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Caldeirão da Bolsa

Subsidiação de energia eléctrica

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 13/3/2011 20:09

Marco,

Quando escreves que os subsídios não entram nos cálculos, isso quer dizer que os valores apresentados são os custos reais?
 
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por MarcoAntonio » 13/3/2011 20:02

Este quadro já apareceu por aqui:

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Este é o custo real estimado, quanto se terá de pegar por unidade de energia gerada para cobrir o custo total (subsídios não entram nos cálculos).

Mas não é a única fonte nem pouco mais ou menos, aqui estão uns 6 estudos sumarizados:

http://en.wikipedia.org/wiki/Cost_of_el ... _by_source

Os estudos vêm de diferentes entidades e diferentes pontos do globo. De uma forma geral, a Nuclear aparece com custos totais competitivos...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Elias » 13/3/2011 19:37

Este documento aborda a questão da subsidiação do nuclear nos Estados Unidos:
http://earthtrack.net/files/uploaded_fi ... report.pdf

Para quem não quiser ler tudo, o sumário executivo está aqui:
http://earthtrack.net/files/uploaded_fi ... ummary.pdf
 
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por bC10 » 18/2/2011 2:15

A aposta inteligente é na energia nuclear, por vários motivos.

As renováveis funcionam bem como complemento, mas assumindo um papel principal obrigam a enormes custos de exploração e manutenção.
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por BMCarmona » 17/2/2011 18:32

Uma notícia que espelha aquilo que já escrevi aqui.

Que a energia eólica e solar são demasiado caras para serem economicamente viáveis.

Que a energia nuclear é a melhor solução para produzir energia de base barata e limpa.

Que a Europa terá (por força da sua perda de competitividade no mapa geopolítico mundial) de abandonar a curto/médio prazo os objectivos irrealistas de integração de energia renovável no seu mix energético.

Os holandeses já perceberam. Até quando irá Portugal insistir nesta estratégia redutora de riqueza:

http://www.theregister.co.uk/2011/02/10/holland_energy_switch/
 
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por mais_um » 2/2/2011 13:25

BMCarmona Escreveu:Sobre o perigo do nuclear existe em sacavém um pequeno reactor nuclear instalado durante o estado novo para realizar pesquisa sobre o tema. Não sei se ainda funciona mas funcionou às portas de Lisboa durante bastantes anos.

E ainda recentemente os lisboetas tiveram a "visita" de "outro reactor nuclear" chamado USS Enterprise CNV-65.



E convives com os reactores espanhois, esses sim perigosos. E os submarinos nucleares que de vez em quando estão em Portugal.
Mas isso não faz com que seja adepto da energia nuclear.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por mais_um » 2/2/2011 13:19

MarcoAntonio Escreveu:E ainda sobre a segurança e o efeito "queda de avião":

The worst nuclear accident to date was the Chernobyl disaster which occurred in 1986 in Ukraine. That accident killed 56 people directly, and caused an estimated 4,000 additional cases of fatal cancer, as well as damaging approximately $7 billion of property.[10] Radioactive fallout from the accident was concentrated in areas of Belarus, Ukraine and Russia. Approximately 350,000 people were forcibly resettled away from these areas soon after the incident.[10]

Comparing the historical safety record of civilian nuclear energy with other forms of electrical generation, Ball, Roberts, and Simpson, the IAEA, and the Paul Scherrer Institute found in separate studies that during the period from 1970 - 1992, there were just 39 on-the-job deaths of nuclear power plant workers worldwide, while during the same time period, there were 6,400 on-the-job deaths of coal power plant workers, 1,200 on-the-job deaths of natural gas power plant workers and members of the general public caused by natural gas power plants, and 4,000 deaths of members of the general public caused by hydroelectric power plants.[11][12][13] In particular, coal power plants are estimated to kill 24,000 Americans per year, due to lung disease[14] as well as causing 40,000 heart attacks per year[15] in the United States. According to Scientific American, the average coal power plant emits more than 100 times as much radiation per year than a comparatively sized nuclear power plant in the form of toxic coal waste known as fly ash.[16]


http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_an ... ts#History


Como eu disse, as outras formas de produção de energia eléctrica também ficam à porta de alguém.

Contudo, aparentemente, é mais fácil de jogar psicologicamente com os perigos da nuclear do que com os das alternativas, não obstante a interminável lista de casualidades directas e indirectas provocadas por elas como mostram por exemplo 3 estudos independentes citados no texto acima.

