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Caldeirão da Bolsa

Divida publica portuguesa - resultado dos leilões

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 10/2/2011 12:13

migluso Escreveu:Admito que desconhecia que a primeira operação fosse sempre sindicada. Também desconheço se a deste ano foi proporcionalmente (em relação ao total de OT a emitir este ano) maior do que as anteriores.

/


República lança nova OT 6,4% 15 de Fevereiro de 2016
A República Portuguesa (A1/A-/A+) colocou a 7 de Fevereiro a primeira emissão sindicada de 2011. A nova emissão benchmark no montante de EUR 3.500 milhões vencer-se-á no dia 15 de Fevereiro de 2016, paga um cupão anual de 6,4% e foi emitida com um spread de mid-swap + 360 pb., equivalente a OBL 2% 26 de Fevereiro 2016 + 402,3 p.b.. Os Joint leads managers foram os bancos Barclays Capital, BNP Paribas, Caixa BI, Deutsche Banck, HSBC e Morgan Stanley.
http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=1055


República lança nova OT 4.80% 15 de Junho de 2020
A República Portuguesa (Aa2/A+/AA) colocou a 10 de Fevereiro a primeira emissão sindicada de 2010. A nova emissão benchmark no montante de EUR 3.000 milhões vencer-se-á no dia 15 de Junho de 2020, paga um cupão anual de 4,80% e foi emitida com um spread de mid-swaps +140 p.b., equivalente a DBR 3,25%, 4 de Janeiro 2020 + 163,7 p.b.. Os Joint leads managers foram os bancos Banco Espirito Santo, Barclays Capital, Crédit Agricole CIB, Goldman Sachs e a Société General CIB.

IGCP, 11 de Fevereiro de 2010
http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=882


República lança nova OT 4.20% 15 de Outubro de 2016
A República Portuguesa (Aa2/AA-/AA) colocou a 12 de Julho a segunda emissão sindicada de 2006. A nova emissão benchmark no montante de EUR 3.000 milhões vencer-se-á no dia 15 de Outubro de 2016, paga um cupão anual de 4,20% e foi emitida com um spread de +16,5 p.b. sobre o DBR 4% 4 de Julho 2016. Os Joint leads managers foram os bancos Caixa Geral de Depósitos, Citigroup, Goldman Sachs, Morgan Stanley e Société General.

IGCP, 12 de Julho de 2006

Portugal Press Release

http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=426



República lança nova OT 4.10% 15 de Abril de 2037
A República Portuguesa (Aa2/AA-/AA) colocou a 15 de Março a primeira emissão sindicada de 2006. A nova emissão benchmark no montante de EUR 3.000 milhões vencer-se-á no dia 15 de Abril de 2037, paga um cupão anual de 4,10% e foi emitida com um spread de +22,5 p.b. sobre o DBR 4% 4 de Janeiro 2037. Os Joint leads managers foram os bancos BES, Barclays, BNP Paribas, Calyon e Deutsche Bank.

IGCP, 16 de Março de 2006

» Portugal Press Release

http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=234



Julga por ti :wink:
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por artista_ » 10/2/2011 12:07

helderjsm Escreveu:Mas digam lá que não deixa de ser estranho estas subidas repentinas? Neste momento pelo menos.

Afinal vejamos. Os últimos leilões de obrigações tem vindo a correr bem com a procura a aumentar e inclusive as taxas exigidas a diminuir. Portugal tem passado uma mensagem clara de que está a fazer o máximo que pode para lutar contra o défice excessivo. As exportações têm vindo a aumentar e já vieram dizer (independentemente se vocês acreditam ou não) que a taxa de 7.3% para este ano vai mesmo ser cumprida.

Ok já sei que há muita gente a discordar destes pontos. Não vou entrar por aí. Mas a verdade é que já não vejo razão para o mercado estar a especular tanto contra Portugal que nem a força das compras do BCE chegue para acalmar isto.


A idéia que tenho é que na última colocação as taxas voltaram a subir. Além disto quando cairam foi ligeiramente...

