Off Topic- Deolinda - "Parva que sou"

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Re: Dr. nos cartões de débito

por Mares » 18/2/2011 13:23

Muffin Escreveu:Tentei uma vez retirar o Dr. do cartão do débito (no caso era do BPI. Depois de muitas voltas e revoltas... não consegui... :D


Muffin,

é "Dr" porque está no início da frase ou devería ser "dr"?
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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por Camisa Roxa » 18/2/2011 13:23

Vanek, belo post, subscrevo quase tudo
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Dr. nos cartões de débito

por Pantone » 18/2/2011 13:16

Tentei uma vez retirar o Dr. do cartão do débito (no caso era do BPI. Depois de muitas voltas e revoltas... não consegui... :D
 
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por Mares » 18/2/2011 13:09

Caro Vanek,

o seu post é típico da cultura empresarial portuguêsa, mesmo que pontualmente existam alguns bons empreendedores, no geral é míope e que enquadra-se na cultura mesquinha-invejosa portuguêsa. Mas para não utilizar chavões pseudo-intelectuais, como vc utiliza por exemplo "esquerdista-invejosa", vou passar a rebater ponto a ponto as suas afirmações.

Abraço,

Mares.




Vanek Escreveu: Para mim em Portugal existe uma cultura "esquerdista-invejosa".


Poderás vêr no teu texto esta inveja mesquinha que aqui referes... "Se não há trabalho, tens q continuar a sustentar os teus velhos, quanto mais velhos, mais pagas se despedires.", ou "todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€", ou "O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos" ou "É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter"...

São todas palavras tuas... Inveja de quem compra um telemóvel, uma TV ou um carro novo, mesmo que sejam melhores que os teus... o que tu tens a vêr com isso??

Se não é inveja, a que chamas isso?


Vanek Escreveu:O patrão é sempre mau e rico!
Tens empresa? Prepara-te para ser chulado, pagamento por conta de impostos, mesmo que a tua empresa seja empresa de garagem.


Mas achas que as empresas não deveríam pagar impostos (mesmo que seja uma "emprega de garagem")? O que constata-se é precisamente o contrário... a maioria das empresas em Portugal não pagam impostos porque dão "prejuízo". Onde está a origem deste problema? Que milagre é este que empresas com prejuízos crónicos, continuam a laborar?

Vanek Escreveu:Contabilista com tarifa tabelada minima, tanto vendas 100 euros ou 100.000 tens sempre o mesmo custo com o contabilista. E qualquer registo da empresa é sempre a pagar bem.


Achas que as empresas não deveríam ter contabilidade organizada? E um "bom contabilista", não dá lucro para a empresa?

Vanek Escreveu:- O Estado acha que por teres uma empresa e seres patrão não tens direito a sub. de desemprego se a empresa falir. Que grande incentivo aos empregados com boas ideias para se tornarem empresarios. Mais vale ficares toda a vida como empregado que um empresario falido e na miséria.


Estamos plenamente de acordo que o patrão que fosse à falência devería ter direito a subsídio de desemprego. Mas, como a maioria das empresas dão prejuízo, então também devería ser justo que o sub. de desemprego fosse ao nível do RSI, não achas?



Vanek Escreveu:-Uma empresa é um lar... despedir alguem é o mesmo que tirar um velhinho do lar. Se não há trabalho, tens q continuar a sustentar os teus velhos, quanto mais velhos, mais pagas se despedires. Vai daí que se és empresario tens medo sempre de contratar. Como empresario pagas S Social do empregado para q?
Sustentar o lar chamado Portugal?


Que visão mesquinha, egoísta e "tacanha" que tens dos trabalhadores mais velhos. Isto é típico de um discurso da nossa direita politica. Muito lamentável...

Vanek Escreveu:É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter, a que eu chamo as mães da miséria, as falsas baixas, o desempregado que fica em casa e claro as reformas douradas e injustas.


Isto é típico de um discurso da nossa direita politica. Raciocínios doentios e xenófobos de como vêem a restante sociedade. Muito lamentável...

Vanek Escreveu:Para mim devia-se fomentar o ser empresario:

Pequenas empresas até 10 trabalhadores deviam poder contratar e despedir à vontade;
Contabilidade simples com tarifas de contabilistas baixas para empresas com valores inferiores a 100.000€ de facturação;
IRC de 10% para empresas com menos de 10 trabalhadores;
Empresas exportadoras: 5% de desconto de irc, se o valor de exportação for superior a 25%, desconto de 10% se for superior a 50%.


- "contratar e despedir à vontade..."

- Empresas exportadoras pagam IRC?

Vanek Escreveu:Desempregados obrigados a trabalhar 2 a 3 dias por semana em empresas pagando a empresa uma parte do salario e o S. Social outra parte. Se o trabalhador fosse integrado na empresa Taxa 0% de S. Social pelo tempo do contrato para a empresa. Atenção, a empresa não pode repetir mais q 3x este estágio, não quero dumping social. Desempregados em casa ou a apresentar carimbos na Junta nem pensar. Tás desempregado vais trabalhar, assim não sais do mundo laboral nem te acomodas em casa a ver tv.


A isto é que chamo "subsídio" ao empresariado que não sabe gerar riqueza nem desenvolvêr o país...

Esperam por ajudas do Estado, tentam diminuír o salário, não querem ter nenhum compromisso social...

Claro que isto é uma questão de mentalidade dos maus empresários portuguêses...


Vanek Escreveu:Taxa de 5% de irc para empresas agricolas com valores de facturação inferior a 250.000 euros;


Vanek Escreveu:A saida da crise está na criação de PMEs. O Estado não deve punir o empresario que caia na falencia. Por cada 100 PMES, se 20 sobreviverem como pmes e 2 crescerem para medias ou grandes empresas todos ganhamos.


O Estado deverá continuar a punir o empresário que caia na falência, caso seja provado que foi por gestão danosa. Isso é claro e deverías compreender que empresário tem uma obrigação social, ou não entendes isso???


Vanek Escreveu:Em Portugal só os loucos é que querem ser patrões.

Na minha vida profissional, fiz negocios com empresas israelitas. O que mais me impressionou, foi muitas pessoas terem micro empresas. Trabalham em part-time numa grande empresa ou mesmo em full-time, mas tem sempre o seu pequeno negocio, ou criam orquideas exoticas que exportam, criam peixes ornamentais que vendem, tem uma quinta que cultivam com a familia ao fds e vendem depois a produção. O espirito eu posso, eu faço, eu sou senhor do meu destino, eu sou um pequeno empresario está nas veias daquele povo e é incentivado pelo estado Israelita.


O que fazes nos teus "part-time"? Poderías ter colocado aqui como um bom exemplo.


Vanek Escreveu:Em Portugal, as pessoas tem um quintal e nem uma horta com coentros ou salsa tem. Não existe o espirito de auto-suficiencia, de acreditar em si mesmo. Desde o 25 de Abril as pessoas ficaram acomodadas, "o Estado deve tomar conta de nós".

E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguem é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguem quer ser autonomo e autosuficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguem quer, ser responsavel muito menos.


