Divida publica portuguesa - resultado dos leilões
mais_um Escreveu:Deixo-vos o grafico dos leilões de BT a 12 meses, entre 2006 e o ultimo, realizado ontem.
Como podem verificar, tivemos parte de 2007 e quase o 2008 todo, a pagar taxas superiores ou semelhantes ao leilão de ontem, sem ter existido qualquer histerismo....
Fonte: www.igcp.pt
Mais_um, só posso avaliar esse gráfico se for comparado com as emissões alemãs para o mesmo prazo. Por acaso tens esses dados em gráfico, que possas sobrepor ao que colocaste?
Deixo-vos o grafico dos leilões de BT a 12 meses, entre 2006 e o ultimo, realizado ontem.
Como podem verificar, tivemos parte de 2007 e quase o 2008 todo, a pagar taxas superiores ou semelhantes ao leilão de ontem, sem ter existido qualquer histerismo....
Fonte: www.igcp.pt
Como podem verificar, tivemos parte de 2007 e quase o 2008 todo, a pagar taxas superiores ou semelhantes ao leilão de ontem, sem ter existido qualquer histerismo....
Fonte: www.igcp.pt
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mais_um Escreveu:
Nop, é mesmo gralha da notica...:D:D
Foi com essa idéia que fiquei... um "copy/paste" não ia perder uma palavra pelo meio!

Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
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artista Escreveu:mais_um Escreveu:Fitch: Juros cobrados a Portugal não têm justificação
Eudora Ribeiro
19/01/11 16:48
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A Fitch diz que há razões para Portugal estar a pagar um juro de cerca de 7% nos mercados de dívida.
Collapse Notícias Relacionadas
Portugal paga menos para emitir dívida, Procura triplica oferta
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Nop, é mesmo gralha da notica...

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
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mais_um Escreveu:Fitch: Juros cobrados a Portugal não têm justificação
Eudora Ribeiro
19/01/11 16:48
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A Fitch diz que há razões para Portugal estar a pagar um juro de cerca de 7% nos mercados de dívida.
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Portugal vende 110 milhões de euros em colocação privada de dívida
Eudora Ribeiro
19/01/11 17:10
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Portugal procura alternativas para cumprir as suas necessidades de financiamento.
Collapse Notícias Relacionadas
Confirmada operação de 'private placement' de dívida
Portugal fez colocação privada de 1,3 mil milhões de euros em Dezembro
Portugal fez uma nova colocação privada de dívida no valor de 110 milhões de euros com maturidade em Janeiro de 2013.
Segundo dados da Bloomberg, estes títulos de dívida vão pagar um cupão inicial de 170 pontos base acima da Euribor a 3 meses. O prémio vai subir até aos 290 pontos base em 2012.
Esta emissão com maturidade a dois anos foi colocada pelo Credit Agricole no dia 18 de Janeiro.
Desde 17 Dezembro já foram colocados 2.460 milhões de euros em dívida neste tipo de operações, sendo que 1,1 milhões de euros foram absorvidos pela China.
O Ministro das Finanças já fez saber que vai continuar com a colocação privada de dívida, uma das alternativas aos mercados financeiros, que continuam a exigir taxas altas para absorver dívida portuguesa.
Até agora desconhecia-se o prémio que tinha sido pago nas operações de ‘private placement'
http://economico.sapo.pt/noticias/portu ... 09114.html
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Fitch: Juros cobrados a Portugal não têm justificação
Eudora Ribeiro
19/01/11 16:48
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Portugal vende 110 milhões de euros em colocação privada de dívida
. A Fitch diz que as actuais taxas dos títulos de dívida de Portugal, de cerca de 7%, não são justificáveis pelos fundamentais subjacentes.
Numa ‘conference call' acompanhada pela Reuters, os analistas da casa de ‘rating' explicam que os mercados de dívida estão a viver uma volatilidade extrema que está a distorcer a percepção dos juros no longo-prazo dos países da zona euro com as ‘yields' mais elevadas.
Os mesmos analistas notam que Portugal definiu um programa de consolidação orçamental, pelo que não existe razão para o País estar a pagar um juro de cerca de 7% no financiamento a médio-prazo.
