Divida publica portuguesa - resultado dos leilões
Mais_um, o exemplo era só para mostrar o efeito mutiplicador de pequenas variações na taxa de juro.
Mas podemos aproximas mais da realidade com 40% de carga fiscal e, já agora, partindo no ano zero com 4% de défice (e é bom lembrar que no ano passado foi muito mais).
Como se pode ver, num caso em que o défice é de 4% (que que vai para dívida publica no ano seguinte), tudo o resto igual (sem aumentar impostos e sem reduzir despesa no ano seguinte), um aumento da taxa de juro de 0.2% (ou seja +5.7% de juros) implica um aumento na taxa a que o PIB tem de crescer de 20% (de 10% para 12%).
Claro que não se tem de recuperar tudo num ano. Mas a subida da taxa também não acontece apenas num ano.
Não vai rebentar amanhã, de facto, mas isso é a eterna desculpa dos governantes que vão adiando os problemas e, como se não bastante, ainda cantam vitória e dão desculpas de taxas médias baixas e de procuras X vezes superiores não-sei-quê, quando o que está a acontecer é péssimo.
Eu não estou contra o que se está a fazer (embora ache que se podia ir mais longe na despesa pública e que se começou demasiado tarde).
Eu estou é contra os discursos que tentam minimizar o problema.
Mas podemos aproximas mais da realidade com 40% de carga fiscal e, já agora, partindo no ano zero com 4% de défice (e é bom lembrar que no ano passado foi muito mais).
Como se pode ver, num caso em que o défice é de 4% (que que vai para dívida publica no ano seguinte), tudo o resto igual (sem aumentar impostos e sem reduzir despesa no ano seguinte), um aumento da taxa de juro de 0.2% (ou seja +5.7% de juros) implica um aumento na taxa a que o PIB tem de crescer de 20% (de 10% para 12%).
Claro que não se tem de recuperar tudo num ano. Mas a subida da taxa também não acontece apenas num ano.
Não vai rebentar amanhã, de facto, mas isso é a eterna desculpa dos governantes que vão adiando os problemas e, como se não bastante, ainda cantam vitória e dão desculpas de taxas médias baixas e de procuras X vezes superiores não-sei-quê, quando o que está a acontecer é péssimo.
Eu não estou contra o que se está a fazer (embora ache que se podia ir mais longe na despesa pública e que se começou demasiado tarde).
Eu estou é contra os discursos que tentam minimizar o problema.
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Sargotronss Escreveu:Mas quanto tempo achas que vai demorar a fazer o trabalho de casa?
A verdade é que neste tópico e mesmo desde que a percepção da crise do endividamento surgiu estamos a falar de números numa janela de tempo curtíssima. Falas de 2 anos como se fosse muito tempo para fazer o TPC, mas o problema tem mais de 2 décadas de idade e a resolução equilibrada deverá igualmente ser numa mesma escala temporal em que 2 anos é o curto prazo.
Para mudanças demasiado grandes e rápidas que venha o FMI, pois alguém terá de ser a testa de ferro.
Para estancar o problema é preciso equilibrar as contas publicas, as previsões "optimistas" do governo é defice de 3% em 2012 e 2% em 2013.
Para resolver o problema é necessário crescer e não aumentar a despesa de forma a conseguir-se excedentes orçamentais para diminuir a divida, em valor absoluto e não só em % do PIB.
Ora o crescimento depende muito mais do que acontecer no resto do mundo e não tanto em Portugal.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:JMHP Escreveu:Duas importantes questões que se colocam a médio-prazo e que merecem profunda reflexão são:
- Se Portugal entrar em recessão em 2011 como várias entidades prevêem, quais serão as consequências?!
Não sou economista nem financeiro, mas parece-me que há três hipoteses, cortar mais na despesa, ou subir os impostos ou ambas.JMHP Escreveu:
- Se o crescimento da economia em 2011 for tendencialmente nulo, quanto tempo mais aguentamos este nível de endividamento?!
Opinião de leigo, não me parece que haja problemas graves a esse nivel durante os proximos dois anos, tendo em conta a divida a vencer e desde que as metas orçamentais sejam respeitadas.JMHP Escreveu:- Quando surgir um novo abrandamento ou mesmo uma recessão da economia mundial, estará a nossa economia recuperada e preparada para "levar outro muro"?!
Depende, se fizermos o trabalho de "casa" sim, ou seja ter equilibro nas contas publicas é o 1º passo e depende do Estado, o 2º passo é criar riqueza e isso não se faz por decreto, depende dos gestores e empresários.
