Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Off-topic - An Inconvinient Lie

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Quimporta » 7/12/2010 12:32

Luis19 Escreveu:
Estive muito recentemente numa mini-conferência sobre alterações climáticas e 1 climatologista brasileiro apresentou dados e gráficos que provam que o aumento de CO2 na atmosfera segue com um ligeiro atraso o aumento da temperatura (ou seja primeiro aumenta a temperatura e só depois aumenta o CO2) ao contrário do que aquilo que se diz a todo o momento na comunicação social :roll:


O climatologista brasileiro não deve ter dito nenhum disparate. :)

Tens o gráfico? Deve ser parecido a este que anexo, certo?

A escala dos yy acaba nos 290 ppm de CO2 porque se tratam dos dados paleoclimatológicos, mas efectivamente já vamos 390 ppm (http://climate.nasa.gov/). Chegaríamos aos 450 ppm , ao ritmo que levamos (chamado cenário "bussiness as usual" - BAU) em menos de 50 anos. Daí este jazz todo de conferências do clima, protocolos de Kyoto, etc..

Atendendo a que era uma conferência em alterações climáticas, isso deve ter sido explicado, não?
Anexos
Milankovitch Cycles.gif
Milankovitch Cycles.gif (15.15 KiB) Visualizado 2661 vezes
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Luis19 » 7/12/2010 0:41

QuimPorta Escreveu: A questão do CO2 na atmosfera tem vários efeitos conhecidos. Uns mais conhecidos que outros.

O efeito de estufa é o que mais se fala, provavelmente por ser mais facilmente observável, mas há outro extremamente preocupante, e que resulta inequivocamente da acção humana e das emissões de CO2: a acidificação dos oceanos.

Esta é especialmente dedicada aos capitalistas apreciadores de marisco ...


Estive muito recentemente numa mini-conferência sobre alterações climáticas e 1 climatologista brasileiro apresentou dados e gráficos que provam que o aumento de CO2 na atmosfera segue com um ligeiro atraso o aumento da temperatura (ou seja primeiro aumenta a temperatura e só depois aumenta o CO2) ao contrário do que aquilo que se diz a todo o momento na comunicação social :roll:

Ah e não foi o AlGore que comprou uma grande moradia juntinho ao mar??? :twisted:
O autor não assume quaisquer responsabilidades sobre as decisões tomadas por outros relativamente aos factos por ele mencionados.
 
Mensagens: 407
Registado: 4/12/2007 16:30
Localização: 14

por Quimporta » 6/12/2010 9:17

Global Cooling or Warming: What to Believe?

This winter some parts of the world are freezing in record cold conditions. Is this really what global warming looks like?

(...)

Global cooling?

Climate scientists cheerfully admit that they know very little about such short-term fluctuations. "In many ways we know more about what will happen in the 2050s than next year," Vicky Pope from the UK's Met Office told the New Scientist magazine.

It’s this complexity of short-term climate trends that makes the debate about global warming and cooling so confusing. Mojib Latif had to learn this the hard way.

In 2008, Latif and others published an article in the magazine Nature saying that global surface temperature may not increase over the next decade. Natural climate variations in the North Atlantic and tropical Pacific, he argued, would temporarily offset the projected anthropogenic warming. This, however, wouldn’t change anything about long-term global warming.

Once this news was out, all hell broke loose for Latif. His findings were promptly turned into proof for global cooling. Mainstream newspaper headlines read: “World will cool for the next decade”, or “Global warming may stop, scientists predict”.

Latif went on a media campaign to correct these erroneous interpretations, but the genie was out of the bottle. His work is now being used regularly by climate change skeptics, albeit in a distorted way. The Daily Mail even quoted him as proof for its “mini ice age” theory.

"It comes as a surprise to me that people would try to use my statements to try to dispute the nature of global warming,” he told the Guardian newspaper. "No climate specialist would ever say that 100 percent of the warming we have seen is down to greenhouse gas emissions."

A warming of 2°C or even more won’t be the end of winter. Even the best climate prognosis won’t do away with capricious weather. Like the metaphorical frog slowly boiling to death, we might not even realize these subtle changes for decades to come.

