Subsidiação de energia eléctrica
mais_um Escreveu:Eu sou anti-nuclear porque não quero viver com uma central nuclear ao lado da minha casa e, como não quero ao lado da minha casa também não quero ao lado da casa dos outros (não olho só para o meu umbigo).
Estou disposto a pagar mais por uma energia livre de perigo.
Desconfio dos numeros "dourados" que são debitados pelos defensores do nuclear porque há estudos que provam o contrario que o lobby nuclear afirma.
Sobre estares a tentar ter uma discussão séria (isenta), neste momento tenho duvidas mas posso vir a mudar de opinão.
A EIA é parte desinteressada. Segundo a avaliação da EIA, a Nuclear é relativamente barata: bate claramente a generalidade das renováveis, está à altura da Hídrica e só é batida pelo Gás e pelo Carvão entre as de grande produção.
Tem para além do relativo baixo custo a vantagem da grande fiabilidade e de produção de energia eléctrica praticamente no máximo da capacidade instalada e de forma praticamente ininterrupta, o que em si é uma vantagem. Como desvantagem, o facto de requerer a maior parte do investimento bem antes de começar a produzir energia eléctrica bem como o facto de demorar algum tempo desde que se propõe a central até que efectivamente está a produzir.
Quanto ao "perigo" da Nuclear, é sobejamente sublinhado pelos detractores quando em termos médios são na realidade pouco perigosas. É o que eu chamo de efeito de "queda de avião": quando cai um avião é notícia; estampam-se automóveis todos os dias mas ninguém liga pevide!
E de resto, as outras formas de produção da Energia Eléctrica também envolvem malefícios e prejuízos para outrém e também são localizadas à "porta de alguém"...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
BMCarmona Escreveu:Mais_um,
Até agora tenho sido sério nos argumentos que apresento. Posso ser pró-nuclear e tu és maifestamente anti-nuclear, porque serás mais isento do que eu? Garantidamente sou anti-fantasia eólica, e tenho-o demonstrado com números.
Eu sou anti-nuclear porque não quero viver com uma central nuclear ao lado da minha casa e, como não quero ao lado da minha casa também não quero ao lado da casa dos outros (não olho só para o meu umbigo).
Estou disposto a pagar mais por uma energia livre de perigo.
Desconfio dos numeros "dourados" que são debitados pelos defensores do nuclear porque há estudos que provam o contrario que o lobby nuclear afirma.
Sobre estares a tentar ter uma discussão séria (isenta), neste momento tenho duvidas mas posso vir a mudar de opinão.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
BMCarmona Escreveu:mais_um Escreveu:Sera que está considerado o custo para desmantelar a central depois do fim do seu periodo de vida util? Qual o montante dos subsidios estatais atribuidos desde o inicio do projecto? Será que stá incluido o montante do tratamento dos residuos?
"Le coût complet du nucléaire actuel, c’est à dire sur son cycle de vie total de la construction au démantèlement, est de l’ordre de 46 €/MWh"
Fonte - EDF
E está contabilizado as subvenções estatais iniciais?
Quem está a dizer a verdade?
(vale a pena ler o artigo original completo)
Pour comparer de façon objective, le prix de l'électricité fournie, par exemple par un parc éolien et une centrale nucléaire, il faut d'une part, intégrer les subventions directes de l'Etat, et d'autre part appliquer des coûts de construction comparables (même année, même pays).
Ainsi selon un document de la société AREVA intitulé "Business & Strategy overview" de juin 2009 qui cite des études de ENEL (July 2008), E.On (April 2008) et UBS (January 2009) :
Les prix de production du MWH pour des nouvelles installations en Europe sont en 2009 :
Nuclear € 50 - € 65
Combined cycle gas Coal : € 65 - € 82
Coal : € 55 - € 75
Dans un autre document intitulé "Appendix 1 Nuclear: a necessary part of the solution" de janvier 2009, on peut lire le prix de production du MWH éolien et de la biomasse énergie :
Wind € 53
Biomass € 65
Coal € 55 - € 75
Combined cycle gas € 65 - € 80
Nuclear €50 - € 55
Un rapport de 1997 de l'Assemblée nationale fait le point sur les coûts de production de l’électricité. Le rapport s'intéresse à l'aval du cycle nucléaire. "Les dépenses de recherche financée par l’Etat que l’on peut évaluer à environ six cent millions de francs par an, ne sont pas pour le moment imputées et devraient l’être." A cette époque EDF prévoyait de produire en 2005, le KWh EPR à 20 Francs (3 ct€). Quand l'EPR de Flamanville a été lancé le chiffre était passé à 4,6 ct€ le kwh, puis 5,5 ct€ aujourd'hui ... L'étude insiste sur la nécessité d'intégrer le régime de subvention aux couts de production lorsqu'on met en concurrence différentes technologies de production d'électricité.
En 1998, l'Institut d'Evaluation des Strategies sur l'Energie et l'Environnement en Europe a réalisé pour le compte de l'ong Green-Peace, un rapport intitulé "Soutiens et subventions de l'état aux énergies en France". Le rapport mettait en relief le poids écrasant du soutien au nucléaire par rapport à celui accordé aux énergies renouvelables : le soutien aux énergies renouvelables ne représentant qu'entre 1 et 4% du soutien apporté au nucléaire.
L'étude montre également le biais introduit dans le calcul des coûts de production électronucléaire, et revient sur les incertitudes concernant le coût du démantèlement des centrales nucléaires, et les considère comme une subvention indirecte dans la mesure où ils seront largement supportés par les générations futures.
L'étude du Massachusetts Institute of Technology :
Le Massachusetts Institute of technology vient de mettre à jour son rapport déjà publié en 2003 sur l’avenir du nucléaire aux Etats-Unis. Le nucléaire est trop cher et trop risqué pour les investisseurs privés, il faut des aides de l'Etat pour qu'il se développe.
Les coûts de construction ont augmenté de 15% par an durant les 5 dernières années. Le prix du KW installé était en 2007 de 4000 dollars pour le nucléaire, de 2300$ pour le charbon et 850$ pour le gaz. Le MIT a ainsi calculé un prix de revient de 84 dollars le MWh pour le nucléaire (64 euros), de 62$ pour le charbon et 65$ pour le gaz.
http://energie-verte.blogspot.com/2009/ ... table.html
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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mais_um Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:Nem eu nem a economia mundial pois o número de centrais nucleares em construção ou planeadas é maior do que as que existem actualmente. Ou seja, mesmo que mais nenhuma seja lançada de hoje em diante, em 2030 haverá mais do dobro das actuais 435 centrais em todo o mundo.
