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Caldeirão da Bolsa

Obrigações europeias (Eurobonds)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 14/8/2011 20:10

Eh lááááááááá!!!!!!!!!!!!!!





Alemanha já não exclui 'eurobonds' como último recurso
Eudora Ribeiro
14/08/11 19:12
economico

Semanário alemão avança que o governo de Merkel admite a emissão de títulos de dívida europeus para evitar colapso da zona euro.

O governo alemão já não exclui a emissão conjunta de 'eurobonds' como último recurso para evitar uma dissolução da zona euro, avança hoje o Welt am Sonntag, citando fonte não identificada do Executivo de Merkel.

Nesse cenário, e tendo em conta a sua actual estrutura de financiamento, a Alemanha teria de pagar um juro adicional de 2,3 pontos percentuais na emissão de dívida, adianta o mesmo jornal alemão, citando cálculos de Kai Carstensen do Instituto alemão Ifo. Com uma dívida líquida de 2,1 biliões de euros, isso corresponderia a custos adicionais de 47 mil milhões de euros por ano, escreve o Welt am Sonntag, citando Cartstensen, o equivalente a cerca de 15% das despesas previstas do governo alemão para 2012.

Carstensen adiantou ainda ao mesmo jornal que as 'eurobonds' iriam acalmar os mercados no curto-prazo mas conduziriam a uma subida dos juros na Alemanha no médio prazo.

Citando fontes governamentais, o Welt am Sonntag adianta também que uma decisão sobre a emissão de eurobonds não será tomada nos próximos dias.

Contactado pela agência Bloomberg, Martin Kotthaus, porta-voz do Ministério das Finanças alemão, não quis comentar a notícia do jornal alemão.

Hoje, Wolfgang Schaeuble, o ministro das Finanças germânico, contestou a ideia de criar títulos de dívida comum europeia, e acrescentou que desde que os países da zona euro tenham as suas próprias políticas financeiras, existem incentivos e possibilidades de sanções para assegurar a solidez orçamental na região.
 
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por Elias » 14/8/2011 18:08

Zona Euro: Ministro das Finanças alemão contra ajudas ilimitadas a países em crise
14 Agosto 2011 | 14:12
Lusa

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, manifestou-se contra as ajudas ilimitadas aos países da Zona Euro afectados pela crise e advertiu que "não haverá uma salvação a qualquer preço", noticia a agência Efe.

"Não haverá uma divisão de dívidas nem um apoio ilimitado. Existem certos mecanismos de apoio que desenvolveremos sob condições estritas", disse Schäuble em declarações a publicar na edição da revista "Der Spiegel" na edição da próxima semana.

Schäuble refuta expressamente a possibilidade de criar títulos de dívida comum europeia, os chamados eurobonds.

Schäuble acrescentou que os eurobonds não são desejáveis "a menos que cada país desenvolva a sua própria política de finanças" e enquanto for necessário "diferentes taxas de juro para que haja incentivo e mecanismos de sanção para forçar consolidação".

"Não haverá uma salvação a qualquer custo", disse Schäuble.

Entretanto, na Alemanha aumentam as críticas à decisão do Banco Central Europeu (BCE) de comprar títulos de dívida soberana dos países afectados pela crise.

Dentro dos partidos da coligação de Governo é cada vez mais forte a ideia de que com a compra de títulos de dívida soberana o BCE tem renunciado a parte da sua independência.

"O BCE não pode converter-se numa instituição que corrija os erros da política orçamental de países como a Itália", disse à Der Spiegel o chefe regional da CDU e primeiro-ministro do estado federado de Hesse, Volver Boufier.
 
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por Pata-Hari » 13/8/2011 21:43

Amén.
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por Elias » 13/8/2011 21:39

Itália insiste na criação de obrigações europeias
13.08.2011 - 19:14 Por Pedro Crisóstomo
publico

O ministro italiano das Finanças, Giulio Tremonti, insistiu hoje numa resposta coordenada à crise da dívida na zona euro com maior integração de políticas fiscais, retomando a proposta para ser criado um verdadeiro esquema de emissão de euro-obrigações.