Mas quanto tempo achas que vai demorar a fazer o trabalho de casa?
A verdade é que neste tópico e mesmo desde que a percepção da crise do endividamento surgiu estamos a falar de números numa janela de tempo curtíssima. Falas de 2 anos como se fosse muito tempo para fazer o TPC, mas o problema tem mais de 2 décadas de idade e a resolução equilibrada deverá igualmente ser numa mesma escala temporal em que 2 anos é o curto prazo.
Para mudanças demasiado grandes e rápidas que venha o FMI, pois alguém terá de ser a testa de ferro.
Não faz mal!...
AutoMech Escreveu:Imaginemos um país com 100.000 euros de PIB e com uma taxa de imposto (que gera receita publica) de 35% (até estou a ser amigo porque Portugal está acima dos 40%).
Não me parece que estejas a ser "amigo" nas contas,
Quanto maior for a carga fiscal, menor é o crescimento do PIB necessário para acomodar o aumento da taxa de juro.
AutoMech Escreveu:
Dum ano para o outro a taxa média sobe uns míseros 0.2 pontos ou seja de 3.5% para 3.7%.
Esses "miseros" 0.2 representam um aumento de 5,7% nos juros.
AutoMech Escreveu:
Se aqui complicarmos e colocarmos um orçamento desequilibrado, que faz aumentar a divida publica do ano seguinte e ainda colocarmos um PIB a cair, percebemos o barril de pólvora em que estamos sentados.
Entendo a tua expressão como algo que pode explodir a qualquer momento, o que não é o caso, já que o aumento da divida e crescimentos de PIB anémicos (quando existem) é algo que nos acompanha desde 2000 pelo menos e ainda nao explodimos.
AutoMech Escreveu:
É por isso que olhar apenas para a subida da taxa média é pouco, sobretudo numa economia com défice e crescimento zero (ou mesmo negativo).
Não é pouco nem muito, é um facto que deve ser devidamente enquadrado, porque no teu pequeno exemplo, basta um ano de crescimento do PIB de 1% para a situação se inverter, mesmo depois de um ano com crescimento zero do PIB.
AutoMech Escreveu:
Eu sei que não há solução a curto prazo, mas menosprezar as pequenas subidas da taxa média é ocultar o problema, porque há um efeito multiplicador do défice e PIB estagnado.
Eu não menosprezei, pelo que tenho lido há é pessoas a exagerar os efeitos, sem adicionar nada de novo à resolução do problema. É apenas isso que eu critico.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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(este post é longo e só para quem gosta de números)
À questão de qual a taxa de juro que é suportável duvido que alguém consiga responder com precisão porque depende, entre outras, sobretudo de:
- % do défice publico
- % da dívida publica
- Impostos em % do PIB
- % de crescimento da economia
Eu fiz um exercício super simples para ilustrar o problema (ver abaixo).
Imaginemos um país com 100.000 euros de PIB e com uma taxa de imposto (que gera receita publica) de 35% (até estou a ser amigo porque Portugal está acima dos 40%).
Sendo assim temos 35.000 de receitas.
Imaginemos que esse país tem um orçamento equilibrado (também estou a ser amigo), ou seja 35.000 de despesas, incluindo juros.
Imaginemos que a dívida publica é de 80% do PIB (estamos um pouco acima).
E imaginemos que a taxa média dos juros da dívida publica é de 3.5%.
Dum ano para o outro a taxa média sobe uns míseros 0.2 pontos ou seja de 3.5% para 3.7%.
Isto causa um desequilíbrio de 160 euros no orçamento.
Há várias formas de o eliminar:
- Aumentar impostos
- Reduzir outras despesas
- Esperar que o PIB aumente
Esquecendo as duas primeiras, quanto é que o PIB tem de aumentar, tudo o resto igual ?
Simples. 160 euros a dividir pela taxa de imposto, ou seja 160/35% = 457 euros.
Quanto é que isso representa no PIB ? Representa 0.46% do PIB
Ou seja, uma subida de 0.2% na taxa de juro obriga, com orçamento equilibrado, a um aumento de 0.46% do PIB.
Se aqui complicarmos e colocarmos um orçamento desequilibrado, que faz aumentar a divida publica do ano seguinte e ainda colocarmos um PIB a cair, percebemos o barril de pólvora em que estamos sentados.
É por isso que olhar apenas para a subida da taxa média é pouco, sobretudo numa economia com défice e crescimento zero (ou mesmo negativo).