Tu tens uma horta?

Quanto às gerações mais novas, de quem é a responsabilidade (dos pais, do Estado, das empresas, da sociedade)?

Vanek Escreveu:Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno.


Eu também e sempre respeitei os empregados (tinha menos idade que tu). Eles são a força da empresa, não tenhas dúvidas. Os mais velhos são os mais experientes.

Vanek Escreveu:Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bebados, a culpa é dos sacanas dos policias que andam sempre na caça à multa.


E oq ue tens a vêr com isso? Mesmo que fosse um empregado teu, não terás nada a vêr com o que fazem fora do local de trabalho.

Vanek Escreveu:Tambem detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jámais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade basica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são pessimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.


A isto chamo a tal inveja que já a referí acima. Tens de entender que têr uma TV, um telemóvel ou um carro é bom... Gastam o dinheiro deles, fruto do seu trabalho... alimentam a economia e vivem...

Vanek Escreveu:Neste nosso país ninguem é responsavel, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bebado, etc.


E depois? Este sería preocupação se fores pai de um filho ou professor numa escola. Falar isso aqui só por falar chama-se "palha".

Vanek Escreveu:Eu só queria, um pais com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autonomas, responsaveis e não dependentes, sempre os coitadinhos. Eu queria um pais de empresarios, micro, medio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir creditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extra-ordinarimente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do emprestimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguem comprende, toda a gente vive para o efeito imediato).

Desculpem o desabafo.


Preocupe-se com a formação dos seus empregados, garantindo o emprego e a sustentabilidade da empresa, agrega valor e distribuí parte dos lucros por aqueles que contribuem para gerar riqueza. Depois dessa experiência poderá chegar aqui e mostrar o seu bom exemplo. Nesse caso, serei o primeiro a dar-lhe os parabéns.
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por artista_ » 18/2/2011 13:09

Vanek Escreveu:E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguem é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguem quer ser autonomo e autosuficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguem quer, ser responsavel muito menos. Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno. Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bebados, a culpa é dos sacanas dos policias que andam sempre na caça à multa.


Isto nota-se imenso nas escolas hoje, uma grande parte dos alunos não cumprem a grande maioria das regras que lhes são exigidas (chegam atrasados ás aulas, conversam imenso nas aulas, usam telemóveis na sala de aula, etc), no entanto passam a vida a reclamar de tudo e mais alguma coisa. Se os chamamos à atenção por estarem a conversar e desatentos a resposta mais comum é "e sou só eu?", se usam o telemóvel "só estava a ver as horas", se fazem dão uma palmada num colega ou lhe atiram com qualquer coisa "é porque ele é que lhe fez isto ou aquilo"... e parar aulas para lhes falar das regras que têm de cumprir e para o facto de terem de assumir as responsabilidades do que fazem, não serve de absolutamente nada... posso estar enganado, penso muitas vezes nisto, mas a minha precepção é que isto tem vindo a piorar, cada vez há mais alunos que não compreendem o que lhes é exigido! :|

Reflito muitas vezes nisto e pergunto-me onde é que está o problema, estará sobretudo em casa? Será que está na escola, no 1º e 2º ciclo (eu sou dou ao 3º e secundário) que não conseguem preparar convenientemente os alunos para outro tipo de responsabilidades?! Provavelmente estará nos dois sitios, embora tenda a pensar que está mais no primeiro...

Outra coisa em que penso muito é na questão dos vencimentos de cada um, de cada trabalhador, no facto de uns ganharem muito e outros pouco. Olhando para a globalidade dos meus alunos é fácil perceber que se tivesse que pagar um vencimento a cada um, os melhores ganhariam muitas vezes o salários dos piores. No futuro nem todos os mais fracos e menos produtivos continuarão a sê-lo mas ficaria muito surpreendido que na generalidade eles mudassem muito, no fundo estamos a falar de crianças que já têm entre 13 e 18 anos!

Vanek Escreveu:Tambem detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jámais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade basica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são pessimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.


Inteiramente de acordo, isso também começa cedo, os meus alunos têm todos melhores telemóveis que eu! Não têm os materiais necessários para algumas aulas, se lhes peço para comprarem uma cartolina que custa 40 cêntimos não têm dinheiro, dizem que a escola é que devia dar porque os pais não têm dinheiro para isso, no entanto pergunto-lhes "quanto custou o teu telemóvel?", "250 euros"?! :shock: :shock:

Eu só me pergunto como é que se criou esta forma de ser?! Nas próximas reuniões que tiver com Encarregados de educação vou tentar abordar estes assunto, enfim, tentar semear a terra pode ser que dê alguns frutos, por poucos que sejam! :|

Vanek Escreveu:Neste nosso país ninguem é responsavel, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bebado, etc..


Nem reparei que o teu texto já falava das escolas :oops:, mas é exactamente isso, as coisas têm piorado e tem diminuido autoridade do professor e os mecanismos para combater esta crescente "autonomia" dos alunos... perante isto há professores que ainda vão conseguindo lidar relativamente bem com isto e colocar alguma "ordem" nos alunos, mas admito que uma boa parte dos professores não está preparado para isto, se calhar nem tem de estar...

Vanek Escreveu:Eu só queria, um pais com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autonomas, responsaveis e não dependentes, sempre os coitadinhos. Eu queria um pais de empresarios, micro, medio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir creditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extra-ordinarimente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do emprestimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguem comprende, toda a gente vive para o efeito imediato).

Desculpem o desabafo.


Sabes, nos últimos 3 anos tive quase dez alunas grávidas!! Este facto faz-me pensar que a grande maioria dos "Homens" de agora nasce num contexto familiar pouco de risco e, na grande maioria dos casos, isso só pode dar asneira... eu sou director de duas turmas, acho que as escolheram a dedo, uma é a pior da escola, a outra tinha sido a pior do ano passado! Às vezes até ando deprimido com tudo o que se passa, a miséria social (muitas vezes nem é acompanhada pela financeira) é gritante! Já vários pais e mães me choraram ao telefone, a dizerem-me que não sabem o que fazer! :|

Enfim, desculpem também o desbafo!
Editado pela última vez por artista_ em 18/2/2011 13:14, num total de 2 vezes.
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por The Mechanic » 18/2/2011 12:56

:clap: :clap: :clap:

Boa Vanek !

Excelente texto . Expões o que achas mal ( e dou-te toda a razão ) sem demagogias e ainda apontas caminhos .Muito bom .

Muitas vezes, vejo aqui opiniões, mas não passa do " isto está mal !!... isto comigo, não era assim !!... os outros é que são maus ...é sempre a mesma coisa...deviam ser todos corridos ...". Coisas "sensaboronas" , carregadas de demagogia e de "mais valia estar calado" .

Por isso, é uma beleza poder ler um texto como o teu.



Abraço ,

The Mechanic
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por rmachado » 18/2/2011 12:06

Vanek... tu tás lá..

Embora a questão esquerdista se justifique por 41 anos de "direitismo".. Muita gente é que ainda não conseguiu sair dela e deixar-se de esquerda e direita e olhar para as politicas e para as ideias.

