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Caldeirão da Bolsa

Intervenção do FMI - Inevitável a curto-prazo?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Intervenção do FMI em Portugal inevitável a curto-prazo?

Sim
108
63%
Não
64
37%
 
Total de votos : 172

por frodovic » 16/11/2010 19:16

"O mercado imobiliário ruirá com um baralho de cartas."


Eh pá. Isso de ver um baralho de cartas ruir deve ser giro. Ainda melhor que um castelo de cartas

:lol:

Em relação ao tópico. Se saírmos do Euro o que acontece ao dinheiro que temos no banco?? É convertido para escudos ?? Fica a valer muito menos nesse caso ... ou estou a ver mal as coisas ???
 
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por Botadetrolha » 16/11/2010 19:15

Afinal que consequências para o PSI 20 pode ter a intervenção do FMI?
Comprar no rumor e vender na notícia aplica-se a este caso?
Será o oposto?????????????????????????????????????????????????
 
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por MatildeSerrano » 16/11/2010 17:15

fafite Escreveu:Mas se Portugal fizer o que ele diz reestrutuar a divida e ir contra a Alemanha, então é que é o fim da UE. Acham que a Alemanha está para aturar isso?


Se fosse este o caso, então o par EUR/US$ já estaria abaixo dos 1.20.
 
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por migluso » 16/11/2010 16:52

Esperemos que os países com a situação económica "mais sólida" permaneçam abertos a ajudar aqueles que mais precisam...

Mas quando novas verdades, cada vez mais negras, se descobrem diariamente e quando os que mais precisam demonstram pouca vontade em mudar o rumo das coisas, é natural que os povos e os políticos dos países em melhor situação percam a paciência.

Parece ser o caso da Áustria e da Finlândia.
http://www.forbes.com/feeds/ap/2010/11/ ... sinessnews
http://www.reuters.com/article/idUSTRE6AF21F20101116
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por fatimafaria » 16/11/2010 15:38

Mas se Portugal fizer o que ele diz reestrutuar a divida e ir contra a Alemanha, então é que é o fim da UE. Acham que a Alemanha está para aturar isso?
 
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por pvg80713 » 16/11/2010 13:50

Sim.
Tem que haver mais cortes e já nenhum politico tem coragem para as anunciar.
Nem governos de coligação, nem PSD etc...
 
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por The Mechanic » 16/11/2010 9:37

Sempre pensei que o resultado fosse mais expressivo a favor do sim , dado o pessimismo que grassa em relação ao estado do país .Esta amostra de 60% contra 40% mostra que talvez as coisas não esteja assiiiiim tão mal quanto isso e ainda muita gente acredite na sustentabilidade de Portugal .

Há muita gente que acredita que , sendo bem feitas as coisas ...a gente ia lá.


Deixo este artigo do Professor Ricardo Reis, da Universidade de Columbia , que não sêi se já passou por aqui, mas é muito interessante .



Ricardo Reis, professor da Universidade de Columbia, diz que o aumento de impostos, que está previsto na proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2011, tem “um efeito brutalmente recessivo”.

“À partida, um aumento de impostos aumenta a poupança pública e desencoraja o consumo, o que permite subir a poupança privada”, referiu Ricardo Reis, durante uma intervenção no colóquio sobre dívida pública, que está a decorrer na Assembleia da República. Contudo, no actual contexto, “um aumento de impostos em um efeito brutalmente recessivo e, a certa altura, acaba por ter um impacto reduzido no aumento da receita fiscal”, defende o economista.

Segundo Ricardo Reis, isso poderá gerar um ciclo vicioso, em que o Governo se veria obrigado a tomar novas medidas de austeridade devido à constante retracção da economia.

O economista defende que o que o Governo devia fazer era descer agora o IVA para os 21 por cento e anunciar um aumento progressivo para os próximos anos, o que iria estimular o consumo antecipado e, consequentemente, a economia. Paralelamente, acompanhando o aumento deste imposto, o Estado deveria descer a contribuição social das empresas, “o que acabaria por ser uma espécie de subsídio às exportações, embora com um impacto limitado no corte do défice”.

Quanto à redução da despesa prevista no OE para 2011, Ricardo Reis considera que o seu efeito recessivo é muito menor e que pode ter um efeito expansionistas ou, pelo menos, neutro.