The sad joke in all of this is on climate scientists: the only way of convincing their critics lies in the very thing happening that they are trying to prevent.

editor: Thilo Kunzemann
publishing date: January 25, 2010

http://knowledge.allianz.com/en/globali ... inter.html


"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Quimporta » 6/12/2010 2:09

De vez em quando há uma ideias que nos animam...
Produzir 50% da energia do planeta no deserto do Sahara é uma delas...
Francamente não sei se é credível, mas era porreiro que fosse:
- Diminuia a dependencia do petróleo.
- Diminuia as emissões de GHG
- Resolvia o problema da ausência de alternativas económicas viáveis em África.

Os camelos podia ser transferidos para Ártico, que entretanto já aqueceu... :)


Life might take a hammering on the sun's earthly anvil, the Sahara desert, but the two most abundant resources the desert has to offer – sunlight and sand – could help solar power to "breed" and thrive there.

The Sahara Solar Breeder Project is a joint initiative by universities in Japan and Algeria that aims to build enough solar power stations by 2050 to supply 50 per cent of the energy used by humanity.

The idea is to begin by building a small number of silicon manufacturing plants in the Sahara, each turning the desert sand into the high-quality silicon needed to build solar panels. Once those panels are operating, some of the energy they generate will be used to build more silicon plants, each churning out more solar panels and generating more energy that can be used to build even more plants, and so on

http://www.newscientist.com/article/dn1 ... power.html


<object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/UdO6T1TIDzQ?fs=1&hl=pt_PT"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/UdO6T1TIDzQ?fs=1&hl=pt_PT" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Quimporta » 6/12/2010 1:16

Elias Escreveu:
QuimPorta Escreveu:Mas a conclusão será algo do tipo "os Invernos andam mais erráticos". Há mais anos "péssimos" entre anos muito bons para o turismo de Inverno. (vê p.ex. aqui http://www.responsibleskiing.com/skiing ... hange.html).


Que há anos péssimos, parece-me evidente. Sempre houve e sempre haverá (aliás não é só para a neve, é também para a agricultura).

O que para mim não é nada evidente é que esse problema não se verificasse com igual magnitude ou frequência no passado.


Este tema é complicado tratar de forma científica. Estamos a falar da "percepção".
Os artigos de jornais têm tanta validade como as opiniões sobre os Invernos de que falaste.

O que estou a dizer é que, mesmo dentro das diversas percepções, há umas mais credíveis que as outras. A preocupação das empresas de turismo de inverno foi muito grande há uns anos, mas tem vindo a adaptar-se.

Mas é uma das industrias que têm vindo a apoiar as causas "eco concerned"

As CEOs of two of the most widely known consumer brands in the outdoor recreation market — Aspen Skiing Company and The North Face — it gets our attention when our companies’ namesakes start to vanish before our eyes. Although we operate different businesses, we share concern about the impact of climate change on our companies, the economy, the environment and our customers. We also agree that now is the time for dramatic action by Congress to curb greenhouse gas emissions, stimulate investment in renewable energy sources and clean technology, and encourage energy efficiency.

http://climateprogress.org/2009/11/12/s ... te-change/



Aspen e North face são uma das maiores estâncias de ski e uma das mais reputadas marcas de artigos para desportos na neve, respectivamente.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Elias » 6/12/2010 1:06

QuimPorta Escreveu:Mas a conclusão será algo do tipo "os Invernos andam mais erráticos". Há mais anos "péssimos" entre anos muito bons para o turismo de Inverno. (vê p.ex. aqui http://www.responsibleskiing.com/skiing ... hange.html).


Que há anos péssimos, parece-me evidente. Sempre houve e sempre haverá (aliás não é só para a neve, é também para a agricultura).

O que para mim não é nada evidente é que esse problema não se verificasse com igual magnitude ou frequência no passado.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Quimporta » 6/12/2010 1:03

Elias Escreveu:
QuimPorta Escreveu:Já se a questão de saber se há mais ou menos neve nos Invernos fosse colocada às estações de esqui da Europa (tipo nos Alpes) talvez a resposta tivesse alguma validade.