Ru não tenho problema nenhum em concordar com ideias de qq partido desde que veja nelas uma melhoria face ao que temos actualmente. E digo isto pq o mundo já provou que o absoluto não funciona seja ele o comunismo e/ou suas formas ou o liberalismo e suas formas...

Algures no meio está a virtude.

Entretanto explicaram-me a razão do tratamento pelo grau académico. Tal facto têm origem na implantação da República pois foi a forma que as elites arranjaram para mostrar ao povo que invés de seguir os "Dons", Marqueses e afins tinha de seguir os Engs e Drs.
Pena é que cem anos depois... ainda andemos agarrados a isso.
 
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por Scorpio » 18/2/2011 11:44

Vanek Escreveu:Para mim em Portugal existe uma cultura "esquerdista-invejosa".

O patrão é sempre mau e rico!
Tens empresa? Prepara-te para ser chulado, pagamento por conta de impostos, mesmo que a tua empresa seja empresa de garagem.
Contabilista com tarifa tabelada minima, tanto vendas 100 euros ou 100.000 tens sempre o mesmo custo com o contabilista. E qualquer registo da empresa é sempre a pagar bem.

- O Estado acha que por teres uma empresa e seres patrão não tens direito a sub. de desemprego se a empresa falir. Que grande incentivo aos empregados com boas ideias para se tornarem empresarios. Mais vale ficares toda a vida como empregado que um empresario falido e na miséria.
-Uma empresa é um lar... despedir alguem é o mesmo que tirar um velhinho do lar. Se não há trabalho, tens q continuar a sustentar os teus velhos, quanto mais velhos, mais pagas se despedires. Vai daí que se és empresario tens medo sempre de contratar. Como empresario pagas S Social do empregado para q? Sustentar o lar chamado Portugal? É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter, a que eu chamo as mães da miséria, as falsas baixas, o desempregado que fica em casa e claro as reformas douradas e injustas.

Para mim devia-se fomentar o ser empresario:

Pequenas empresas até 10 trabalhadores deviam poder contratar e despedir à vontade;
Contabilidade simples com tarifas de contabilistas baixas para empresas com valores inferiores a 100.000€ de facturação;
IRC de 10% para empresas com menos de 10 trabalhadores;
Empresas exportadoras: 5% de desconto de irc, se o valor de exportação for superior a 25%, desconto de 10% se for superior a 50%.
Desempregados obrigados a trabalhar 2 a 3 dias por semana em empresas pagando a empresa uma parte do salario e o S. Social outra parte. Se o trabalhador fosse integrado na empresa Taxa 0% de S. Social pelo tempo do contrato para a empresa. Atenção, a empresa não pode repetir mais q 3x este estágio, não quero dumping social. Desempregados em casa ou a apresentar carimbos na Junta nem pensar. Tás desempregado vais trabalhar, assim não sais do mundo laboral nem te acomodas em casa a ver tv.

Taxa de 5% de irc para empresas agricolas com valores de facturação inferior a 250.000 euros;

A saida da crise está na criação de PMEs. O Estado não deve punir o empresario que caia na falencia. Por cada 100 PMES, se 20 sobreviverem como pmes e 2 crescerem para medias ou grandes empresas todos ganhamos.

Em Portugal só os loucos é que querem ser patrões.

Na minha vida profissional, fiz negocios com empresas israelitas. O que mais me impressionou, foi muitas pessoas terem micro empresas. Trabalham em part-time numa grande empresa ou mesmo em full-time, mas tem sempre o seu pequeno negocio, ou criam orquideas exoticas que exportam, criam peixes ornamentais que vendem, tem uma quinta que cultivam com a familia ao fds e vendem depois a produção. O espirito eu posso, eu faço, eu sou senhor do meu destino, eu sou um pequeno empresario está nas veias daquele povo e é incentivado pelo estado Israelita.

Em Portugal, as pessoas tem um quintal e nem uma horta com coentros ou salsa tem. Não existe o espirito de auto-suficiencia, de acreditar em si mesmo. Desde o 25 de Abril as pessoas ficaram acomodadas, "o Estado deve tomar conta de nós".

E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguem é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguem quer ser autonomo e autosuficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguem quer, ser responsavel muito menos. Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno. Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bebados, a culpa é dos sacanas dos policias que andam sempre na caça à multa.

Tambem detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jámais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade basica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são pessimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.

Neste nosso país ninguem é responsavel, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bebado, etc.

Eu só queria, um pais com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autonomas, responsaveis e não dependentes, sempre os coitadinhos. Eu queria um pais de empresarios, micro, medio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir creditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extra-ordinarimente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do emprestimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguem comprende, toda a gente vive para o efeito imediato).

Desculpem o desabafo.


Estou também de acordo contigo na maioria dos pontos que apresentas.

Mas não vamos também apontar o dedo apenas às mentalidades das pessoas. Tudo bem que talvez exista um défice de empreendorismo, mas, para levar a cabo o boom que falas de novas PME, é necessário que o ESTADO tome o conjunto de medidas que permitam não matar os bebés à nascença.Já há muito que advogo que um emagrecimento do Estado seria o único caminho viável para esses incentivos acontecerem e para uma retoma sustentada. Muitas empresas não contratam e não crescem, porque estão completamente asfixiadas pela carga fiscal.

Ou seja, em certa medida acho que sim, acho que o Estado deve olhar por nós, mas não como o tem andado a fazer!

Agora quem tem coragem política para o fazer? Não vejo ninguém com tomates para isso, olhando transversalmente da esquerda à direita. E isso é preocupante, e penso que é contra isso que devemos protestar! Pelo facto de sustentarmos uma classe política que, quando é preciso, é incapaz de tomar as medidas e acções necessárias, olhando apenas para o seu umbigo e para as lutas de poder, com a ambição de ser o próximo a saltar para o poleiro. :roll:

Esta geração 'Deolinda', da qual eu posso considerar-me também parte (embora tenha uma história de vida parecida com a tua, trabalhar em empresa familiar desde cedo e durante o curso, três empregos no início de vida, etc.) pode ser o motor desta mudança de mentalidade. É essencial é que não lhe cortem as pernas.

Por isso, deixem contestar, pois a contestação no tempo e na dose certa... até pode ser que ajude!!

Um abraço.
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What ???

por bboniek33 » 18/2/2011 1:52

LTCM Escreveu:
Vanek Escreveu:Para mim em Portugal existe uma cultura "esquerdista-invejosa".

O patrão é sempre mau e rico!
Tens empresa? Prepara-te para ser chulado, pagamento por conta de impostos, mesmo que a tua empresa seja empresa de garagem.
Contabilista com tarifa tabelada minima, tanto vendas 100 euros ou 100.000 tens sempre o mesmo custo com o contabilista. E qualquer registo da empresa é sempre a pagar bem.