Fonte?
Os números do BMCarmona estão um pouco exagerados.
É preciso incluir as Centrais em fase de proposta (das quais uma boa parte pode não chegar a ser construída) e não apenas as em construção e as planeadas para superar as actuais existentes.
Ver aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_power_by_country
De qq das formas, a Energia Nuclear está, depois de alguma estagnação, a sofrer um ressurgimento devido a vários factores: a percepção de que afinal as renováveis ficam muito caras; a subida do preço dos combustiveis fósseis; desenvolvimentos na própria tecnologia das centrais nucleares. Essencialmente isto...
Eu sei que estão exagerados, até porque há reactores planeados e em construção que são para substituir outros que vão ser desmantelados.
Eu quero é ter uma discussão séria e não mais um Porto - Benfica, baseado em opinões de pessoas que não são isentas.
Mais_um,
Até agora tenho sido sério nos argumentos que apresento. Posso ser pró-nuclear e tu és maifestamente anti-nuclear, porque serás mais isento do que eu? Garantidamente sou anti-fantasia eólica, e tenho-o demonstrado com números.
Os números de centrais nucleares que mencionei tanto podem pecar por excesso como por defeito. No conhecimento actual só existem duas formas de descarbonificar a produção energética e ao mesmo tempo produzir energia de base competitiva, nuclear e carvão com captura e sequestro de gases de efeito de CO2 (CCS).
Ora, não só a tecnologia CCS não está ainda madura como também a rentabilidade de uma central a carvão (ou gás natural)está muito mais dependente do preço do combustível do que aquilo que acontece numa nuclear. Por isso existem factores que podem fazer abrandar ou potenciar a construção de centrais nucleares.
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BMCarmona Escreveu:mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:E os prazos de construção variam muito de central para central, se a construção da central Olkiluoto 3 referido no artigo vai levar um pouco mais de 7 anos até ficar concluída o primeiro reactor da central Taishan em Pequim (exactamente igual ao da central Olkiluoto 3) prevê-se que produza energia em menos de 4 anos.
Fonte?
Areva - o fabricante dos reactores
E isto é o quê?
Regulators in Europe have also raised concerns about Areva's reactor design.
Officials in France, the United Kingdom and Finland told the company last November to fix the flaws in the safety systems for the EPR reactor.
Areva now has four European Pressurized Reactors under construction. The other two EPRs, one each in Finland and France, are facing construction delays after nuclear regulators expressed safety concerns.
The company is also seeking approvals for EPRs in other countries like the United Kingdom, India, Italy, South Africa, Czech Republic and Netherlands.
Neisse said EPR is still a new technology in the nuclear industry and is much safer than other older generation technologies.
"We have drawn on the experience of Finland and France's EPR projects and are confident of completing unit 1 and unit 2 on time," said Liu Jianjun, assistant general manager of Taishan Nuclear Power Joint Venture.
The Taishan nuclear power plant site is designed to contain six units of nuclear reactors.
However, construction of the remaining units has been delayed due to "inadequate preparations", said Liu.
http://www.chinadaily.com.cn/business/2 ... 091952.htm
E isto?
'Doomed Technology': EPR Nuclear Reactor No Longer Competitive
Saturday, 27 November 2010 08:31 Newsagencies
EDF Reactor Design Slated for Calvert Cliffs, Other U.S. Sites is 'in Crisis,' Unlikely to Succeed Even With Major Government, Ratepayer Help. "For the governments of countries like the USA and the UK, which have invested little political capital in the French nuclear dream, the sensible course is clear: stop all investment of public money in the doomed EPR technology."
Even if it is propped up with extensive government subsidies or full cost-recovery from ratepayers, the "Evolutionary Power Reactor" (EPR) - which the French government-controlled utility, Electricite de France (EDF) plans to deliver for the troubled Calvert Cliffs-3 project and other sites in the United States - is "in crisis" to such a severe extent that it is likely to be an economic failure, according to a new report released today by University of Greenwich Professor of Energy Studies Stephen Thomas.
The Thomas report findings have special resonance in the U.S. given EDF's attempt to salvage the Calvert Cliffs-3 nuclear reactor project, which is considered a leading candidate for U.S. loan guarantees backed by American taxpayers. In addition to Calvert Cliffs-3 in Maryland, the EPR was selected as the reactor design in the U.S. for Bell Bend in Pennsylvania, Nine Mile Point in New York and Callaway in Missouri (latter two applications currently suspended).
Commenting on the new report, Professor Thomas said: "From a business point of view, the right course for EDF and Areva seems clear. They must cut their losses and abandon the EPR now. In the short-term this will require some painful write-offs, for example, of investments in the UK and the USA, but in the long-term, the losses will be much greater if they continue to try to make the EPR work. Areva's main business is its reactor servicing and fuel activities and these would be little affected by the abandonment of the EPR. EDF already has too much nuclear generating capacity in France, so not ordering more reactors will save it from unnecessary capital expenditure at a time when it acknowledges its debts are too high."
As for recent moves by EDF in the U.S. market, the Thomas report notes: "While the political wrangling about how much Congress will be prepared to allow the US DOE to offer in loan guarantees, the deteriorating prospective economics for new nuclear reactors and the economic risk they pose to their owners may mean that relatively few loan guarantees are granted. The projects most likely to go ahead are those with the 'belt and braces' of Federal loan guarantees and a state regulatory body that commits to allowing the utility to recover its costs from consumers. Calvert Cliffs and Bell Bend would be exposed to the PJM electricity market and therefore could expect no support from the state regulator. If the Calvert Cliffs project does collapse and an existing project, such as Bell Bend cannot be brought in to replace it, it is hard to see how the EPR could survive in the USA."
The Thomas report draws the following major conclusions:
Construction has "gone dramatically wrong" at both of the sites in Europe where the EPR is currently being built. As Thomas notes: "The two sites in Europe where EPR is under construction, Olkiluoto and Flamanville, have gone dramatically wrong from the start of construction. It might have been argued that the problems at Olkiluoto were due to the lack of experience of the utility and the inexperience of Areva NP in carrying out the architect engineering. However, the fact that EDF, the most experienced nuclear utility in the world seems to be doing no better at Flamanville suggests the main problems are more related to the build-ability of the design itself than to specific issues at Olkiluoto."
