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Caldeirão da Bolsa

Portugueses - afinal somos Bons...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 5/11/2010 0:33

Elias Escreveu:Acho que não é preciso dizer mais nada :P


É preciso é, hoje estás virado para a demagogia. :lol: :lol:

A tua comparação só era razoavel SE a base de partida das duas companhias fosse identica e não é, e sabes muito bem que não é, dai eu dizer que estás a ser demagaogo. No mesmo espaço de tempo, quantas companhias é que foram à falência? não queres comparar os resultados dessas que foram à falência com os da TAP? Quando eu pedi para comparares os resultados com outras companhias era para verificar se os prejuizo anormais em 2008/2009 eram gerais para o ramo de actividade ou se eram exclusivos da TAP. Como é facil de perceber (e tu sabes que foi um mau ano para todas as companhias aereas) o problama não foi da gestão.
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por Elias » 5/11/2010 0:25

mais_um Escreveu:e já agora que tal colocares os resultados de outras companhias aereas para comparar-mos? ( não te tenho como demagogo, mas às vezes engano-me! :lol: :lol: :lol: )


Oh meu caro amigo é que é já a seguir (admito: já estava à espera desse desafio e fiz o trabalho de casa antes de colocar o post anterior).

Abaixo fica então um comparativo dos resultados da TAP e da Air France-KLM.

É fácil constatar que na Air France-KLM os prejuízos "de 2008-2009 causaram um estrago "limitado" (anularam os resultados positivos de 2007 e uma pequena parte dos de 2006); este ano de 2010, no 1º trimestre a companhia já voltou aos lucros - só no 1º trimestre teve um lucro que compensou o prejuízo de 2008 (nota que o ano fiscal da Air France começa em Abril, razão pela qual o segundo trimestre ainda não está disponível).

No caso da TAP verificamos duas coisas: primeiro que o prejuízo de 2008 foi muito superior (em magnitude) aos magros lucros dos anos anteriores, fazendo com que o saldo destes 10 anos fosse fortemente negativo (por outras palavras, o prejuízo de 2008 mais do que anulou todo o lucro que havia de anos anteriores). Como se isso não bastasse, a TAP este ano voltou a afundar-se no 1º semestre, com prejuízos de 79 milhões. O mais grotesco disto tudo é que no site da TAP atribui-se ao vulcão islandês uma parte da responsabilidade pelos prejuízos da primeira metade de 2010, quando Portugal foi o país menos afectado pela porra do vulcão :lol: França foi fortemente afectada pelo vulcão e isso não a impediu a Air France de voltar aos fortes ganhos.

Acho que não é preciso dizer mais nada :P
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por mais_um » 5/11/2010 0:12

Elias Escreveu:mais_um (e já agora AutoMech):

O que acham disto?

(Eu fiz as contas: quase 500 milhões de euros de prejuízos acumulados em 10 anos).

Perante isto, como se pode dizer que o Fernando Pinto está a fazer um bom trabalho?


Sim, continuo a ter a mesma opinião, convem ler os relatorios de contas (é para isso que eles existem) para entender os numeros e já agora que tal colocares os resultados de outras companhias aereas para comparar-mos? ( não te tenho como demagogo, mas às vezes engano-me! :lol: :lol: :lol: )
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por urukai » 5/11/2010 0:12

Mais um,
Eu sou a favor que os gestores privados e publicos sejam bem pagos mas têm de ser competentes e honestos, por isso não posso fechar os olhos a mta da malta que gere empresas em Portugal que só quer saber do próprio interesse e mais do que má gestão está envolvida em esquemas e falcatruas das quais se livra impunemente quer em termos legais quer em termos sociais. Sei que Portugal não é caso único mas aqui a prevalência da canalha é maior.
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por Elias » 5/11/2010 0:08

mais_um (e já agora AutoMech):

O que acham disto?

(Eu fiz as contas: quase 500 milhões de euros de prejuízos acumulados em 10 anos).

Perante isto, como se pode dizer que o Fernando Pinto está a fazer um bom trabalho?
Anexos
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por mais_um » 5/11/2010 0:01

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Eu? Zero! sempre defendi e defendo que o Estado não deve enterrar nem mais um € na TAP.


