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Caldeirão da Bolsa

Divida publica portuguesa - resultado dos leilões

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 4/2/2011 12:55

Na proxima 4ª feira não vai haver leilão de OT, o que quer dizer que é a 2ª vez que saltamos uma quinzena sem leilões de OT.

Assim o proximo leilão de divida publica será de BT, a 16 de Fevereiro.

O que significa que já temos dinheiro em caixa para pagar a amortização de BT de 18 de Fevereiro, no valor de 3,5 mmil milhões de €.

A 21 de Janeiro amortizamos 3,4 mil MIlhões de BT.

As proximas datas de amortização são a 18 de Março, 3,8 mil milhões de BT, em Abril amortizamos 4,5 mil milhões de OT e em Junho mais 4,9 mil milhões de OT.

Assim passo a passo vamos cumprindo as nossas obrigações.
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por atomez » 3/2/2011 18:48

Financial Times Escreveu:Clock is ticking on debt-laden Portugal

A week ago, Portugal’s borrowing costs were nudging above 7 per cent, a level regarded as unsustainable. The fear in financial markets was that Lisbon, like Athens and Dublin last year, would need a multibillion-euro bail-out. Not so now.

On Wednesday Portuguese bond yields fell back, at one point to a session low of 6.76 per cent, their lowest in three weeks – and not because of European Central Bank intervention. The ECB has suspended its eurozone bond buying.

Rather, it was a successful auction of short-term bonds, combined with growing optimism in the ability of Europe’s leaders to navigate a way out of the continent’s debt crisis, that reduced the Portuguese risk premium.

Borrowing costs, though, remain uncomfortably high, and the coming weeks will be critical to Portugal’s prospects.

First, European Union leaders will meet at a summit on Friday amid negotiations on a “grand bargain” to overhaul the eurozone’s €440bn rescue fund in exchange for tough austerity measures and closer oversight of debt-burdened member states.

Financial markets are factoring in a deal at a further EU summit in late March. Shortly afterwards, Portugal has to refinance €9.5bn of debt, in two tranches in April and June. Much will ride, then, on the politicians convincing investors they have an effective solution.

“We are at a key moment in the eurozone crisis, and Portugal is on the frontline. We will know in a few weeks whether Lisbon will have to accept a bail-out or not,” says one leading investor.

Inside Portugal there is a fierce determination to avoid such a rescue. This week economists, bankers and businessmen lined up to insist the country does not need outside help. A consensus is growing that a bail-out would be the worst option because it would postpone the growth needed to lift the country out of its debt problems.

Economists point to Greece, pressing for lower interest rates on its bail-out loans, as evidence that an individual rescue package would not be the best solution.

“Europe made a serious mistake in trying to resolve the crisis case by case,” says Vítor Bento, economist and chief executive of Portugal’s bank payments company Sibs. “We need a systemic solution covering all the peripheral economies.”

According to Carlos Costa Pina, secretary of state for the treasury, “It’s not entirely clear that turning to the European financial stability facility [the eurozone bail-out fund] would lower the cost of government borrowing.”

Bankers also fear that a bail-out would hit economic growth by making corporate credit more expensive and squeezing family incomes even harder.

Ricardo Salgado, chief executive of Banco Espírito Santo, a leading bank, said on Monday that Greece and Ireland showed that a rescue package would cause a decline in bank deposits and capital flight abroad. Teodora Cardoso, a Bank of Portugal board member, told a conference on the same day that Greece’s bail-out programme was not working and could not be sustained.

José Sócrates, Portugal’s prime minister, is adamant the country can finance its debt in the market. Not everyone in Portugal shares his conviction, but there is a strong view within government that the country is successfully cutting its budget deficit and can grow its way out of trouble.

Financial markets, though, are divided. An unhealthy mix of negative growth this year, near euro-era high debt costs and the second quarter’s refinancing burden has convinced many strategists that Portugal faces little choice but to seek aid.

One senior strategist says: “The Portuguese economy lacks competitiveness and is stagnating, and the country will struggle to refinance about €10bn of debt that is maturing over the next few months. How can Portugal get away with not going for a bail-out?”