Finalmente, o economista defende ainda uma reestruturação da dívida pública, mesmo que isso obrigue Portugal a ir contra a Alemanha. “A reestruturação da dívida é um tema tabu na Europa porque a Alemanha tem um medo medonho de que Portugal faça isso e conduza a um default espanhol”, considera.

Para o professor da Universidade de Columbia, Portugal viveu uma “década perdida”. “O PIB per capita em 2009 estava quase ao mesmo nível de 2000, o que significa que Portugal não cresça há quase dez anos”, sublinha.

Isto torna imperativo que a economia volte a crescer, o que, segundo Ricardo Reis, só será possível com reformas estruturais do lado do mercado do trabalho e da produção. “Estas reformas são urgentes, já deviam mesmo ter sido feitas mas levam tempo e, neste momento, tempo é uma coisa que Portugal tem pouco”, conclui, acrescentando que acreditar que essas reformas vão avançar nos próximos 12 meses é ter demasiada fé.




Um abraço ,

The Mechanic
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por Mares » 13/11/2010 16:02

Votei no SIM (pela intervenção do FMI em Portugal) pelos seguintes motivos:

1) Governo e oposição não tem o menor interesse em mudar o rumo do endividamento ou da falência do Estado português. Em vez disso preferem-se refugiar em jogos políticos (PS-PSD, PS-CDS), em "guerras de comadres" (PS-PSD-CDS), ou em discursos demagógicos e ultrapassados (PCP, BE).

2) Governo e oposição (actual e anteriores) conduziram o país para um endividamento excessívo, distribuindo esse dinheiro em forma de benesses, de "direitos adquirídos", na politica do betão ou em "sacos azuis". Se o fizeram até aqui, irão continuar fazendo no futuro.

3) Tem quem se faça passar por "Professor", que invoca o "interesse nacional" para desculpar-se do que não concorda, de "velha de soalheiro" e intriguista (que o andam a vigiar ou que o seu computador pessoal estar sendo violado), de "visionário" mas que está na genesis deste desastre económico...

4) Os sacrifícios estarem a ser apenas distribuídos entre os mais desfavorecídos (na redução do subsídio de desemprego, na redução do abono de família, na atribuíção de reformas miseráveis, nos cortes dos apoios sociais, no desinvestimento na educação e saúde públicas, aumento dos impostos nos bens essenciais). Nas classes mais favorecídas são mantídas as regalias com a manutenção das deduções fiscais, nas transferência do Estado, em milhares de milhões de euros, para a CGA (Caixa Geral de Aposentações) e ADSE (sistema de saúde dos funcionários públicos), na atribuíção de reformas com valores muito superiorers à média nacional.

5) Na irresponssabilidade dos bancos e das famílias que se endividaram acima das suas possibilidades. Sem liquidez no mercado (que só o FMI poderá garantir), bancos e famílias estarão na falência. O mercado imobiliário ruirá com um baralho de cartas.

6) Na fiscalização, no combate à corrupção e moralização da sociedade.

Por isso mesmo, concordo com a intervenção do FMI em Portugal.
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por superbem » 13/11/2010 9:12

:lol: :lol:

Pessoal, quando a taxa bater nos 6,2 é todos a shortar.

Fazer ali um breakout à lta.

Força Portugal!

lol

ps. mas tem de ser em hora de pouco volume.
:lol:
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por The Mechanic » 13/11/2010 2:03

Marco Martins
E porque não ser inovador e fazer uma regionalização em Portugal e criar um estado membro com moeda própria e capacidade de fazer desvalorizar essa moeda?

Ou mesmo a Madeira ou os Açores, voltarem a ter o escudo e assim poderem comprar dívida pública portuguesa?

Será impossível?


De modo nenhum, meu amigo, de modo nenhum .

Eu , no entanto, era mais partidário por nacionalizarmos a Petrobras , trocando aquele pedacinho de mar que vái dali do Cais do Sodré até ali à Praia de Copacana , pelas ilhas Malvinas que comprariamos aos Ingleses a troca de rolhas de cortiça para 1,200 garrafas e daríamos posteriormente aos Brasileiros , na dita troca .