Eu sei que não há solução a curto prazo, mas menosprezar as pequenas subidas da taxa média é ocultar o problema, porque há um efeito multiplicador do défice e PIB estagnado.
À questão de qual a taxa de juro que é suportável duvido que alguém consiga responder com precisão porque depende, entre outras, sobretudo de:
- % do défice publico
- % da dívida publica
- Impostos em % do PIB
- % de crescimento da economia
Eu fiz um exercício super simples para ilustrar o problema (ver abaixo).
Imaginemos um país com 100.000 euros de PIB e com uma taxa de imposto (que gera receita publica) de 35% (até estou a ser amigo porque Portugal está acima dos 40%).
Sendo assim temos 35.000 de receitas.
Imaginemos que esse país tem um orçamento equilibrado (também estou a ser amigo), ou seja 35.000 de despesas, incluindo juros.
Imaginemos que a dívida publica é de 80% do PIB (estamos um pouco acima).
E imaginemos que a taxa média dos juros da dívida publica é de 3.5%.
Dum ano para o outro a taxa média sobe uns míseros 0.2 pontos ou seja de 3.5% para 3.7%.
Isto causa um desequilíbrio de 160 euros no orçamento.
Há várias formas de o eliminar:
- Aumentar impostos
- Reduzir outras despesas
- Esperar que o PIB aumente
Esquecendo as duas primeiras, quanto é que o PIB tem de aumentar, tudo o resto igual ?
Simples. 160 euros a dividir pela taxa de imposto, ou seja 160/35% = 457 euros.
Quanto é que isso representa no PIB ? Representa 0.46% do PIB
Ou seja, uma subida de 0.2% na taxa de juro obriga, com orçamento equilibrado, a um aumento de 0.46% do PIB.
Se aqui complicarmos e colocarmos um orçamento desequilibrado, que faz aumentar a divida publica do ano seguinte e ainda colocarmos um PIB a cair, percebemos o barril de pólvora em que estamos sentados.
É por isso que olhar apenas para a subida da taxa média é pouco, sobretudo numa economia com défice e crescimento zero (ou mesmo negativo).
Eu sei que não há solução a curto prazo, mas menosprezar as pequenas subidas da taxa média é ocultar o problema, porque há um efeito multiplicador do défice e PIB estagnado.
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PRESS RELEASE – 7 de Fevereiro de 2011
República Portuguesa
(A1 / A- / A+)
EUR 3.5 mil milhões OT 6.4% 15 Fevereiro 2016
· A República Portuguesa regressou hoje com sucesso ao mercado com uma emissão sindicada de
EUR 3.5 mil milhões na maturidade de 5 anos. Esta é a primeira emissão sindicada de OT de
Portugal desde Fevereiro de 2010.
· A transacção foi aumentada em relação ao objectivo inicial e o preço foi fixado em linha com a
guidance inicial, com todo o processo concluído num único dia, uma prova da capacidade de
Portugal de aceder ao mercado de capitais internacional.
· O programa de financiamento de Portugal para 2011 ascende a cerca de EUR 20 mil milhões
(necessidades brutas de médio/longo prazo e líquidas de curto prazo), aproximadamente 20%
menos que em 2010, e dos quais 30% ficaram já assegurados com a conclusão desta transacção.
· A oportunidade de emissão surgiu com o estreitamento significativo e consistente da curva de OT,
um sentimento geralmente positivo no mercado e muito pouca oferta concorrente.
· O mandato foi anunciado às 9:00h no dia 7 de Fevereiro de 2011. Os livros foram formalmente
abertos cerca das 10:15h, após recebidas manifestações de interesse significativas por parte dos
investidores. O montante de ordens ultrapassou os EUR 3.5 mil milhões na primeira hora após o
anúncio e ao fim de duas horas excedia já os EUR 5 mil milhões, com uma forte presença de
investidores domésticos e internacionais.
· Os livros fecharam às 13:30h, com mais de EUR 7 mil milhões de ordens colocadas por 160
investidores, realçando a solidez do suporte que esta importante transacção encontrou no mercado.
· A price guidance inicialmente anunciada foi de mid-swaps +360 pb, o que representou um prémio
de emissão de 15 a 20 pb face aos níveis de mercado secundário. A sensibilidade ao preço foi
mínima, com todas as ordens válidas a reoffer, permitindo a Portugal fixar o preço final em linha
com a guidance original.