Infelizmente, se estamos a fazer o máximo que se pode, para já, os mercados continuam achar que não chega, ou pelo menos ainda não estão convencidos que seja suficiente! :|
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por Lion_Heart » 10/2/2011 12:05

helderjsm Escreveu:Mas digam lá que não deixa de ser estranho estas subidas repentinas? Neste momento pelo menos.

Afinal vejamos. Os últimos leilões de obrigações tem vindo a correr bem com a procura a aumentar e inclusive as taxas exigidas a diminuir. Portugal tem passado uma mensagem clara de que está a fazer o máximo que pode para lutar contra o défice excessivo. As exportações têm vindo a aumentar e já vieram dizer (independentemente se vocês acreditam ou não) que a taxa de 7.3% para este ano vai mesmo ser cumprida.

Ok já sei que há muita gente a discordar destes pontos. Não vou entrar por aí. Mas a verdade é que já não vejo razão para o mercado estar a especular tanto contra Portugal que nem a força das compras do BCE chegue para acalmar isto.


Os juros sobem por causa de um novo impasse sobre o reforço do megafundo , ou sobre as novas medidas a adoptar. O eixo Franco/Alemão não se entende
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Lion_Heart
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por helderjsm » 10/2/2011 11:59

Mas digam lá que não deixa de ser estranho estas subidas repentinas? Neste momento pelo menos.

Afinal vejamos. Os últimos leilões de obrigações tem vindo a correr bem com a procura a aumentar e inclusive as taxas exigidas a diminuir. Portugal tem passado uma mensagem clara de que está a fazer o máximo que pode para lutar contra o défice excessivo. As exportações têm vindo a aumentar e já vieram dizer (independentemente se vocês acreditam ou não) que a taxa de 7.3% para este ano vai mesmo ser cumprida.

Ok já sei que há muita gente a discordar destes pontos. Não vou entrar por aí. Mas a verdade é que já não vejo razão para o mercado estar a especular tanto contra Portugal que nem a força das compras do BCE chegue para acalmar isto.
Melhores cumprimentos,
Helder Magalhães
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por mais_um » 10/2/2011 11:58

JMHP Escreveu:Mais uma prova de que os mercados não confiam na capacidade da economia portuguesa recuperar de forma sustentada. É mesmo isso que está em causa, a sustentabilidade a médio/longo-prazo e não o curto-prazo como o governo português quer fazer crer e ainda uma grande parte dos portugueses que ainda acreditam que tudo pode mudar para melhor mudando quase nada.

Se estamos há mais de uma década sem crescimento, a viver com défices ano apôs ano e com elevado endividamento, como é que podemos convencer os nossos credores e os mercados que resolvemos a nossa situação com medidas de curto-prazo e sem reformas significativas de modo a corrigir o nosso problema estrutural?!

Isto não se trata de uma guerra entre optimistas e pessimistas, trata sim da nossa realidade e das consequências das politicas erradas ao longo de décadas, sempre legitimadas pelo povo.

Ajuda virá de fora certamente, mas terá um preço muito elevado para os portugueses, nomeadamente para aqueles que sempre viveram com a ilusão de um Estado protector e benemérito.

Pelo menos desde o 25 de Abril que sempre viveste com defice, excepto alguns anos no tempo do Guterres, antes de entrares para o €, fruto das privatizações.

Sobre o teu 1º paragrafo tenho um entendimento diferente, se fosse como tu dizes, não conseguias vender divida a taxa dejuro inferior às yields.

O facto das yileds estarem a subir ( e não é só as nossas) quer dizer que há investidores a vender divida publica, agora os motivos para isso só eles podem explicar, desde recearam incumprimento, até necessitarem de liquidez ou terem opções mais rentaveis, há um universo muito grande de motivos possiveis.
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por migluso » 10/2/2011 11:57

mais_um Escreveu:Normalmente a 1º emissão de uma nova linha de OT é sempre sindicada. Foi este ano, foi o ano passado, foi à 5 anos, foi à 10 anos...

Mas qual é a tua receita "maravilha" que o governo devia fazer de imediato?