Francesco Garzarelli, director of economic research at Goldman Sachs, says: “Portugal will need emergency funds because they have a balance of payments problem. A bail-out will surely happen.”

Others are not so pessimistic. One investor says: “I thought Portugal would need a bail-out, but now I’m not so sure. I’m not confident the next two months will be smooth. I think it will be bumpy, but Portugal might be saved by the improving sentiment as Europe seems to be getting to grips with the need for reform.”

Jürgen Michels, senior European economist at Citigroup, says: “A credible package of reforms from policymakers could be enough to help Portugal escape a bail-out and see it muddle through.” But he warns that the market may be pinning too much hope on policymakers, who have failed to live up to expectations in the past.

Assuming the summits do not disappoint, strategists and investors are for the most part agreed that the crisis, with or without a Portuguese bail-out, can be contained. Spain and Italy are considered economically stronger and able to cope with bond market volatility.

But a leading analyst warns: “I’m more and more confident that this crisis will not reach Spain as long as there is extra firepower for the bail-out fund. If we get nothing at the EU summits, then there will be contagion.”


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Leilão BT

por pedrinha rolante » 2/2/2011 14:02

dois dos principais factores para esta descida das yields do Leilão de BT, poderão ser os rumores de que o Fundo de Estabilização poder comprar diretamente divida publica dos paises em dificuldade está a provocar uma queda generalizada nas yields; assim como os recentes dados nacionais relativos ao Pib e Deficit orçamental abaixo do esperado estão a provocar uma diminuição temporária da pressão dos mercados sobre Portugal
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por Automech » 2/2/2011 12:43

Não eram anormalmente baixas porque seguiam em linha com as Euribors. Agora é que estão anormalmente altas apesar da Euribor não se ter alterado significativamente de há um ano para cá.
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por mais_um » 2/2/2011 12:38

AutoMech Escreveu:A descida são noticias porreiras para a propaganda do governo e para o engodo da comunicação social.

Há um ano atrás as taxas dos BTs andava nos 1.173% (leilão de 17/2/2010).

Agora é mais do que o triplo.


Se fores à pagina anterior, está um grafico com a evolução dsa BT a 12 meses desde 2006 e podes verificar que o ano de 2009 e 2010 tiveram as taxas anormalmente baixas.
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por Automech » 2/2/2011 12:27

A descida são noticias porreiras para a propaganda do governo e para o engodo da comunicação social.

Há um ano atrás as taxas dos BTs andava nos 1.173% (leilão de 17/2/2010).

Agora é mais do que o triplo.
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por mais_um » 2/2/2011 12:05

Portugal
Juros baixam em leilões de dívida de curto prazo
Luís Leitão
02/02/11 10:58


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Alberto Soares está à frente do IGCP, órgão responsável pelo crédito público.
. .Portugal vendeu hoje no mercado 1.255 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro de maturidades a 6 e a 12 meses.

Os juros baixaram em ambos os prazos. No leilão a seis meses, a taxa média ponderada fixou-se em 2,984% face aos 3,686% verificados na operação anterior equivalente.

O mesmo aconteceu com os Bilhetes do Tesouro a 12 meses: o juro baixou para 3,710%, que compara com os 4,029% no leilão anterior comparável.

A procura superou em 4,8 vezes a oferta no leilão a 6 meses. Na operação a 12 meses, o rácio foi de 2,6.

[Notícia em actualização]


http://economico.sapo.pt/noticias/juros ... 10175.html

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por greg1108 » 2/2/2011 12:03

|DÍVIDA| Portugal colocou €455M em Bilhetes de Tesouro a 6 meses taxa de 2.984% face à emissão anterior de 3.686% em Janeiro. A oferta superou a procura em 4.8 vezes. Colocou também €800M em Bilhetes do Tesouro a 12 meses à taxa de 3.710% face à anterior 4.029%, a procura superou a oferta em 2.6 vezes. GoBulling
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por mais_um » 2/2/2011 10:00

Só para relembrar os mais distraidos, hoje há leilão de BT.
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por pocoyo » 27/1/2011 17:57

Novo produto do Estado vai oferecer em Fevereiro a taxa mais alta de sempre em todos os prazos.