Até hoje só ocorreu um acidente de grandes proporções (Chernobyl, nível 7), um ou dois de nível médio (nível 5) que poucos já recordam e depois uma série de acidentes de bastante pequena dimensão cujo o efeito foi semelhante ao de inúmeros acidentes em barragens, refinarias, centrais térmicas de várias fontes, etc... já para não falar em plataformas petrolíferas. Mas aquele acidente de Chernobyl marca psicologicamente as pessoas que depois têm dificuldade em fazer uma correcta asserção do risco médio e dos efeitos acumulados, em termos comparativos. É o tipo de coisa que só um estudo completo comparando todas as fontes ao longo de um considerável período consegue fazer.

Da mesma forma que praticamente ninguém tem pavor a entrar num automóvel mas há imensa gente que tem pavor a andar de avião, por medo que ele caia (não obstante a probabilidade de morrerem num acidente de automóvel por kilometro percorrido ser consideravelmente maior).


Gosto muito de estatisticas, principalmente quando são os outros que fazem parte delas. As consequências de Chernobyl são muito piores do que os numeros referidos.

http://en.wikipedia.org/wiki/Chernobyl_disaster_effects
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por BMCarmona » 2/2/2011 11:24

Sobre o perigo do nuclear existe em sacavém um pequeno reactor nuclear instalado durante o estado novo para realizar pesquisa sobre o tema. Não sei se ainda funciona mas funcionou às portas de Lisboa durante bastantes anos.

E ainda recentemente os lisboetas tiveram a "visita" de "outro reactor nuclear" chamado USS Enterprise CNV-65.
 
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por MarcoAntonio » 2/2/2011 1:42

E ainda sobre a segurança e o efeito "queda de avião":

The worst nuclear accident to date was the Chernobyl disaster which occurred in 1986 in Ukraine. That accident killed 56 people directly, and caused an estimated 4,000 additional cases of fatal cancer, as well as damaging approximately $7 billion of property.[10] Radioactive fallout from the accident was concentrated in areas of Belarus, Ukraine and Russia. Approximately 350,000 people were forcibly resettled away from these areas soon after the incident.[10]

Comparing the historical safety record of civilian nuclear energy with other forms of electrical generation, Ball, Roberts, and Simpson, the IAEA, and the Paul Scherrer Institute found in separate studies that during the period from 1970 - 1992, there were just 39 on-the-job deaths of nuclear power plant workers worldwide, while during the same time period, there were 6,400 on-the-job deaths of coal power plant workers, 1,200 on-the-job deaths of natural gas power plant workers and members of the general public caused by natural gas power plants, and 4,000 deaths of members of the general public caused by hydroelectric power plants.[11][12][13] In particular, coal power plants are estimated to kill 24,000 Americans per year, due to lung disease[14] as well as causing 40,000 heart attacks per year[15] in the United States. According to Scientific American, the average coal power plant emits more than 100 times as much radiation per year than a comparatively sized nuclear power plant in the form of toxic coal waste known as fly ash.[16]


http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_an ... ts#History


Como eu disse, as outras formas de produção de energia eléctrica também ficam à porta de alguém.

Contudo, aparentemente, é mais fácil de jogar psicologicamente com os perigos da nuclear do que com os das alternativas, não obstante a interminável lista de casualidades directas e indirectas provocadas por elas como mostram por exemplo 3 estudos independentes citados no texto acima.

Até hoje só ocorreu um acidente de grandes proporções (Chernobyl, nível 7), um ou dois de nível médio (nível 5) que poucos já recordam e depois uma série de acidentes de bastante pequena dimensão cujo o efeito foi semelhante ao de inúmeros acidentes em barragens, refinarias, centrais térmicas de várias fontes, etc... já para não falar em plataformas petrolíferas. Mas aquele acidente de Chernobyl marca psicologicamente as pessoas que depois têm dificuldade em fazer uma correcta asserção do risco médio e dos efeitos acumulados, em termos comparativos. É o tipo de coisa que só um estudo completo comparando todas as fontes ao longo de um considerável período consegue fazer.

Da mesma forma que praticamente ninguém tem pavor a entrar num automóvel mas há imensa gente que tem pavor a andar de avião, por medo que ele caia (não obstante a probabilidade de morrerem num acidente de automóvel por kilometro percorrido ser consideravelmente maior).
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por MarcoAntonio » 2/2/2011 1:00

BMCarmona Escreveu:A tabela que o Marco colocou admite um capacity factor de 34% para a eólica onshore o que é manifestamente optimista.

Esse valor é dificilmente alcançado em zonas de muito bom vento como o norte da Rússia e jamais em Portugal. No nosso país andamos entre os 20 e os 26%.

E todos os valores da tabela são bastante elevados quando comparados com os valores de produção na Europa.