Isto resolveria o problema energético, ficava o país com guito para brincar aos submarinos e lolicopteros , pontes, tgv`s , aeroportos e o diabo a sete , enquanto uma estatua de The Mechanic, em tronco nu e rodeado de ninfas , sería colocada ao cimo da Av. Da Liberdade ( sacando aquele que tá lá com o tigre ).

E prontos ...era assim.


Um abraço ,

The Mechanic
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por Marco Martins » 12/11/2010 22:53

fafite Escreveu:votei sim tambem, porque é inevitável e quanto a mim não tem haver só com a provação do orçamento, mas sim com o facto de que o governo não é credivel e caso este caia a possiblidade de substituição ser mais do mesmo.

Tambem concordo que estamos a assistir ao frincipio do fim da UE.

O maior erro foi a seu alargamento não sustentado e para o qual os paises envolvidos não estavam preparados.

Penso que o que vai acontecer é que a UE se vai fragmentar dando origem a uniões ou federações mais pequenas.Paises que pela sua geografia, pelo seu poder económico mais ou menos semelhante, pelo seu projecto de futuro se vão unir e criar essas uniões.Portugal terá indubitavelmente que se unir a alguem tambem.


E porque não ser inovador e fazer uma regionalização em Portugal e criar um estado membro com moeda própria e capacidade de fazer desvalorizar essa moeda?

Ou mesmo a Madeira ou os Açores, voltarem a ter o escudo e assim poderem comprar dívida pública portuguesa?

Será impossível?
 
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por pepi » 12/11/2010 14:59

Mestre Fernando Braga de Matos no Negócios:

Sócrates, rua! Venha o bloco central!

(Onde o autor, vendo os juros da dívida soberana em 6,8%, com zero de surpresa, defende que o país tem que se ver livre to tipo que tomou conta do PS, e, seja por eleições ou por inspiração divina, pôr os dois principais partidos num governo estratégico para o médio prazo, seja a liderança dum ou doutro, coisa tão óbvia que o próprio Conselho de Estado, na sua infinita sabedoria, a preconizou - mais coisa menos coisa).

Os dias que aí vêm para a próxima década serão árduos mas não necessariamente desesperados. Não fosse a penosa massa de gente à procura de emprego com as vidas sobressaltadas pela incerteza e pelo medo, até se podia pensar que todos podem viver em média com menos 10% do seu estatuto, salvaguardando os pobres. Esse truque era outrora usado com a injecção de analgésicos da desvalorização da moeda com inflação e, dum momento para o outro, estava a população empobrecida sem perceber muito bem o que caíra em cima.

Daí em diante, podiam-se mobilizar energias e planear o futuro, sem conversa da treta e vigarice "on the rocks". Penso que a população, presentemente, mais ou menos greves gerais, está condicionada para uma violenta e brusca tomada de sacrifícios de tal modo o calvário dos juros e das filas nos centros de emprego criou calos na pele. Pode doer mais do que com analgésicos, mas as coisas, dada a adequação psicológica, no final são iguais. E os portugueses são coriáceos, ordeiros e adaptáveis, gente de bom senso, mobilizável por uma liderança credível e um projecto nacional.

Fala-se muito de eleições para o princípio do ano, após a tomada de posse do novo Presidente da República, a saber, Cavaco Silva, mas isso não é assim tão claro, seja pela via moção de censura, seja pelos meios presidenciais da dissolução da Assembleia da República ou destituição do Governo, pois nem a necessária coligação de vontades partidárias nem as idiossincrasias de Cavaco sobre o uso dos poderes poderão desaguar nesse caminho.

Para mim, tudo se poderia e deveria passar pela vontade do partido Socialista, a quem não falta gente com o patriotismo necessário , a flexibilidade ideológica e a capacidade de agir como pessoas de bem. É verdade que o poder corrompe e o PS não fugiu à regra da humanidade, mas há que viver com o que se tem, acrescentando-se uma dose de virtude a que chamam, não sei porquê, ética republicana.

O problema é, evidentemente, o sinistro Sócrates, agarrado ao poder como lapa ao rochedo; não sei como isso se faz, mas corre à boca cheia que as movimentações dentro do PS se tornaram vigorosas e nomes referidos, nos jornais como os de Francisco Assis e António José Seguro, mais à esquerda ou à direita, preenchem bem os requisitos que acima referi - pelo menos dão a ideia que quando passam pelo confessionário levam absolvição. Mas que Sócrates e Teixeira dos Santos tem que ser corridos, isso é evidente, quanto mais não seja porque não existe investidor internacional, mesmo de terceira categoria, que não saiba a falta de credibilidade dos dois sujeitos e a sua incapacidade para controlarem a execução orçamental, que, no ano passado, derrapou para o dobro do anunciado. E, sendo especuladores, só pensam em "shorts" porque esses, se não jogarem racionalmente e com boa percepção dos fundamentais económicos, reformam-se, corridos a perdas.

Por seu lado, Passos Coelho, se exibiu uma ingenuidade política que até deve ter deixado ruborizada a senhora sua mãe, mostrou, por outro lado, por actos claros e palavras a condizer, que está preparado para uma tarefa conjunta a bem do país.

Sabemos agora, de ciência certa, que o FMI vem por aí abaixo, pois, muito mais que a escalada dos juros, tivemos a promessa de Sócrates, na sua recente entrevista à TVI, que isso não iria acontecer. Habituados como estamos do amor à verdade e a capacidade de prever do citado artista nacional, atrevo-me a dar um horizonte temporal máximo de três meses à chegada de Kahn e "su complesso". Depois, a ***** é tanta que, deixada a gestão a um severo e competente ministro das Finanças e a directores-gerais austeros, o governo e o planeamento a quatro anos pode incluir a terapêutica a tudo que corrói, desde a falta de rumo geral à reorganização do território, ou da partidocracia (porque não, com gente de bem?)até à competitividade.


NOTA: Depois de escrever isto, a minha santa mulher acordou-me…
 
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por fatimafaria » 12/11/2010 14:57

Elias Escreveu:
fafite Escreveu:O maior erro foi a seu alargamento não sustentado e para o qual os paises envolvidos não estavam preparados.


Suponho que te estejas a referir ao alargamento a Portugal, certo? :lol:
Muito engraçadinho Elias. :-k
 
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por Elias » 12/11/2010 14:30

fafite Escreveu:O maior erro foi a seu alargamento não sustentado e para o qual os paises envolvidos não estavam preparados.


Suponho que te estejas a referir ao alargamento a Portugal, certo? :lol:
 
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por fatimafaria » 12/11/2010 14:13

votei sim tambem, porque é inevitável e quanto a mim não tem haver só com a provação do orçamento, mas sim com o facto de que o governo não é credivel e caso este caia a possiblidade de substituição ser mais do mesmo.

Tambem concordo que estamos a assistir ao frincipio do fim da UE.

O maior erro foi a seu alargamento não sustentado e para o qual os paises envolvidos não estavam preparados.

Penso que o que vai acontecer é que a UE se vai fragmentar dando origem a uniões ou federações mais pequenas.Paises que pela sua geografia, pelo seu poder económico mais ou menos semelhante, pelo seu projecto de futuro se vão unir e criar essas uniões.Portugal terá indubitavelmente que se unir a alguem tambem.
 
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por Automech » 12/11/2010 13:19

O problema é que nós (Portugal) não temos taxa de cambio autónoma, nem politica monetária (taxas de juro), logo o ajustamento possível é o orçamental.

Já agora, quanto à taxa de câmbio, para quem tiver interesse, o RiscoCalculado escreveu um resumo curto, mas claro, sobre a questão cambial nos países onde o FMI interviu (Argentina, Rússia e Coreia do Sul).

http://caldeiraodebolsa.negocios.pt/vie ... &js_link=1
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por mais_um » 12/11/2010 12:46

cogumelo Escreveu:
A preocupação do FMI não é melhorar a vida das pessoas mas garantir que os bancos recebem o $ enterrado no país.


No fundo adiam o problema da dívida, pois sem crescimento será uma questão de tempo até que o problema volte a existir, ou estarei errado?


Não obrigatóriamente, depende dos governos.

Não há muito tempo li um artigo sobre a intervenção do FMI nos paises e do que me lembro, o unico caso em que tiveram sucesso foi Portugal, em 1983.

Entenda-se sucesso, como resolver o problema da divida/defice e colocar o país a crescer. Mas há quem diga que o crescimento foi devido à nossa entrada para a CEE e não devido ao FMI.

Assim, não sendo economista, mas utilizando o bom senso, parece-me que baixar o defice é sempre bom, independentemente do crescimento. No nosso caso esta crise tem pelo menos um lado positivo, que é fazer as pessoas acordarem para a realidade, vejo isso no dia a dia, nas conversas que vou ouvindo, as pessoas tem a noção que existe e/ou existiam muitos abusos e que devem ter um fim.

Posso enganar-me, mas parece-me que a greve de 24 de Novembro não vai ter uma adesão em massa da população.
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por cogumelo » 12/11/2010 12:06

A preocupação do FMI não é melhorar a vida das pessoas mas garantir que os bancos recebem o $ enterrado no país.


No fundo adiam o problema da dívida, pois sem crescimento será uma questão de tempo até que o problema volte a existir, ou estarei errado?
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por Pastel » 12/11/2010 11:28

Lion_Heart Escreveu:Eu acho que a questão nao é o Orçamento , mas sim a Execução do mesmo. No papel é tudo muito bonito na pratica é muito diferente.

Basta ver os ultimos Orçamentos e pecs. Não serviram para nada.


É exactamente o que penso, acho que nem será uma simples derrapagem, mas que estamos a entrar em aquaplanning e que quem vai ao volante nem se apercebeu que está a chover a cantâros :mrgreen:

Só por mera coincidência não entram cá
 
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por mais_um » 12/11/2010 11:27

cogumelo Escreveu:Em relação à Grécia, o FMI entrou, a situação deles melhorou?


A preocupação do FMI não é melhorar a vida das pessoas mas garantir que os bancos recebem o $ enterrado no país. :mrgreen: :mrgreen:
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por cogumelo » 12/11/2010 11:17

Votei sim (tomando como curto prazo 3 a 6 meses). Apesar de que, a julgar por algumas notícias na CS, o FMI já entrou na elaboração deste OE...

A minha grande dúvida é a seguinte, e depois do FMI?

Não temos qualquer certeza relativamente ao Governo que vamos ter (maioria absoluta? PS ou PSD?). Independentemente disso, a classe política é a mesma, que mecanismos serão criados para que não se cometam os mesmos erros? Que reformas estruturais a entrada do FMI vai garantir para que a nossa economia passe a crescer realmente?

Em relação à Grécia, o FMI entrou, a situação deles melhorou?
cumps,
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por paulop2009 » 12/11/2010 9:22

Esta manhã abro o Jornal de Negócios online e ao fazer "scan" pelas letras gordas o que é que vejo?
- Ricardo Salgado diz "o FMI já esteve mais longe"
- Mário Soares diz "o FMI não é bicho papão"
- Daniel Bessa diz "o FMI não é tão mau como fazem entender"

Será que estes senhores nos querem dizer alguma coisa?

P
 
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por jeso » 11/11/2010 23:16

Um pé na bosta e o outro no ar :(
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por jrnabolsa » 11/11/2010 23:01

Enquanto o poder político não abdicar de todo o estatuto e mordomias a ele associado, não vamos a lado nenhum. Este governo já deu provas ao mercado de que não é capaz de reduzir a despesa, já perceberam que em Portugal discutem-se medidas apenas para passarem no parlamento e darem uma imagem positiva para fora.

Acho que os mercados já não acreditam nos políticos Portugueses.

Respondi sim, mas espero que não. Pode ser que saquem o coelho da cartola e definitivamente se saia deste "inferno". cumpts
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por NGRO » 11/11/2010 22:31

Drecksack Escreveu:Esta votação num fórum sobre Bolsa não tem sentido.
Quem está longo, naturalmente vai votar que não.
Quem está curto, ou com intuito de comprar mais barato vai dizer que sim.


Pelo contrário julgo que faz todo o sentido.O cenário macroeconómico não estará relacionado com os mercados?

Penso que infelizmente é inevitável e agora já torço por este cenário uma vez que temos 40 bilioes de dívida para colocar no próximo ano e com o FMI financiamo-nos a -2,5% que dá o módico saving anual de .........1.000 milhões

ou seja

mais um SUBMARINO.
 
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