Quem subscrever certificados do Tesouro (CT) em Fevereiro irá contar com uma taxa máxima de 6,65%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP).

Este é o juro mais elevado desde que os CT foram lançados, em Julho do ano passado. Quem mantiver a aplicação até à maturidade do produto (10 anos) irá beneficiar de uma taxa bruto de 6,65% ao ano, o que compara com 6,4% em Janeiro.

A remuneração dos CT tem por base o juro das OT a 10 anos, que hoje está nos 6,992%. Até agora, a média de Janeiro fixa-se em 6,836%.

A rendibilidade dos CT a partir do quinto ano da aplicação também aumentou. Vai passar dos 5,35% em Janeiro para os 5,80% em Fevereiro, o que também corresponde a um novo recorde.

A taxa oferecida para os primeiros anos da aplicação, dependente da Euribor a 12 meses ou desempenho dos Bilhetes do Tesouro, sobe de 1,50% para 1,55%.

Em 2010, o Estado captou 685 milhões de euros das poupanças dos portugueses, conseguindo assim superar a estimativa de 651 milhões inscrita no Orçamento do Estado
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por Trisquel » 27/1/2011 16:05

OCDE: Portugal e Espanha não precisam de reestruturar dívida
27 Janeiro 2011 | 12:01
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt

Angel Gurria considera que a Grécia será o único país do euro que pode ter que reestruturar a sua dívida.
O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Angel Gurria, disse hoje que a Espanha e Portugal não deverão necessitar de avançar com uma reestruturação de dívida.

“Um país pode precisar de reestruturar a sua dívida: a Gércia. Não estou preocupado com Espanha e Portugal”, disse Gurria em declarações efectuadas à Reuters em Davos.

Acrescentou que Portugal e Espanha estão a ser tratados de “forma injusta” pelos mercados. Afirmou ainda que o plano da Espanha para capitalizar as caixas de aforro (“cajas”) deverá funcionar.
Cumpts.
Trisquel

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por Trisquel » 27/1/2011 16:04

Soros afirma que há probabilidade de Portugal ter de reestruturar dívida
27 Janeiro 2011 | 12:21
Diogo Cavaleiro

Diferenças entre países de zona euro poderão criar uma situação "insustentável" e até levar à desintegração política. Ainda assim, George Soros mostrou confiança que a crise da dívida na Europa está a caminho de ser resolvida.
O especulador George Soros disse hoje, em Davos, que a União Europeia não deve esperar até 2013 para começar a reestruturação da dívida. A Irlanda vai querer modificar o acordo feito aquando da ajuda externa, a Grécia vai ter de reestruturar a dívida e há probabilidades de Portugal também ter de o fazer.

“A Irlanda está a fazer com que a Europa perceba que vai querer renegociar o acordo que o actual governo fez”, declarou em entrevista à Bloomberg TV. Na mesma medida, “a Grécia vai, talvez mais cedo do que mais tarde, ter de avançar com uma reestruturação" de dívida, acrescentando que “provavelmente, Portugal também vai precisar”.

Opinião diferente tem o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Angel Gurria disse hoje que a Espanha e Portugal não deverão necessitar de avançar com uma reestruturação de dívida.

O milionário referiu que é “injusto” que a população irlandesa absorva “todas as perdas feitas pelos bancos” e que os obrigacionistas não tenham encargos. Por isso, diz, esta situação “terá de ser modificada”.

Num artigo do “Financial Times” de 14 de Dezembro, Soros tinha já escrito que um dos erros da reacção da Europa à actual crise era o facto de estar a evitar a reestruturação da dívida actual de um país da Zona Euro. Nessa altura tinha criticado o facto de os obrigacionistas dos bancos insolventes estarem a ser protegidos “à custa dos contribuintes”.

