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Caldeirão da Bolsa

Acordem ! A dívida de Portugal a 10 anos está altíssima

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 18/11/2010 1:16

Já agora, para quem quiser seguir de perto a evolução das yields das nossas OT deixo os links:

OT a 2 anos:

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT2YR:IND

OT a 5 anos:

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT5YR:IND

OT a 10 anos:

http://www.bloomberg.com/apps/quote?ticker=GSPT10YR:IND
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por mais_um » 18/11/2010 1:13

Pata-Hari Escreveu:A dealer do BPI vende BTs. AInda hoje andei a ver essa hipotese. :mrgreen:


E a que conclusão chegaste?
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por Pata-Hari » 17/11/2010 22:02

A dealer do BPI vende BTs. AInda hoje andei a ver essa hipotese. :mrgreen:
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por mais_um » 17/11/2010 15:12

pvg80713 Escreveu:a taxa está a descer hoje razoávelmente !


As yields, queres tu dizer.... :mrgreen:
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por ETranquilo » 17/11/2010 15:01

pois, mas no curto prazo está a subir ! :mrgreen:
A Bolsa ou a Vida ? A Vida porque a Bolsa faz-me falta.
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por pvg80713 » 17/11/2010 14:04

a taxa está a descer hoje razoávelmente !
 
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por mais_um » 17/11/2010 13:03

Nunooo Escreveu:
é possivel um particular comprar BTs?
Se sim, como?



Onde posso adquirir os diferentes títulos da dívida pública?

As subscrições de Certificados de Aforro podem ser efectuadas em qualquer Estação dos Correios. Quanto às OT e BT, e tendo em consideração que a transacção de pequenos lotes é realizada no segmento de retalho do mercado de capitais (i.e., no mercado gerido pela Euronext Lisbon), a sua aquisição directa, ou indirecta por via de fundos de investimento, pode ser efectuada através de instituições financeiras especializadas.

http://www.igcp.pt/faq/#103



Directamente não podes e não conheço nenhuma instituição financeira que venda BT ao publico em geral. O que não quer dizer que não exista. :wink:
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por Nunooo » 17/11/2010 12:52

AutoMech Escreveu:Definitivamente o mais_um merece a distinção de Grão-mestre das OTs e BTs :clap:


De acordo.

Já agora uma duvida para o mais_um fazer o favor de me responder:

é possivel um particular comprar BTs?
Se sim, como?

Obrigado


.
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por Automech » 17/11/2010 12:29

Definitivamente o mais_um merece a distinção de Grão-mestre das OTs e BTs :clap:
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por Elias » 17/11/2010 12:14

Obrigado e bem-hajas :)
 
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por mais_um » 17/11/2010 12:12

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Bom dia, hoje temos leilão de BT, às 10:30.

O ultimo para a mesma maturidade (1 ano) teve como resultado uma taxa de 3,19% e realizou-se a 3 de Novembro.


Há algum sítio onde esteja disponível a compilação das datas das várias ofertas e das taxas praticadas, de modo a facilitar uma visão global da "coisa"?


Há em Excel, para as OT, desde 2006:

http://www.igcp.pt/gca/?id=80

para os BT, também desde 2006:

http://www.igcp.pt/gca/?id=81
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por Elias » 17/11/2010 12:02

mais_um Escreveu:Bom dia, hoje temos leilão de BT, às 10:30.

O ultimo para a mesma maturidade (1 ano) teve como resultado uma taxa de 3,19% e realizou-se a 3 de Novembro.


Há algum sítio onde esteja disponível a compilação das datas das várias ofertas e das taxas praticadas, de modo a facilitar uma visão global da "coisa"?
 
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por mais_um » 17/11/2010 12:01

pocoyo Escreveu:+1, sabes porque é que o Teixeirinha diz que neste momento estamos a ser financiados a uma taxa inferirior ao que o FMI exige?


Não sei, assim de repente não consigo chegar ao raciocinio dele, eventualmente depois de ler a entrevista completa consiga perceber.
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por mais_um » 17/11/2010 11:58

Resultado do leilão de hoje: 4,813%

É uma taxa bastante alta, comparando com o 1% do principio do ano. :roll:
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por Opcard » 17/11/2010 11:38

3,6% é a taxa media actual da nossa dívida.

pocoyo Escreveu:+1, sabes porque é que o Teixeirinha diz que neste momento estamos a ser financiados a uma taxa inferirior ao que o FMI exige?
 
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por pocoyo » 17/11/2010 11:29

+1, sabes porque é que o Teixeirinha diz que neste momento estamos a ser financiados a uma taxa inferirior ao que o FMI exige?
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por mais_um » 17/11/2010 11:16

Bom dia, hoje temos leilão de BT, às 10:30.

O ultimo para a mesma maturidade (1 ano) teve como resultado uma taxa de 3,19% e realizou-se a 3 de Novembro.
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por Opcard » 17/11/2010 10:49

O homem que vai presidir hoje a reunião dos ministros das finanças europeus ,deu uma entrevista rádio onde Portugal é citado o memo números de vezes que a Grécia ou a Irlanda .

Fiquei com a convicção que já a alguns tempo estão a decorrer negociações com a Irlanda , o problema entre outros é forçar a Irlanda ter bancos pequenos , de ceder na sua politica impostos reduzidos para as empresa , mas os Irlandeses não querem .

Sobre Portugal, estou convencido que os dossier já estão a ser estudados nunca se sabe , até porque esta afirmação é preocupante:



"O BCE dá liquidez aos mercados financeiros irlandeses ,mas ele atingiu os seus limites , não
pode ir mais longe "


Avisa são os outros contribuintes europeus que pagam ..... e devem ser reembolsados ..... países devem esforçar-se ....


...aider la Grèce, demain l'Irlande, peut-être le Portugal ...".


http://www.rtbf.be/info/economie/defici ... nde-276236
 
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por Automech » 17/11/2010 9:19

Devo ser muito burro. Então é melhor ir buscar ao mercado a 7%, em vez de 5%, porque mesmo assim a média fica abaixo de 5% ? :shock:

Será mesmo verdade que o homem deu esta justificação lá fora ?


Portugal vai continuar a ir ao mercado
Luis Rego, em Bruxelas e Marta Marques Silva

A garantia foi dada ontem por Teixeira dos Santos. Em véspera de nova emissão de BT, dívida inverteu tendência de queda.

Com ou sem socorro europeu à Irlanda, Portugal deixou ontem claro que não quer, não precisa e não vai pedir auxílio financeiro internacional. O ministro das Finanças português, Fernando Teixeira dos Santos, defende que "Portugal está apenas focado numa coisa: continuar a financiar-se no mercado".

Antes da reunião de ministros de Finanças da zona euro, o ministro garantiu aos jornalistas portugueses que independentemente do que seja decidido quanto à Irlanda, no que diz respeito a Portugal, "nas circunstâncias actuais", está "em condições de continuar a ir ao mercado".

Tal como já tinha avisado esta semana, o ministro terá ontem dito aos seus parceiros que a taxa média de financiamento da dívida portuguesa é de 3,6%, e que mesmo que o actual custo elevado de colocação de títulos de dívida se mantenha em torno dos 7%, a média subirá para 4,9%, o que é ainda melhor que os 5% pedidos no mecanismo de estabilização financeira europeu.

Números que ficam em linha com aqueles que o mercado antecipou para a emissão de hoje.



http://economico.sapo.pt/noticias/portu ... 04543.html
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por pvg80713 » 15/11/2010 15:55

hoje a taxa está quase neutra.

mas isto dá-me uma enorme vontade de rir !

as noticicas da hora de almoço diziam que :

durante 2011 o TGV vai começar.

o aeroporto...... não sei que...

esta tudo bem !

está tudo fantástico !

podem dormir outra vez....
 
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por Opcard » 14/11/2010 19:05

Como os autarcas cortaram no endividamento e saíram do buraco
por Rosa Ramos, Publicado em 11 de Novembro de 2010

Entre 2007 e 2009, Ovar diminuiu o endividamento 73%.

Manuel Alves de Oliveira, o presidente, prescindiu do motorista. "Quando preciso de fazer uma viagem mais longa, chamo um funcionário da autarquia que esteja disponível", explica. O autarca conduz um Volvo recente e garante que só mudou porque o carro anterior, que foi herdado do seu antecessor na câmara, "já não pegava".

Alves de Oliveira é presidente desde 2005 e diz que já conseguiu reduzir 50% a dívida global da autarquia - "a um ritmo de 10% por ano". O truque é "uma definição muito clara de objectivos e prioridades".

Depois há que "envolver as chefias" no processo. A bem ou a mal. Na avaliação do desempenho dos chefias da câmara há um item muito específico: quanto mais pouparem, melhor classificação têm. Passo seguinte: "Acabar com a subsídio-dependência" de juntas e colectividades.

Muitos apoios foram reduzidos para metade e as associações passaram a receber em função "do trabalho e da qualidade do trabalho que desenvolvem".

Além disso, acabaram as derrapagens na execução das obras - "o sector que mais teve de ser disciplinado".

Os projectos são verificados várias vezes e a execução orçamental é monitorizada e avaliada permanentemente. "É preciso fugir das parcerias público-privadas. Em Ovar só existe uma empresa municipal com indicações muito precisas para não dar prejuízo", acrescenta o autarca.

Este ano a iluminação de Natal vai custar metade dos 30 mil euros que custou o ano o passado. "O meu PEC estou a fazê-lo há cinco ou seis anos, e até nisso já tínhamos começado a cortar há muito tempo", explica Alves de Oliveira, que desde 2005 já despediu 40 funcionários.
 
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por mais_um » 14/11/2010 17:41

Garfield Escreveu:O Estado português devia democratizar ainda mais o investimento nos Certificados do Tesouro como forma de melhorar o seu financiamento e reduzir o défice externo da nação.


Reparem que nas actuais condições as Obrigações do Tesouro pagam 7% e os impostos sobre esse rendimento são cobrados pelos Estados onde os investidores estão presentes.

Ou seja, Portugal envia anualmente 7% da sua divida publica para fora agravando ainda mais o desequilibrio da nação e empobrecendo-a lentamente.

No caso dos Certificados do Tesouro o Estado acaba por pagar efectivamente uma taxa de juro na ordem dos 4,435% já liquida de impostos.

Impostos esses que são cobrados em Portugal aos residentes.

Tambem por outro lado esse juro pago pela nação acaba distribuido na propria economia ao ser entregue aos cidadoes portugueses não gerando desta forma um empobrecimento do país.

Entre 7% e 4,435% a escolha parece obvia.

Dificil é gerir o conflito de interesses com a banca nacional e a desconfiança por parte dos investidores dada a constante alteração das regras deste tipo de investimento tal como sucedeu com os Certificados de Aforro.

BN
Garfield

Ficha do Produto : http://www.ctt.pt/fectt/export/download/particulares/ofertanacional/produtosfinanceiros/prodpoupseguros/cert_tesouro_outubro2010.pdf


Compreendo a tua argumentação, e como investidor em CT gostava de ter as mesmas condições da banca mas infelizmente não é possivel, mal comparando é o mesmo que queres ter acesso à compra de bens directamente no produtor, curto-circuitando a distribuição e o retalho.

Posso estar errado, mas se comprar OT da Grecia, pago impostos sobre os juros em Portugal. Parece-me que é este o principio, dai as OT serem isentas de impostos para quem as leiloa, mas de seguida elas são revendidas a terceiros que pagam impostos nos seus paises. Parece-me ser um procedimento universal, na emissão de divida soberana (mas sem certezas)
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por mais_um » 14/11/2010 17:32

Pedro Miguel Escreveu:

Ola

Os CT terao 6,4 e 6,8 no 10º ano,
No momento da aquisição, dão-te valores de referência, mas nunca saberás o rendimento no 10º ano, Certo?


Errado :mrgreen:

A taxa para os CT subscritos em Dezembro é fixada no dia 29 de Novembro. Eu é que tendo em conta o leilão das OT a 10 ano realizado a semana passada, presumo que a taxa a praticar em Dezembro para o prazo de 10 anos deve estar dentro do intervalo de 6,4 a 6,8.

Pedro Miguel Escreveu:
Estava convencido que aquando da subscrição davam-te as taxas que podes contar ao longo dos anos.
Ex. actual:
Taxa ilíquida dos juros distribuídos anualmente do 1.º ao 5.º ano - 1,50%

Taxa ilíquida de juro anual garantida para uma aplicação a 5 anos - 4,30%

Taxa ilíquida de juro anual garantida para uma aplicação a 10 anos - 5,65%


E estás bem convencido. :wink:
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por Opcard » 14/11/2010 17:08

No estado onde não há crise .

Hoje no DN
"Em tempo de cortes, Governo fez 270 nomeações num mês e meio

PATROCÍNIODesde que anunciou o pacote de medidas de austeridade do PEC III, o Executivo liderado por José Sócrates tem contratado uma média de 45 novos funcionários por semana, para assumirem cargos no Govern

Desde que foram anunciadas as medidas de austeridade, o Governo já fez 270 nomeações para cargos no Governo e na administração directa e indirecta do Estado. O anúncio do PEC III - que apela à contenção da despesa pública - foi há cerca de mês e meio, o que dá uma média de 180 nomeações/mês, um valor muito superior aos primeiros anos de José Sócrates à frente do País, período em que foram nomeados mensalmente cerca de 100 funcionários.

Apesar de, entre 2005 e 2007, a situação económica não ter sido tão complicada como neste último mês e meio, o Executivo tem feito, em termos proporcionais, mais nomeações desde 29 de Setembro do que no início do seu primeiro mandato. Na altura, 2373 pessoas foram contratadas em 24 meses. Além de ultrapassar a média do seu primeiro Governo, Sócrates fica também à frente dos seus antecessores (ver texto secundário).

A causa deste elevado "bolo" de nomeações, publicadas em Diário da República desde que foram anunciadas as medidas de austeridade, são contratações para os mais variados organismos públicos tutelados pelos 15 ministérios. Desde inspecções e direcções-gerais, passando por institutos públicos, não há um único ministério que nestes últimos tempos não tenha feito pelo menos uma nomeação.

O Ministério do Trabalho e da Segurança Social lidera as nomeações, havendo 59 pessoas que ocuparam cargos em organismos tutelados por Helena André. Segue-se a Presidência do Conselho de Ministros, que, impulsionada pela realização dos Censos de 2011, atinge a segunda posição no ranking das nomeações (48). O último lugar do pódio pertence ao Ministério da Administração Interna, (21 nomeações), seguido de perto pelo da Justiça, com 23.

Por sua vez, para os organismos que dependem do Ministério da Economia foi nomeada apenas uma pessoa e duas para a Ciência. Nesta contabilização, o DN teve em conta todas as nomeações publicadas em Diário da República, com excepção das nomeações internas das escolas, uma vez que estas são uma formalidade administrativa pouco relevante para a análise global das contratações ministeriais.

Das 270 nomeações, 19 delas foram mesmo para gabinetes do Governo. No entanto, contactados pelo DN, os ministérios em causa justificaram a maioria destas contratações (que incluem assessores, adjuntos e até um motorista) com a saída dos quadros que antes ocupavam os cargos.

Há, porém, casos que significam mesmo um aumento do encargo com pessoal dos gabinetes. Exemplo disso é uma das explicações dadas por fonte oficial do Ministério das Obras Públicas, que justificou a contratação de mais um trabalhador para o gabinete do secretário de Estado dos Transportes com a "necessidade de reforçar a equipa de assessores face ao volume e complexidade do trabalho específico a desenvolver". Os resultados desta contagem feita pelo DN parecem contrariar o emagrecimento do Estado: nos últimos 30 dias úteis, foram nomeadas nove pessoas por dia. Ou seja: 45 por semana.

RUI PEDRO ANTUNES, com C.D.S., J.C.B., R.M.S. e S.S.
publicado a 2010-11-14 às 02:39
 
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por Pedro Miguel » 14/11/2010 14:57

Garfield Escreveu:Ler a ficha do produto ajuda a compreender mas sendo mais fácil eu tento explicar :

do 1º ao 4º ano : 1,178%
no 5º ano : a diferença entre 1,178% e 3,376% dos anos anteriores
do 5º ao 9º. ano : 3,376%
no 10º ano : a diferença entre 3,376% e 4,435% dos anos anteriores

BN
Garfield


Exactamente aquilo que já sabia.

Obrigado pelo esclarecimento.

É que a forma como escreveste até parecia que se recebia 4,435% ao ano.
 
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