O estudo de 2010 da Parsons Brinckerhoff chega a valores para o Reino Unido (em Libras) bastante semelhantes. O valor médio da Nuclear por exemplo situar-se-á nos ~113 dollars e o da Eólica nos ~153 dollars.

Isto vai variar um pouco no tempo e com o cambio mas são valores das mesmas ordens de grandeza para dois estudos separados de um ano e em dois países diferentes: Estados Unidos e Reino Unido.
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por BMCarmona » 2/2/2011 0:54

A tabela que o Marco colocou admite um capacity factor de 34% para a eólica onshore o que é manifestamente optimista.

Esse valor é dificilmente alcançado em zonas de muito bom vento como o norte da Rússia e jamais em Portugal. No nosso país andamos entre os 20 e os 26%.

E todos os valores da tabela são bastante elevados quando comparados com os valores de produção na Europa.
 
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por MarcoAntonio » 2/2/2011 0:52

Outra estimativa independente pode ser encontrada aqui. A ordem e tipo de relação é semelhante ao estudo da EIA sendo que desta vez os valores estão em Libras e são apresentadas gamas de valores entre que podem variar os preços de custo:

http://www.pbworld.co.uk/index.php?doc=528
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por MarcoAntonio » 2/2/2011 0:45

mais_um Escreveu:Se os valores referidos por ti são o custo de produção sem subsidios, ou seja valor minimo vendido ao mercado para não dar prejuizo, certo? dá 88€ por MW. Se o Estado português compra a energia electrica produzida pelas eolicas a 75€, a partir de 2010, signifca que as eolicas tem um custo inferior a 75€ por MW, certo?
Ou a esses 75€, depois é somado o valor de venda de energia electrica no mercado?


O que os estados pagam ou deixam de pagar aqui é irrelevante, uma vez que são números de natureza diferente que estão sujeitos a diferentes critérios e condições. É comparar maçãs com tremoços...

Um é uma avaliação técnica e económica (o estudo da EIA).

Outro é uma derivação (tentativa de avaliação) de um valor que depende de questões técnicas, económicas, políticas e financeiras.

Eu não misturaria os dois no mesmo parágrafo...
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por mais_um » 2/2/2011 0:41

MarcoAntonio Escreveu:
mais_um Escreveu:Nessa tabela as eolicas em terra são 25% mais caras.

Mas se converteres o valor em dolares para euros, dá um valor de 88€ (euro a 1,35$), quanto é que o Estado está a pagar a energia electrica produzida por energia eolica?


Desculpa, não percebo a tua pergunta.

Aquela avaliação de custos pretende determinar o quanto se tem de pagar por megawatt-hora, nos Estados Unidos e em unidades de produção actuais, para pagar todos os custos envolvidos (subsídios não são considerados como abate aos custos).


Se os valores referidos por ti são o custo de produção sem subsidios, ou seja valor minimo vendido ao mercado para não dar prejuizo, certo? dá 88€ por MW. Se o Estado português compra a energia electrica produzida pelas eolicas a 75€, a partir de 2010, signifca que as eolicas tem um custo inferior a 75€ por MW, certo?
Ou a esses 75€, depois é somado o valor de venda de energia electrica no mercado?
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por BMCarmona » 2/2/2011 0:37

MarcoAntonio Escreveu:Penso que a minha opinião já é conhecida de outros debates mas sou a favor de uma solução mista. Não sou nem fundamentalista a favor ou contra, mas acho que a Nuclear é uma solução e a aposta [parcial] na Nuclear é "necessária".

Aliás, entre os países desenvolvidos praticamente só Portugal parece pensar o contrário...


É também a minha posição. Solução mista sem descartar hipóteses.

Adepto da nuclear por ser, actualmente, a única energia limpa controlável.

Uma pessoa minimamente informada prefere viver ao lado de uma central nuclear do que ao lado de uma central a carvão com a de Sines.

O lixo nuclear está controlado e confinado. Os gases emitidos por uma central a carvão estão por todo o lado.

Há outros países que recusam o nuclear como a Áustria. Mas tal como Portugal compra energia nuclear a espanha, a Áustria compra-a a França.
 
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por mais_um » 2/2/2011 0:34

BMCarmona Escreveu:
mais_um Escreveu:Nessa tabela as eolicas em terra são 25% mais caras.

Mas se converteres o valor em dolares para euros, dá um valor de 88€ (euro a 1,35$), quanto é que o Estado está a pagar a energia electrica produzida por energia eolica?


Já escrevi Mais_um,

cerca de €95/MWh para contratos até 2010 e cerca de €75 para contratos futuros.