- O Estado acha que por teres uma empresa e seres patrão não tens direito a sub. de desemprego se a empresa falir. Que grande incentivo aos empregados com boas ideias para se tornarem empresarios. Mais vale ficares toda a vida como empregado que um empresario falido e na miséria.
-Uma empresa é um lar... despedir alguem é o mesmo que tirar um velhinho do lar. Se não há trabalho, tens q continuar a sustentar os teus velhos, quanto mais velhos, mais pagas se despedires. Vai daí que se és empresario tens medo sempre de contratar. Como empresario pagas S Social do empregado para q? Sustentar o lar chamado Portugal? É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter, a que eu chamo as mães da miséria, as falsas baixas, o desempregado que fica em casa e claro as reformas douradas e injustas.

Para mim devia-se fomentar o ser empresario:

Pequenas empresas até 10 trabalhadores deviam poder contratar e despedir à vontade;
Contabilidade simples com tarifas de contabilistas baixas para empresas com valores inferiores a 100.000€ de facturação;
IRC de 10% para empresas com menos de 10 trabalhadores;
Empresas exportadoras: 5% de desconto de irc, se o valor de exportação for superior a 25%, desconto de 10% se for superior a 50%.
Desempregados obrigados a trabalhar 2 a 3 dias por semana em empresas pagando a empresa uma parte do salario e o S. Social outra parte. Se o trabalhador fosse integrado na empresa Taxa 0% de S. Social pelo tempo do contrato para a empresa. Atenção, a empresa não pode repetir mais q 3x este estágio, não quero dumping social. Desempregados em casa ou a apresentar carimbos na Junta nem pensar. Tás desempregado vais trabalhar, assim não sais do mundo laboral nem te acomodas em casa a ver tv.

Taxa de 5% de irc para empresas agricolas com valores de facturação inferior a 250.000 euros;

A saida da crise está na criação de PMEs. O Estado não deve punir o empresario que caia na falencia. Por cada 100 PMES, se 20 sobreviverem como pmes e 2 crescerem para medias ou grandes empresas todos ganhamos.

Em Portugal só os loucos é que querem ser patrões.

Na minha vida profissional, fiz negocios com empresas israelitas. O que mais me impressionou, foi muitas pessoas terem micro empresas. Trabalham em part-time numa grande empresa ou mesmo em full-time, mas tem sempre o seu pequeno negocio, ou criam orquideas exoticas que exportam, criam peixes ornamentais que vendem, tem uma quinta que cultivam com a familia ao fds e vendem depois a produção. O espirito eu posso, eu faço, eu sou senhor do meu destino, eu sou um pequeno empresario está nas veias daquele povo e é incentivado pelo estado Israelita.

Em Portugal, as pessoas tem um quintal e nem uma horta com coentros ou salsa tem. Não existe o espirito de auto-suficiencia, de acreditar em si mesmo. Desde o 25 de Abril as pessoas ficaram acomodadas, "o Estado deve tomar conta de nós".

E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguem é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguem quer ser autonomo e autosuficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguem quer, ser responsavel muito menos. Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno. Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bebados, a culpa é dos sacanas dos policias que andam sempre na caça à multa.

Tambem detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jámais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade basica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são pessimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.

Neste nosso país ninguem é responsavel, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bebado, etc.

Eu só queria, um pais com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autonomas, responsaveis e não dependentes, sempre os coitadinhos. Eu queria um pais de empresarios, micro, medio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir creditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extra-ordinarimente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do emprestimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguem comprende, toda a gente vive para o efeito imediato).

Desculpem o desabafo.


Vanek este país é demasiado pequeno para a tua sapiência. :roll:


Nao ha Paiises pequenos, haa ee cabec,as grandes demais para a dimensao do Paiis. Isto ee mesmo assim, como ee distribuiido a eito vao parar cabec,udos a coisinhas como o Monaco e cabecinhas de alfinete que nascem nas SIbeerias e nas Chinas. Ee o carassas !

Portugal jaa deu mundos ao Mundo. Portugal nao ee pequeno... ee atee grande demais para tanta pequenez de caraacter (mesquinhez, segundo o dicionaario).

Oh Vanek, BTW... fazes verso com o meu nome... talvez sejas descendente de uma viitima gaseada em Wieliczka.

Com a maaxima consideracao, bboniek.
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por pepi » 18/2/2011 1:52

Vanek Escreveu:Para mim em Portugal existe uma cultura "esquerdista-invejosa".

O patrão é sempre mau e rico!
Tens empresa? Prepara-te para ser chulado, pagamento por conta de impostos, mesmo que a tua empresa seja empresa de garagem.
Contabilista com tarifa tabelada minima, tanto vendas 100 euros ou 100.000 tens sempre o mesmo custo com o contabilista. E qualquer registo da empresa é sempre a pagar bem.

- O Estado acha que por teres uma empresa e seres patrão não tens direito a sub. de desemprego se a empresa falir. Que grande incentivo aos empregados com boas ideias para se tornarem empresarios. Mais vale ficares toda a vida como empregado que um empresario falido e na miséria.
-Uma empresa é um lar... despedir alguem é o mesmo que tirar um velhinho do lar. Se não há trabalho, tens q continuar a sustentar os teus velhos, quanto mais velhos, mais pagas se despedires. Vai daí que se és empresario tens medo sempre de contratar. Como empresario pagas S Social do empregado para q? Sustentar o lar chamado Portugal? É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter, a que eu chamo as mães da miséria, as falsas baixas, o desempregado que fica em casa e claro as reformas douradas e injustas.

Para mim devia-se fomentar o ser empresario:

Pequenas empresas até 10 trabalhadores deviam poder contratar e despedir à vontade;
Contabilidade simples com tarifas de contabilistas baixas para empresas com valores inferiores a 100.000€ de facturação;
IRC de 10% para empresas com menos de 10 trabalhadores;
Empresas exportadoras: 5% de desconto de irc, se o valor de exportação for superior a 25%, desconto de 10% se for superior a 50%.
Desempregados obrigados a trabalhar 2 a 3 dias por semana em empresas pagando a empresa uma parte do salario e o S. Social outra parte. Se o trabalhador fosse integrado na empresa Taxa 0% de S. Social pelo tempo do contrato para a empresa. Atenção, a empresa não pode repetir mais q 3x este estágio, não quero dumping social. Desempregados em casa ou a apresentar carimbos na Junta nem pensar. Tás desempregado vais trabalhar, assim não sais do mundo laboral nem te acomodas em casa a ver tv.

Taxa de 5% de irc para empresas agricolas com valores de facturação inferior a 250.000 euros;

A saida da crise está na criação de PMEs. O Estado não deve punir o empresario que caia na falencia. Por cada 100 PMES, se 20 sobreviverem como pmes e 2 crescerem para medias ou grandes empresas todos ganhamos.

Em Portugal só os loucos é que querem ser patrões.

Na minha vida profissional, fiz negocios com empresas israelitas. O que mais me impressionou, foi muitas pessoas terem micro empresas. Trabalham em part-time numa grande empresa ou mesmo em full-time, mas tem sempre o seu pequeno negocio, ou criam orquideas exoticas que exportam, criam peixes ornamentais que vendem, tem uma quinta que cultivam com a familia ao fds e vendem depois a produção. O espirito eu posso, eu faço, eu sou senhor do meu destino, eu sou um pequeno empresario está nas veias daquele povo e é incentivado pelo estado Israelita.