Na semana passada, Portugal foi ao mercado para emitir 1.249 milhões de euros em Obrigações a quatro e a dez anos. Na maturidade mais longa, o juro desceu para 6,716% e a procura aumentou.
Hoje, o juro das OT a 10 anos portuguesas negociava nos 7,066%, depois de já ter estado abaixo dos 7% no rescaldo da emissão de Bilhetes do Tesouro a 12 meses realizada esta manhã.
Antes do leilão, a 'yield' genérica chegou a tocar nos 7,26%. O IGCP colocou hoje no mercado 750 milhões de euros de dívida no curto prazo, com a taxa média ponderada a baixar face à última emissão e a procura a mais do que triplicar a oferta.
http://economico.sapo.pt/noticias/juros ... 09109.html
Editado pela última vez por mais_um em 19/1/2011 22:21, num total de 1 vez.
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barnabe619 Escreveu:E achas que isso poderia acontecer ?
Depende de quem estamos a falar, penso que há boas hipoteses de acontecer algo na Irlanda e Grécia. Hoje já saiu uma noticia em que os Gregos estão a pensar prolongar o prazo de pagamento das suas OT.
barnabe619 Escreveu:A Europa não iria impedir isso ?
Não sei, depois de ver como os politicos actuais (os lideres dos vários países) tem actuado no ultimo ano, tudo pode acontecer.
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mais_um Escreveu:
Podes esperar e no fim do prazo recebes o valor nominal das OT (neste caso sim, ganhas) ou então o prazo de pagamento ser alargado (neste caso não há perda de capital, mas sim de rentabilidade, foi o que aconteceu com a Russia na decada de 90 se não estou em erro) ou haver uma redução do valor nominal (neste caso perdes capital, foi o que aconteceu na Argentina)
E achas que isso poderia acontecer ? A Europa não iria impedir isso ?
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barnabe619 Escreveu:Então para ter um lucro seria preciso comprar quando o Yield é alto (porque o titulo é barato) e vender quando o yield é baixo (o titulo valoriza) ?
Correcto
barnabe619 Escreveu:
Edit : Ou simplesment comprar quando o yield é alto e esperar
Depende...


Podes esperar e no fim do prazo recebes o valor nominal das OT (neste caso sim, ganhas) ou então o prazo de pagamento ser alargado (neste caso não há perda de capital, mas sim de rentabilidade, foi o que aconteceu com a Russia na decada de 90 se não estou em erro) ou haver uma redução do valor nominal (neste caso perdes capital, foi o que aconteceu na Argentina)
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barnabe619 Escreveu:Bom dia a todos
Tenho umas duvidas a esclarecer, encontrei aqui uma cotação da divida portuguesa http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND .
O que esta pagina indica é o yield da obrigação não é ? Quer dizer que o preço da obrigação baixa quando o yield sobe (O yield é uma consequência da baixa de preço ) ?
Obrigado pela vossa ajuda
A Yield é uma consequência do valor da obrigação e da taxa do cupão.
Como a taxa do cupão é fixa a quando da emissão, podemos dizer que a Yield sobe ou desce em função do valor das OT.
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Bom dia a todos
Tenho umas duvidas a esclarecer, encontrei aqui uma cotação da divida portuguesa http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND .
O que esta pagina indica é o yield da obrigação não é ? Quer dizer que o preço da obrigação baixa quando o yield sobe (O yield é uma consequência da baixa de preço ) ?
Obrigado pela vossa ajuda
Tenho umas duvidas a esclarecer, encontrei aqui uma cotação da divida portuguesa http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND .
O que esta pagina indica é o yield da obrigação não é ? Quer dizer que o preço da obrigação baixa quando o yield sobe (O yield é uma consequência da baixa de preço ) ?
Obrigado pela vossa ajuda

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Hoje temos mais um leilão de divida publica portuguesa:
O IGCP vai realizar no próximo dia 19 de Janeiro pelas 10:30 horas um leilão da nova linha de BT com maturidade em Janeiro de 2012 (BT20JAN2012) e com um montante indicativo de EUR 750 milhões.