Venham daí esses dados 8-)

Arranjam-se bem, mas não tenho o tema estudado.

Mas a conclusão será algo do tipo "os Invernos andam mais erráticos". Há mais anos "péssimos" entre anos muito bons para o turismo de Inverno. (vê p.ex. aqui http://www.responsibleskiing.com/skiing ... hange.html).

Seja como for as pistas de ski têm vindo a encontrar formas de produzir neve artificialmente, e a preocupação já foi bem maior do que o que é hoje.

Parecendo uma questão menor, para mim é claro que nos estudos sobre os impactes das alterações climáticas não está bem considerada a enorme capacidade de adaptação da espécie humana. Não será fácil, mas há por vezes a tentação de alarmar mais do que é necessário.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Elias » 6/12/2010 0:50

QuimPorta Escreveu:Já se a questão de saber se há mais ou menos neve nos Invernos fosse colocada às estações de esqui da Europa (tipo nos Alpes) talvez a resposta tivesse alguma validade.


Venham daí esses dados 8-)
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Quimporta » 6/12/2010 0:49

Elias Escreveu:Por acaso tenho reparado na TV que desde há uns anos para cá têm caído uns valentes nevões na metade norte do país (desde 2005 pelo menos tem sido anual) e sempre que a televisão vai entrevistar as populações as declarações do povo andam sempre de roda disto: "nunca vi nada assim"... "um nevão dos antigos"... fico com a sensação de que a memória das pessoas é MESMO curta.


Deve ser por isso que, para avaliar as alterações no clima, é melhor usar os registos de temperaturas do que as opiniões recolhidas em cada inverno/verão, não?! :)

Já se a questão de saber se há mais ou menos neve nos Invernos fosse colocada às estações de esqui da Europa (tipo nos Alpes) talvez a resposta tivesse alguma validade.
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Elias » 6/12/2010 0:40

Por acaso tenho reparado na TV que desde há uns anos para cá têm caído uns valentes nevões na metade norte do país (desde 2005 pelo menos tem sido anual) e sempre que a televisão vai entrevistar as populações as declarações do povo andam sempre de roda disto: "nunca vi nada assim"... "um nevão dos antigos"... fico com a sensação de que a memória das pessoas é MESMO curta.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

por Quimporta » 6/12/2010 0:30

Quico Escreveu:Caro Quim:
Eu também estou seriamente preocupado; nomeadamente com o desaparecimento da neve.


Caro Quico,
ainda bem que não comes toda a papa quente que te dão... :wink:
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Quico » 5/12/2010 21:05

Caro Quim:
Eu também estou seriamente preocupado; nomeadamente com o desaparecimento da neve.

Snowfalls are now just a thing of the past

By Charles Onians

Monday, 20 March 2000


Britain's winter ends tomorrow with further indications of a striking environmental change: snow is starting to disappear from our lives.

Britain's winter ends tomorrow with further indications of a striking environmental change: snow is starting to disappear from our lives.

Sledges, snowmen, snowballs and the excitement of waking to find that the stuff has settled outside are all a rapidly diminishing part of Britain's culture, as warmer winters - which scientists are attributing to global climate change - produce not only fewer white Christmases, but fewer white Januaries and Februaries.

The first two months of 2000 were virtually free of significant snowfall in much of lowland Britain, and December brought only moderate snowfall in the South-east. It is the continuation of a trend that has been increasingly visible in the past 15 years: in the south of England, for instance, from 1970 to 1995 snow and sleet fell for an average of 3.7 days, while from 1988 to 1995 the average was 0.7 days. London's last substantial snowfall was in February 1991.

Global warming, the heating of the atmosphere by increased amounts of industrial gases, is now accepted as a reality by the international community. Average temperatures in Britain were nearly 0.6°C higher in the Nineties than in 1960-90, and it is estimated that they will increase by 0.2C every decade over the coming century. Eight of the 10 hottest years on record occurred in the Nineties.

However, the warming is so far manifesting itself more in winters which are less cold than in much hotter summers. According to Dr David Viner, a senior research scientist at the climatic research unit (CRU) of the University of East Anglia,within a few years winter snowfall will become "a very rare and exciting event".