Em Portugal, as pessoas tem um quintal e nem uma horta com coentros ou salsa tem. Não existe o espirito de auto-suficiencia, de acreditar em si mesmo. Desde o 25 de Abril as pessoas ficaram acomodadas, "o Estado deve tomar conta de nós".

E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguem é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguem quer ser autonomo e autosuficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguem quer, ser responsavel muito menos. Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno. Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bebados, a culpa é dos sacanas dos policias que andam sempre na caça à multa.

Tambem detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jámais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade basica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são pessimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.

Neste nosso país ninguem é responsavel, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bebado, etc.

Eu só queria, um pais com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autonomas, responsaveis e não dependentes, sempre os coitadinhos. Eu queria um pais de empresarios, micro, medio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir creditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extra-ordinarimente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do emprestimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguem comprende, toda a gente vive para o efeito imediato).

Desculpem o desabafo.


:clap: :clap: :clap:

Completamente de acordo.

É preciso mudar as mentalidades. A quantidade de vezes que se fala do Estado é de facto enervante, como se nós não fossemos responsáveis por construir o nosso futuro!
 
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Alto aii ! Separemos as aguas e haja Respeito !

por bboniek33 » 18/2/2011 1:43

aaugustobb Escreveu:
tonirai Escreveu:
AutoMech Escreveu:
tonirai Escreveu:por vezes antecedido de "Sr", seja qual for o seu cargo na empresa...


Eu acho que até mesmo o Sr. é uma idiotice. Já trabalhei numa empresa em que tratava o meu chefe (de 47 anos), que era director, por sr. (não era licenciado).

Nessa mesma empresa, tratava o homologo dele em Espanha, (da mesma idade e posição) pelo nome próprio e por tu.

O tratamento é de uma diferença abissal do outro lado da fronteira.

Numa empresa Sueca em que trabalhei, nem o próprio dono da empresa, multimilionário, tinha tratamento especial. Quando nos cruzávamos com ele era pelo nome próprio e ele era duma simplicidade incrível (apesar de ser quem era).

Exactamente.

Por hábito, onde trabalho o "Sr" apenas antecede o nome de pessoas razoavelmente mais velhas que nós... à semelhança do que todos tendemos a fazer fora da empresa, penso eu.

Já vou no meu 3º chefe aqui... os 2 primeiros bastante mais velhos que eu (eu na ordem dos 20 e muitos a 30 e poucos... eles nos 50 e muitos), e eu tratava-os por Sr;
O meu chefe actual é 4 a 6 anos mais velho que eu, e é "tu cá, tu lá".

Digamos que aqui o cargo desempenhado não pesa na forma de tratamento, apenas a idade (ou, se quisermos ser mais "neutros", a experiência de vida).



Eu já tive um patrão que até é muito conhecido, que só se licenciou na casa dos 50 anos, e quando isso aconteceu, ele enviou uma circular para todos os funcionários ordenando que a partir daquela data todos o tinham que tratar por doutor. Muitas vezes as pessoas como não estavam habituadas a isso esqueciam-se, e eram logo chamadas ao seu gabinete para levarem uma reprimenda... :evil:


Um patrao que se licencia aos 50 (e isso deve ter sido antes do Bolonha" !) merece ser tratado por Doutor !

O que o homem nao sofreu para chegar a esse ponto sublime do conhecimento acadeemico !
Voces tendem a meter tudo no mesmo saco.

Ee por isso que a Paatria estaa a ser canibalizada pelos insaciaaveis mercados "merkelizados": porque voces metem tudo no mesmo saco: o matreco que se licencia (3 anos!) em Humaniisticas e nao sabe falar nem fazer contas e... vejam soo ! o Patrao que, com um herculeo esforc,o tirou o seu grau superior, sabe-se laa se os pais jaa estavam mortos e nao puderam chamar Doutor ao seu filho na primeira viagem aas bimbsa apoos o sucesso acadeemico...

Voces...

:roll:
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por aaugustobb_69 » 18/2/2011 1:36

tonirai Escreveu:
AutoMech Escreveu:
tonirai Escreveu:por vezes antecedido de "Sr", seja qual for o seu cargo na empresa...


Eu acho que até mesmo o Sr. é uma idiotice. Já trabalhei numa empresa em que tratava o meu chefe (de 47 anos), que era director, por sr. (não era licenciado).

Nessa mesma empresa, tratava o homologo dele em Espanha, (da mesma idade e posição) pelo nome próprio e por tu.

O tratamento é de uma diferença abissal do outro lado da fronteira.

Numa empresa Sueca em que trabalhei, nem o próprio dono da empresa, multimilionário, tinha tratamento especial. Quando nos cruzávamos com ele era pelo nome próprio e ele era duma simplicidade incrível (apesar de ser quem era).

Exactamente.

Por hábito, onde trabalho o "Sr" apenas antecede o nome de pessoas razoavelmente mais velhas que nós... à semelhança do que todos tendemos a fazer fora da empresa, penso eu.

Já vou no meu 3º chefe aqui... os 2 primeiros bastante mais velhos que eu (eu na ordem dos 20 e muitos a 30 e poucos... eles nos 50 e muitos), e eu tratava-os por Sr;
O meu chefe actual é 4 a 6 anos mais velho que eu, e é "tu cá, tu lá".

Digamos que aqui o cargo desempenhado não pesa na forma de tratamento, apenas a idade (ou, se quisermos ser mais "neutros", a experiência de vida).



Eu já tive um patrão que até é muito conhecido, que só se licenciou na casa dos 50 anos, e quando isso aconteceu, ele enviou uma circular para todos os funcionários ordenando que a partir daquela data todos o tinham que tratar por doutor. Muitas vezes as pessoas como não estavam habituadas a isso esqueciam-se, e eram logo chamadas ao seu gabinete para levarem uma reprimenda... :evil:
 
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Re: Ele ha coisas engrac,adas !!!

por Mares » 18/2/2011 1:28

bboniek00 Escreveu:
Atomez Escreveu:Da primeira vez que fui a Londres um tipo olhou para o meu cartão e disse:

-- Good morning Mr. Eng! How are you today?

A partir daí nunca mais.


Entao nao ee que o Ze Socrates me contou uma histooria exactamente igual ! :shock:

Deve ser o mesmo "beef", um dos Monty Python que estaa laa para gozar com os Tugas...

Se ele me disser isso... mando-o lavar o cavalo malhado de Buckingham.

FDP ! :x



Esperem lá... mas quem é que tem o título académico no B.I ou no passaporte?

Não enganaram-se e apresentaram o cartão de crédito ou o cartão do partido? :wink:
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Ele ha coisas engrac,adas !!!

por bboniek33 » 18/2/2011 1:21

Atomez Escreveu:Da primeira vez que fui a Londres um tipo olhou para o meu cartão e disse:

-- Good morning Mr. Eng! How are you today?

A partir daí nunca mais.