· O pricing da transacção foi realizado às 17:00h a Mid-Swaps +360 pb ou 402.33 pb sobre o
benchmark alemão. O cupão foi fixado em 6.4%. A liquidez do novo título será reforçada com a
realização de leilões de reabertura ao longo dos próximos 12 meses. A nova OT tem obrigações de
cotação na MTS Portugal, BrokerTec e eSpeed.
http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2011/O ... 016_PT.pdf
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
JMHP Escreveu:Duas importantes questões que se colocam a médio-prazo e que merecem profunda reflexão são:
- Se Portugal entrar em recessão em 2011 como várias entidades prevêem, quais serão as consequências?!
Não sou economista nem financeiro, mas parece-me que há três hipoteses, cortar mais na despesa, ou subir os impostos ou ambas.
JMHP Escreveu:
- Se o crescimento da economia em 2011 for tendencialmente nulo, quanto tempo mais aguentamos este nível de endividamento?!
Opinião de leigo, não me parece que haja problemas graves a esse nivel durante os proximos dois anos, tendo em conta a divida a vencer e desde que as metas orçamentais sejam respeitadas.
JMHP Escreveu:- Quando surgir um novo abrandamento ou mesmo uma recessão da economia mundial, estará a nossa economia recuperada e preparada para "levar outro muro"?!
Depende, se fizermos o trabalho de "casa" sim, ou seja ter equilibro nas contas publicas é o 1º passo e depende do Estado, o 2º passo é criar riqueza e isso não se faz por decreto, depende dos gestores e empresários.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:pocoyo Escreveu:mais_um Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Eu não fiz as contas mas de certeza que mais de 2,5 a 3% não é viavel a médio prazo.
Nunca tivemos taxas médias dessas, é melhor entregar já as chaves disto aos credores.![]()
Qual é a solução alternativa?
Deixar de ter defice e passar a ter superávit.
Isso é o que estão a tentar fazer, tens uma solução mais rapida?
Não estão a (tentar) fazer nada disso. Estão a tentar baixar o défice, o que é diferente.
Solução mais rápida:
Vender activos para pagar divida e no mesmo ano passar o defice a superávit.
Podes perguntar como?
Várias hipótese:
. subir impostos
. curtar despesa (mesmo que obrigue a despedimentos)
. curtar reformas
. etc
Mais cedo ou mais tarde vai passar por aqui, se não for ao bem irá ser ao mal.
pocoyo Escreveu:mais_um Escreveu:Lion_Heart Escreveu:Eu não fiz as contas mas de certeza que mais de 2,5 a 3% não é viavel a médio prazo.
Nunca tivemos taxas médias dessas, é melhor entregar já as chaves disto aos credores.![]()
Qual é a solução alternativa?
Deixar de ter defice e passar a ter superávit.
Isso é o que estão a tentar fazer, tens uma solução mais rapida?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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Sargotronss Escreveu:A barraca, ou seja Portugal, não tem estrutura para grandes tempestades.
Essa é a questão central da situação débil e frágil do país, a nossa economia anémica não tem estofo nem agilidade suficiente para aguentar por muito mais tempo esta situação e muito menos aguentar este nível de endividamento a uma taxa de juro tendencialmente ascendente.
Duas importantes questões que se colocam a médio-prazo e que merecem profunda reflexão são:
- Se Portugal entrar em recessão em 2011 como várias entidades prevêem, quais serão as consequências?!
- Se o crescimento da economia em 2011 for tendencialmente nulo, quanto tempo mais aguentamos este nível de endividamento?!
E uma ultima questão que raramente é colocada mas que é sempre uma possibilidade devido aos ciclos dos mercados:
- Quando surgir um novo abrandamento ou mesmo uma recessão da economia mundial, estará a nossa economia recuperada e preparada para "levar outro muro"?!
Lion_Heart Escreveu:Eu não fiz as contas mas de certeza que mais de 2,5 a 3% não é viavel a médio prazo.
Nunca tivemos taxas médias dessas, é melhor entregar já as chaves disto aos credores.

Qual é a solução alternativa?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Ora alguém independente que tem uma interpretação dos factos (taxas de juro da divida publica) identica à minha:
Taxa de juro a que o Estado se financiou "é difícil de suportar no longo prazo"
Nuno Amado, presidente do Santander Totta, afirmou hoje que a emissão de dívida sindicada realizada ontem pelo Estado português foi “positiva”, salientando a procura, que atingiu 7,5 mil milhões de euros
Portugal colocou ontem 3,5 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro a cinco anos, pagando um juro de 6,45%.