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mais_um Escreveu:A situação não é fácil, pelo contrário, mas não vislumbro outra alternativa, a não ser pedir já ajuda à EU/FMI com as consequências nefastas que advém dessa ajuda.
Quanto ao ser nefasto pedir ajuda, se por um lado o custo do financiamento provavelmente não vai descer (ou se descer será pouco), tem pelo menos um aspecto que não é de todo negativo e que o PSG resumiu com uma excelente frase:
A única vantagem da intervenção do FMI é pois política: é vir alguém fazer o que devíamos e arcar com as culpas. É compensar a covardia dos governantes.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=462605
A situação não é fácil, pelo contrário, mas não vislumbro outra alternativa, a não ser pedir já ajuda à EU/FMI com as consequências nefastas que advém dessa ajuda. Penso que a execução orçamental do 1º trimestre vai ser fundamental para perceber se vamos precisar de ajuda ou não.
Vão-se Qatar
17 Janeiro2011 | 11:50
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=463385
Vende-se activos portugueses. Dívida para começar, empresas para completar. Sócrates está a dar tudo por tudo para evitar o recurso ao FMI. E, surpreenda-se, talvez o consiga.
Porque a Europa está a mudar de estratégia em relação aos aflitos. Mesmo assim, o País não será o mesmo. Nem dos mesmos.
Na conferência de sexta-feira do Negócios, o comissário europeu Joaquín Almunia disse a frase certa: se queremos que os países emergentes comprem activos financeiros europeus, também temos de nos preparar para que nos comprem activos reais. Ou seja, vender-lhes não apenas dívida pública mas também empresas, bancos, portos, infra-estrutras - e, quem sabe, até contrapartidas diplomáticas inconfessáveis.
Perdemos o direito a ser prosélitos: Portugal não tem poupança, não tem financiamento e perdeu a credibilidade. Se é no Qatar, em Abu Dhabi ou em Pequim que há dinheiro, é para lá que vamos. E para Luanda. Mas se com o Banco Central Europeu se aplica a palavra "ajuda", com os investidores directos o termo é "negócio". Para eles, Portugal é do tamanho de um erro de arredondamento. Só investem pelas contrapartidas: a taxa de juro; e os activos reais.
José Sócrates é hoje um director comercial com plenos poderes, promovendo a privatização de empresas como a REN ou a EDP. A venda de activos, de que Cavaco Silva falava há dias, não é uma opção, é uma inevitabilidade. A Teixeira Duarte vendeu a Cimpor, a PT vendeu a Vivo, a Brisa vendeu a CCR, a Galp está a ser colocada no Brasil, a EDP já tem capitais argelinos e árabes, a REN há-de ter qatari, o BCP terá chinês, etc. A venda de activos reais é um processo em curso: para escrever a próxima edição do livro "Os Donos de Portugal", o Bloco de Esquerda terá de aprender línguas remotas. O debate dos centros de decisão nacionais fica para quando voltar a prosperidade - quer dizer, a sobrevivência.
A situação financeira é crítica e ainda não vimos o pior. Hoje, há concursos internacionais onde as empresas portuguesas precisam de se apresentar com bancos estrangeiros, os portugueses já não são aceites. O BCE é o nosso seguro de crédito, que chega a fazer de um leilão de dívida uma quase encenação. Mesmo com estas taxas insustentáveis.
O modelo de socorro à Grécia e à Irlanda fracassou, pois nem conteve o risco sistémico do euro, nem aliviou nesses países os custos de financiamento. Como diz Paul De Grauwe hoje no Negócios, se é para pagar taxas de juro tão altas ao fundo da União e do FMI, não vale a pena Portugal pedir ajuda. São taxas que nos atiram para a insolvência; são alternativas de acesso a capital, mas não do seu custo.
Há vários meses que a Comissão Europeia acredita que a salvação tem de ser global e não local. A Alemanha é o obstáculo mas já tem uma linha menos dura de oposição - e continua sem pressa. Um novo modelo de apoio está a ser desenhado, que passará por soluções menos estigmatizantes que na Grécia. Falta alargar o Fundo de Estabilização, torná-lo mais flexível e sobretudo definir como se repartem os prejuízos - e que eufemismos e engenharias se criarão para que as opiniões públicas não vejam os perdões, ajudas e prejuízos que por aí vêm.