Entao nao ee que o Ze Socrates me contou uma histooria exactamente igual ! :shock:

Deve ser o mesmo "beef", um dos Monty Python que estaa laa para gozar com os Tugas...

Se ele me disser isso... mando-o lavar o cavalo malhado de Buckingham.

FDP ! :x
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por LTCM » 18/2/2011 1:19

Vanek Escreveu:Para mim em Portugal existe uma cultura "esquerdista-invejosa".

O patrão é sempre mau e rico!
Tens empresa? Prepara-te para ser chulado, pagamento por conta de impostos, mesmo que a tua empresa seja empresa de garagem.
Contabilista com tarifa tabelada minima, tanto vendas 100 euros ou 100.000 tens sempre o mesmo custo com o contabilista. E qualquer registo da empresa é sempre a pagar bem.

- O Estado acha que por teres uma empresa e seres patrão não tens direito a sub. de desemprego se a empresa falir. Que grande incentivo aos empregados com boas ideias para se tornarem empresarios. Mais vale ficares toda a vida como empregado que um empresario falido e na miséria.
-Uma empresa é um lar... despedir alguem é o mesmo que tirar um velhinho do lar. Se não há trabalho, tens q continuar a sustentar os teus velhos, quanto mais velhos, mais pagas se despedires. Vai daí que se és empresario tens medo sempre de contratar. Como empresario pagas S Social do empregado para q? Sustentar o lar chamado Portugal? É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter, a que eu chamo as mães da miséria, as falsas baixas, o desempregado que fica em casa e claro as reformas douradas e injustas.

Para mim devia-se fomentar o ser empresario:

Pequenas empresas até 10 trabalhadores deviam poder contratar e despedir à vontade;
Contabilidade simples com tarifas de contabilistas baixas para empresas com valores inferiores a 100.000€ de facturação;
IRC de 10% para empresas com menos de 10 trabalhadores;
Empresas exportadoras: 5% de desconto de irc, se o valor de exportação for superior a 25%, desconto de 10% se for superior a 50%.
Desempregados obrigados a trabalhar 2 a 3 dias por semana em empresas pagando a empresa uma parte do salario e o S. Social outra parte. Se o trabalhador fosse integrado na empresa Taxa 0% de S. Social pelo tempo do contrato para a empresa. Atenção, a empresa não pode repetir mais q 3x este estágio, não quero dumping social. Desempregados em casa ou a apresentar carimbos na Junta nem pensar. Tás desempregado vais trabalhar, assim não sais do mundo laboral nem te acomodas em casa a ver tv.

Taxa de 5% de irc para empresas agricolas com valores de facturação inferior a 250.000 euros;

A saida da crise está na criação de PMEs. O Estado não deve punir o empresario que caia na falencia. Por cada 100 PMES, se 20 sobreviverem como pmes e 2 crescerem para medias ou grandes empresas todos ganhamos.

Em Portugal só os loucos é que querem ser patrões.

Na minha vida profissional, fiz negocios com empresas israelitas. O que mais me impressionou, foi muitas pessoas terem micro empresas. Trabalham em part-time numa grande empresa ou mesmo em full-time, mas tem sempre o seu pequeno negocio, ou criam orquideas exoticas que exportam, criam peixes ornamentais que vendem, tem uma quinta que cultivam com a familia ao fds e vendem depois a produção. O espirito eu posso, eu faço, eu sou senhor do meu destino, eu sou um pequeno empresario está nas veias daquele povo e é incentivado pelo estado Israelita.

Em Portugal, as pessoas tem um quintal e nem uma horta com coentros ou salsa tem. Não existe o espirito de auto-suficiencia, de acreditar em si mesmo. Desde o 25 de Abril as pessoas ficaram acomodadas, "o Estado deve tomar conta de nós".

E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguem é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguem quer ser autonomo e autosuficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguem quer, ser responsavel muito menos. Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno. Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bebados, a culpa é dos sacanas dos policias que andam sempre na caça à multa.

Tambem detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jámais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade basica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são pessimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.

Neste nosso país ninguem é responsavel, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bebado, etc.

Eu só queria, um pais com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autonomas, responsaveis e não dependentes, sempre os coitadinhos. Eu queria um pais de empresarios, micro, medio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir creditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extra-ordinarimente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do emprestimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguem comprende, toda a gente vive para o efeito imediato).

Desculpem o desabafo.


Vanek este país é demasiado pequeno para a tua sapiência. :roll:
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por Automech » 18/2/2011 0:48

Atomez Escreveu:-- Good morning Mr. Eng! How are you today?


LOL. Essa é demais Atomez :lol: :lol: :lol:
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por atomez » 18/2/2011 0:11

Da primeira vez que fui a Londres um tipo olhou para o meu cartão e disse:

-- Good morning Mr. Eng! How are you today?

A partir daí nunca mais.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por tonirai » 17/2/2011 23:43

AutoMech Escreveu:
tonirai Escreveu:por vezes antecedido de "Sr", seja qual for o seu cargo na empresa...


Eu acho que até mesmo o Sr. é uma idiotice. Já trabalhei numa empresa em que tratava o meu chefe (de 47 anos), que era director, por sr. (não era licenciado).

Nessa mesma empresa, tratava o homologo dele em Espanha, (da mesma idade e posição) pelo nome próprio e por tu.

O tratamento é de uma diferença abissal do outro lado da fronteira.

Numa empresa Sueca em que trabalhei, nem o próprio dono da empresa, multimilionário, tinha tratamento especial. Quando nos cruzávamos com ele era pelo nome próprio e ele era duma simplicidade incrível (apesar de ser quem era).

Exactamente.

Por hábito, onde trabalho o "Sr" apenas antecede o nome de pessoas razoavelmente mais velhas que nós... à semelhança do que todos tendemos a fazer fora da empresa, penso eu.

Já vou no meu 3º chefe aqui... os 2 primeiros bastante mais velhos que eu (eu na ordem dos 20 e muitos a 30 e poucos... eles nos 50 e muitos), e eu tratava-os por Sr;
O meu chefe actual é 4 a 6 anos mais velho que eu, e é "tu cá, tu lá".

Digamos que aqui o cargo desempenhado não pesa na forma de tratamento, apenas a idade (ou, se quisermos ser mais "neutros", a experiência de vida).
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por Automech » 17/2/2011 23:16

tonirai Escreveu:por vezes antecedido de "Sr", seja qual for o seu cargo na empresa...


Eu acho que até mesmo o Sr. é uma idiotice. Já trabalhei numa empresa em que tratava o meu chefe (de 47 anos), que era director, por sr. (não era licenciado).

Nessa mesma empresa, tratava o homologo dele em Espanha, (da mesma idade e posição) pelo nome próprio e por tu.

O tratamento é de uma diferença abissal do outro lado da fronteira.

Numa empresa Sueca em que trabalhei, nem o próprio dono da empresa, multimilionário, tinha tratamento especial. Quando nos cruzávamos com ele era pelo nome próprio e ele era duma simplicidade incrível (apesar de ser quem era).
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por tonirai » 17/2/2011 21:02

rmachado Escreveu: Eu por exemplo nos idos da decada de 80 (finais) conheci um senhor que trabalhava na Bélgica e era tuga de gema, licenciado em Engenharia e que dizi que na fábrica ng mas mesmo ng usava o titulo era tudo Sr. Fulano.. não havia cá Eng. nem Dr...