"Children just aren't going to know what snow is," he said.

The effects of snow-free winter in Britain are already becoming apparent. This year, for the first time ever, Hamleys, Britain's biggest toyshop, had no sledges on display in its Regent Street store. "It was a bit of a first," a spokesperson said.

Fen skating, once a popular sport on the fields of East Anglia, now takes place on indoor artificial rinks. Malcolm Robinson, of the Fenland Indoor Speed Skating Club in Peterborough, says they have not skated outside since 1997. "As a boy, I can remember being on ice most winters. Now it's few and far between," he said.

Michael Jeacock, a Cambridgeshire local historian, added that a generation was growing up "without experiencing one of the greatest joys and privileges of living in this part of the world - open-air skating".

Warmer winters have significant environmental and economic implications, and a wide range of research indicates that pests and plant diseases, usually killed back by sharp frosts, are likely to flourish. But very little research has been done on the cultural implications of climate change - into the possibility, for example, that our notion of Christmas might have to shift.

Professor Jarich Oosten, an anthropologist at the University of Leiden in the Netherlands, says that even if we no longer see snow, it will remain culturally important.

"We don't really have wolves in Europe any more, but they are still an important part of our culture and everyone knows what they look like," he said.

David Parker, at the Hadley Centre for Climate Prediction and Research in Berkshire, says ultimately, British children could have only virtual experience of snow. Via the internet, they might wonder at polar scenes - or eventually "feel" virtual cold.

Heavy snow will return occasionally, says Dr Viner, but when it does we will be unprepared. "We're really going to get caught out. Snow will probably cause chaos in 20 years time," he said.

The chances are certainly now stacked against the sortof heavy snowfall in cities that inspired Impressionist painters, such as Sisley, and the 19th century poet laureate Robert Bridges, who wrote in "London Snow" of it, "stealthily and perpetually settling and loosely lying".

Not any more, it seems.


http://www.independent.co.uk/environmen ... 24017.html

:roll:
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 4688
Registado: 12/5/2004 19:52

por Quimporta » 5/12/2010 20:57

A questão do CO2 na atmosfera tem vários efeitos conhecidos. Uns mais conhecidos que outros.

O efeito de estufa é o que mais se fala, provavelmente por ser mais facilmente observável, mas há outro extremamente preocupante, e que resulta inequivocamente da acção humana e das emissões de CO2: a acidificação dos oceanos.

Esta é especialmente dedicada aos capitalistas apreciadores de marisco ...

Ano de 2010 é o terceiro mais quente desde 1850

Soube-se ontem: o ano de 2010 poderá ser o mais quente desde o início dos registos climáticos mundiais, em 1850, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

De Janeiro a Outubro, a temperatura média do ar e da superfície esteve 0,55 graus Celsius acima da média do período 1961-1990 (14ºC). Os registos mais altos para os primeiros 10 meses de um ano são os de 1998 (0,53ºC acima da média) e 2005 (0,52ºC acima da média).

Os maiores aumentos de temperatura terrestre registaram-se no Canadá e na Gronelândia, com valores anuais 3ºC acima do normal. No Norte de África e Ásia do Sul, as temperaturas subiram um a 3º C em relação à média.

Já na Europa do Norte e na Ásia do Norte, 2010 é até agora o ano mais frio desde 1996, sobretudo devido a temperaturas muito abaixo do normal no Inverno.
Países como o Reino Unido, Alemanha, França e Noruega deverão ter o ano mais frio dos últimos 14 anos, segundo a OMM.

Mas estes recordes não são o único sinal de alarme que por estes dias surgem nas notícias. A Finlândia anunciou que uma em cada dez das suas espécies animais ou de plantas estão em risco de extinção devido às alterações climáticas.

Já nos oceanos, os dados indicam que a acidificação das águas está a aumentar.