Na conferência de imprensa para apresentação de resultados, Amado reconheceu que a taxa de juro paga “foi elevada”, mas confiou que o juro que a Portugal se financia no exterior “pode baixar” no futuro, “conjugando o apoio dos parceiros europeus com o trabalho de casa que todos temos que fazer”
“Este nível de taxa de juro é difícil de suportar no longo prazo, mas não será um problema” se for apenas no imediato, adiantou.
Na conferência de imprensa para apresentação dos resultados de 2010, Nuno Amado deixou vários recados, ao Governo mas não só.
“Todos temos que fazer o trabalho de casa. É um recado, é uma necessidade, para a qual todos temos de contribuir”, disse Nuno Amado.
Salientou que este é “um recado para o governo, como gestor do Orçamento do Estado”, mas é também um “recado para quem está a usufruir do Orçamento do Estado, para as empresas que sabem que o mercado doméstico” está com dificuldades “É um desafio que todos temos que fazer: prestar atenção aos problemas estruturais da economia portuguesa”, acrescentou.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=467429
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
JCS Escreveu:mais_um Escreveu: Tínhamos uma taxa média de 3,5% nos ultimos anos fruto da queda anormal das taxas de juro, muito superior ao nosso crescimento economico, subiu uns "pozinhos" e passamos a estar "mortos".![]()
![]()
E qual é a alternativa?
Pois é, foram só uns pozinhos... De 3,5% para 7,0% é só um aumento de 100% (o dobro dos encargos). Diria que é uma tempestade de areia em vez de uns pozinhos (já para não falar no aumento do endividamento).
Afinal também de enganas a quantificar)
Abraço
JCS
Também me engano mas aqui até nem é o caso.

Escrevi taxa média 3,5%, ora com as ultimas emissões a serem feitas acima dessa taxa, a taxa média subiu uns pozinhos e não para o dobro.

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
JCS Escreveu:mais_um Escreveu: Tínhamos uma taxa média de 3,5% nos ultimos anos fruto da queda anormal das taxas de juro, muito superior ao nosso crescimento economico, subiu uns "pozinhos" e passamos a estar "mortos".![]()
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E qual é a alternativa?
Pois é, foram só uns pozinhos... De 3,5% para 7,0% é só um aumento de 100% (o dobro dos encargos). Diria que é uma tempestade de areia em vez de uns pozinhos (já para não falar no aumento do endividamento).
Afinal também de enganas a quantificar)
Abraço
JCS
A vossa discussão tem uma parede no meio, ambos tem razão apenas estão a discutir algo diferente, JCS tu discutes a tendência do aumento do custo de endividamento, que eu também acho que é uma tempestade de areia. O mais_um discute o aumento do custo de endividamento tendo em conta o endividamento global feito ao longo do tempo, até agora essa tempestade de areia que alertas é mínima em função do valor global, ou seja uma tempestade num copo de agua. Não deixa de ser um sinal preocupante, é que a barraca abana à menor tempestade. A barraca, ou seja Portugal, não tem estrutura para grandes tempestades.
Não faz mal!...
mais_um Escreveu: Tínhamos uma taxa média de 3,5% nos ultimos anos fruto da queda anormal das taxas de juro, muito superior ao nosso crescimento economico, subiu uns "pozinhos" e passamos a estar "mortos".![]()
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E qual é a alternativa?
Pois é, foram só uns pozinhos... De 3,5% para 7,0% é só um aumento de 100% (o dobro dos encargos). Diria que é uma tempestade de areia em vez de uns pozinhos (já para não falar no aumento do endividamento).
Afinal também de enganas a quantificar

Abraço
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
mais_um Escreveu:Lion_Heart Escreveu:mais_um , a realidade e que os ultimos leiloes a 5 e 10 anos levou sempre com taxas altissimas. Taxas que não são suportaveis face ao crescimentodo País.
Fora os leilões por baixo do pano que ninguém sabe a quanto foram.
Podem dizer o que quiserem mas a verdade é esta: Portugal não pode pagar este tipo de taxas!
Deixo-te duas questões, qual é a taxa que Portugal pode pagar? É que considerando as taxas a que nos temos financiado à muitos anos (à pelo menos 30 anos) que são superiores ao nosso crescimento economico e nunca ouvi e/ou li qualquer referencia ao tema, de repente passou a ser tema, tinhamos uma taxa média de 3,5% nos ultimos anos fruto da queda anormal das taxas de juro, muito superior ao nosso crescimento economico, subiu uns "pozinhos" e passamos a estar "mortos".![]()
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E qual é a alternativa?