Era o que devia acontecer por cá... mas não até temos pessoas que quase consideram insultuoso não serem tratados pelo titulo e muitas não são "velhos"...

Na empresa onde trabalho (há 7 anos), aqui em Portugal, passa-se assim como dizes - os títulos ficam à porta, toda a gente é tratada pelo 1º ou último nome (conforme preferem, ou conforme "pegar" o hábito), por vezes antecedido de "Sr", seja qual for o seu cargo na empresa... trata-se de uma empresa de origem Alemã (actualmente Portuguesa), embora sempre com funcionários e quadro português.

Aliás, tenho colegas que saíram há pouco mais de um ano, para outra empresa vizinha, e é das coisas que mais se queixam - lá, tem de ser tudo Sr Eng pra cá, Sr Eng pra lá...
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por mfsr1980 » 17/2/2011 19:23

Vanek Escreveu:Para mim em Portugal existe uma cultura "esquerdista-invejosa".

O patrão é sempre mau e rico!
Tens empresa? Prepara-te para ser chulado, pagamento por conta de impostos, mesmo que a tua empresa seja empresa de garagem.
Contabilista com tarifa tabelada minima, tanto vendas 100 euros ou 100.000 tens sempre o mesmo custo com o contabilista. E qualquer registo da empresa é sempre a pagar bem.

- O Estado acha que por teres uma empresa e seres patrão não tens direito a sub. de desemprego se a empresa falir. Que grande incentivo aos empregados com boas ideias para se tornarem empresarios. Mais vale ficares toda a vida como empregado que um empresario falido e na miséria.
-Uma empresa é um lar... despedir alguem é o mesmo que tirar um velhinho do lar. Se não há trabalho, tens q continuar a sustentar os teus velhos, quanto mais velhos, mais pagas se despedires. Vai daí que se és empresario tens medo sempre de contratar. Como empresario pagas S Social do empregado para q? Sustentar o lar chamado Portugal? É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter, a que eu chamo as mães da miséria, as falsas baixas, o desempregado que fica em casa e claro as reformas douradas e injustas.

Para mim devia-se fomentar o ser empresario:

Pequenas empresas até 10 trabalhadores deviam poder contratar e despedir à vontade;
Contabilidade simples com tarifas de contabilistas baixas para empresas com valores inferiores a 100.000€ de facturação;
IRC de 10% para empresas com menos de 10 trabalhadores;
Empresas exportadoras: 5% de desconto de irc, se o valor de exportação for superior a 25%, desconto de 10% se for superior a 50%.
Desempregados obrigados a trabalhar 2 a 3 dias por semana em empresas pagando a empresa uma parte do salario e o S. Social outra parte. Se o trabalhador fosse integrado na empresa Taxa 0% de S. Social pelo tempo do contrato para a empresa. Atenção, a empresa não pode repetir mais q 3x este estágio, não quero dumping social. Desempregados em casa ou a apresentar carimbos na Junta nem pensar. Tás desempregado vais trabalhar, assim não sais do mundo laboral nem te acomodas em casa a ver tv.

Taxa de 5% de irc para empresas agricolas com valores de facturação inferior a 250.000 euros;

A saida da crise está na criação de PMEs. O Estado não deve punir o empresario que caia na falencia. Por cada 100 PMES, se 20 sobreviverem como pmes e 2 crescerem para medias ou grandes empresas todos ganhamos.

Em Portugal só os loucos é que querem ser patrões.

Na minha vida profissional, fiz negocios com empresas israelitas. O que mais me impressionou, foi muitas pessoas terem micro empresas. Trabalham em part-time numa grande empresa ou mesmo em full-time, mas tem sempre o seu pequeno negocio, ou criam orquideas exoticas que exportam, criam peixes ornamentais que vendem, tem uma quinta que cultivam com a familia ao fds e vendem depois a produção. O espirito eu posso, eu faço, eu sou senhor do meu destino, eu sou um pequeno empresario está nas veias daquele povo e é incentivado pelo estado Israelita.

Em Portugal, as pessoas tem um quintal e nem uma horta com coentros ou salsa tem. Não existe o espirito de auto-suficiencia, de acreditar em si mesmo. Desde o 25 de Abril as pessoas ficaram acomodadas, "o Estado deve tomar conta de nós".

E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguem é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguem quer ser autonomo e autosuficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguem quer, ser responsavel muito menos. Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno. Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bebados, a culpa é dos sacanas dos policias que andam sempre na caça à multa.

Tambem detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jámais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade basica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são pessimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.

Neste nosso país ninguem é responsavel, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bebado, etc.

Eu só queria, um pais com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autonomas, responsaveis e não dependentes, sempre os coitadinhos. Eu queria um pais de empresarios, micro, medio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir creditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extra-ordinarimente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do emprestimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguem comprende, toda a gente vive para o efeito imediato).

Desculpem o desabafo.


Dou-te inteira razão! Estou já em processo de fecho de empresa. Espécular é que está a dar! :)
 
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por defst0ned » 17/2/2011 19:14

Vanek. Tu estás lá!

Só verdades ai. Estou completamente solidário contigo.
 
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por Vanek » 17/2/2011 18:55

Para mim em Portugal existe uma cultura "esquerdista-invejosa".

O patrão é sempre mau e rico!
Tens empresa? Prepara-te para ser chulado, pagamento por conta de impostos, mesmo que a tua empresa seja empresa de garagem.
Contabilista com tarifa tabelada minima, tanto vendas 100 euros ou 100.000 tens sempre o mesmo custo com o contabilista. E qualquer registo da empresa é sempre a pagar bem.

- O Estado acha que por teres uma empresa e seres patrão não tens direito a sub. de desemprego se a empresa falir. Que grande incentivo aos empregados com boas ideias para se tornarem empresarios. Mais vale ficares toda a vida como empregado que um empresario falido e na miséria.
-Uma empresa é um lar... despedir alguem é o mesmo que tirar um velhinho do lar. Se não há trabalho, tens q continuar a sustentar os teus velhos, quanto mais velhos, mais pagas se despedires. Vai daí que se és empresario tens medo sempre de contratar. Como empresario pagas S Social do empregado para q? Sustentar o lar chamado Portugal? É o coitadinho do imigrante, do ciganito, do drogado, da mulher parideira que tem 8 filhos sem ter condições de os ter, a que eu chamo as mães da miséria, as falsas baixas, o desempregado que fica em casa e claro as reformas douradas e injustas.