A proposta há muito que divide a zona euro. Conta com a oposição alemã e francesa, mas no último Conselho Europeu os líderes da eurolândia conseguiram ultrapassar a resistência de Berlim e Paris e atribuir ao fundo de socorro competências que são um passo em frente para um mecanismo de emissão de obrigações europeias.

A alteração das regras de funcionamento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), um dos mecanismos de suporte aos planos de resgate na zona euro, terá ainda de ser validada em alguns parlamentos nacionais antes de entrar em vigor com as novas regras.

Face às dúvidas que ainda se levantam sobre quanto mais tempo aguentará a zona euro sem o funcionamento flexibilizado do FEEF, Tremonti deixou um aviso à navegação. O futuro da zona euro, alertou, em “muito depende das escolhas que serão feitas sobre a Europa e pela Europa nos próximos dias”. Tremonti disse-o em vésperas de os líderes das duas maiores economias europeias, o presidente francês, Nicolas Sarkozy e a chanceler alemã, Angela Merkel, se reunirem na próxima terça-feira. E retratou a resposta à crise da dívida olhando para trás: o passado, disse, mostra que a Europa não teria chegado “a este ponto se tivéssemos as euro-obrigações”, cita o site da Euronews.

Falando em conferência de imprensa na apresentação de medidas concretas no âmbito do novo plano de contenção orçamental, Tremonti insistiu na ideia de que “é necessário um maior grau de integração e consolidação das finanças públicas na Europa”.

O apelo repetiu-se no Reino Unido, um país fora do círculo da zona euro, mas que pediu uma resposta conjunta à crise pela voz do ministro das Finanças. Em entrevista à rádio BBC, George Osborne defendeu uma maior integração orçamental europeia para os Estados-membros evitarem um efeito de contágio da crise. “Um euro instável é uma notícia terrível para” o Reino Unido, justificou.

As mensagens surgiram no dia em que se ficou a saber, pela voz do presidente do Parlamento alemão, Norbert Lammert, que o compromisso acordado em Bruxelas a 21 de Julho (no âmbito do novo pacote de assistência à Grécia) “é de tal forma importante que o Bundestag não poderá analisá-lo em apenas alguns dias sem a atenção necessária”, ciata a agência Lusa.

A confirmar-se o que disse Lammert ao tablóide Bild am Sonntag numa entrevista a publicar este domingo, a Alemanha poderá atrasar para depois de 23 de Setembro a ratificação do acordo europeu.

E enquanto não se desfaz o impasse europeu – e face à subida do custo do financiamento nos mercados para Itália e Espanha – o Banco Central Europeu viu-se obrigado a reagir à pressão. Na última semana, a autoridade monetária interveio nos mercados de dívida secundários comprando obrigações dos países periféricos do euro. Os juros da dívida acalmaram, mas a resposta definitiva e concertada de que fala Tremonti tarda em chegar.
 
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por Elias » 13/7/2011 13:41

Bloco defende desvalorização do euro e emissão de eurobonds
12.07.2011 - 15:43 Por Rita Brandão Guerra
publico

O Bloco de Esquerda (BE) voltou hoje a defender a criação de obrigações de dívida pública europeia, os chamados eurobonds, e a desvalorização cambial do euro face ao dólar, para que seja possível responder à crise financeira e promover a competitividade da economia.

Em conferência de imprensa, na Assembleia da República, onde o projecto de resolução do partido é hoje entregue, o deputado bloquista Pedro Filipe Soares considerou que a emissão de títulos de dívida pública é necessária para inverter um espaço europeu de “cada um por si” e se poder falar de uma União Europeia verdadeiramente “solidária”.

Segundo o deputado do BE, a emissão de eurobonds potenciará o fim da especulação e contribuirá para diminuição dos juros pagos. E acrescentou que não basta resolver os problemas associados à dívida, mas é necessário rever a política monetária, permitindo a desvalorização do euro face ao dólar.

Soares frisou a necessidade, que considerou “cada vez mais consensual”, de existir uma agência de rating europeia, para que o Governo não esteja dependente da especulação financeira sobre a dívida pública.