Ah pois não , os bancos também te emprestam até um certo limite sem te fazer perguntas, desde que vas pagando e apresentando resultados.
Com o Estado foi igual enquanto todos ganharam (menos os Portugueses que vão pagar) ninguem quis saber , agora quando alguem deixou de ganhar a campainha tocou.
Eu não fiz as contas mas de certeza que mais de 2,5 a 3% não é viavel a médio prazo.
Até hoje foi, pois fomos sempre aumentando a divida.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
Lion_Heart
Me engana que eu gosto
08 Fevereiro2011 | 11:28
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
É uma ironia um sobreendividado ficar eufórico quando alguém lhe empresta mais dinheiro.
Mas assim foi, outra vez, ontem: outro "sucesso ruinoso" na emissão de dívida. Mas sucesso, sim. Danke schön, Frau Merkel. A gente diz muito mal de si, mas não leve a mal: afinal, queremos-lhe tão bem quanto a senhora nos quer a nós.
Foi há precisamente um ano que a Europa pasmou com a Grécia. Ou melhor, com a sua incapacidade de obter financiamento externo. O tempo normaliza as aberrações, mas convém lembrar que, até Fevereiro do ano passado, não passava pela cabeça de ninguém que um Estado da Zona Euro ficasse sem financiamento. Tudo o que sucedeu depois desse desabamento é conhecido. Menos o que falta percorrer.
Pela primeira vez no espaço deste maldito ano, Portugal conseguiu colocar uma dívida sindicada. O preço foi inevitavelmente alto, mas desta vez quem comprou a nossa dívida (forma interessante de dizer: quem nos emprestou dinheiro) foi gente recomendável. Mais de metade foi colocada em fundos de investimento, fundos de pensões e seguradoras, que são, na gíria, investidores de "dinheiro a sério" - de longo prazo, não fundos que compram e vendem no dia seguinte aproveitando as ondas dos mercados.
Se é verdade que a percepção de risco sobre Portugal está a melhorar, devemo-lo a muita gente, começando pelos funcionários públicos. Mas devemo-lo também aos sinais de abertura que Angela Merkel vai dando para o reforço e flexibilização do fundo de emergência europeu, que são o Plano B da Europa para os seus aflitos, depois do falhanço do Plano A que foi a intervenção da Comissão e do FMI na Grécia e na Irlanda.
Mas não se precipite: a Alemanha está a tomar decisões com o passo do jogo "1, 2, 3 - macaquinho do chinês": devagar e quando não se está a olhar. Para já, há apenas uma expectativa positiva de que o Plano B seja reactivado, ainda assim em troca que antes qualificávamos como invasor (constitucionalização dos limites de défice e dívida do Estado, leis laborais, alterações de idade de reforma, interferência nos impostos). Mas não estamos livres ainda do "bail out" do FMI. Apostar nesse modelo de "salvação sem intervenção", sendo mais provável, é ainda apostar, como diz um analista nesta edição, que nos sai o joker para vencer o ás.
As emissões portuguesas estão a correr muito bem porque Portugal está a conseguir refinanciar-se antes das datas-limite, sem "queimar" os prazos, aliviando a pressão, o que transmite confiança aos mercados. Mas se o trabalho dos financeiros (incluindo Finanças e IGCP) está a correr bem, ele não pode criar a ilusão de que escapámos. Se amolecermos, a moleza vira-se contra nós como o realismo de uma barra de ferro. Ora, ainda agora soubemos que as empresas do Estado propuseram (sublinho: propuseram) planos onde poupam 700 milhões de euros, o que é metade do que tinha sido definido pelo ministro das Finanças.
Na entrevista que publicamos hoje, perguntámos ao ministro da Economia se ele acha verosímil que o Presidente da República dissolva a Assembleia da República se a execução orçamental do primeiro trimestre falhar. Vieira da Silva respondeu bem: não cumprir o Orçamento não é um cenário. Não vimos se estava a cruzar os dedos debaixo da mesa.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=467381
08 Fevereiro2011 | 11:28
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
É uma ironia um sobreendividado ficar eufórico quando alguém lhe empresta mais dinheiro.
Mas assim foi, outra vez, ontem: outro "sucesso ruinoso" na emissão de dívida. Mas sucesso, sim. Danke schön, Frau Merkel. A gente diz muito mal de si, mas não leve a mal: afinal, queremos-lhe tão bem quanto a senhora nos quer a nós.
