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Caldeirão da Bolsa

Atenção ao papel

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Visitante » 13/10/2003 13:32

Será k os defensores da falência da sonae já mudaram de opinião?
Incognitus k dizes?
Não é de abrir um curto?
Visitante
 

Sonae e Portucel

por Pavel » 10/10/2003 18:06

Concordo inteiramente. É inconcebível que um gestor da craveira do Eng. Belmiro de Azevedo não fosse capaz de dar a volta por cima a uma situação de maior aperto que é inevitável acontecer de tempos a tempos em grandes grupos empresariais. A próxima grande jogada é a Portucel, onde ou muito me engano ou das duas uma: acaba após braço de ferro por conseguir agarrar a empresa ou sai dela com uma considerável mais-valia que será certamente canalizada com sapiência.

No entanto a Portucel nem se mexe nestas últimas semanas apesar de todo este fluxo de notícias e de ser já antecipável o que sucederá na AG de terça-feira, isto é, chumbo da proposta Cofina/Lecta. Cofina que de resto é peixe miúdo a querer nadar na piscina dos grandes, parece-me a mim...
 
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Prognóstico

por Serrano » 10/10/2003 13:09

O engº Belmiro vai sair, mais uma vez, com uma substancial mais-valia e uma pipa de massa.
Os "especialistas" da falência da SON vão ficar muito mais próximos do seu objectivo (lol)...
Na minha modesta e interessada opinião, a SON é a empresa com maior potencial de valorização do PSI 20, apesar da grande valorização recente.

Cumprimentos.
 
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Atenção ao papel

por jarcorreia » 10/10/2003 12:51

Por Sérgio Gonçalves

LISBOA, 10 Out (Reuters) - A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) está a investigar a transparência das posições da Lunimo e da espanhola Cajastur na Portucel <PORT.IN>, recentemente compradas à Sonae <SONP.IN>, para saber se aquelas estão concertadas com esta última, disse fonte oficial da CMVM.

Adiantou que "até ao dia 13 de Outubro, a CMVM dará uma resposta ao presidente da mesa da Assembleia Geral (AG) da Portucel", ou seja um dia antes da AG que vai votar a segunda fase de privatização da papeleira com entrada de um parceiro e que tem contado com forte oposição da Sonae.

A 1 de Outubro, fonte financeira próxima do processo disse à Reuters que a Sonae vendera a dois aliados cinco pct da Portucel para contornar a blindagem dos Estatutos a 25 pct e poder usar os 30 pct de votos que tinha na papeleira para se opôr à sua privatização naquela AG.

O presidente da mesa da Assembleia Geral (AG) da Portucel solicitou à CMVM esclarecimentos acerca daquelas posições para, na AG de 14 de Outubro, saber se poderá aceitar, ou não, o exercício dos direitos de voto relativos áquelas participações.

"A CMVM confirma que o presidente da mesa da AG solicitou esclarecimentos sobre a transparência dessas participações, a CMVM, já antes desse pedido, tinha solicitado esclarecimentos às duas entidades", disse fonte oficial da CMVM.

Ainda não foi possível ter um comentário da Portucel e da Cajastur, tendo fonte oficial da Sonae dito que "não comenta" e a da Lunimo referido que "não presta declarações".

Alguns analistas, têm referido que, até dia 13 de Outubro, será um período muito curto para a CMVM conseguir apurar se há concertação ou não entre aqueles três accionistas.

Sendo provada a concertação, o presidente da mesa da AG da Portucel poderia inibir aquelas duas entidades - Lunimo e Cajastur - de usarem livremente os seus direitos de voto e a Sonae passaria a contar apenas com 25 pct dos direitos.

A Sonae já tinha confirmado haver vendido cerca de cinco pct da Portucel, no último dia em que os adquirentes teriam direito a estar representados na AG.

A Lunimo - empresa detida por dois ex-quadros da Sonae - comprou quatro pct e a espanhola Cajastur adquiriu 0,991 pct e passou a deter uma posição total de 2,715 pct.

A Lunimo tem quatro pct dos direitos de voto da Portucel e a Cajastur 2,715 pct, o que, somados aos 25 pct da Sonae, perfaz 31,715 pct ou seja basta que, naquela AG, estejam representados apenas 95 pct dos votos da Portucel para que estas três entidades consigam 'chumbar' a votação.

Segundo os Estatutos da Portucel, todos os accionistas privados estão limitados a votar com um máximo de 25 pct dos direitos de voto e o Estado vota com os seus 56 pct intactos, sendo que a escolha do parceiro terá de ter mais de 66,6 pct dos votos expressos.

Mas, dada a miríade de pequenos accionistas para além daqueles principais, se na AG estiverem representados somente 95 pct dos votos da Portucel, o Estado precisa de assegurar 63,27 pct para fazer passar a privatização, enquanto a minoria de bloqueio será de apenas 31,63 pct.

A segunda fase de privatização da Portucel com a entrada do parceiro - através de um aumento de capital da Portucel até 25 pct em espécie e a ser subscrito por este - será precedida por uma venda institucional de mais 15 pct que ditará a diluição da actual posição da Sonae.

No fim destas duas operações, o Estado descerá a sua posição para uma minoria de bloqueio de 33 pct e o novo parceiro ficará com entre 20 e 25 pct, sensivelmente o mesmo que a Sonae.

O júri deste concurso de privatização foi favorável ao consórcio Cofina<COFI.IN>/Lecta - que terá de entregar à Portucel activos de cerca de 400 milhões de euros (ME) - em detrimento da finlandesa M-Real <MRLBV.HE>.

A Cajastur tem 6,9 pct da espanhola Ence <ENC.MC>, empresa onde a Portucel tem 5,2 pct.

As acções da Portucel estão estáveis nos 1,30 euros.
 
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