The price at which the EPR is being offered is so high that all contests in which the EPR has been bid have either been abandoned (South Africa and Canada) or the contract has gone to a much lower bid from a competitor (UAE). In the report, Thomas explains: "As early as 1995 and again in 1997, there were concerns about the cost of the EPR then expected to be US$2000/kW but when other vendors began to claim they could build plants for US$1000/kW, [Areva] seems to have felt obliged to follow suit. While it did not claim US$1000/kW was possible, it did claim reactors could be built for less than US$1500/kW in 1998 and 2001, less than a quarter of the prices it is now offering a decade later. At US$6000/kW or more, it seems unlikely that EPR will be affordable except where huge public subsidies are offered and/or there is a strong likelihood of full cost recovery from consumers, no matter what the cost is."
Potential markets such as the USA, UK and Italy all look problematic. Reactor orders, if placed at all, will be much later than expected. The Thomas report explains: "As the reality of these high costs hits home, it is likely that even markets in which government support for new nuclear orders has been strongest, such as the USA and UK, will find it difficult to support the costs."
The process of obtaining safety approval in France, UK and the USA is incomplete and, even if successful, the features needed to achieve regulatory approval may add significantly to costs. The Thomas report points out: "The intuitively plausible notion that a new generation of nuclear reactors, starting without a blank sheet of paper could easily come up with a more rational and cheaper, yet safer design of reactor has been shown to be an illusion by the lengthy and still incomplete process of gaining safety approval. The Finnish and French authorities' decision to allow construction to start before full generic approval had been given looks particularly ill-judged."
Professor Thomas said: "From a political point of view, France has invested so much political and financial capital in being the world leader in nuclear technology, such a decision to abandon the design will be politically too painful until it becomes unavoidable. However, for the governments of countries like the USA and the UK, which have invested little political capital in the French nuclear dream, the sensible course is clear: stop all investment of public money in the doomed EPR technology."
http://www.thegwpf.org/energy-news/1928 ... loser.html
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Já agora, este quadro poderá ter interesse para a discussão presente. Trata-se do custo relativo das várias formas de produzir energia eléctrica a partir de diferentes fontes nos Estados Unidos, fora subsídios, segundo estimativa da EIA e para centrais com entrada ao serviço em 2016:


FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:Nem eu nem a economia mundial pois o número de centrais nucleares em construção ou planeadas é maior do que as que existem actualmente. Ou seja, mesmo que mais nenhuma seja lançada de hoje em diante, em 2030 haverá mais do dobro das actuais 435 centrais em todo o mundo.
Fonte?
http://www.world-nuclear.org/
mais_um Escreveu:Quanto ao custo da produção de energia eléctrica, muitas análises apontam a nuclear como a mais barata. Mas a prática também o evidencia: a electricidade mais barata da Europa antes de impostos é a francesa, precisamente o país do mundo onde o peso de energia nuclear no mix produtivo é maior.
Sera que está considerado o custo para desmantelar a central depois do fim do seu periodo de vida util? Qual o montante dos subsidios estatais atribuidos desde o inicio do projecto? Será que stá incluido o montante do tratamento dos residuos?
"Le coût complet du nucléaire actuel, c’est à dire sur son cycle de vie total de la construction au démantèlement, est de l’ordre de 46 €/MWh"
Fonte - EDF
Portanto se Portugal comprasse energia nuclear a França em vez de eólica em Portugal poupava cerca de 50%. Isto sem contar com barragens reversíveis, Mobi.e etc
mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:Por isso esse é o maior medo que eu teria em relação à construção de uma em Portugal dada a má capacidade de, no nosso país, se cumprirem prazos de construção e valores de orçamento.
E a Finlandia é um mau exemplo é?![]()
Acredito que os finlandeses tenham feito bem as contas.
mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:E os prazos de construção variam muito de central para central, se a construção da central Olkiluoto 3 referido no artigo vai levar um pouco mais de 7 anos até ficar concluída o primeiro reactor da central Taishan em Pequim (exactamente igual ao da central Olkiluoto 3) prevê-se que produza energia em menos de 4 anos.
Fonte?
Areva - o fabricante dos reactores
mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:Os custos são sempre relativos. Vai gastar-se em Portugal €5 mil milhões em barragens reversíveis que terão uma potência útil de 175MW (que mal dão para compensar as perdas da bombagem como referi num post atrás).
Fonte?
EDP, PROGRAMA NACIONAL DE BARRAGENS COM ELEVADO POTENCIAL HIDROELÉCTRICO (PNBEPH), Iberdrola, REN
mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:
Visto deste prisma, uma pechincha.
Resta saber se as premissas que estás a utilizar são verdadeiras
Rebate os meus números.
mais_um Escreveu:Qual é a validade dos contratos das eolicas?
valor - €75/MWh
Duração - 33 GWh/MW ou 15 anos
Fonte - PLANO NACIONAL DE ACÇÃO PARA AS ENERGIAS RENOVÁVEIS
O valor dos novos contratos é de €75/MWh abaixo portanto dos cerca de €95 celebrados até 2009 o que tornará a produção de energia eólica cada vez menos interessante (ainda para mais se pensarmos que os melhores locais no país já estão a ser usados).
15 anos é a duração média de um parque eólico.
60 anos é a duração de um reactor EPR Areva
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MarcoAntonio Escreveu:mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:Nem eu nem a economia mundial pois o número de centrais nucleares em construção ou planeadas é maior do que as que existem actualmente. Ou seja, mesmo que mais nenhuma seja lançada de hoje em diante, em 2030 haverá mais do dobro das actuais 435 centrais em todo o mundo.
Fonte?
Os números do BMCarmona estão um pouco exagerados.
É preciso incluir as Centrais em fase de proposta (das quais uma boa parte pode não chegar a ser construída) e não apenas as em construção e as planeadas para superar as actuais existentes.
Ver aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_power_by_country
De qq das formas, a Energia Nuclear está, depois de alguma estagnação, a sofrer um ressurgimento devido a vários factores: a percepção de que afinal as renováveis ficam muito caras; a subida do preço dos combustiveis fósseis; desenvolvimentos na própria tecnologia das centrais nucleares. Essencialmente isto...
Eu sei que estão exagerados, até porque há reactores planeados e em construção que são para substituir outros que vão ser desmantelados.