Admito que desconhecia que a primeira operação fosse sempre sindicada. Também desconheço se a deste ano foi proporcionalmente (em relação ao total de OT a emitir este ano) maior do que as anteriores.

Quanto à solução?
A ideal seria um default.
A menos ideal teria sido a vindo do FMI no final do ano passado.

A nossa última esperança é a reunião das autoridades europeias, julgo que dia 11 de Março.

Cumps

Compared to a debt auction, syndication is supposed to promote debt to investors beyond usual buyers. But as the FT reported on Wednesday, hedge funds who bought the bonds were selling them a day later. Bonds that are syndicated should also provide a way to lock in borrowing costs at a certain level. Well, on Thursday…


Less well-known is Portugal’s use of funding instruments other than bonds, which has picked up in pace in 2011:

Again, it’s about reaching out to new investors, but we’ve wondered before whether this is at the cost of making Portuguese government obligations more short-term and less transparent.



http://ftalphaville.ft.com/blog/2011/02 ... -unmoored/
Editado pela última vez por migluso em 10/2/2011 12:00, num total de 1 vez.
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por Trisquel » 10/2/2011 11:56

BCE intervém no mercado com compra de obrigações portuguesas
10 Fevereiro 2011 | 10:40
Edgar Caetano - edgarcaetano@negocios.pt

Jean-Claude Trichet entrou em cena. Perante os máximos históricos da dívida portuguesa, que superaram hoje a fasquia dos 7,6% no prazo a 10 anos, o banco central estará no mercado a adquirir títulos de dívida de Portugal.
O BCE está no mercado a adquirir títulos de dívida portuguesa, uma tentativa de conter os máximos consecutivos atingidos pelas taxas de juro das Obrigações do Tesouro. A notícia fez os juros voltarem ao nível de fecho de ontem, depois de terem estado a subir quase 30 pontos base no prazo a 10 anos.

A informação está a ser avançada por agências internacionais como a Bloomberg e a Dow Jones, que citam operadores de mercado com conhecimento das operações.

Segundo a Bloomberg, o organismo liderado por Jean-Claude Trichet está a fazer ofertas de compra sobre títulos com maturidade a cinco anos, o mesmo prazo das obrigações que foram vendidas no mercado na segunda-feira através da primeira emissão sindicada de dívida deste ano.

Depois de terem estado a subir quase 30 pontos base, os juros da dívida portuguesa a 10 anos voltaram ao nível de fecho de ontem, na região dos 7,356%. No entanto, no prazo a cinco anos, a taxa continua em subida acentuada (6,756%), ainda que longe dos máximos da sessão.

Esta é a primeira vez nas últimas três semanas que há notícias de uma intervenção do BCE no mercado através da compra de títulos de dívida dos países mais fragilizados da Zona Euro.
Cumpts.
Trisquel

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por JMHP » 10/2/2011 11:52

Mais uma prova de que os mercados não confiam na capacidade da economia portuguesa recuperar de forma sustentada. É mesmo isso que está em causa, a sustentabilidade a médio/longo-prazo e não o curto-prazo como o governo português quer fazer crer e ainda uma grande parte dos portugueses que ainda acreditam que tudo pode mudar para melhor mudando quase nada.

Se estamos há mais de uma década sem crescimento, a viver com défices ano apôs ano e com elevado endividamento, como é que podemos convencer os nossos credores e os mercados que resolvemos a nossa situação com medidas de curto-prazo e sem reformas significativas de modo a corrigir o nosso problema estrutural?!

Isto não se trata de uma guerra entre optimistas e pessimistas, trata sim da nossa realidade e das consequências das politicas erradas ao longo de décadas, sempre legitimadas pelo povo.