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interi ... o=Biosfera

"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por atomez » 18/3/2010 14:03

Mudanças Climáticas: NASA desmente IPCC sobre floresta Amazónica

Ao contrário de um relatório previamente publicado pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, IPCC, cientistas da Nasa concluíram que a floresta amazônica não foi seriamente afetada em face da maior seca em 100 anos, ocorrida em 2005. Segundo o estudo, não foram encontradas diferenças significativas na cobertura vegetal da floresta entre os períodos de seca ou vicejo, sugerindo que a floresta é mais tolerante à seca do que se pensava.

O estudo foi feito pelo pesquisador Arindam Samanta, ligado à Universidade de Boston, que usou dados do satélite de sensoriamento TERRA para medir o verdor da floresta ao longo da última década. O resultado do trabalho foi publicado esta semana na revista científica Geophysical Research Letters.

O novo estudo descobriu que os resultados anteriores, publicados na revista Science em 2007, foram falhos e não podiam ser reproduzidos. "O novo trabalho traz alguma clareza sobre como a floresta, com sua rica biodiversidade poderá se alimentar no futuro diante das pressões da exploração e das mudanças climáticas", disse o professor da Universidade de Boston Ranga Myneni, coautor do novo estudo.

Atualmente, o IPCC está sob fogo cruzado devido a várias imprecisões nos dados usados nos relatórios, incluindo um baseado em estudo da WWF (Fundo Mundial para a Vida Selvagem) que considera que 40% da floresta amazônica poderiam reagir de forma drástica e ser substituída por savanas e até mesmo diminuir o nível de precipitação.

"Nossos resultados não indicam essa sensibilidade extrema, como a redução nas chuvas", disse Sangram Ganguly, outro coautor do novo estudo, ligado à área de pesquisa ambiental do Centro de Pesquisas Ames, da Nasa.

Segundo o pesquisador José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, os dados usados pelo WWF em seu relatório estão totalmente errados e produziram dados também incorretos. Os dados recentes, segundo Marengo, são muito mais confiáveis e deverão apresentar resultados muito mais confiáveis.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por Quimporta » 18/3/2010 13:22

Surgiu mais uma grande acha para a fogueira do aquecimento global.

Para quem ainda tinha dúvidas, esta é a prova acabada.


Espécies adaptam-se ao aquecimento global

Desde que Darwin publicou "A origem das espécies" que conhecemos a capacidade mutante dos seres vivos, quando confrontados com circunstâncias que os ameaçam.
Desde as girafas em que cresceu o pescoço para chegarem mais alto, às melancias que se tornaram verdes para se esconderem dos melões no meio das folhagens há inúmeros exemplos detectados pelos cientistas de adaptações das espécies ao meio em que se encontram.

Sendo uma teoria amplamente aceite, há uma grande dificuldade de constatar experimentalmente o processo evolutivo por “selecção natural”, dado ser o resultado de milhares de anos acção da natureza, e portanto, difícil de observar em estudos experimentais.

Mas tudo se está a alterar. As alterações climáticas colocam novos e urgentes problemas , a que as espécies se organizam para dar resposta.

O caso mais recente é o da Corujas das Neves. Durante anos acomodada à camuflagem fácil da neve polar que se confunde com as suas penas brancas, está agora mais exposta que um Wally no meio dos super-dragões. “Olha-me prá’quele corneto de nata! Acha que já não o topamos desde que saiu do pólo norte há cinco dias atrás…” – diz-se pela comunidade de ratos do campo.

Vai daí que, e aproveitando a mudança de estação, a acossada coruja das neves aproveitou para mudar o guarda roupa. Apresenta-se agora com vestido de cores mais clássicas e modernas, que melhor lhe salienta as formas elegantes, muito melhoradas com a muita fomeca por que tem passado.

In “www.sciencedevãodeescada.com” – Mar 2010

Anexos
Elias.jpg
Elias.jpg (7.13 KiB) Visualizado 3018 vezes
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Quimporta » 3/3/2010 19:20

O IPCC está a preparar um novo relatório sobre as alterações climáticas, que estará pronto lá para final 2014. Até aí nada de novo.