Crítico relativamente à forma como as crises de dívida têm sido conduzidas no plano europeu, Pedro Filipe Soares acusou a “intransigência” de Angela Merkel e Durão Barroso, que têm criado “impedimentos” para uma solução comum dos Estados membros.
 
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por Pata-Hari » 7/7/2011 8:02

Elias, graças ao "chumbo" das agencias de rating deste ultimo plano, esse é possivelmente o único caminho para aguentar este barco (o da união monetáira) sem ser sugado para o precipício.
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por psylva79 » 6/7/2011 21:45

Elias:

Como evitar este risco? Chamando os bois pelos nomes e atribuindo ao Banco Central Europeu a função de emitir eurobonds. É simples, menos arriscado e mais eficaz. Ou será que Berlim prefere continuar a financiar estados e bancos falidos ad aeternum?[/quote]

O BCE não pode nem deve emitir eurobons. Aliás isso nunca se viu na história de nenhum país ou banco central.

O que pode acontecer é os estados\UE emitirem as tais eurobons para serem adquiridas pelo BCE. É o que se designa por monetarização dos defices e no passado conduziram a situações de hiper-inflação.
 
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por Elias » 6/7/2011 21:31

Psst! Já temos eurobonds, mas não digam nada aos alemães
por Carlos Ferreira Madeira, Publicado em 23 de Junho de 2011
ionline

Fundo de Resgate já emite eurobonds com garantia dos "accionistas" do euro. Sucede que devia ser o BCE a emitir os títulos, não fora a hipocrisia germânica

No meio da histeria da crise grega e das ameaças das agências de rating, nunca a possibilidade de uma falência soberana na zona euro esteve tão iminente. Nas ruas de Atenas a mensagem é clara: "Não pagamos." Mas o que os gregos querem pouco interessa no imediato.

A Europa vai ter de impedir a falência de Atenas -porque o seu maior contribuinte líquido, Berlim, tem muito a perder. Os bancos germânicos e franceses estão demasiado vulneráveis para aguentar um choque de tal magnitude. E a indústria exportadora alemã, dirigida (60%) ao mercado europeu, precisa da moeda única para crescer. Sem euro, a Alemanha regressa ao marco - moeda mais forte. A crise da periferia contribui para o crescimento económico germânico porque mantém o euro depreciado.

Convém esclarecer que de nada serve reestruturar a dívida grega (ou irlandesa ou portuguesa) sem primeiro atingir saldos primários positivos no orçamento. Porquê? Porque o país reestruturado continuaria a precisar de financiamento externo para cobrir o défice enquanto a dívida se mantém em sentido ascendente. Gregos, portugueses e irlandeses terão de sofrer as dores do ajustamento.

Mas atenção: a Bela Europa move-se. O Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) emite dívida em nome da Irlanda e de Portugal com títulos garantidos por colateral europeu.

A estrutura de capital do FEEF inverte a relação de risco aos olhos do mercado, porque os "accionistas" do Fundo são os países da zona euro.

Já temos fiadores. Quem beneficia do FEEF paga um preço alto (juros e condicionalidade política), mas deixa de contribuir para o fundo: o fardo é repartido pelos restantes países do euro. Em contrapartida, os investidores têm hoje mais garantias de que serão pagos se comprarem este autêntico eurobond. A Europa, claro, ainda não assume formalmente as dívida soberanas - concede empréstimos e cobra uma comissão generosa. Por enquanto, porque o prémio de risco (juros) grego (via FEEF) já baixou e o da Irlanda também vai baixar.

Agora imagine-se que os periféricos não pagam. A factura segue para os alemães, os franceses, os austríacos, os holandeses, os luxemburgueses e os finlandeses. Quase 75% de cada emissão do FEEF beneficia de garantias dos seis países com rating triplo A. A nova decisão europeia de aumentar os rácios de garantia do FEEF de 120% para 165% implica que cada emissão seja garantida em 102,9% pelos seis países triplo A. Só a Alemanha e a França cobrem 84,2% de cada emissão, segundo as contas do banco RBS.