Portugal precisa ganhar tempo, para que em vez de ser o último país da fase das intervenções directas do FMI seja o primeiro da nova fase de apoios por controlo remoto. É isto que o BCE nos está a dar, tempo; é isto que Sócrates anda a procurar pelo mapa-mundi do capital, tempo.
Talvez o faça pela sua própria sobrevivência política, mas os efeitos políticos são neste momento secundários. Como diz Ricardo Pais na peça "Sombras", sobre a portugalidade, "a nossa tristeza é uma imensa alegria". Pois é. Mas não paga dívidas.
"In my whole life, I have known no wise people over a broad subject matter area who didn't read all the time - none, zero" - Charlie Munger
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
"Entre os seres humanos, existe uma espécie de interacção que assenta não nos conhecimentos, nem sequer na falta de conhecimentos, mas no facto de não se saber quanto não se sabe ..." - John Kenneth Galbraith
mfsr1980 Escreveu:Para quando a próxima emissão de dívida?
4ª feira, BT a 12 meses.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Boas!
Desculpa a demora a responder-te mas não tem sido fácil.
Basta olhar para os gráfico da 1ª página deste tópico para perceber que há uma tendência ascendente dos juros, não só em Portugal como nos restantes PIIGS, inclusive já passou para países que não fazem parte dos PIIGS como a Bélgica.
Os saltos na subida dos juros coincidem mais ou menos com a crise na Grécia e na Irlanda e não tanto com alteração significativa dos nossos fundamentais, até porque em 2010 o nosso PIB cresceu acima das espectativas dos analistas, da OCDE , do BdP, da Comissão europeia e até do governo!
A questão do aumento das taxas de juro é sempre preocupante, mas também não é a catástrofe que algumas pessoas afirmam, até porque não consigo perceber como é que as emissões de OT e BT (como a da próxima 4ª feira) que só vencem juros para o ano (2012) tem impacto já no valor dos juro a pagar no orçamento deste ano, como alguns comentadores e analistas tem referido, mas isso deve ser um problema meu…
Outra questão é que os juros que são pagos anualmente das OT tem como referência a taxa do cupão, talvez por isso não seja inocente a escolha de emissões com um valor de cupão baixo, de forma a não aumentar muito o valor dos juros a pagar nos próximo anos, empurrando o custo mais pesado para a data de liquidação das OT (pode ser que nessa altura a nossa economia esteja melhor, ou seja a crescer e o impacto do pagamento desses juros mais elevados seja esbatido).
A situação não é fácil, pelo contrário, mas não vislumbro outra alternativa, a não ser pedir já ajuda à EU/FMI com as consequências nefastas que advém dessa ajuda. Penso que a execução orçamental do 1º trimestre vai ser fundamental para perceber se vamos precisar de ajuda ou não.
Um abraço,
Alexandre Santos
Desculpa a demora a responder-te mas não tem sido fácil.

JCS Escreveu:Boas. Foi o valor que referiram, mas aceito que possa não estar correcto. No entanto o que tentei frisar é que há uma tendência clara ascendente dos custos da divida e que não apresenta indicações de inverter. Assim sendo, e continuando esta tendência, será uma questão de tempo até termos de afectar muito mais capital para manter os empréstimos a rolar. Mesmo que as taxas da divida não aumentassem o simples facto que referiste de substituir empréstimos de 3,6% por 6 e tal % resultará num encargo abismal, o dobro praticamente, do que temos agora (a para os custos de hoje onde ainda pagamos os 3,6% já andamos à rasquinha...).
Basta olhar para os gráfico da 1ª página deste tópico para perceber que há uma tendência ascendente dos juros, não só em Portugal como nos restantes PIIGS, inclusive já passou para países que não fazem parte dos PIIGS como a Bélgica.