Eu quero é ter uma discussão séria e não mais um Porto - Benfica, baseado em opinões de pessoas que não são isentas.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:BMCarmona Escreveu:Nem eu nem a economia mundial pois o número de centrais nucleares em construção ou planeadas é maior do que as que existem actualmente. Ou seja, mesmo que mais nenhuma seja lançada de hoje em diante, em 2030 haverá mais do dobro das actuais 435 centrais em todo o mundo.
Fonte?
Os números do BMCarmona estão um pouco exagerados.
É preciso incluir as Centrais em fase de proposta (das quais uma boa parte pode não chegar a ser construída) e não apenas as em construção e as planeadas para superar as actuais existentes.
Ver aqui:
http://en.wikipedia.org/wiki/Nuclear_power_by_country
De qq das formas, a Energia Nuclear está, depois de alguma estagnação, a sofrer um ressurgimento devido a vários factores: a percepção de que afinal as renováveis ficam muito caras; a subida do preço dos combustiveis fósseis; desenvolvimentos na própria tecnologia das centrais nucleares. Essencialmente isto...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Contratos com remunerações garantidas pesarão 730 milhões de euros na factura
Governo vai renegociar contratos com EDP, Turbogás e Tejo Energia
23.12.2010 - 10:28 Por Lurdes Ferreira
13 de 27 notícias em Economia « anteriorseguinte »
O Governo anunciou que vai renegociar os contratos de remunerações garantidas actualmente em vigor para as centrais eléctricas da EDP, Turbogás e Tejo Energia.
Barragens da EDP também são subsidiadas (Foto: Paulo Ricca)
Em causa estão contratos que custaram aos consumidores de electricidade mais de 500 milhões de euros este ano e vão custar quase 730 milhões de euros em 2011, pagos através da factura. Estes contratos são designados por CAE (contratos de aquisição de energia) e CMEC (contratos de manutenção de equilíbrio contratual) e garantem aos produtores um determinado nível de remuneração, mesmo que as centrais não sejam solicitadas a produzir ou que os preços de mercado estejam abaixo do previsto.
"Vamos olhar de novo para os CMEC e CAE", disse o secretário de Estado, em audição na Comissão Parlamentar de Assuntos Económicos e Inovação, a propósito da petição da Deco contra os chamados "custos de interesse económico geral" (CIEG). Zorrinho afastou, no entanto, a possibilidade de uma revogação unilateral dos contratos. "Seria revolucionário, mas não legítimo de um Estado de direito. A avaliação será sempre em conjunto com o promotor", disse aos deputados.
As centrais abrangidas por estes contratos são barragens, centrais a carvão e gás natural. Pertencem à EDP, Turbogás e Tejo Energia.
Os quase cinco milhões de consumidores domésticos em Portugal são o segmento de mercado sobre o qual recai o maior fardo dos custos que não têm a ver directamente com a electricidade. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) prevê que a factura média de um consumidor doméstico em 2011 será de 41 euros, dos quais 14 euros serão para pagar energia, nove euros para o uso das redes, enquanto a maior fatia de 18 euros destina-se aos referidos CIEG. Este inclui um conjunto diverso de subsídios não apenas às renováveis e cogeração mas também ao carvão e gás natural, uniformização tarifária das regiões autónomas e rendas aos municípios, entre outros.
Zorrinho defendeu que, apesar dos CIEG, as tarifas em Portugal são inferiores à média europeia, que o défice tarifário está a ser pago e a diminuir e que o país "está mais protegido e reduziu a sua dependência energética". Lembrou que 25 por cento da energia final consumida é produzida hoje internamente, através de fontes renováveis, e que isso representa 50 por cento da electricidade.
O anúncio de renegociação de subsídios às grandes centrais não incluiu a garantia de potência, o novo mecanismo de remuneração garantida negociado em 2006 com Espanha, no âmbito do Mibel, mas apenas legislado em 2010. Vai entrar pela primeira vez na factura de 2011 e custará 60 milhões de euros aos consumidores.
A garantia de potência foi o ponto que o presidente da EDP, António Mexia, ouvido pouco antes na mesma comissão parlamentar, mais defendeu. Chegou a afirmar que a EDP "não teria feito as novas centrais térmicas, apesar de necessárias em Portugal", caso não houvesse essa garantia, aplicada em outros países.
Questionado sobre este subsídio, respondeu que o sistema ganhou estabilidade e transparência, argumentando que se "pode rasgar contratos, mas quando se rasgam contratos na energia, há apagões". Defendeu também os CMEC, de que a EDP beneficia. Os consumidores pagam à EDP um diferencial, caso os preços de mercado estejam abaixo do contratado com o Estado e devolve aos consumidores, se estiverem acima. No caso dos CAE, para a Turbogás e Tejo Energia, trata-se de uma garantia de remuneração fixa a longo prazo.
Já o presidente da ERSE, que deixou o aviso claro de que Portugal vai ter um "problema tarifário por vários anos", sustentou que a garantia de potência foi negociada numa altura de assimetria com Espanha. Então, sublinhou, "a margem de segurança do mercado português era escassa, o que já não acontece hoje, registando-se um "excesso de energia no mercado ibérico", embora, disse, "estas situações possam mudar"
http://economia.publico.pt/Noticia/gove ... ia_1472272
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
mais_um Escreveu:Elias Escreveu:artigo interessante: http://economia.publico.pt/Opiniao/Deta ... al_1477930
Isso é a mesmas coisa que esperar que um portista diga bem do benfica!![]()
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Eu sei, mas a parte que considerei mais interessante foi aquela em que ele explica o que acontece à energia quando à vento a mais e quando não há vento de todo. Acho que explica a questão de uma forma clara, pelo menos eu fiquei a perceber melhor do que até aqui.
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Elias Escreveu:artigo interessante: http://economia.publico.pt/Opiniao/Deta ... al_1477930
Isso é a mesmas coisa que esperar que um portista diga bem do benfica!




"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
BMCarmona Escreveu:Nem eu nem a economia mundial pois o número de centrais nucleares em construção ou planeadas é maior do que as que existem actualmente. Ou seja, mesmo que mais nenhuma seja lançada de hoje em diante, em 2030 haverá mais do dobro das actuais 435 centrais em todo o mundo.
Fonte?
Quanto ao custo da produção de energia eléctrica, muitas análises apontam a nuclear como a mais barata. Mas a prática também o evidencia: a electricidade mais barata da Europa antes de impostos é a francesa, precisamente o país do mundo onde o peso de energia nuclear no mix produtivo é maior.