Falta um Tesouro comum aos países da Europa

Caso seja concretizado um novo olhar sobre a dívida dos países, as perdas poderão ser absorvidas. “Se houver algumas perdas, o fundo de emergência deverá estar disponível para injectar capital de forma a substituir aquele que está em falta nos bancos”, afirmou o “chairman” do Soros Fund Management.

O milionário salientou que a crise da dívida está a caminho de ser resolvida mas defendeu que ainda falta um elemento importante no euro: o orçamental. “Vocês têm um Banco Central Europeu mas não têm um Tesouro comum. Esse Tesouro comum está a ser estabelecido com o fundo de emergência, que se vai tornar em algo permanente e que vai ser alargado”, explicou George Soros.

Acrescentou, contudo, que os desequilíbrios entre as economias mais fortes e as mais fracas na zona euro vão tornar a região “politicamente insustentável”, sendo que há possibilidade de isso, posteriormente, conduzir à “desintegração política da Europa”. Disse, mesmo assim, que o “euro está cá para ficar”.


Críticas à mistura de aumento de impostos com cortes na despesa no Reino Unido

O milionário húngaro adiantou ainda a sua opinião sobre os pacotes de austeridade em curso no Reino Unido. O especulador afirmou que as medidas planeadas pelo governo de coligação britânico, que junta aumentos de impostos com cortes na despesa, são insustentáveis e vão levar a economia britânica para a recessão. Esta declaração segue-se às palavras de David Cameron, que defendeu que não vai alterar as políticas orçamentais.
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por SoaresV » 27/1/2011 12:21

Nunca se deveria ter falado dos 7%; agora os mercados gerem os lucros sempre dentro de determinados valores "seguros"...
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... 7% com aviso ...

por aefernandes » 27/1/2011 12:15

Juros da dívida acima dos 7% com aviso da S&P.

Agência de notação prevê que Portugal fique «preso» a uma recessão prolongada

Os avisos das agências de notação financeira têm normalmente impacto no humor dos investidores. Desta vez foi a Standard & Poor`s que veio deixar alguns avisos: Portugal, Espanha, Irlanda e Grécia vão estar «presos à recessão». Para piorar o cenário, o Japão levou com um corte de «rating». Os juros da dívida pública nacional a 10 anos acusam o nervosismo dos mercados e voltam a estar acima dos 7%.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/mer ... -1727.html
Uus, Neue, 新, Baru, Yeni, Nuevo, Bagong, Nouveau(discussão sobre mercados e não só, é grátis) Aqui.
disclaimerAqui.Aqui.
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por SoaresV » 27/1/2011 12:12

E mais dois leilões para dia 2:

http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=1049
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por RiscoCalculado » 26/1/2011 1:14

mais_um Escreveu:Documentos interessantes:

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2010/NI_20100120_Portugal_vs_peers.pdf

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2011/B ... Mensal.pdf

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2011/A ... 4Jan11.pdf






bom link para reforçar a ideia de que o problema de Portugal vai muito além das finanças públicas.
O problema principal (sem solução à vista) está na baixa produtividade e competitividade e consequente défice na balança corrente (que ao longo da última década conduziu a um stock de dívida externa , em grande parte privada, insustentável )



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por mfsr1980 » 25/1/2011 19:00

Os Gestores das empresas privadas também respondem com a fortuna pessoal, portanto na emissão de dívida, para colateral podiam dar as "casinhas" do Sócrates e daquela seita toda que está no governo.
 
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por mais_um » 25/1/2011 15:57

Os economistas mais importantes de Portugal
25 Jan 2011 8:00
Colocado por: Rui Peres Jorge Comentar este Post

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Grande parte da acção e da tensão sobre a crise de dívida pública portuguesa dos últimos meses concentra-se no discreto 6º andar do número 57 da Avenida da República em Lisboa. É aí que neste momento trabalham alguns os mais importantes economistas e gestores financeiros do país: os que gerem a nossa dívida pública que, desde há pouco mais de um ano, se encontra sob forte pressão.