Os saltos na subida dos juros coincidem mais ou menos com a crise na Grécia e na Irlanda e não tanto com alteração significativa dos nossos fundamentais, até porque em 2010 o nosso PIB cresceu acima das espectativas dos analistas, da OCDE , do BdP, da Comissão europeia e até do governo!
A questão do aumento das taxas de juro é sempre preocupante, mas também não é a catástrofe que algumas pessoas afirmam, até porque não consigo perceber como é que as emissões de OT e BT (como a da próxima 4ª feira) que só vencem juros para o ano (2012) tem impacto já no valor dos juro a pagar no orçamento deste ano, como alguns comentadores e analistas tem referido, mas isso deve ser um problema meu…

Outra questão é que os juros que são pagos anualmente das OT tem como referência a taxa do cupão, talvez por isso não seja inocente a escolha de emissões com um valor de cupão baixo, de forma a não aumentar muito o valor dos juros a pagar nos próximo anos, empurrando o custo mais pesado para a data de liquidação das OT (pode ser que nessa altura a nossa economia esteja melhor, ou seja a crescer e o impacto do pagamento desses juros mais elevados seja esbatido).
JCS Escreveu:Na minha opinião nada mudou e será uma questão de tempo até isto rebentar pelas costuras. Estamos muito próximo disso. Este ano segundo li é preciso rolar 20 mil milhões (pagando divida com divida, devendo cada vez mais e a taxas incomportáveis...). O estado está a viver uma autêntica "espiral de crédito" (todos sabemos como acabam as espirais de crédito...). esta não vai ser excepção, antes um exemplo (o maior).
A situação não é fácil, pelo contrário, mas não vislumbro outra alternativa, a não ser pedir já ajuda à EU/FMI com as consequências nefastas que advém dessa ajuda. Penso que a execução orçamental do 1º trimestre vai ser fundamental para perceber se vamos precisar de ajuda ou não.
Um abraço,
Alexandre Santos
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
nba Escreveu:Bom dia a todos.
Tenho apenas uma pequena duvida que coloco a vossa consideracao.
Como e possivel numa emissao com base nominal de partida de 4,8%, sendo a oferta superior em mais de duas vezes a procura, acabar com uma yeld 40% acima da base de partida?
A oferta existe mas só aceitam taxas superiores.
Cumprimentos
JCS
---Tudo o que for por mim escrito expressa apenas a minha opinião pessoal e não é uma recomendação de investimento de qualquer tipo---
https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Bom dia a todos.
Tenho apenas uma pequena duvida que coloco a vossa consideracao.
Como e possivel numa emissao com base nominal de partida de 4,8%, sendo a oferta superior em mais de duas vezes a procura, acabar com uma yeld 40% acima da base de partida?
Tenho apenas uma pequena duvida que coloco a vossa consideracao.
Como e possivel numa emissao com base nominal de partida de 4,8%, sendo a oferta superior em mais de duas vezes a procura, acabar com uma yeld 40% acima da base de partida?
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Já ultrapassámos o ponto de inversão na emissão da dívida púlbica.
É natural ver-se economistas, políticos, público em geral, etc, etc... torçendo para que o FMI não entre em Portugal. Argumenta-se que dependemos apenas de nós, que o OE11 sendo cumprído rigorosamente irá mostrar aos mercados que as contas públicas estão no caminho certo, ou que precisamos apenas de tempo para implementar as medidas...
Mas olhando para os gráficos, com a evolução das taxas de juros, das emissões a 10 anos, observa-se que isso poderá não ser mais possível e que o mercado está já contando com o "default" de Portugal.
No gráfico em anexo é feita uma comparação da taxa de emissão da dívida a 10 anos cobrada a Portugal, com o evoluír das taxas da Grécia e da Irlanda.
Deste gráfico podemos observar que:
- Após os juros terem subído acima dos 6,1%, existe em seguida um ligeiro "retrace" (reteste para confirmar o novo suporte e anotado no gráfico com um círculo a preto); confirmado o novo suporte existe o disparar imediato das taxas de juros. Esse facto coincíde com o pedido de ajuda dos países (Grécia e Irlanda) ao FEE e ao FMI.