Sera que está considerado o custo para desmantelar a central depois do fim do seu periodo de vida util? Qual o montante dos subsidios estatais atribuidos desde o inicio do projecto? Será que stá incluido o montante do tratamento dos residuos?
BMCarmona Escreveu:Por isso esse é o maior medo que eu teria em relação à construção de uma em Portugal dada a má capacidade de, no nosso país, se cumprirem prazos de construção e valores de orçamento.
E a Finlandia é um mau exemplo é?


BMCarmona Escreveu:E os prazos de construção variam muito de central para central, se a construção da central Olkiluoto 3 referido no artigo vai levar um pouco mais de 7 anos até ficar concluída o primeiro reactor da central Taishan em Pequim (exactamente igual ao da central Olkiluoto 3) prevê-se que produza energia em menos de 4 anos.
Fonte?
BMCarmona Escreveu:Os custos são sempre relativos. Vai gastar-se em Portugal €5 mil milhões em barragens reversíveis que terão uma potência útil de 175MW (que mal dão para compensar as perdas da bombagem como referi num post atrás).
Fonte?
BMCarmona Escreveu:
Visto deste prisma, uma pechincha.
Resta saber se as premissas que estás a utilizar são verdadeiras
BMCarmona Escreveu:
Quanto ao requisito de haver contrato de longo prazo de aquisição de electricidade para viabilizar uma central isso é válido para todo o tipo de fontes de energia não só a nuclear.
Qual é a validade dos contratos das eolicas?
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Elias Escreveu:artigo interessante: http://economia.publico.pt/Opiniao/Deta ... al_1477930
Sem dúvida. É uma explicação mais detalhada e fundamentada do gráfico da ERSE que coloquei na primeira página deste tópico.
Um gráfico que mostra inequivocamente a escalada que a energia eólica provoca nos custos energéticos e que irá prosseguir durante toda esta década se os objectivos (que pessoalmente duvido que possam ser tecnica ou politicamente atingidos) de concessão de parque eólicos se concretizar.
Para se ter uma ideia é objectivo do governo ter, em 2020, uma potência instalada de eólica de 8.600MW, cerca do dobro do valor actual. Os custos CIEG nessa altura serão verdadeiramente astronómicos.
Por isso, como já defendi neste tópico, não só a subsidiação da energia eólica mas custos de disponibilidade de centrais termoeléctricas, custos de novas barragens reversíveis e custos de implantação da rede de mobilidade eléctrica (Mobi.e) deviam ser explicitamente imputada à energia eólica pois é a sua intermitência que justifica todos estes investimentos irracionais.
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artigo interessante: http://economia.publico.pt/Opiniao/Deta ... al_1477930
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mais_um Escreveu:Energia: A economia diz não às centrais nucleares
Por André Amaral
17/02/2010 – 01h02
Não vejo nada de extraordinário ou particularmente impeditivo de lançamento de novas centrais nucleares neste texto.
Nem eu nem a economia mundial pois o número de centrais nucleares em construção ou planeadas é maior do que as que existem actualmente. Ou seja, mesmo que mais nenhuma seja lançada de hoje em diante, em 2030 haverá mais do dobro das actuais 435 centrais em todo o mundo.
Quanto ao custo da produção de energia eléctrica, muitas análises apontam a nuclear como a mais barata. Mas a prática também o evidencia: a electricidade mais barata da Europa antes de impostos é a francesa, precisamente o país do mundo onde o peso de energia nuclear no mix produtivo é maior.
A questão da construção e o tempo desse processo é, sem dúvida, o factor mais decisivo na viabilidade financeira de uma central nuclear dado que o custo da construção de uma central nuclear é a parcela que mais pesada. Por isso qualquer derrapagem na construção influencia decisivamente o preço da energia que ela irá produzir ao longo da sua vida.
Por isso esse é o maior medo que eu teria em relação à construção de uma em Portugal dada a má capacidade de, no nosso país, se cumprirem prazos de construção e valores de orçamento.
E os prazos de construção variam muito de central para central, se a construção da central Olkiluoto 3 referido no artigo vai levar um pouco mais de 7 anos até ficar concluída o primeiro reactor da central Taishan em Pequim (exactamente igual ao da central Olkiluoto 3) prevê-se que produza energia em menos de 4 anos.
Os custos são sempre relativos. Vai gastar-se em Portugal €5 mil milhões em barragens reversíveis que terão uma potência útil de 175MW (que mal dão para compensar as perdas da bombagem como referi num post atrás). Mesmo que se gastasse o dobro (€10 mil milhões) numa central com um reactor Areva EPR de 1.650MW (igual ao das centrais filandesa e chinesa) teríamos uma potência constante de 1.500 MW (superior portanto à média do todo o parque eólico que Portugal disporá em 2012).
Visto deste prisma, uma pechincha.
Quanto ao requisito de haver contrato de longo prazo de aquisição de electricidade para viabilizar uma central isso é válido para todo o tipo de fontes de energia não só a nuclear.
Quanto aos lixos nucleares, seu tratamento e armazenamento vou referir-me noutro post.
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BMCarmona Escreveu:Por ser justo considerar que o preço da energia depende do custo das matérias primas não é justo relacionar o custo da energia com o preço do petróleo pois não é com petróleo que se produz a energia. Ainda que, no caso do gás natural, o preço deste esteja indexado ao do petróleo.
Parece que não me fiz entender. O que quis dizer, é que em 2008 houve uma valorização de commodities e dei o exemplo do petróleo. Mas outros produtos, como metais, alimentos também sofreram valorização. Entretanto fiz uma pesquisa sobre evolução de preços e encontrei um gráfico que parece contradizer essa teoria de que o preço de alguns materiais nucleares estará em baixa por conta do desarmamento. Pelo contrário, o preço em 2008 teve uma subida ainda mais expressiva que a do próprio petróleo.
Pode ser que a fonte não seja muito segura... não sei.
http://www.mongabay.com/commodities/pri ... anium.html
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Pedro Carriço
Energia: A economia diz não às centrais nucleares
Por André Amaral
17/02/2010 – 01h02
Por Julio Godoy, da IPS Berlim, 17/2/2010 –
Os enormes riscos técnicos e financeiros da construção e operação de novas centrais nucleares as tornam proibitivas para os investidores privados, o que refuta a tese do renascimento da energia atômica, afirmam vários estudos europeus independentes.