Ok, então o nuclear é mais caro.
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por MarcoAntonio » 2/2/2011 0:33

mais_um Escreveu:Nessa tabela as eolicas em terra são 25% mais caras.

Mas se converteres o valor em dolares para euros, dá um valor de 88€ (euro a 1,35$), quanto é que o Estado está a pagar a energia electrica produzida por energia eolica?


Desculpa, não percebo a tua pergunta.

Aquela avaliação de custos pretende determinar o quanto se tem de pagar por megawatt-hora, nos Estados Unidos e em unidades de produção actuais, para pagar todos os custos envolvidos (subsídios não são considerados como abate aos custos).
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 2/2/2011 0:34, num total de 1 vez.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por mais_um » 2/2/2011 0:33

BMCarmona Escreveu:
mais_um Escreveu:
BMCarmona Escreveu:Os custos são sempre relativos. Vai gastar-se em Portugal €5 mil milhões em barragens reversíveis que terão uma potência útil de 175MW (que mal dão para compensar as perdas da bombagem como referi num post atrás).

EDP, PROGRAMA NACIONAL DE BARRAGENS COM ELEVADO POTENCIAL HIDROELÉCTRICO (PNBEPH), Iberdrola, REN



É por colocares este tipo de desinformação que faz-me concluir que não queres ter uma discussão séria. A potencia que está prevista nas novas barragens e reforço das existente é superior a 2200 MW, um bocadinho diferente dos 175MW referidos por ti.


Aconselho a ler o documento na integra:

http://pnbeph.inag.pt/np4/np4/?newsId=4 ... emoria.pdf


Eu referi potência útil de 175MW. Ou seja, potência livre de bombagem que não me preocupei em detalhar hoje porque já o tinha feito há uns dias noutro post.

Se leres esse pdf todo, como aconselhas, verás escrito na página 22 sobre o reforço de potência AlquevaII:

"Embora a nova central não venha a produzir praticamente mais energia relativamente à central existente, ela poderá operar com a sua componente reversível, equlibrando a produção eólica conforme descrito anteriormente"

Ou seja, aquilo que está escrito é que este reforço de potência AlquevaII não vai produzir praticamente mais energia, apenas serve para consumir energia eólica excessiva que não vamos poder despejar em Espanha porque Espanha tem um problema igual ao nosso.

E se leres a estratégia nacinal energética 2020 do governo verás em mais do que um local escrito que este PNBEPH nasceu da necessidade de consumir energia eólica em excesso. E aquilo que mostrei com números é que a pouca energia útil que o conjunto das PNBEPH vai produzir mal dá para compensar as perdas que a bombagem para consumir a energia eólica encerra.

Pelo que se conclui que estas barragens só terão elevado potencial para mitigar o monumental apagão que 8.600MW de energia eólica previstas para 2020 têm o elevado potencial de produzir.


A tua afirmação é falsa, não se vai gastar 5 mil milhões de € para produzir 175 MW.
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por BMCarmona » 2/2/2011 0:30

mais_um Escreveu:Nessa tabela as eolicas em terra são 25% mais caras.

Mas se converteres o valor em dolares para euros, dá um valor de 88€ (euro a 1,35$), quanto é que o Estado está a pagar a energia electrica produzida por energia eolica?


Já escrevi Mais_um,

cerca de €95/MWh para contratos até 2010 e cerca de €75 para contratos futuros.
 
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por mais_um » 2/2/2011 0:29

BMCarmona Escreveu:Mais_um,

Rebaste os valores de custo de produção de energia nuclear da EDF com um artigo de um site com o título energie verte. E eu é que não sou isento?!

No artigo do China Daily diz o responsável chinês que se tem aprendido com as experiências finlandesas e francesas na construção de um reactor EPR e que não se prevêem para já atrasos nos dois reactores em construção em Pequim. Houve, isso sim, adiamento na construção dos restantes 4 que estão programados.

A outra notícia a condenar os reactores EPR é de uma associação contra o aquecimento global o que na minha opinião explica em boa medida a natureza do artigo. O artigo em si não me parece dar nenhuma explicação técnica para condenar o novo tipo de reactor.

Não é inédito que o lançamento de novas tecnologias acarrete atrasos. Isso não quer dizer que ela esteja condenada.


Eu tenho a noção que pode existir deturpação dos factos, dai perguntar quem está a falar verdade.

Tenho sérias duvidas, ou melhor não acredito no valor referido por ti para o custo do MW em França.