Na semana passada tivemos mais um exemplo das respostas do IGCP à crise:



1) Como o Negócios noticiou na quinta, e a Gillian Tett do FT analisou na sexta, Portugal deu um passo simbólico no mundo do risco soberano. Anunciou que irá oferecer colateral nos contratos de derivados que negociará com os bancos. O objectivo: reduzir o risco associado a essas operações, de forma a diminuir a procura sobre os seguros de risco contra a dívida nacional, aliviando assim a pressão sobre o respectivo preço e, logo, sobre os juros da própria dívida pública. Tett atribui-lhe simbolismo pois, até agora, os emitentes soberanos dos países desenvolvidos (e de alguns grandes bancos) estiveram "isentos" da necessidade destes colaterais. Com a crise o mundo pode ter mudado definitivamente: o privilégio do risco baixo pode ter acabado. Para Portugal como para muitos outros emitentes, de Espanha à Bélgica, de Illinois a California.



A operação exemplifica a forma como o pacato IGCP se transformou numa máquina criativa. Vejamos:



1) Janeiro de 2011: anuncia a introdução de colaterais nos derivados que negocei com bancos (ver acima);



2) Janeiro de 2011: IGCP coloca dívida privada junto da China, paga 4,75% a 18 meses, acima do preço de mercado;



3) Dezembro de 2010: Estado vende 1,3 mil milhões de euros em colocações privadas, instrumento pouco usado até à crise e que começa a ganhar destaque crescente na estratégia do IGCP;



4) Dezembro 2010: Estado comprou 1,5 mil milhões de euros a si próprio em leilões de bilhetes do Tesouro para dar liquidez ao mercado, uma operação inédita no meio de mais uma exacerbação da crise;



5) Verão de 2010: Após a intrevenção na Grécia, o IGCP emite grandes quantidades de dívida de curto prazo, colocada especialmente junto de bancos nacionais;



6) Janeiro de 2010: Alberto Soares, presidente do IGCP, antecipa, numa nota enviada às agências de rating e agentes de mercado, a possibilidade de um pacto de regime entre PS/PSD para 4 anos estar na calha (então com Ferreira Leite na liderança laranja).



A venda de dívida à China foi até agora a operação que suscitou mais atenção, nomeadamente dos partidos com assento parlamentar que, da direita à esquerda, estão a pedir informação ao Governo. Mas na verdade, desde pelo menos há um ano, que o IGCP vem a desempenhar um papel decisivo na estratégia portuguesa de combate à crise. Os seus economistas e técnicos são neste momento os mais importantes do país.



Por isso, aqui fica uma sugestão: além – ou até em vez – de Teixeira dos Santos, a Assembleia da República deveria ouvir Alberto Soares, presidente do IGCP, que tão escassa informação tem prestado sobre a utilização dos novos - e pelo vistos preciosos - instrumentos de financiamento. Poderiamos ficar também a saber quais as suas perspectivas para 2011.



PS: Se é (ou conhece alguém) recém licenciado em economia, gestão ou finanças, gosta da pressão e emoção dos mercados (e tem imaginação) então, o IGCP está a contratar estagiários

http://comunidade.xl.pt/JNegocios/blogs ... oares.aspx

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por mais_um » 25/1/2011 15:39

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por mais_um » 24/1/2011 11:46

mfsr1980 Escreveu:Pede-se a comparência do "mais_um". :)
Próxima emissão? Datas e Quantidade?

Abraço mfsr1980


Boas!

O jcldsm já colocou o calendário dos leilões de BT para o actual trimestre. Realizam-se sempre na 1ª e 3ª 4ª feira de cada mês.

Os leilões de OT realizam-se sempre na 2ª e 4ª 4ª feira de cada mês, mas não há calendario como nos BT, é anunciado até 5ª feira da semana anterior.


Assim esta 4ª feira, não haverá leilão já que para haver deveria ter sido anunciado até 5ª feira passada.

Respondendo directamente à tua questão, o proximo leilão é dia 2 de Fevereiro, de BT e os montantes serão entre os 750 e os 1500 milhões.


Um abraço,

Alexandre Santos
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por jcldsm » 24/1/2011 11:30

Aqui está directo do site do IGCP:

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2011/P ... PF2011.pdf

Página 2
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por mfsr1980 » 24/1/2011 11:00

Pede-se a comparência do "mais_um". :)
Próxima emissão? Datas e Quantidade?

Abraço mfsr1980
 
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por Automech » 21/1/2011 2:25

mais_um Escreveu:Deixo-vos o grafico dos leilões de BT a 12 meses, entre 2006 e o ultimo, realizado ontem.

Como podem verificar, tivemos parte de 2007 e quase o 2008 todo, a pagar taxas superiores ou semelhantes ao leilão de ontem, sem ter existido qualquer histerismo....

Fonte: www.igcp.pt


mais_um, a comparação não pode ser feita isoladamente.

A inflação (que 'come' a dívida) foi de 2.4 em 2007 e 2.7 em 2008, ao passo que baixou para -0.9 em 2009 e em 2010 deve andar pelos 1.4.

O crescimento real da economia foi de 2.4 em 2007 e 0% em 2008, caindo para -2.6 em 2009 e este ano deve andar pelos 1.3%, com a agravante de em 2011 podermos vir a ter recessão.

Além disso a dívida pública era de 63.6% em 2007, 66.3 em 2008, 76.8 em 2008, 83.5 em 2009 e este ano deve andar lá perto.

Ou seja, inflação menor, crescimento menor e dívida publica em % do PIB a crescer muito (o que vai aumentar bastante os juros na parte, ainda que pequena, que está a ser refinanciada).

Os desequilíbrios já existiam antes, mas agora são muito piores, daí o histerismo (provavelmente ampliado pela crise global na UE e a ameaça ao euro).
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por Um curioso... » 21/1/2011 0:25

mais_um Escreveu:
Um curioso... Escreveu:
mais_um Escreveu:Deixo-vos o grafico dos leilões de BT a 12 meses, entre 2006 e o ultimo, realizado ontem.

Como podem verificar, tivemos parte de 2007 e quase o 2008 todo, a pagar taxas superiores ou semelhantes ao leilão de ontem, sem ter existido qualquer histerismo....

Fonte: www.igcp.pt


Mais_um, só posso avaliar esse gráfico se for comparado com as emissões alemãs para o mesmo prazo. Por acaso tens esses dados em gráfico, que possas sobrepor ao que colocaste?


Compreendo o que queres, vou procurar ( mas não é a taxa dos BT alemães que nos dá mais ou menos capacidade de pagar os nossos emprestimos). Mas há algo que pode ser analisado de imediato, considerando os comentários de muitos analistas sobre a nossa capacidade de pagar as taxas do ultimo leilão, parece-me que em 2007 e 2008 andavam distraidos com outras coisas.


O que eu penso é que nessa altura a subida foi geral em todos os países do Euro, o que claramente não chamava a atenção dos mercados.
Uma das coisas que me preocupa é de manhã às 6.30, quando tomo o pequeno almoço e espreito a Bloomberg, passo a vida a ouvir falar de Portugal, da sua taxa de juro para financiamento e do preço dos seguros para compra da nossa dívida. Em 2007/2008 os tipos nem sabiam que Portugal existia!!!
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por mais_um » 21/1/2011 0:16

Um curioso... Escreveu:
mais_um Escreveu:Deixo-vos o grafico dos leilões de BT a 12 meses, entre 2006 e o ultimo, realizado ontem.

Como podem verificar, tivemos parte de 2007 e quase o 2008 todo, a pagar taxas superiores ou semelhantes ao leilão de ontem, sem ter existido qualquer histerismo....

Fonte: www.igcp.pt


Mais_um, só posso avaliar esse gráfico se for comparado com as emissões alemãs para o mesmo prazo. Por acaso tens esses dados em gráfico, que possas sobrepor ao que colocaste?


Compreendo o que queres, vou procurar ( mas não é a taxa dos BT alemães que nos dá mais ou menos capacidade de pagar os nossos emprestimos). Mas há algo que pode ser analisado de imediato, considerando os comentários de muitos analistas sobre a nossa capacidade de pagar as taxas do ultimo leilão, parece-me que em 2007 e 2008 andavam distraidos com outras coisas.
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