Ajuda virá de fora certamente, mas terá um preço muito elevado para os portugueses, nomeadamente para aqueles que sempre viveram com a ilusão de um Estado protector e benemérito.
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por mais_um » 10/2/2011 11:51

pocoyo Escreveu:
mais_um Escreveu:
É uma opinião como outras que populam por ai, no entanto faço dois reparos, o 1º é que mesmo com o apoio da UE/FMI as yields das OT10 anos da Grecia (11,4%)e da Irlanda (9,07%) continuam muito acima da taxa de juro paga por esses paises, por isso mesmo que solicitasse apoio à UE/FMI as yields provavelmente continuavam altas.
O 2º reparo é que o analista ou jornalista esta errado quando afirma que precisamos de amortizar 9,5 mil milhões de € de OT em Junho, é metade disso, o que demosntra o rigor com que estes artigos são feitos. :roll: :roll:


Olá +1,

Para que é que serve essas yields de 9 e 11% depois da interveção?
Só servem para o mercado secundário, certo?


Eu sei que já expliquei isso várias vezes neste forum... :mrgreen:

Se as comprares a esse preço, é a rentabilidade que obtens se as mantiveres até à maturidade.
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por mais_um » 10/2/2011 11:47

am6903 Escreveu:
Rags Escreveu:9:02
|DÍVIDA| Juros da dívida pública a 10 anos em máximos históricos nos 7.532%, tendo ontem encerrado nos 7.361%. (Fonte Gobulling)


Num passado recente, foi o pânico quando os juros atingiram os 7%...

Agora parece que o problema desapareceu, ou pelo menos quase não se fala no assunto.

Estará para vir novamente em força a nuvem negra do FMI ou mesmo o próprio?

Estranho também, pelo menos para mim, que o PSI continue a sua performance (especialmente a banca) com o confirmar desta tendência ascendente. Ou o BCE volta às compras ou na próxima semana temos "prova superada nos 8%”...pode ser que o Ministro das Finanças diga que o que ele disse foi que a barreira psicológica eram os 17% só que os ouvintes perceberam 7%!!!
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=467767


A questão dos 7% nunca foi as yields do mercado secundário (o Estado não paga esses valores) mas sim nos leilões de OT.
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por pocoyo » 10/2/2011 11:46

mais_um Escreveu:
É uma opinião como outras que populam por ai, no entanto faço dois reparos, o 1º é que mesmo com o apoio da UE/FMI as yields das OT10 anos da Grecia (11,4%)e da Irlanda (9,07%) continuam muito acima da taxa de juro paga por esses paises, por isso mesmo que solicitasse apoio à UE/FMI as yields provavelmente continuavam altas.
O 2º reparo é que o analista ou jornalista esta errado quando afirma que precisamos de amortizar 9,5 mil milhões de € de OT em Junho, é metade disso, o que demosntra o rigor com que estes artigos são feitos. :roll: :roll:


Olá +1,

Para que é que serve essas yields de 9 e 11% depois da interveção?
Só servem para o mercado secundário, certo?
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por mais_um » 10/2/2011 11:45

migluso Escreveu:P.S. - Os nossos políticos que tomem medidas sérias e responsáveis. Em vez de andarem a oferecer dívida sindicada que façam de uma vez por todas o que tem que ser feito.


Normalmente a 1º emissão de uma nova linha de OT é sempre sindicada. Foi este ano, foi o ano passado, foi à 5 anos, foi à 10 anos...

Mas qual é a tua receita "maravilha" que o governo devia fazer de imediato?
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por mais_um » 10/2/2011 11:41

Atomez Escreveu:
Financial Times Escreveu:Soaring debt pushes Portugal towards bail-out

Portugal’s cost of borrowing hit a euro-era high on Wednesday amid growing concerns that Lisbon will have to turn to bail-out funds to revive its stagnating economy.

Hedge funds were selling Portuguese debt after purchasing bonds at a syndication of five-year bonds just 24 hours earlier, brokers sai

Investor worries are also rising that policymakers will fail to introduce the necessary reforms to beef up the eurozone bail-out fund.

Portuguese 10-year bond yields jumped to 7.35 per cent – the highest since the launch of the euro in January 1999 and a level regarded as unsustainable for Lisbon’s struggling economy.

Richard McGuire, rates strategist at Rabobank, said: “Once again we’re back into this lull where they [EU policymakers] have promised something and they haven’t given details. I think the market will become increasingly concerned about this, exactly as they did about packages for Greece and Ireland.”

A leading investor said: “Portuguese debt costs are in danger of rising further and further as there are no buyers of the country’s debt.”