O meu comentário seguinte tem um excerto de um debate no parlamento francês em que a EDF é acusada de esconder os custos dos subsidos estatais, alias algo que todos os estudos apontam (o ser necessário a intervenção do Estado para o projecto ser viavel finaceiramente).
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por BMCarmona » 2/2/2011 0:28

mais_um Escreveu:
BMCarmona Escreveu:Os custos são sempre relativos. Vai gastar-se em Portugal €5 mil milhões em barragens reversíveis que terão uma potência útil de 175MW (que mal dão para compensar as perdas da bombagem como referi num post atrás).

EDP, PROGRAMA NACIONAL DE BARRAGENS COM ELEVADO POTENCIAL HIDROELÉCTRICO (PNBEPH), Iberdrola, REN



É por colocares este tipo de desinformação que faz-me concluir que não queres ter uma discussão séria. A potencia que está prevista nas novas barragens e reforço das existente é superior a 2200 MW, um bocadinho diferente dos 175MW referidos por ti.


Aconselho a ler o documento na integra:

http://pnbeph.inag.pt/np4/np4/?newsId=4 ... emoria.pdf


Eu referi potência útil de 175MW. Ou seja, potência livre de bombagem que não me preocupei em detalhar hoje porque já o tinha feito há uns dias noutro post.

Se leres esse pdf todo, como aconselhas, verás escrito na página 22 sobre o reforço de potência AlquevaII:

"Embora a nova central não venha a produzir praticamente mais energia relativamente à central existente, ela poderá operar com a sua componente reversível, equlibrando a produção eólica conforme descrito anteriormente"

Ou seja, aquilo que está escrito é que este reforço de potência AlquevaII não vai produzir praticamente mais energia, apenas serve para consumir energia eólica excessiva que não vamos poder despejar em Espanha porque Espanha tem um problema igual ao nosso.

E se leres a estratégia nacinal energética 2020 do governo verás em mais do que um local escrito que este PNBEPH nasceu da necessidade de consumir energia eólica em excesso. E aquilo que mostrei com números é que a pouca energia útil que o conjunto das PNBEPH vai produzir mal dá para compensar as perdas que a bombagem para consumir a energia eólica encerra.

Pelo que se conclui que estas barragens só terão elevado potencial para mitigar o monumental apagão que 8.600MW de energia eólica previstas para 2020 têm o elevado potencial de produzir.
 
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por mais_um » 2/2/2011 0:22

MarcoAntonio Escreveu:A EIA é parte desinteressada. Segundo a avaliação da EIA, a Nuclear é relativamente barata: bate claramente a generalidade das renováveis, está à altura da Hídrica e só é batida pelo Gás e pelo Carvão entre as de grande produção.



Nessa tabela as eolicas em terra são 25% mais caras.

Mas se converteres o valor em dolares para euros, dá um valor de 88€ (euro a 1,35$), quanto é que o Estado está a pagar a energia electrica produzida por energia eolica?
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por BMCarmona » 2/2/2011 0:13

Mais_um,

Rebaste os valores de custo de produção de energia nuclear da EDF com um artigo de um site com o título energie verte. E eu é que não sou isento?!

No artigo do China Daily diz o responsável chinês que se tem aprendido com as experiências finlandesas e francesas na construção de um reactor EPR e que não se prevêem para já atrasos nos dois reactores em construção em Pequim. Houve, isso sim, adiamento na construção dos restantes 4 que estão programados.

A outra notícia a condenar os reactores EPR é de uma associação contra o aquecimento global o que na minha opinião explica em boa medida a natureza do artigo. O artigo em si não me parece dar nenhuma explicação técnica para condenar o novo tipo de reactor.

Não é inédito que o lançamento de novas tecnologias acarrete atrasos. Isso não quer dizer que ela esteja condenada.
 
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por mais_um » 2/2/2011 0:10

BMCarmona Escreveu:Os custos são sempre relativos. Vai gastar-se em Portugal €5 mil milhões em barragens reversíveis que terão uma potência útil de 175MW (que mal dão para compensar as perdas da bombagem como referi num post atrás).

EDP, PROGRAMA NACIONAL DE BARRAGENS COM ELEVADO POTENCIAL HIDROELÉCTRICO (PNBEPH), Iberdrola, REN



É por colocares este tipo de desinformação que faz-me concluir que não queres ter uma discussão séria. A potencia que está prevista nas novas barragens e reforço das existente é superior a 2200 MW, um bocadinho diferente dos 175MW referidos por ti.


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por MarcoAntonio » 2/2/2011 0:01

Penso que a minha opinião já é conhecida de outros debates mas sou a favor de uma solução mista. Não sou nem fundamentalista a favor ou contra, mas acho que a Nuclear é uma solução e a aposta [parcial] na Nuclear é "necessária".

Aliás, entre os países desenvolvidos praticamente só Portugal parece pensar o contrário...
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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