Para mim devia-se fomentar o ser empresario:

Pequenas empresas até 10 trabalhadores deviam poder contratar e despedir à vontade;
Contabilidade simples com tarifas de contabilistas baixas para empresas com valores inferiores a 100.000€ de facturação;
IRC de 10% para empresas com menos de 10 trabalhadores;
Empresas exportadoras: 5% de desconto de irc, se o valor de exportação for superior a 25%, desconto de 10% se for superior a 50%.
Desempregados obrigados a trabalhar 2 a 3 dias por semana em empresas pagando a empresa uma parte do salario e o S. Social outra parte. Se o trabalhador fosse integrado na empresa Taxa 0% de S. Social pelo tempo do contrato para a empresa. Atenção, a empresa não pode repetir mais q 3x este estágio, não quero dumping social. Desempregados em casa ou a apresentar carimbos na Junta nem pensar. Tás desempregado vais trabalhar, assim não sais do mundo laboral nem te acomodas em casa a ver tv.

Taxa de 5% de irc para empresas agricolas com valores de facturação inferior a 250.000 euros;

A saida da crise está na criação de PMEs. O Estado não deve punir o empresario que caia na falencia. Por cada 100 PMES, se 20 sobreviverem como pmes e 2 crescerem para medias ou grandes empresas todos ganhamos.

Em Portugal só os loucos é que querem ser patrões.

Na minha vida profissional, fiz negocios com empresas israelitas. O que mais me impressionou, foi muitas pessoas terem micro empresas. Trabalham em part-time numa grande empresa ou mesmo em full-time, mas tem sempre o seu pequeno negocio, ou criam orquideas exoticas que exportam, criam peixes ornamentais que vendem, tem uma quinta que cultivam com a familia ao fds e vendem depois a produção. O espirito eu posso, eu faço, eu sou senhor do meu destino, eu sou um pequeno empresario está nas veias daquele povo e é incentivado pelo estado Israelita.

Em Portugal, as pessoas tem um quintal e nem uma horta com coentros ou salsa tem. Não existe o espirito de auto-suficiencia, de acreditar em si mesmo. Desde o 25 de Abril as pessoas ficaram acomodadas, "o Estado deve tomar conta de nós".

E as gerações mais novas parecem mais infantis que nunca, são mais qualificados, mas ninguem é adulto, toda a gente espera que tomem conta deles, ninguem quer ser autonomo e autosuficiente e todos se julgam importantes. Eu tenho direitos, mas deveres ninguem quer, ser responsavel muito menos. Por exemplo, eu com 16 anos ajudava o meu pai na empresa dele, nas férias grandes e mesmo durante o ano lectivo e era bom aluno. Hoje só vejo todos os jovens a perderem-se em bebedeiras, numa vida de deixa andar e estudo para passar, logo se vê, é tudo permissivo. Chegam a adultos e a mesma coisa, são apanhados a conduzir bebados, a culpa é dos sacanas dos policias que andam sempre na caça à multa.

Tambem detesto o lado vaidoso dos portugueses, todos, mas todos os meus empregados tem telemoveis melhores que o meu! Há 1 ou 2 meses um empregado meu q ganha cerca de 850€ mês comprou uma televisão a prestações de 750€. Eu jámais daria mais que 250€ por uma televisão! Depois andou-se a queixar que o banco não lhe emprestava para 1 casa porque não tinha o dinheiro para a entrada da casa... raios... mas a prioridade dele não deveria ser poupar para a necessidade basica de toda a gente... ter uma casa? O mesmo empregado comprou carro novo a prestações, eu nunca compro carros novos, carros para mim são sucatas a prazo, e são pessimos investimentos porque nunca valorizam. Detesto esta cultura da vaidade.

Neste nosso país ninguem é responsavel, a culpa é sempre dos outros, se o aluno se porta mal, a culpa é do professor porque não se adaptou aos alunos, alunos que são sempre coitadinhos porque tem sempre uma razão para justificar o seu mau comportamento, ou é hiper-activo, ou tem um pai bebado, etc.

Eu só queria, um pais com mais autoridade, onde as pessoas fossem ensinadas a serem autonomas, responsaveis e não dependentes, sempre os coitadinhos. Eu queria um pais de empresarios, micro, medio, grandes empresas onde investir fosse parte da nossa cultura em vez de pedir creditos (cada vez que explico às pessoas que podem e devem amortizar extra-ordinarimente uma parte da divida da hipoteca da casa que tem, as pessoas não compreendem oiço sempre, que não justifica antecipar 1000 euros que pouco mexe na prestação, quando lhes explico que 1000 amortizado nos 1ºs anos do emprestimo a 30 anos na prática são 3000 poupados ninguem comprende, toda a gente vive para o efeito imediato).

Desculpem o desabafo.
 
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Mas que balbuurdia...

por bboniek33 » 17/2/2011 18:55

A coisa ee protocolar e deve ser respeitada.

Vejamos entao, embora de forma simplificada, como proceder:

De Engenheiro para Engenheiro: "Oh Engenheiro X ... etc"

De Engenheiro para Doutor: "Oh Doutor X ... etc"

De Doutor para Doutor: "Oh Doutor X ... etc"

De Doutor para Engenheiro: "Oh Engenheiro X ... etc"

De nao-licenciado para Doutor: "Oh Senhor Doutor x ... etc"

De nao-licenciado para Engenheiro: "Oh Senhor Engenheiro X ... etc"

De nao-licenciado para nao-licenciado: "Oh paa ... etc" ou "Oh meu ... etc" ou "Entao ee assim ... etc"

Isto sao normas convencionais que o tempo e os Bons Costumes deixaram impressos no Espiirito do Povo Portugues. Nao ee uma questao de modas ou de gostos. Deve ser respeitado pelo significado que a proopria Sociedade de forma livre e espontanea decidiu atribuir-lhe.

A Tradic,ao tem muita forc,a e merece a nossa total compreensao e Respeito.
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por rmachado » 17/2/2011 16:30

AutoMech Escreveu:
rmachado Escreveu:Com isto não achas menos estranho que se queira ter canudo?


Lol Machado (ou deveria dizer Sr. Eng. Machado :lol: ), infelizmente é tal e qual as historietas que contaste.

E no entanto o Américo Amorim, 'apenas' o homem mais rico de Portugal, não é licenciado.

Não estou a defender que o pessoal fique pela 4a classe, claro, mas apenas a exemplificar que isso não significa que a pessoa seja incapaz ou inferior ao outros (antes pelo contrário). É pena que não se olhe mais para esses exemplos antes de ir para um curso condenado ao desemprego.


Pois.

Eu por exemplo nos idos da decada de 80 (finais) conheci um senhor que trabalhava na Bélgica e era tuga de gema, licenciado em Engenharia e que dizi que na fábrica ng mas mesmo ng usava o titulo era tudo Sr. Fulano.. não havia cá Eng. nem Dr...

Era o que devia acontecer por cá... mas não até temos pessoas que quase consideram insultuoso não serem tratados pelo titulo e muitas não são "velhos"...

Complexos de inferioridade é o que é..
Mas basta ver que ate para muitos empregos se escolhe pela média cegamente quando em muitos casos isso diz peva da tua competência.

Como dizia algúem num livro lido recentemente:
"Se quer alguém que faça as coisas bem feitas e rapdidamente contrate alguém muito ocupado fora do trabalho... pode ter a certeza que ele as vai fazer pois quer é ir embora"
 
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