Some European policymakers would like to see Portugal opt for bail-out loans, which offer rates of about 6 per cent and are considered the best way to deal with the country’s banking and economic problems. There are also hopes among some strategists that the rates offered on bail-out loans will be reduced to encourage Lisbon to accept financial help.

The country’s problems are highlighted by fund managers, such as Pimco, which are no longer prepared to buy the country’s bonds because of fears over high debt levels.

Pimco is switching out of eurozone debt and into emerging market bonds because of the higher yields and higher potential returns offered in these markets.

Lisbon needs to repay €9.5bn ($13bn) in maturing bonds by the end of June, which many strategists say the country will struggle to raise.

Significantly, the European Central Bank has been the only major buyer of Portuguese debt in recent months. However, the latest ECB figures show that the bank has not bought any government bonds in the past two weeks, which explains the drift higher in Portuguese yields.

Strategists say a summit of European leaders in March will determine whether Lisbon will have to follow Greece and Ireland in seeking emergency support. One fund manager said: “We are at a key moment in the eurozone crisis and Portugal is on the frontline. We will know soon whether Lisbon will have to accept a bail-out or not. That is the next test for the eurozone.”


É uma opinião como outras que populam por ai, no entanto faço dois reparos, o 1º é que mesmo com o apoio da UE/FMI as yields das OT10 anos da Grecia (11,4%)e da Irlanda (9,07%) continuam muito acima da taxa de juro paga por esses paises, por isso mesmo que solicitasse apoio à UE/FMI as yields provavelmente continuavam altas.
O 2º reparo é que o analista ou jornalista esta errado quando afirma que precisamos de amortizar 9,5 mil milhões de € de OT em Junho, é metade disso, o que demosntra o rigor com que estes artigos são feitos. :roll: :roll:
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por migluso » 10/2/2011 11:38

Vamos todos cantar e demonstrar o nosso apoio ao BCE.

Vá, todos:

allez BCE allez,
allez BCE allez,
allez BCE allez.

:mrgreen:

P.S. - Os nossos políticos que tomem medidas sérias e responsáveis. Em vez de andarem a oferecer dívida sindicada que façam de uma vez por todas o que tem que ser feito.
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por Batmax » 10/2/2011 11:32

Que coisa mais esquesita de +3.5% para -0.5% aqui há gato!
User mudou de nick - > Wallstreetrader
 
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por am6903 » 10/2/2011 11:26

UPSSS já suou o alarme!!! BCE já está foi aos saldos!!! Às 5.24 GMT-5 já estão nos 7,35% (já estão com variação negativa)
Cumprimentos
 
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por artista_ » 10/2/2011 11:25

E eu que até já tinha colocado a hipótese de uma inversão de tendência!? :roll: :roll:

Será que ainda há "volta" a dar a isto?
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por djovarius » 10/2/2011 11:09

Bom dia,

Agora vamos ter fogo de artifício, ou não !? :roll:

Mas a verdade é que hoje o título a 10 anos já chegou aos 7,64% - cerca de 440 pontos base acima do título Alemão, sinalizando que os investidores não confiam no nosso mercado de dívida.

É interessante ver quanto tempo vão desta vez estes títulos ficar acima dos 400 pontos-base de "spread" que considero a base para o "default" ou para, como se viu na Grécia e Irlanda, uma assistência internacional. Até agora, Portugal sempre fugiu a isto, mas vamos lá ver agora...

Abraço

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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por am6903 » 10/2/2011 10:18

Rags Escreveu:9:02
|DÍVIDA| Juros da dívida pública a 10 anos em máximos históricos nos 7.532%, tendo ontem encerrado nos 7.361%. (Fonte Gobulling)


Num passado recente, foi o pânico quando os juros atingiram os 7%...

Agora parece que o problema desapareceu, ou pelo menos quase não se fala no assunto.

Estará para vir novamente em força a nuvem negra do FMI ou mesmo o próprio?