Comparando com a situação portuguêsa, podemos concluír que Portugal está já na eminente situação de pedido de ajuda. Ela somente não ocorreu na semana passada, devida à "manobra" conjunta do governo português com o governo chinês.
Mas, dado isso e sem mais nenhuma "manobra" adicional, é quase certo que já na próxima ída ao mercado, os juros poderão ir bem além dos 7% (podendo ser 8%, 9%...)... depois é tudo uma questão de dias ou poucas semanas o recurso ao FMI.
*Ainda dentro deste "post" resolví ínserir mais um comentário...
No mesmo gráfico é indicado o momento em que foi criado o Fundo de Estabilização Europeu, onde observamos um recuo imediato nas taxas de juros.
Com um circulo vermelho é assinalda a taxa de juros Irlanda e de Portugal na eminência de "explodír". Com a intervanção do BE, essas taxas recuaram no mercado, mas sem invertêr a tendência anterior. Em Setembro do ano passado observamos que as taxas de juros já tinham retornado acima da criação do Fundo.
Depois disso a Irlanda já entrou em "default" e Portugal está em "standby".
Podemos concluír que o mecânismo de resgate aos países europeus em dificuldades foi um completo fracasso.
Depois da Grécia, Irlanda e Portugal (que já é muito provável), a CE certamente irá criar um mecanismo definitívo (falam os políticos agora). Isto terá de aconteçer, senão a próxima será a Espanha, Itália.... e no final o Euro...
É natural ver-se economistas, políticos, público em geral, etc, etc... torçendo para que o FMI não entre em Portugal. Argumenta-se que dependemos apenas de nós, que o OE11 sendo cumprído rigorosamente irá mostrar aos mercados que as contas públicas estão no caminho certo, ou que precisamos apenas de tempo para implementar as medidas...
Mas olhando para os gráficos, com a evolução das taxas de juros, das emissões a 10 anos, observa-se que isso poderá não ser mais possível e que o mercado está já contando com o "default" de Portugal.
No gráfico em anexo é feita uma comparação da taxa de emissão da dívida a 10 anos cobrada a Portugal, com o evoluír das taxas da Grécia e da Irlanda.
Deste gráfico podemos observar que:
- Após os juros terem subído acima dos 6,1%, existe em seguida um ligeiro "retrace" (reteste para confirmar o novo suporte e anotado no gráfico com um círculo a preto); confirmado o novo suporte existe o disparar imediato das taxas de juros. Esse facto coincíde com o pedido de ajuda dos países (Grécia e Irlanda) ao FEE e ao FMI.
Comparando com a situação portuguêsa, podemos concluír que Portugal está já na eminente situação de pedido de ajuda. Ela somente não ocorreu na semana passada, devida à "manobra" conjunta do governo português com o governo chinês.
Mas, dado isso e sem mais nenhuma "manobra" adicional, é quase certo que já na próxima ída ao mercado, os juros poderão ir bem além dos 7% (podendo ser 8%, 9%...)... depois é tudo uma questão de dias ou poucas semanas o recurso ao FMI.
*Ainda dentro deste "post" resolví ínserir mais um comentário...
No mesmo gráfico é indicado o momento em que foi criado o Fundo de Estabilização Europeu, onde observamos um recuo imediato nas taxas de juros.
Com um circulo vermelho é assinalda a taxa de juros Irlanda e de Portugal na eminência de "explodír". Com a intervanção do BE, essas taxas recuaram no mercado, mas sem invertêr a tendência anterior. Em Setembro do ano passado observamos que as taxas de juros já tinham retornado acima da criação do Fundo.
Depois disso a Irlanda já entrou em "default" e Portugal está em "standby".
Podemos concluír que o mecânismo de resgate aos países europeus em dificuldades foi um completo fracasso.
Depois da Grécia, Irlanda e Portugal (que já é muito provável), a CE certamente irá criar um mecanismo definitívo (falam os políticos agora). Isto terá de aconteçer, senão a próxima será a Espanha, Itália.... e no final o Euro...
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- Evolucao_juros_10_anos_Grecia_Irlanda_Portugal_1.bmp (931.27 KiB) Visualizado 3788 vezes
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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