Foi há precisamente um ano que a Europa pasmou com a Grécia. Ou melhor, com a sua incapacidade de obter financiamento externo. O tempo normaliza as aberrações, mas convém lembrar que, até Fevereiro do ano passado, não passava pela cabeça de ninguém que um Estado da Zona Euro ficasse sem financiamento. Tudo o que sucedeu depois desse desabamento é conhecido. Menos o que falta percorrer.
Pela primeira vez no espaço deste maldito ano, Portugal conseguiu colocar uma dívida sindicada. O preço foi inevitavelmente alto, mas desta vez quem comprou a nossa dívida (forma interessante de dizer: quem nos emprestou dinheiro) foi gente recomendável. Mais de metade foi colocada em fundos de investimento, fundos de pensões e seguradoras, que são, na gíria, investidores de "dinheiro a sério" - de longo prazo, não fundos que compram e vendem no dia seguinte aproveitando as ondas dos mercados.
Se é verdade que a percepção de risco sobre Portugal está a melhorar, devemo-lo a muita gente, começando pelos funcionários públicos. Mas devemo-lo também aos sinais de abertura que Angela Merkel vai dando para o reforço e flexibilização do fundo de emergência europeu, que são o Plano B da Europa para os seus aflitos, depois do falhanço do Plano A que foi a intervenção da Comissão e do FMI na Grécia e na Irlanda.
Mas não se precipite: a Alemanha está a tomar decisões com o passo do jogo "1, 2, 3 - macaquinho do chinês": devagar e quando não se está a olhar. Para já, há apenas uma expectativa positiva de que o Plano B seja reactivado, ainda assim em troca que antes qualificávamos como invasor (constitucionalização dos limites de défice e dívida do Estado, leis laborais, alterações de idade de reforma, interferência nos impostos). Mas não estamos livres ainda do "bail out" do FMI. Apostar nesse modelo de "salvação sem intervenção", sendo mais provável, é ainda apostar, como diz um analista nesta edição, que nos sai o joker para vencer o ás.
As emissões portuguesas estão a correr muito bem porque Portugal está a conseguir refinanciar-se antes das datas-limite, sem "queimar" os prazos, aliviando a pressão, o que transmite confiança aos mercados. Mas se o trabalho dos financeiros (incluindo Finanças e IGCP) está a correr bem, ele não pode criar a ilusão de que escapámos. Se amolecermos, a moleza vira-se contra nós como o realismo de uma barra de ferro. Ora, ainda agora soubemos que as empresas do Estado propuseram (sublinho: propuseram) planos onde poupam 700 milhões de euros, o que é metade do que tinha sido definido pelo ministro das Finanças.
Na entrevista que publicamos hoje, perguntámos ao ministro da Economia se ele acha verosímil que o Presidente da República dissolva a Assembleia da República se a execução orçamental do primeiro trimestre falhar. Vieira da Silva respondeu bem: não cumprir o Orçamento não é um cenário. Não vimos se estava a cruzar os dedos debaixo da mesa.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=467381
Lion_Heart Escreveu:mais_um , a realidade e que os ultimos leiloes a 5 e 10 anos levou sempre com taxas altissimas. Taxas que não são suportaveis face ao crescimentodo País.
Fora os leilões por baixo do pano que ninguém sabe a quanto foram.
Podem dizer o que quiserem mas a verdade é esta: Portugal não pode pagar este tipo de taxas!
Deixo-te duas questões, qual é a taxa que Portugal pode pagar? É que considerando as taxas a que nos temos financiado à muitos anos (à pelo menos 30 anos) que são superiores ao nosso crescimento economico e nunca ouvi e/ou li qualquer referencia ao tema, de repente passou a ser tema, tinhamos uma taxa média de 3,5% nos ultimos anos fruto da queda anormal das taxas de juro, muito superior ao nosso crescimento economico, subiu uns "pozinhos" e passamos a estar "mortos".


E qual é a alternativa?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um , a realidade e que os ultimos leiloes a 5 e 10 anos levou sempre com taxas altissimas. Taxas que não são suportaveis face ao crescimento
do País.
Fora os leilões por baixo do pano que ninguém sabe a quanto foram.
Podem dizer o que quiserem mas a verdade é esta: Portugal não pode pagar este tipo de taxas!

Fora os leilões por baixo do pano que ninguém sabe a quanto foram.
Podem dizer o que quiserem mas a verdade é esta: Portugal não pode pagar este tipo de taxas!