Estes riscos incluem os altos custos e o longo tempo de construção, depreciação dos equipamentos e falta de garantias nos preços da eletricidade. A isto somam-se a crise financeira mundial e a consequente cautela dos investidores, além das dificuldades fiscais e financeiras dos governos de nações industrializadas, dizem os estudos. Na mais recente análise sobre a factibilidade de novas centrais nucleares, o grupo Citibank concluiu que alguns “dos riscos enfrentados pelos construtores são tão grandes e variáveis que cada um deles poderia, por si só, derrubar financeiramente a maior empresa de serviços públicos”.
O estudo do Citibank, intitulado “New Nuclear – The Economics Say No” (Novas centrais nucleares: a economia diz não), enumera cinco grandes riscos que construtores e operadores de novas centrais nucleares devem enfrentar, relacionados com o planejamento, a construção, o preço da eletricidade, o funcionamento e o fechamento das usinas. Até agora, os governos de países industrializados tentam “limitar o risco do planejamento” para os investidores, mas os perigos mais importantes são a construção, o preço da energia e o funcionamento, afirmou o grupo financeiro.
Organizações ambientalistas acrescentariam o risco dos problemas de segurança, em relação à manipulação de lixo radioativo e a probabilidade de acidentes nas centrais. O Citibank baseia suas conclusões em custos estimados de construção e funcionamento, e na necessidade de fixar tarifas de eletricidade muito altas para os consumidores. Segundo o informe, o custo de construir uma nova central nuclear varia entre 2.500 e 3.500 euros (cerca de US$ 3.400 e US$ 4.760) por quilowatt/hora. Para uma unidade média de 1.600 megawatts, o custo de construção chega a 5,6 bilhões de euros (US$ 7,6 bilhões). “A probabilidade de estes custos baixarem é muito pequena, e a de aumentarem é alta”, diz o estudo.
Diante dos efeitos para enfrentar estes custos, o operador precisa ter garantia de tarifas constantes da eletricidade. em torno de 65 euros (US$ 89) por megawatt/hora. por um longo tempo. O Citibank citou o caso da Grã-Bretanha, onde os preços se mantiveram nesse nível durante 20 dos últimos 115 meses. “A abrupta queda nos preços da energia levou a British Energy à beira da falência em 2003”, diz o informe. Outro estudo, feito pelo físico Christoph Pistner, do Instituto Alemão de Ecologia Aplicada, chegou a conclusões similares. Em seu informe sobre “o renascimento da energia nuclear” Pistner afirma que os construtores “devem pré-financiar por um período longo não usual os enormes custos de construção de uma nova central nuclear”. Em entrevista à IPS, Pistner afirmou que a maioria das centrais de energia devem funcionar pelo menos por 20 anos para atingir um funcionamento livre de depreciação e custos de deterioração.
Apenas depois desse período uma usina nuclear começa a dar lucro. Além disso, acrescentou, “a indústria dispõe de poucas referências sobre os custos de construção de novas centrais nucleares, porque há pouquíssimas unidades em construção”. Uma dessas unidades serve como alerta sobre os riscos deste tipo de projeto: a central nuclear de Olkiluoto 3, em construção na Finlândia desde 2004. Embora devesse gerar eletricidade em maio de 2009, seu término foi adiado várias vezes nos últimos dois anos.
No dia 11 deste mês, o gerente do projeto, Jouni Silvennoinen, anunciou em Helsinque que a inauguração “pode atrasar até depois de junho de 2012, que é o prazo atual confirmado pelo fabricante dos equipamentos”. O fabricante da Olkiluoto 3 é a estatal francesa Areva, e a empresa finlandesa TVO é a encarregada pela central, que também enfrenta uma alta explosiva dos custos de construção, inicialmente estimados em US$ 4,1 bilhões, estimativa esta que já subiu para US$ 7,2 bilhões e não está claro quanto vai custar em definitivo. Thibaut Madelin, especialista francês em energia nuclear, destacou que a crise financeira mundial aprofundou a incerteza vinculada aos custos de construção das centrais, o que torna improvável os grandes investimentos. Para Madelin, os atrasos na construção são o principal argumento contra as centrais nucleares.
“Construir uma central de 1.600 megawatts leva pelo menos oito anos ao custo de 6 bilhões de euros (US$ 8,2 bilhões), e “isso significa que o investidor vai começar a obter lucro somente oito anos após investir uma enorme quantidade de dinheiro”, disse Madelin à IPS. Agora, “se a construção de uma central nuclear demorar mais de dez anos, o projeto se transforma em uma catástrofe financeira”, ressaltou. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica, a média de demora na construção de centrais nucleares passou de 64 meses (mais de cinco anos) para 146 meses (mais de 12 anos) entre 1976 e 2008. IPS/Envolverde (IPS/Envolverde)
http://decoamaral.wordpress.com/2010/02 ... nucleares/
O estudo do Citibank:
https://www.citigroupgeo.com/pdf/SEU27102.pdf
Gostei particularmente disto:
No where else in the world — Government policy remains that the private sector
takes full exposure to the three main risks; Construction, Power Price and
Operational. Nowhere in the world have nuclear power stations been built on this
basis.
100% de iniciativa privada?....


"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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pdcarrico Escreveu:Comparemos então os dois primeiros casos. A questão ambiental não a vou discutir por suscita muitos juízos arbitrários. A questão económica então. Dir-se-ia pelas tuas contas que a energia eólica custaria mais ~50% que a nuclear. Presumo que tenham sido dados recentes referentes ao último ano, certo?
Sim, a produção de energia eólica custa cerca do dobro da nuclear €86/MWh vs €42/MWh
pdcarrico Escreveu:É justo considerar que o preço da energia depende em parte das matérias primas usadas. Em 2008 houve um pico de preço no petróleo que se alastrou a todas as outras. O petróleo depois corrigiu porque houve uma crise mas depois porque o consumo moderou (talvez por a matriz energética global ter mudado ligeiramente).
Por ser justo considerar que o preço da energia depende do custo das matérias primas não é justo relacionar o custo da energia com o preço do petróleo pois não é com petróleo que se produz a energia. Ainda que, no caso do gás natural, o preço deste esteja indexado ao do petróleo.
pdcarrico Escreveu:Não será lícito pensar que se não houver um esforço no sentido de procurar fontes renováveis, o petróleo e os combustíveis nucleares voltem a subir de preço?