Mas giro mesmo é o anuncio colocado no site:

The IPCC has started work on the preparation of its Fifth Assessment Report (AR5).
We are currently looking for experts who can act as authors

http://www.ipcc.ch/index.htm



Como peritos é coisa que por aí não tem faltado, fica a ideia ... O IPCC é na Suiça e não consta que se ganhe mal :)
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Elias » 26/2/2010 10:55

Icebergue do tamanho do Luxemburgo desprende-se da Antárctida
26.02.2010
Reuters, PÚBLICO

Um icebergue do tamanho do Luxemburgo desprendeu-se, no início de Fevereiro, de um glaciar na Antárctida, depois de uma colisão com um outro icebergue, revelaram hoje cientistas australianos e franceses.

O icebergue – com 78 quilómetros de comprimento, 39 quilómetros de largura e uma superfície de 2500 quilómetros quadrados – separou-se do Glaciar Mertz, uma língua de gelo com 160 quilómetros. O icebergue que se desprendeu representa metade do comprimento da língua de gelo.

Tudo aconteceu porque um outro glaciar, chamado B9B, com 97 quilómetros de comprimento, colidiu com o Mertz, segundo os cientistas que detectaram o acontecimento no âmbito do projecto CRACICE (Cooperative Research into Antarctic Calving and Iceberg Evolution).

Imagens do satélite ENVISAT, da Agência Espacial Europeia, mostram a separação.

“Este evento em si não está directamente relacionado com as alterações climáticas mas está ligado aos processos naturais que estão a ocorrer naquela plataforma de gelo”, explicou Rob Maçom, cientista da Australian Antarctic Division e do Antarctic Climate and Ecosystems Cooperative Research Centre, em Hobart, Tasmânia.

Desde 2007, ambas as organizações, em conjunto com cientistas franceses, têm estado a estudar as fracturas gigantes naquela língua de gelo – que já apresentava uma grande falha há duas décadas; uma segunda falha foi registada no início deste século - e a monitorizar a colisão pelo B9B. Este icebergue é parte de um icebergue gigante, com mais de cinco mil quilómetros quadrados que se desprendeu, em 1987, tornando-o num dos maiores da Antárctida.

Massom acredita que a fragmentação da língua de gelo e a presença dos icebergues Mertz e B9B podem afectar a circulação global oceânica. A área é uma zona importante para a criação de água salgada e densa, crucial para a circulação oceânica.
 
Mensagens: 35428
Registado: 5/11/2002 12:21
Localização: Barlavento

comentário

por jotabilo » 25/11/2009 12:36

Caro C N

Tenho dito por aqui algumas coisas sobre o que está a emergir na linha de evolução da organização politico-social do homem, decorrente da evolução técnica (Não científica) que se vai observando.
Do que posso infirmar dos meus parcos conhecimentos, é que estamos numa fase de transição que nos levará a um modo diferente de nos relacionarmos e de vivermos.
Não se pode falar muito disso, porque ou nos levam, facilmente, para a teoria da conspiração ou para um julgamento de comportamento desviante ou até filosófico, ou de outro modo, se alguém importante estiver atento, poderemos, eventualmente, ser referenciados.
Temos de ter cuidado, a liberdade de expressão, parece já ser uma liberdade vigiada se antes não puder ser desvirtuada pela vulgaridade dos juizos.
O que vier soará.

cumps
 
Mensagens: 940
Registado: 3/12/2007 20:31
Localização: 14

por Quimporta » 24/11/2009 19:27

Atomez Escreveu:
QuimPorta Escreveu:Atomez... não estou a perceber a tua posição sobre o IPCC...

Olha o que diz o Prof. Delgado Domingos :
Aprofundar esta questão está fora do âmbito que nos propusemos pelo que, para evitar
controvérsias iremos neste texto admitir que o relatório final do WGI sintetiza com
honestidade e competência os trabalhos científicos conhecidos até à data em
consideração
, salvo nos casos documentados em que tenha existido comprovado erro ou
adulteração, de que é exemplo o “Hockey Stick”.
. Pag. 4...

Não é a minha opinião, é a dele.