Isso inclui os vencimentos da administração?


Os vencimentos dos gestores publicos são pagos pelas empresas e não pelo Estado, aconselho-te a ler o Estatuto do gestor publico que eu já deixei o link algures por aqui.

Mais uma vez, há muita desinformação e pouca vontade de as pessoas informarem-se, é sempre mais facil criticar.

Eu considero que os gestores publicos são mal pagos, são profissionais como os medicos, policias, professores, etc...


Os ingleses foram buscar um estrangeiro que não estava ligado a nenhum partido para gerir um banco semi-publico mas com provas dadas, em tempos houve um governo português que foi buscar um gestor estrangeiro com provas dadas fora do país no mesmo ramo para tentar salvar uma empresa publica. Esse gestor foi renovando os seus mandatos, apesar do governo ter mudado de cor partidária (isso só mostra que é competente). Numa altura de crise aceitou reduzir o seu vencimento para metade. Esse gestor chama-se Fernando Pinto:


FERNANDO PINTO: TAP vai ser uma empresa mais sólida
Engenheiro de formação, Fernando Pinto, brasileiro com ascendência portuguesa, é o gestor que dirige a TAP desde o ano 2000. Os poucos tempos livres são passados a voar em planadores e dão-lhe a “força suave e firme” com que exerce o seu mandato, e com que tem conseguido superar a “turbulência” que volta e meia ataca as companhias aéreas. Convidado desta semana para os «Almoços com o Mundo Português», Fernando Pinto diz que quer terminar o mandato em 2012 deixando uma Companhia mais estabilizada...


Com melhores ou piores resultados, com ou sem crise de combustíveis, a TAP é hoje em dia com a gestão de Fernando Pinto uma empresa melhor...
Quando cá chegou no ano 2000, encontrou uma companhia aérea que fazia voos de “ida e volta” na Europa e que situava oitenta por cento da sua facturação no mercado interno.
Passados estes anos a TAP tem em Lisboa uma placa giratória de razoável importância, estabeleceu uma importante operação para o Brasil, consolidou e reforçou a sua presença em África, integrou uma companhia aérea para operar cidades de média dimensão passou a maioria da sua facturação para o mercado externo e graças à alteração radical dos métodos de gestão reduziu drasticamente o endividamento e mais que duplicou os proveitos.

As companhias aéreas estão em geral a anunciar grandes perdas e e prejuízos, isto numa altura em que a TAP tanto precisa de recuperar financeiramente. Não será um quadro negro que virá complicar ainda mais o futuro da companhia?
Nós temos de olhar um pouco para o passado, até 2007 vivemos sempre na expectativa de melhorar a cada ano o que foi efectivamente acontecendo, mas o que não deixava de ser também uma melhoria pequena devido à tradicional falta de capital da empresa. A TAP sempre teve uma deficiente capitalização básica o que sempre lhe causou alguns problemas. No ano passado existiram de facto dois acontecimentos que marcaram o ano. Por um lado o problema do custo do combustível que chegou a níveis elevadíssimos, somado ao problema posterior da queda do mercado de passageiros que se verificou ao longo do ano. Tudo se conjugou para termos dos piores resultados que já tivemos ao longo de todos estes anos, claro que a empresa tem a sua sustentação própria e conseguiu fazer a sua gestão de tesouraria. Fez redução de oferta, contenção de custos em termos salariais suspenderam-se determinados aumentos. Tudo isto fez com que ao longo deste ano estejamos sofrendo um pouco menos do que a generalidade das empresas neste mercado estão sofrendo, mas não deixa de ser um ano muito difícil se bem que melhor do que aquele que passou. É bom lembrar que nós dependemos de economias e de mercados financeiros fortes como aliás todas as empresas aéreas, por isso quando esses mercados estão em crise nós estamos em crise também, e isto acontece um pouco por todo o mundo.

Foram essas as razões que levaram a TAP encerrar o ano passado com 300 milhões de euros de prejuízo?
Mais concretamente foram 280 milhões, sendo que a perda da TAP – Transporte Aéreo foi apenas de 220 milhões e é bom que se sublinhe que esta perda foi totalmente causada pelos aumentos extraordinários do combustível. Depois perdeu-se também no handling e na manutenção o que tudo junto chegou àquele valor.

Este ano relativamente ao primeiro semestre manteve-se a tendência de perdas ou o quadro melhorou?
Este ano tivemos no primeiro semestre uma perda de setenta milhões mas que foi bem melhor do que ano passado, ou seja foi menos de metade do que se perdeu em igual período do ano passado e isto já representa alguma indicação de como a situação melhorou, até porque no primeiro semestre sempre se perde alguma coisa

Fala-se muito de uma solução para a TAP Na sua opinião o que significa isso? Privatização? Encerramento e nova abertura? Qual é hoje a solução para a companhia?

A solução para a TAP já vem acontecendo desde há algum tempo com o desenvolvimento de certas acções que contribuem para a resolução dos seus problemas crónicos. Se olharmos para 2007 pode ver-se claramente que se estava a caminhar para se tornar uma empresa mais sólida, naquela época iria deixar de haver o chamado “problema TAP”. Claro que tínhamos ainda de enfrentar o problema crónico da descapitalização da TAP, mas até aqui já se ia vislumbrando uma solução. O problema é que a TAP não estava preparada para o “tsunami” que aconteceu o ano passado e que tem de ver com a fortíssima crise dos combustíveis. Agora que passou a tempestade importa voltar ao que estava a ser feito, ou seja buscar cada vez mais a eficiência da empresa e sobretudo encontrar uma solução de capitalização que poderá ser a preparação para uma eventual privatização, mas digo eventual porque há outras hipóteses que estão sendo vistas e que não é ainda oportuno divulgar.

Diversas companhias estão a anunciar despedimentos, nomeadamente a US AIRWAYS acaba de anunciar 1000 como forma de superar a crise. Na TAP também terá de haver despedimentos?
Eu penso que essas empresas estão chegando mais tarde ao processo que a TAP já fez. A TAP mais que duplicou de tamanho ao longo de todos estes anos, inclusive ao absorver a Portugália que vale praticamente dez por cento da empresa, e apesar disso ao longo destes anos conseguiu reduzir os seus trabalhadores em dez por cento mas mantendo sempre o seu crescimento. Ora este trabalho está feito ainda que no número final não se note, no entanto a infra-estrutura da TAP que tinha 9000 trabalhadores e tendo aumentado para 10.000 com a vinda da Portugália, tem actualmente 8.000 (incluindo a Groundforce). Só a Portugália eram 1000 trabalhadores e hoje são 500 o que quer dizer que na realidade a sua infra-estrutura foi reduzida para metade. No número final não se nota muito porque a estes números tem acrescido o pessoal de voo, porque a TAP está em crescimento e quando aumentam os aviões e consequentemente as operações de voo, tem forçosamente de aumentar também proporcionalmente o pessoal de voo.
Isto quer dizer que fizemos reduções internas muito fortes, embora não pareça porque tivemos crescimento maior do que a grande maioria das companhias do mundo inteiro, sobretudo das europeias. O nosso crescimento nos últimos oito anos foi na base dos doze por cento ao ano, e posso assegurar que a TAP é hoje das empresas mais eficientes na Europa

E seria ainda mais se não tivesse pilotos…
Nesse caso não teríamos empresa. Mas gostaria de deixar claro que os pilotos da TAP trabalham num nível de eficiência bastante alto. Negociações à parte, tanto pilotos como pessoal de cabine trabalham com grande nível de eficiência e essa é sem dúvida a nossa única solução de sobrevivência. A TAP não tem acesso a mercados de alto nível de proveitos como têm companhias situadas em países muito mais fortes economicamente. Nós não temos por exemplo condições para ter linhas para o Médio Oriente, para a Ásia, nem linhas internas que em muitos casos têm rentabilidades muito elevadas. Por outro lado não é possível também comparar a nossa economia com a economia de outros países, daí resulta que a nossa média de tarifas é baixa, o que para sobreviver implica ser mais eficiente do que os nossos concorrentes.