Depende do mix das fontes. Por exemplo, só com uma forte aposta no nuclear se pode pensar em produzir energia eléctrica em quantidade e fiabilidade para pensar numa massificação do carro eléctrico e com isso reduzir consumo de gasolina e gasóleo. O mesmo se passa se se produzir marinha mercante nuclear.
A Islândia pode depender de energia renovável porque a obtêm pela via geotérmica (controlável e contante) mas Portugal, como se viu, já se passou do pico razoável e por isso mais penetração de enrgia renovável não trará uma diminuição significativa de consumo de gás natural ou carvão.
pdcarrico Escreveu:Admitindo que a matéria prima contribui em digamos 50% no preço da energia, não é de admitir que se o petróleo voltar a 150USD (o dobro de 75USD que foi um valor comum em 2009) a energia nuclear e à base de combustíveis fósseis suba em 50%?
Novamente depende do mix. Na China ou nos EUA usa-se muito carvão para produzir energia eléctrica porque existem nestes países grandes reservas, e o preço do carvão não varia com o do petróleo.
O caso do nuclear é interessante pois o lixo nuclear das centrais actuais será usado como combustível das centrais que entrarão ao serviço daqui a 20 anos.
Para além disso o desarmamento nuclear tem "inundado" o mercado de urânio enriquecido que tem aliviado a procura.
Em todo o caso o combustível é uma ínfima parte do custo de exploração de uma central nuclear. E em todo o caso Portugal tem uma boa reserva de Urânio.
pdcarrico Escreveu:São dúvidas ... como disse antes não sou expert, mas tenho noção de que se há lobby que defende as renováveis também o há e provavelmente muito mais forte que defende o nuclear e o petróleo.
Pessoalmente defendo as energias renováveis mas apenas integradas num mix de produção equilibrado e competitivo. Sou contra a tentativa de tentar produzir energia de base a partir de fonte eólica, um erro enorme de vários países europeus e que tem contribuído para a perda de poder económico do velho continente no mundo.
E é uma política que, como já defendi, terá de ser corrigida mais tarde ou mais cedo por pressões económicas exteriores ou pressões populares internas.
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pdcarrico Escreveu:BMCarmona Escreveu:Achas mesmo Barnabe?
O estado paga aos produtores de eólica cerca de €92/MWh. Depois de bombar para uma albufeira e turbinar fica em 92/0,75 = €122/MWh.
O preço máximo a que compraste a Espanha nesse dia foi de €80/MWh.
Onde é que está o bom negócio?
E eu nem contei com os €5 mil milhões das barragens reversíveisque na minha opinião deviam ser reflectidos no custo da energia eólica pois é apenas para a produzir que precisámos de barragens reversíveis.
bem ... fazendo uma leitura de alto, parece-me que a leitura não é assim tão simples.
Vejamos três cenários possíveis:
1- subsidiamos as renováveis e as eólicas em particular,
2- construimos centrais nucleares,
3- compramos energia a Espanha.
Nos dois primeiros casos temos custos de investimento como perda e ganhos porque o capital fica em casa. Em relação ao 3º caso, poupa-se dinheiro, mas o lucro da eléctrica fica em Espanha, o IRC fica em Espanha, toda a cadeia de produção fica em Espanha. Ou seja como se costuma dizer, troca-se seis por meia dúzia.
Comparemos então os dois primeiros casos. A questão ambiental não a vou discutir por suscita muitos juízos arbitrários. A questão económica então. Dir-se-ia pelas tuas contas que a energia eólica custaria mais ~50% que a nuclear. Presumo que tenham sido dados recentes referentes ao último ano, certo?
É justo considerar que o preço da energia depende em parte das matérias primas usadas. Em 2008 houve um pico de preço no petróleo que se alastrou a todas as outras. O petróleo depois corrigiu porque houve uma crise mas depois porque o consumo moderou (talvez por a matriz energética global ter mudado ligeiramente).
Não será lícito pensar que se não houver um esforço no sentido de procurar fontes renováveis, o petróleo e os combustíveis nucleares voltem a subir de preço?
Admitindo que a matéria prima contribui em digamos 50% no preço da energia, não é de admitir que se o petróleo voltar a 150USD (o dobro de 75USD que foi um valor comum em 2009) a energia nuclear e à base de combustíveis fósseis suba em 50%?
São dúvidas ... como disse antes não sou expert, mas tenho noção de que se há lobby que defende as renováveis também o há e provavelmente muito mais forte que defende o nuclear e o petróleo.
4- fazemos mais centrais de ciclo combinado....?
Enfim, a discussão é completamente vazia de sentido sem dados concretos, há muitas variaveis, uma delas, quantos dos foristas ficavam a viver ao lado de uma central nuclear?
Tenho um amigo meu que tem uma quintinha, com 30 mil metros em Tavira, há uns anos a REN passou uma linha de alta ou média tensão a poucos metros da casa, respeitando a legislação. Colocou a propriedade à venda, até apareceram interessados, mas quando chegavam ao local e viam o poste perto da casa, desistiam...
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
BMCarmona Escreveu:Achas mesmo Barnabe?
O estado paga aos produtores de eólica cerca de €92/MWh. Depois de bombar para uma albufeira e turbinar fica em 92/0,75 = €122/MWh.
O preço máximo a que compraste a Espanha nesse dia foi de €80/MWh.
Onde é que está o bom negócio?
E eu nem contei com os €5 mil milhões das barragens reversíveisque na minha opinião deviam ser reflectidos no custo da energia eólica pois é apenas para a produzir que precisámos de barragens reversíveis.
bem ... fazendo uma leitura de alto, parece-me que a leitura não é assim tão simples.
Vejamos três cenários possíveis:
1- subsidiamos as renováveis e as eólicas em particular,
2- construimos centrais nucleares,
3- compramos energia a Espanha.
Nos dois primeiros casos temos custos de investimento como perda e ganhos porque o capital fica em casa. Em relação ao 3º caso, poupa-se dinheiro, mas o lucro da eléctrica fica em Espanha, o IRC fica em Espanha, toda a cadeia de produção fica em Espanha. Ou seja como se costuma dizer, troca-se seis por meia dúzia.
Comparemos então os dois primeiros casos. A questão ambiental não a vou discutir por suscita muitos juízos arbitrários. A questão económica então. Dir-se-ia pelas tuas contas que a energia eólica custaria mais ~50% que a nuclear. Presumo que tenham sido dados recentes referentes ao último ano, certo?