O Mecanismo de Estabilidade Financeira (MEE), sucessor do FEEF, herda em 2013 o legado dos actuais resgates e aumenta o bolo de 440 para 500 mil milhões de euros. Como o MEE não será credor preferencial dos países resgatados, em caso de incumprimento soberano os povos europeus encaixam as perdas proporcionalmente. A isto chama-se uma transferência orçamental via eurobonds.

Sucede que o caminho é perigoso. O eurobond do FEEF é uma espécie de de produto estruturado que sintetiza riscos soberanos variáveis dos países "accionistas" do euro. Protegidos pelo eurobond, os investidores passarão à próxima vítima (Espanha) na procura de maiores margens.

Como evitar este risco? Chamando os bois pelos nomes e atribuindo ao Banco Central Europeu a função de emitir eurobonds. É simples, menos arriscado e mais eficaz. Ou será que Berlim prefere continuar a financiar estados e bancos falidos ad aeternum?
 
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por darkvader » 11/12/2010 18:09

Penso que é nesta próxima semana que a Espenha vai emitir divida pública. Alguem me pode confirmar se são emissões importantes? Poderá ser uma factor destabilizador na acyual situação dos indices bolsitas?
 
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Eurozone Government 10Y Bonds Yields

por C.N. » 11/12/2010 18:05

careca79 Escreveu:O BCE... se fosse preciso imprimir moeda que o fizessem...


Ja o faz. Comprou divida da Grecia, Irlanda e Portugal com dinheiro criado do nada.

Em relacao as Eurobonds, elas vao ser criadas mais tarde ou mais cedo, mas com limites (de divida publica e deficit anual), algo que as duas pecas do Negocios nao falam.

Para dar uma ideia mais elaborada a quem le o Caldeirao, fica aqui uma "foto" dos 16 organizada pelos yields as obrigacoes a 10 anos. O PIB e Populacao tambem estao na fotografia para dar fundo.

Abraco

CN

PS - Os yields sao do financialtimes de sexta-feira, o resto da wikipedia.
Anexos
Eurozone Government Bonds 10Y Yields.JPG
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por careca79 » 9/12/2010 16:23

Nunca iremos ver uma europa, federalista, unida ou o quer que seja. Seremos sempre estados separados com estratégias diferentes, com Europeus de primeira os que produzem e os de segunda que têm de lhes comprar os produtos se querem ter "ajuda".

Este ataque deliberado que Merkel e companhia fazem ao Euro e à Europa, por motivos eleitorais, representa ou representará o falhanço da Europa como foi pensada.

Não tenho grandes dúvidas que se o "core" da Europa quisesse e o problema era sanado.

Nós estamos a ceder na nossa soberania e nem ao menos veremos a Europa a pensar como um todo, apenas vamos ver cada vez mais uma Alemanha a comandar toda a europa, que tremerá sempre que estes agitarem com a ameaça do corte de fundos.... Hitler dificilmente teria feito melhor para controlar a Europa. Este controlo é feito sem mortes, mas com muito sangue e suor derramado. E sempre com os números da pobreza a crescer.

O BCE deveria emprestar directamente aos estados, se fosse preciso imprimir moeda que o fizessem, desvalorizaria o Euro, melhoravamos a nossa competetividade, mas tinhamos uma entidade idónea a empresatar o dinheiro, com as condições de auditoria que achassem adequadas, o Juro baixava logo e os que emprestam eram obrigados a pedir menos para que lhes pedissemos divida a eles.
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por Elias » 9/12/2010 13:43

França ao lado da Alemanha na recusa em avançar com obrigações europeias
09 Dezembro 2010 | 12:38
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt

A França juntou-se à Alemanha na oposição à emissão conjunta de obrigações europeias. Uma medida que iria beneficiar os países com maiores défices em detrimento dos que atingiram maior equilíbrio orçamental.