Como lá está escrito -- "... pelo que, para evitar controvérsias iremos neste texto admitir que o relatório final do WGI sintetiza com honestidade e competência os trabalhos científicos conhecidos até à data em consideração"


Mas então, como faz o Prof Delgado Domingos, dás por adquirida o que está no Independent Summary for Policy Makers, IPCC Fourth Assessement Report?

Cito o prof. Delgado Domingos:

Esse documento, publicado pelo Fraser Institute (Canadá) e
esclarecedoramente designado por “Independent Summary for Policy Makers, IPCC
Fourth Assessement Report” devia ser de leitura obrigatória para quem cita o SPM
(governamental).


Abraço,
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por atomez » 24/11/2009 19:20

QuimPorta Escreveu:Atomez... não estou a perceber a tua posição sobre o IPCC...

Olha o que diz o Prof. Delgado Domingos :
Aprofundar esta questão está fora do âmbito que nos propusemos pelo que, para evitar
controvérsias iremos neste texto admitir que o relatório final do WGI sintetiza com
honestidade e competência os trabalhos científicos conhecidos até à data em
consideração
, salvo nos casos documentados em que tenha existido comprovado erro ou
adulteração, de que é exemplo o “Hockey Stick”.
. Pag. 4...

Não é a minha opinião, é a dele.

Como lá está escrito -- "... pelo que, para evitar controvérsias iremos neste texto admitir que o relatório final do WGI sintetiza com honestidade e competência os trabalhos científicos conhecidos até à data em consideração"

E mais:
... A consequência do facto é que, dos habitualmente citados 2500 cientistas [do IPCC], apenas poucas dezenas foram de facto determinantes na formulação dos sumários e conclusões finais.
...
O Summary for Policy Makers(SPM) foi votado e aprovado, linha a linha, pelos representantes dos governos e dos organismos oficiais envolvidos numa reunião em Paris, naquela data. Aprovar por votação, linha a linha, o sumário de um relatório científico cujo conteúdo se desconhece é certamente original e inaugura (ou reforça), seguramente um novo tipo de conhecimento científico em que me é impossível rever.

É evidente, e altos responsáveis do próprio IPCC o reconhecem, que a finalidade do Summary é obter decisões políticas (num sentido pré-determinado), recorrendo se necessário à sobrevalorização de opiniões subjectivas disfarçadas de estatísticas sofisticadas, ao esquecimento puro e simples de factos e dados inconvenientes, ou à
transformação de prudentes incertezas em conclusões indiscutíveis.
Editado pela última vez por atomez em 24/11/2009 19:31, num total de 1 vez.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por Quimporta » 24/11/2009 19:15

Atomez Escreveu:Acerca da credibilidade e seriedade do IPCC podem ver este paper do Prof. Delgado Domingos:

http://ptmat.ptmat.fc.ul.pt/~jbuescu/ALTERACOES-CLIMATICAS-WKS-2008-F-1.pdf


Atomez... não estou a perceber a tua posição sobre o IPCC...

Olha o que diz o Prof. Delgado Domingos :
Aprofundar esta questão está fora do âmbito que nos propusemos pelo que, para evitar
controvérsias iremos neste texto admitir que o relatório final do WGI sintetiza com
honestidade e competência os trabalhos científicos conhecidos até à data em
consideração
, salvo nos casos documentados em que tenha existido comprovado erro ou
adulteração, de que é exemplo o “Hockey Stick”.
. Pag. 4...

WGI= Working Group I-The Physical Science Basis

Percebo que ele não gosta do Summary for Policy Makers, e propõe em alternativa o Independent Summary for Policy Makers, IPCC
Fourth Assessement Reportmas
que tem por base o mesmo relatório do IPCC!

Excelente paper por sinal...

Abraço,
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Eco Tretas » 24/11/2009 19:04

QuimPorta Escreveu:O Prof. Philip D. Jones, que percebo das notícias que é a quem foram roubados e divulgados documentos desde há 13 anos, é apenas um dos autores redatores colaboradores do AR4 do IPCC. No total são vários milhares de cientistas de 130 países que colaboram com o IPCC...