É justo considerar que o preço da energia depende em parte das matérias primas usadas. Em 2008 houve um pico de preço no petróleo que se alastrou a todas as outras. O petróleo depois corrigiu porque houve uma crise mas depois porque o consumo moderou (talvez por a matriz energética global ter mudado ligeiramente).
Não será lícito pensar que se não houver um esforço no sentido de procurar fontes renováveis, o petróleo e os combustíveis nucleares voltem a subir de preço?
Admitindo que a matéria prima contribui em digamos 50% no preço da energia, não é de admitir que se o petróleo voltar a 150USD (o dobro de 75USD que foi um valor comum em 2009) a energia nuclear e à base de combustíveis fósseis suba em 50%?
São dúvidas ... como disse antes não sou expert, mas tenho noção de que se há lobby que defende as renováveis também o há e provavelmente muito mais forte que defende o nuclear e o petróleo.
Pedro Carriço
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A insustentabilidade das eólicas começa a vir à tona:
Energia
ERSE alerta para eventual subida "expressiva" dos preços da electricidade
Económico com Lusa
25/01/11 17:03
enviar noticia
.
Vítor Santos considerou hoje que se prevê "impactos tarifários expressivos" na electricidade caso "nada seja feito" para minimizar os sobrecustos associados às renováveis e à co-geração.
O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, que falava no decorrer de um debate organizado pelo PSD sobre preços, concorrência e regulação no sector energético, ressalvou no entanto que "é previsível que aconteça no médio prazo um ponto de viragem no sobrecusto da PRE", ou seja a Produção [de electricidade] em Regime Especial, essencialmente renováveis eólicas e co-geração.
"Se nada for feito para minimizar os sobrecustos até ao ponto de viragem é previsível que haja uma pressão sobre as tarifas da electricidade", que se traduzirão em "impactos tarifários expressivos", disse Vítor Santos.
Ainda assim, o regulador recordou que Governo anunciou recentemente que queria analisar este assunto e renegociar alguns desses instrumentos responsáveis pelo crescimento dos sobrecustos, nomeadamente dos CIEGS (Custos de Interesse Económico Geral, os chamados custos de decisão política).
O mesmo responsável recordou que estes custos de decisão política deverão ascender em 2011 a mais de 2,5 mil milhões de euros, sendo a grande fatia relacionada com a produção em PRE e a segunda maior fatia os contratos flutuantes (CMEC) com algumas produtoras. Este valor previsto é cerca do dobro do valor em 2008.
Em 2010, os CIEG ascenderam a pouco menos de 2 mil milhões de euros."Estes valores para 2011 são previstos mas para todos os outros anos no gráfico estão fechados, incluindo até ao primeiro semestre de 2010", disse Vítor Santos.
O PSD promove hoje em Lisboa um debate sobre regulação, preços e concorrência no sector energético em que participam Vítor Santos, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), António Mexia, presidente executivo da EDP e Rui Cartaxo, presidente da REN.
Para além dos intervenientes no sector, o debate conta ainda com a participação de António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e Vasco Colaço, presidente da DECO.
O debate tem também a participação de Manuel Sebastião, presidente da Autoridade da Concorrência, António Comprido, secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, Virgílio Constantino, presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis e Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal.
Energia
ERSE alerta para eventual subida "expressiva" dos preços da electricidade
Económico com Lusa
25/01/11 17:03
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Vítor Santos considerou hoje que se prevê "impactos tarifários expressivos" na electricidade caso "nada seja feito" para minimizar os sobrecustos associados às renováveis e à co-geração.
O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, que falava no decorrer de um debate organizado pelo PSD sobre preços, concorrência e regulação no sector energético, ressalvou no entanto que "é previsível que aconteça no médio prazo um ponto de viragem no sobrecusto da PRE", ou seja a Produção [de electricidade] em Regime Especial, essencialmente renováveis eólicas e co-geração.
"Se nada for feito para minimizar os sobrecustos até ao ponto de viragem é previsível que haja uma pressão sobre as tarifas da electricidade", que se traduzirão em "impactos tarifários expressivos", disse Vítor Santos.
Ainda assim, o regulador recordou que Governo anunciou recentemente que queria analisar este assunto e renegociar alguns desses instrumentos responsáveis pelo crescimento dos sobrecustos, nomeadamente dos CIEGS (Custos de Interesse Económico Geral, os chamados custos de decisão política).
O mesmo responsável recordou que estes custos de decisão política deverão ascender em 2011 a mais de 2,5 mil milhões de euros, sendo a grande fatia relacionada com a produção em PRE e a segunda maior fatia os contratos flutuantes (CMEC) com algumas produtoras. Este valor previsto é cerca do dobro do valor em 2008.
Em 2010, os CIEG ascenderam a pouco menos de 2 mil milhões de euros."Estes valores para 2011 são previstos mas para todos os outros anos no gráfico estão fechados, incluindo até ao primeiro semestre de 2010", disse Vítor Santos.
O PSD promove hoje em Lisboa um debate sobre regulação, preços e concorrência no sector energético em que participam Vítor Santos, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), António Mexia, presidente executivo da EDP e Rui Cartaxo, presidente da REN.
Para além dos intervenientes no sector, o debate conta ainda com a participação de António Saraiva, presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e Vasco Colaço, presidente da DECO.
O debate tem também a participação de Manuel Sebastião, presidente da Autoridade da Concorrência, António Comprido, secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas, Virgílio Constantino, presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis e Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Clube de Portugal.
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Achas mesmo Barnabe?
O estado paga aos produtores de eólica cerca de €92/MWh. Depois de bombar para uma albufeira e turbinar fica em 92/0,75 = €122/MWh.
O preço máximo a que compraste a Espanha nesse dia foi de €80/MWh.
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que na minha opinião deviam ser reflectidos no custo da energia eólica pois é apenas para a produzir que precisámos de barragens reversíveis.
O estado paga aos produtores de eólica cerca de €92/MWh. Depois de bombar para uma albufeira e turbinar fica em 92/0,75 = €122/MWh.
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Estar a contar potencias brutas, todo o interesse das turbinas reversiveis é de armazenar energia. Se as mais valias das turbinas (venda de energia em horas de ponta) são superiores aos 25% de perda já da lucro. Portanto basta as turbinas comprarem energia a um preco de 1 e venderem a um preco de 1,26.
E quando olho para o gráfico que enviaste penso que estas turbinas são um bom negocio
Basta comprar as quatro da manha e vender a hora de ponta: 19 horas para ter um bom lucro .
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