A proposta conjunta do Luxemburgo e da Itália levanta problemas de “premiar o erro” e de distribuição dos custos e benefícios do endividamento, disse hoje um responsável do executivo de Nicolas Sarkozy, citado pela Bloomberg. O fundo que já existe é suficiente para fazer face a eventuais necessidades de financiamento de países da Zona Euro que enfrentem o colapso financeiro, acrescentou o responsável pedindo anonimato.

O apoio de França à posição que Ângela Merkel tem mantido relativamente às ajudas a países da periferia da Zona Euro concede à Alemanha maior legitimidade para, durante a cimeira europeia de 16 e 17 de Dezembro, continuar a resistir às pressões para aumentar as ajudas disponíveis aos países da união que apresentam os maiores desequilíbrio das contas públicas.

“Não podemos pôr mais dinheiro na mesa”, disse o porta-voz responsável por economia e finanças do bloco partidário que apoia o governo de Ângela Merkel, Michael Meister, à Bloomberg. Os responsáveis do Luxemburgo e de Itália “podem seguramente dizer aquilo que quiserem – podem até, se quiserem, avançar com a criação das obrigações europeias conjuntas”.

A sintonia de posições entre França e a Alemanha não deverá conceder aos mercados nenhum abrandamento dos receios relativos à crise da dívida soberana europeia.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, disse que a questão de aumentar o valor do fundo europeu de estabilização finaceira (FEEF) “não se põe no presente”, sendo que os fundos disponíveis “são inteiramente suficientes”.

Assim, a Alemanha continua a propôr, apenas, um plano de ajuda permanente que substituirá o FEEF a partir da data em que este expira em 2013. "É essa a nossa proposta - é isso que se pode esperar na próxima semana", disse Michael Meister.

"A transigência da Alemanha tem sido tomada como um dado adquirido", mas nós não partilhamos essa perspectiva, disse o responsável.
 
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Obrigações europeias (Eurobonds)

por Elias » 9/12/2010 13:42

Alemanha rejeita ideia de emitir obrigações europeias
03 Dezembro 2010 | 10:05
Hugo Paula - hugopaula@negocios.pt

O ministro-adjunto das Finanças alemão rejeitou emissão de obrigações europeias e ampliação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira em resposta à crise orçamental europeia.

Jeorg Asmussen, ministro-adjunto das Finanças da Alemanha, disse que é mais “perturbador para os mercados se forem tomadas medidas que não são necessárias nem foram pedidas”. “Por isso, mesmo que mais países recorram ao mecanismo de ajuda, o que eu não estou a ver, existem fundos suficientes para lidar com isso”, acrescentou.

Estas declarações foram feitas ontem à noite, depois de o presidente do Banco Central europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, ter desafiado os líderes políticos “a estarem à altura das suas responsabilidades no momento actual”, indicando que o se poderia expandir o Fundo Europeu de Estabilização Financeira.

Na semana passada foi o líder de ministros das Finanças da União Europeia, Jean-Claude Juncker, que procurou ultrapassar a resistência alemã à emissão de obrigações europeias (“Eurobonds”). Uma medidas que tornaria o financiamento mais barato para os países mais endividados e mais dispendiosos para os países com uma melhor situação orçamental.

A decisão da Irlanda de dia 28 de Novembro, que aderiu a um plano de ajudas no valor de 85 mil milhões de euros, seguiu-se de dois dias seguidos de quedas no mercado de dívida, que levaram os juros das obrigações portuguesas a dez anos a ultrapassar fasquia dos 7%.

“Se introduzirmos apenas o as ‘Eurobonds’ como um instrumento financeiro mas não se ajustar todo o enquadramento orçamental da união monetária, então tem-se apenas o instrumento mas ele não combina com as restantes instrumentos dos governos”, explicou. “Por isso existe uma ‘não’ da Alemanha a este tipo de ‘Eurobonds’”.

A Alemanha tem a maior economia da Europa, é o maior financiador do Fundo de Estabilização Financeira da União Europeia e as suas obrigações são os títulos de dívida com maior segurança entre as pares da Zona Euro, servindo de referência para medir o risco de diferentes países da união monetária.
Editado pela última vez por Elias em 20/8/2011 13:42, num total de 2 vezes.
 
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