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"
Lion_Heart
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JCS Escreveu:Pensei que ao dizer que estava habituado ao sistema americano percebesses que os biliões que referi correspondem a parcelas de 1000 milhões.
Tanto percebi que troque a tua expressão dezenas de BILIÕES de € por dezenas de milhares de milhões....


JCS Escreveu:
No entanto teimas em centrar o tema nessa questão evitando a questão de fundo.
Teimo em dar ao problema a dimensão correcta.
JCS Escreveu:
O facto de se falar em amortizar divida quando nada mais se faz que emitir nova divida para pagar a anterior é nada mais nada menos que uma autêntica e brutal espiral de crédito. Se se refinanciasse a divida a taxas mais baixas que as anteriores percebia-se o beneficio da operação. Dizer que está tudo bem quando se substitui divida por outra (ainda maior) e com taxas bastante superiores... Enfim.
Não escrevi em lado nenhum que está tudo bem.
JCS Escreveu:
Na banca se não fôr o BCE ninguém lhes empresta um unico cêntimo. Outro "sucesso".
E o que isso tem a ver com as dezenas de milhares de milhões referidos por ti?....Não é esse o tema, tema é as pessoas que teimam em empolar os problemas, acabam por assustar as pessoas desnecessáriamente além de lançarem a confusão.
Custa muito dizer a verdade? Que tal não inventar?
Escrevi isto no comentário que fiz anteriormente como resposta ao teu, parece-me que não lestes...
Nota, não estou a afirmar que a situação está boa, estou apenas a colocar o problema na sua verdadeira dimensão.
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Pensei que ao dizer que estava habituado ao sistema americano percebesses que os biliões que referi correspondem a parcelas de 1000 milhões. No entanto teimas em centrar o tema nessa questão evitando a questão de fundo. O facto de se falar em amortizar divida quando nada mais se faz que emitir nova divida para pagar a anterior é nada mais nada menos que uma autêntica e brutal espiral de crédito. Se se refinanciasse a divida a taxas mais baixas que as anteriores percebia-se o beneficio da operação. Dizer que está tudo bem quando se substitui divida por outra (ainda maior) e com taxas bastante superiores... Enfim.
Folgo em saber que as emissões são um "sucesso". Boa sorte...
Na banca se não fôr o BCE ninguém lhes empresta um unico cêntimo. Outro "sucesso".
Cumprimentos
JCS
Folgo em saber que as emissões são um "sucesso". Boa sorte...
Na banca se não fôr o BCE ninguém lhes empresta um unico cêntimo. Outro "sucesso".
Cumprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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JCS Escreveu:Estou habituado ao sistema americano porque leio praticamente sempre em inglês e deves ter percebido isso quando leste o meu post. Não muda em nada a essência do que escrevi.
Cumprimentos
JCS
Continuo a discordar, não consigo colocar na mesma grandeza 5,1 mil milhões e dezenas de milhares de milhões, já que uma dezena é 2x, a quantia que devemos com taxas de juro entre 6% e 7%, como referes dezenas (plural) significa que estavas a referir-te a pelo menos duas dezenas, o que é 4x a quantia real. É a mesma coisa que dizeres que a distancia de Lisboa às Caldas da Rainha é a mesma coisa que ires de Lisboa a Braga. De qualquer modo estamos a falar de 3,4% da nossa divida total.
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Estou habituado ao sistema americano porque leio praticamente sempre em inglês e deves ter percebido isso quando leste o meu post. Não muda em nada a essência do que escrevi.
Cumprimentos
JCS
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moppie85 Escreveu:Mais_um, não li tudo (nem metade sequer do tópico) e por isso peço desculpa se este desabafo for um bocado Off-topic.
Era só para evidenciar que me senti enojado hoje quando vi um político na televisão a dizer (e trocando por miúdos) que o juro era alto, mas que não havia problema, pq a média dos juros da nossa divida pública anda pelos 3,5% e se constinuassem por estes valores até 2013-2014 "só" ficariamos com um juro médio de 5%... Com politicos assim...
Realmente é um comentário infeliz, mas é um facto.
Se pedires ajuda à UE/FMI é pior (se usares o valor da Irlanda como referencia, 5,9% ), deixas de ir ao mercado (BT e OT) e passas a pagar tudo a 5,9% durante anos. (actualmente, no ano de 2011, conseguiste valores entre 2,9 e 6,5).
O que sugeres que seja diferente do que está a ser feito?
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