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por Rags » 10/2/2011 10:12

9:02
|DÍVIDA| Juros da dívida pública a 10 anos em máximos históricos nos 7.532%, tendo ontem encerrado nos 7.361%. (Fonte Gobulling)


Num passado recente, foi o pânico quando os juros atingiram os 7%...

Agora parece que o problema desapareceu, ou pelo menos quase não se fala no assunto.

Estará para vir novamente em força a nuvem negra do FMI ou mesmo o próprio?


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por JMHP » 10/2/2011 9:39

"Portugal deveria usar a ameaça de default para pedir juros mais baixos ao fundo europeu"

Entrevista a Matt King, director de estratégia do Citigroup

Especialista diz que é "altamente provável" que o país siga os passos da Irlanda, que, apesar de dizer que não precisava de ajuda, teve de ser intervencionada.


Para onde está a evoluir a crise da dívida europeia?
Sou tentado a fazer comparações com a crise da dívida na Argentina. Nos final dos anos 90, o país estava a fazer tudo o que o FMI queria, impondo austeridade, empurrando a economia para a recessão, até que houve uma eleição e alguém decidiu que aquilo não resultava e que o país devia entrar em default (incumprimento no pagamento da dívida). Receio que haja o risco de acontecer exactamente o mesmo na Europa. Tenta-se impor austeridade orçamental para sair do buraco, mas, a certa altura, percebe-se que isso não é suficiente, porque há muito dívida no sector privado.

É por isso que as taxas de juro dos países que recorreram ao fundo de resgate europeu - Irlanda e Grécia - não baixam?
Sim, mas é também o facto de os mecanismos de resgate não serem concebidos para resolver um problema de solvência, mas sim de liquidez. Os políticos europeus têm estado a fingir que estes países apenas têm um problema de liquidez: basta dar-lhes tempo que eles vão sair da crise. Só que isso é ainda mais improvável com as taxas de juro que estão a pagar nos empréstimos do FMI e da UE.

Há uma grande probabilidade de os países periféricos entrarem em default?
Sim, é muito provável.

Já este ano?
É possível que sim, mas é mais provável em 2012 ou 2013. Se um país entrasse agora em default, o financiamento dissipar-se-ia, obrigando a alinhar as despesas com as receitas do dia para a noite. Comparados com isto, os cortes feitos hoje em dia são muito pequenos. O que os governos costumam fazer é, pois, ir reduzindo o défice através de cortes na despesa ao longo de vários anos e, um dia, entrar em default, depois de já ter conseguido reduzir o défice. Se for tudo previamente combinado, e a União Europeia se comprometer a continuar a disponibilizar financiamento, o default pode acontecer mais cedo e penso mesmo que haveria vantagens de alguns países, como a Grécia, já o terem feito. Mas isto é contestado pelo resto da UE devido ao efeito de contágio que criaria no sistema bancário europeu.

Considerando as altas taxas de juro da dívida portuguesa, Portugal deveria recorrer à ajuda europeia e do FMI?
Se concluir que tem um problema de solvência e não de liquidez, não vale a pena pedir emprestado mais dinheiro a taxas de juro cada vez mais altas, porque nunca se terá capacidade para pagar. Tem de se proceder à reestruturação de dívida. Mas Portugal ainda não concluiu que precisa disso e, mesmo que o fizesse, o resto da UE iria provavelmente opor-se. Por isso, o melhor é os países periféricos usarem a reestruturação da dívida para pressionar a Europa, dizendo: têm de nos emprestar dinheiro com juros mais baixos, caso contrário nunca iremos escapar a um default. Acho que Portugal deveria usar a ameaça de default para pedir juros mais baixos ao fundo europeu.

Mas acha que Portugal irá pedir ajuda?
O que vimos na Irlanda foi o país a dizer sempre que não precisava de ajuda e, um dia, o BCE chega e diz que precisa de ajuda, porque o sistema financeiro não se pode financiar a ele próprio e o BCE já não quer apoiar bancos insolventes. É altamente provável que o mesmo aconteça a Portugal e a Espanha, onde os bancos são cada vez mais dependentes do BCE. Mesmo que o Governo consiga aceder aos mercados, os bancos têm dificuldades em fazê-lo.

http://economia.publico.pt/Noticia/port ... eu_1479526
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por pdcarrico » 10/2/2011 7:45

mais_um Escreveu:
Sim vamos lá contar a historia na totalidade, em 2009 tiveste uma cobertura das importações pelas exportações de 61,8%.

Em 2010 tivemos 64,7%.

Estamos a piorar ou a melhorar?


Tens razão, estamos a melhorar, mas é preocupante saber que o saldo comercial líquido continua a aumentar.

Pelo menos o volume global de comércio cresce e isso contribui para um aumento efectivo do PIB.
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por atomez » 10/2/2011 2:46

Financial Times Escreveu:Soaring debt pushes Portugal towards bail-out

Portugal’s cost of borrowing hit a euro-era high on Wednesday amid growing concerns that Lisbon will have to turn to bail-out funds to revive its stagnating economy.

Hedge funds were selling Portuguese debt after purchasing bonds at a syndication of five-year bonds just 24 hours earlier, brokers sai

Investor worries are also rising that policymakers will fail to introduce the necessary reforms to beef up the eurozone bail-out fund.

Portuguese 10-year bond yields jumped to 7.35 per cent – the highest since the launch of the euro in January 1999 and a level regarded as unsustainable for Lisbon’s struggling economy.

Richard McGuire, rates strategist at Rabobank, said: “Once again we’re back into this lull where they [EU policymakers] have promised something and they haven’t given details. I think the market will become increasingly concerned about this, exactly as they did about packages for Greece and Ireland.”

A leading investor said: “Portuguese debt costs are in danger of rising further and further as there are no buyers of the country’s debt.”

Some European policymakers would like to see Portugal opt for bail-out loans, which offer rates of about 6 per cent and are considered the best way to deal with the country’s banking and economic problems. There are also hopes among some strategists that the rates offered on bail-out loans will be reduced to encourage Lisbon to accept financial help.

The country’s problems are highlighted by fund managers, such as Pimco, which are no longer prepared to buy the country’s bonds because of fears over high debt levels.

Pimco is switching out of eurozone debt and into emerging market bonds because of the higher yields and higher potential returns offered in these markets.

Lisbon needs to repay €9.5bn ($13bn) in maturing bonds by the end of June, which many strategists say the country will struggle to raise.

Significantly, the European Central Bank has been the only major buyer of Portuguese debt in recent months. However, the latest ECB figures show that the bank has not bought any government bonds in the past two weeks, which explains the drift higher in Portuguese yields.

Strategists say a summit of European leaders in March will determine whether Lisbon will have to follow Greece and Ireland in seeking emergency support. One fund manager said: “We are at a key moment in the eurozone crisis and Portugal is on the frontline. We will know soon whether Lisbon will have to accept a bail-out or not. That is the next test for the eurozone.”
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por JMHP » 9/2/2011 17:02

mais_um Escreveu:
JMHP Escreveu:Estamos a fazer uma "festa" por muito pouco e por nada que realmente resolva o nosso problema.


Não vi niguém a fazer "festas", é obvio que este tipo de noticias devem sair porque podem ter repercussões externas positivas.

Agora sempre que há uma noticia má, esta é repetida até à exaustão, para deleite de muitos, como se isso fosse a solução para os nossos problemas.


Não é deleite. É o nosso drama, dado que nem a repetição e discussão em torno das más noticias é suficiente para despertar o país da inercia e comudismo em que se encontra enterrado.

As repercussões externas só poderiam surtir efeito positivo se alguém de fora for parvo o suficiente para acreditar que estamos a fazer o suficiente para resolver os nossos problemas de forma correcta e sustentada.
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por mais_um » 9/2/2011 16:52

JMHP Escreveu:Estamos a fazer uma "festa" por muito pouco e por nada que realmente resolva o nosso problema.


Não vi ninguém a fazer "festas", é obvio que este tipo de noticias devem sair porque podem ter repercussões externas positivas.

Agora sempre que há uma noticia má, esta é repetida até à exaustão, para deleite de muitos, como se isso fosse a solução para os nossos problemas.
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