Para mandares a credibilidade do IPCC para o esgoto ainda te falta um bocadinho assim... :lol:

Abraço,

Tens razão. Agora, aquilo é como um castelo de cartas! Basta tirares umas cartas do baralho, aquelas que estão por baixo (bem, na realidade, por cima), e aquilo desmorona-se tudo!

Ecotretas
 
Mensagens: 511
Registado: 22/10/2008 22:08
Localização: 16

por atomez » 24/11/2009 18:53

Acerca da credibilidade e seriedade do IPCC podem ver este paper do Prof. Delgado Domingos:

http://ptmat.ptmat.fc.ul.pt/~jbuescu/ALTERACOES-CLIMATICAS-WKS-2008-F-1.pdf

J. J. Delgado Domingos, professor catedrático jubilado do Instituto Superior Técnico, é um dos cientistas portugueses mais respeitados nas áreas da Energia e do Ambiente. Ao longo de mais de três décadas realizou contribuições científicas notáveis nas áreas da Energia e desenvolvimento sustentável; no estabelecimento dos primeiros sistemas nacionais de Cálculo científico; da previsão meteorológica e modelação climática, em que é responsável por um dos sistemas de previsão mais avançados de Portugal. Liderou ainda, durante mais de uma década, uma das primeiras e mais influentes Licenciaturas em Engenharia do Ambiente de Portugal.

Sendo um cientista de calibre mundial, o Prof. Delgado Domingos é acima de tudo um cidadão, nunca se furtando a uma participação cívica e social activas, sobretudo quando as suas qualificações lhe dão uma perspectiva privilegiada sobre os problemas.

O DRN tem o prazer de apresentar em pré-publicação, com a gentil permissão do autor e do Reitor da UTL, a quem agradece, o seu magistral texto "Alterações climáticas", que constitui um capítulo do livro "A Energia da Razão" a publicar brevemente pela Gradiva.



MarcoAntonio Escreveu:Dito de outra forma, o C02 poderá ter a capacidade de influenciar a temperatura mas caso esta oscile devido a um outro factor este também tenderá a ajustar-se às novas temperaturas com uns milhares de anos de atraso.

Continuo curioso e gostaria de encontrar algo mais esclarecedor sobre isso...

Sobre isso é googlar por exº "co2 correlation temperature", encontram-se imensas coisas. Como esta:

The inconvenient truth about the Ice core Carbon Dioxide Temperature Correlations
Editado pela última vez por atomez em 24/11/2009 19:15, num total de 1 vez.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 5852
Registado: 4/11/2002 22:48
Localização: Entre Marte e Vénus

por Quimporta » 24/11/2009 17:46

Eco Tretas Escreveu:
QuimPorta Escreveu:E a credibilidade do IPCC é o ponto-chave de tudo isto...

Ora, nem mais! É mesmo isso! Agora, imagina que a credibilidade do IPCC vai para o esgoto (ainda não foi, mas já faltou mais!)... O que achas que se vai seguir?

Ecotretas


Eco, nessa eventualidade esperaria que rolassem algumas cabeças e a ONU tratasse de que o relatório fosse corrigido.

O Prof. Philip D. Jones, que percebo das notícias que é a quem foram roubados e divulgados documentos desde há 13 anos, é apenas um dos autores redatores colaboradores do AR4 do IPCC. No total são vários milhares de cientistas de 130 países que colaboram com o IPCC...

Para mandares a credibilidade do IPCC para o esgoto ainda te falta um bocadinho assim... :lol:

Abraço,
Anexos
big_woman.jpg
big_woman.jpg (25.33 KiB) Visualizado 3198 vezes
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 2121
Registado: 9/5/2009 18:57
Localização: Região Autónoma dos Tripeiros

por Eco Tretas » 24/11/2009 17:25

QuimPorta Escreveu:E a credibilidade do IPCC é o ponto-chave de tudo isto...

Ora, nem mais! É mesmo isso! Agora, imagina que a credibilidade do IPCC vai para o esgoto (ainda não foi, mas já faltou mais!)... O que achas que se vai seguir?

Ecotretas
 
Mensagens: 511
Registado: 22/10/2008 22:08
Localização: 16

AnteriorPróximo

Quem está ligado: