema é que não temos uma sociadade à altura !
A especialização é muito importante, e ter cursos muito abrangentes, às vezes não é boa solução.
O problema é que não valorizamos as competencias ciÊntificas.
Apenas o ordenado que se vai dar.
SE OS PATRÕES (e politicos) em Porugal fossem TODOS fulminados como que por magia, e substituidos por empresários ALEMÃES, podem ter a certeza que teriamos outro país.
mapaman Escreveu:Gostava de saber a realidade de outros Paises europeus no que a ordenados diz respeito e taxa de desemprego na mesma faixa etária e com a mesma qualificação académica.
Acho uma certa piada à exaltação do eu:quero,mereço,estudei blá,blá,esquecendo-se que aqueles que eles agora classificam de incompetentes e corruptos referindo-se aos governos e governantes,são aqueles que deram as condições financeiras aos pais para darem cursos superiores aos filhos,que agora estão à rasca
Acabei a universidade em 96,na altura, falava-se que existiam certas áreas condenadas ao desemprego.Como é possivel que se tirem cursos destes só porque se gosta muito.
Rentemente,uma reportagem acerca do IST,um responsável,afirmou que quem sai do Técnico têm emprego.Pelo que sei na Nova o cenário é idêntico.
Afinal,em que ficamos? Os bons têm emprego,os outros nem por isso,será assim tão diferente de outros Países.
Será que quem ingressa num curso com um nome quase impronunciável e com menos de 10,pode esperar muito da vida pós Universidade?
Não me parece.
Já agora,gostava tambem de saber qual a taxa de emprego entre alunos de cursos técnicos profissionais e respectivos ordenados.
p.s-Já agora fica uma lista dos cursos superiores existentes por cá.Vale a pena ver uma Lic. em ciências equinas,ou então fitofarmácia e plantas aromáticas e medicinais e outras
http://www.acessoensinosuperior.pt/inda ... =V&frame=1
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se o curso aceitar Matemática A com média inferior a 15, desconfiem !
a Judite de Sousa fez uma entrevista a um casal de emigrantes que o filho não conseguia arranjar emprego embora tivesse uma licenciatura....
- Então o vosso filho é licenciado em quê ?
- Cinema.
Comunicação Social ? o que é isso ? toda a malta foi trabalhar para a rádio, televisão e etc, sem curso nenhum !
o Jose Rodrigues dos Santos fez o doutoramento agora !
Antropologia, Psicologia, Filosofia, Psicologia.... de uma forma geral......
Se o Expresso Emprego,
não traz anuncios nessa Área....Não Vão !
a Judite de Sousa fez uma entrevista a um casal de emigrantes que o filho não conseguia arranjar emprego embora tivesse uma licenciatura....
- Então o vosso filho é licenciado em quê ?
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Comunicação Social ? o que é isso ? toda a malta foi trabalhar para a rádio, televisão e etc, sem curso nenhum !
o Jose Rodrigues dos Santos fez o doutoramento agora !
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artista Escreveu:AutoMech Escreveu:Mas Artista, se em determinadas licenciaturas como as que referes já é difícil encontrar emprego, mesmo sendo cursos com médias altíssimas, o que acontecerá noutros cursos que, na prática, só existem para que alguém se possa intitular de Dr., Eng., etc ?
Penso que foi esse o ponto do Mapaman (pelo menos assim entendi).
Os pontos focados pelo mapaman foram vários, eu referi-me à parte:...Os bons têm emprego,os outros nem por isso,será assim tão diferente de outros Países.
Quanto à escolha do curso também me parece mais complicado do que muitos aqui tratam o assunto. Pergunto-lhes uma coisa, se vosso filho vos disser que quer ir para arquitectura o que é que vocês fazem? Provavelmente vai dizer-vos que não se importa das dificuldades que o esperam e que mesmo assim quer entrar em arquitectura (com 17/18 anos os sonhos são grandes, por mais irreais que pareçam aos mais velhos e experientes!)... enfim, devo ser apenas eu que ainda acredito que as pessoas têm (ou podem ter) uma vocação para fazerem isto ou aquilo!
Depois também gostaria de vos perguntar o que é que lhe aconselham a fazer? Não vás para arquitectura que isso não tem saída, vai antes para...?!?! Pergunto-me se algum pai no seu perfeito juízo será capaz de interferir de uma forma determinada nos sonhos de um filho?! E pergunto-me também, até que ponto sabemos nós qual será o futuro do nosso filho, até que ponto ele será bom e determinado para ultrapassar as barreiras que se lhe depararão?! E vendo do ponto de vista do adolescente, até que ponto ele deverá escolher algo de que não gosta só porque tem saída? tem agora, daqui a 10/15 anos até pode já não ter... enfim, tenho muitas dúvidas sobre muitas destes temas, o que não consigo é ter a certeza que muitos têm!
Por outro lado, conheço muitos jovens no secundário, muitos deles nem sabem bem o que querem fazer...
se quiserem ser Arquitectos, eu digo o mesmo que digo aos meus filhos.
Nem pensar.
Advogados,
embora a vossa mãe o seja :
nem pensar !
ser professor? :
nem pensar !
embora ganhem para viver.
pensem num curso superior que dê para viver bem, um bom emprego com bom ordenado...
sei que em Portugal é dificil : a resposta é Engenharia, Gestão, Medicina e poucos mais.
Artes ? Direito, Letras e outros cursos em que a média de entrada é inferior a 15 ?
nem pensar
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AutoMech Escreveu:Mas Artista, se em determinadas licenciaturas como as que referes já é difícil encontrar emprego, mesmo sendo cursos com médias altíssimas, o que acontecerá noutros cursos que, na prática, só existem para que alguém se possa intitular de Dr., Eng., etc ?
Penso que foi esse o ponto do Mapaman (pelo menos assim entendi).
Os pontos focados pelo mapaman foram vários, eu referi-me à parte:
...Os bons têm emprego,os outros nem por isso,será assim tão diferente de outros Países.
Quanto à escolha do curso também me parece mais complicado do que muitos aqui tratam o assunto. Pergunto-lhes uma coisa, se vosso filho vos disser que quer ir para arquitectura o que é que vocês fazem? Provavelmente vai dizer-vos que não se importa das dificuldades que o esperam e que mesmo assim quer entrar em arquitectura (com 17/18 anos os sonhos são grandes, por mais irreais que pareçam aos mais velhos e experientes!)... enfim, devo ser apenas eu que ainda acredito que as pessoas têm (ou podem ter) uma vocação para fazerem isto ou aquilo!
Depois também gostaria de vos perguntar o que é que lhe aconselham a fazer? Não vás para arquitectura que isso não tem saída, vai antes para...?!?! Pergunto-me se algum pai no seu perfeito juízo será capaz de interferir de uma forma determinada nos sonhos de um filho?! E pergunto-me também, até que ponto sabemos nós qual será o futuro do nosso filho, até que ponto ele será bom e determinado para ultrapassar as barreiras que se lhe depararão?! E vendo do ponto de vista do adolescente, até que ponto ele deverá escolher algo de que não gosta só porque tem saída? tem agora, daqui a 10/15 anos até pode já não ter... enfim, tenho muitas dúvidas sobre muitas destes temas, o que não consigo é ter a certeza que muitos têm!
Por outro lado, conheço muitos jovens no secundário, muitos deles nem sabem bem o que querem fazer...

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Eu simplesmente acho que lá por uma pessoa se intitular de dr. ou eng., não necessáriamente tem que arranjar um emprego na sua area de curso...hoje em dia tirar um curso, implica necessáriamente correr um risco, como por exemplo iniciar um negócio...só deve ter acesso ao lugar os melhores...se não consegue arranjar emprego na sua área tem que se sujeitar a fazer qualquer outra coisa... e sujeitar-se a ganhar o que calhar como os outros...ou então continuar a estudar e mudar de área...nem toda a gente pode ser dr. ou eng.
Ou então em ultimo recurso, já que é um dr., que aproveite os seus conhecimentos, e seja criativo e inovador, e construa algo que seja necessário para a sociedade, e evolua por sua conta e risco...
Ou então em ultimo recurso, já que é um dr., que aproveite os seus conhecimentos, e seja criativo e inovador, e construa algo que seja necessário para a sociedade, e evolua por sua conta e risco...
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Alladin Broker Escreveu:<iframe title="YouTube video player" width="480" height="390" src="http://www.youtube.com/embed/ZUEeBhhuUos" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Para a Deolinda ser Parva, é porque alguém comeu por ela e continuará a comer, porque os Vampiros da sociedade, não entendem o seu estado de obesidade mórbida - Fatorexia Social!!
Abraço
Eles ainda vão comendo tudo (se alguma coisa sobrar)... E o que vão deixar é uma dívida colossal para que os outros paguem...
E as cigarras cantam " Eles comem tudo, eles comem tudo, eles comem tudo e não deixam nada..."
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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AutoMech Escreveu:Mas Artista, se em determinadas licenciaturas como as que referes já é difícil encontrar emprego, mesmo sendo cursos com médias altíssimas, o que acontecerá noutros cursos que, na prática, só existem para que alguém se possa intitular de Dr., Eng., etc ?
Penso que foi esse o ponto do Mapaman (pelo menos assim entendi).
Exacto.Lembro-me de na altura pedir por correio um livrinho à Faculdade de ciências de Lisboa com os cursos mas sobretudo com o plano curricular das licenciaturas.Hoje em 2 minutos encontrei na net tudo e mais alguma coisa.
O acesso à informação é global e rápido.Não podem dizer que não sabiam.
Conheço casos gente que foi tirar aquilo que gostava,mesmo sabendo que não tinha saida.Isto faz algum sentido?
Em relação à arquitectura e outros bons cursos,penso que estão preparados para trabalhar em qualquer canto do País,será que se dispõem a isso?
Uma coisa é o mercado estar saturado,mesmo para os bons,outra é ter licenciados que nem o deviam ser logo à partida.E penso que são estes últimos o verdadeiro problema.
"Não perguntes a um escravo se quer ser livre".Samora Machel
Mas Artista, se em determinadas licenciaturas como as que referes já é difícil encontrar emprego, mesmo sendo cursos com médias altíssimas, o que acontecerá noutros cursos que, na prática, só existem para que alguém se possa intitular de Dr., Eng., etc ?
Penso que foi esse o ponto do Mapaman (pelo menos assim entendi).
Penso que foi esse o ponto do Mapaman (pelo menos assim entendi).
mapaman Escreveu:Afinal,em que ficamos? Os bons têm emprego,os outros nem por isso,será assim tão diferente de outros Países.
Será que quem ingressa num curso com um nome quase impronunciável e com menos de 10,pode esperar muito da vida pós Universidade?
Não me parece.
A questão é bem mais complicada do que isso... a faculdade de arquitectura de Lisboa disputou durante muitos anos com Medicina o "título" de a mais difícil de entrar em Portugal (já há alguns anos que não verifico mas com toda a certeza continuará a exigir notas muito altas)... Posso-te dizer que são poucos os que de lá saem que têm sucesso a fazer aquilo para que estudaram, arquitectura! Uma boa parte está a fazer o mesmo que eu, a leccionar no ensino básico e secundário! E isto já não é nada mau porque os que acabaram nos últimos 10 anos já nem essa saída têm porque também ela já está saturada!
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