De vez em quando o seu nome aparece associado à TAM, desta vez fala-se na constituição de um grupo de companhias que para além da TAP envolve a Singapore Airlines e a TAAG. Qual é afinal o objectivo desse grupo?
Devo dizer-lhe que esse grupo não existe. De facto há um tempo atrás começou a ser falado, passou inclusivamente para a comunicação social, mas nós nunca trabalhamos para isso nem sequer contactamos as empresas, até porque não há neste momento um mínimo de condições, já que todas as empresas estão concentradas num trabalho de sobrevivência, o único comentário que eu faço é que quem lançou essa ideia pensou nalguma base estratégica que poderá até fazer algum sentido mas pela nossa parte há uma série de dificuldades que fazem com que esse projecto não esteja sequer a ser considerado, não fazendo parte da estratégia da empresa hoje em dia.

Falando do novo aeroporto. Qual é a opinião do Presidente da TAP? Portela, Alcochete ou Portela mais Alcochete?
É uma resposta muito simples. A Portela está sendo bastante melhorada mas claramente de uma forma temporária, não é um aeroporto com concepção de base para se fazer o que está sendo feito nele que é uma forte operação de placa giratória, o que logo à partida implica uma enorme quantidade de mangas para fazer transitar os passageiros entre voos por dentro do aeroporto e não por fora, e nisso a Portela não tem nem terá nunca condições para poder vir a ser feito. Se pensarmos que nos próximos dois a três anos o tráfego não crescerá, mas que depois voltaremos a um crescimento médio de 5 por cento, isso levará a que em 2017 ou até talvez um pouco antes não haverá condições mínimas de continuar a usar a Portela.
Por tudo isto eu continuo a achar que temos de ter um novo aeroporto. Mas que fique claro, um aeroporto não dois, porque não faz sentido para uma operação de placa giratória que recebe os passageiros chegados em trânsito e sendo distribuídos pelos outros terminais de modo rápido e eficaz. E aqui cinjo-me à minha experiência e conhecimento do que já foi tentado noutras cidades. Se for construído o novo aeroporto e for mantida a Portela no centro da cidade, isso vai destruir por completo a operação de placa giratória que se pretende, tirando-lhe todas as vantagens, porque todas as companhias acabarão por querer operar no centro da cidade, logo o caos continua e o novo aeroporto permanecerá sub-aproveitado.

http://www.mundoportugues.org/content/1 ... is-solida/

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por Elias » 4/11/2010 23:48

mais_um Escreveu:Eu? Zero! sempre defendi e defendo que o Estado não deve enterrar nem mais um € na TAP.


Isso inclui os vencimentos da administração?

mais_um Escreveu:Acontece que eu como accionista dessas empresas não tenho voto na matéria, tenho que levar com o embrulho, tal como no Estado. Para mim é a mesma coisa, pessoas que são nomeadas por laços familiares.


Claro que tens. Por cada lote de x acções tens um voto, e podes exercê-lo em Assembleia Geral.

Houve uma altura que eu tinha acções do BCP e recebia cartas do presidente e tudo com informação aos accionistas e com convocatórias e o camandro :wink:

(ok, ok, estou a exagerar, o camandro não vinha nas cartas :lol: )
 
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por mais_um » 4/11/2010 23:39

Elias Escreveu:Pois. Mas a questão é: faz sentido existir uma transportadora aérea do Estado?


Não, não faz, o plano do Estado sempre foi coloca-la em situação financeira favoravel para que fosse possivel privatizar


Elias Escreveu:Quanto estamos dispostos a pagar por ela?


Eu? Zero! sempre defendi e defendo que o Estado não deve enterrar nem mais um € na TAP.


Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Sim, a herança da má gestão de anos é enorme, mas alguma coisa está a mudar para melhor.


Podes concretizar?

Humm..só lendo os relatórios do SEE e os relatorios de contas das empresas é que ficas a perceber o que eu escrevi.

http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-d ... om-governo

http://www.dgtf.pt/sector-empresarial-d ... see/anuais

Elias Escreveu:
mais_um Escreveu:Ordenados elevados? Não brinques, um gestor de uma CP ou Carris ganhar 7000 € mês é um ordenado baixo para a função e responsabilidade.


Não estou a discutir a responsabilidade.
Mas questiono se a responsabilidade de um ministro, por exemplo, não é muito superior.


São responsabilidades diferentes, uma é politica, outra é executiva

mais_um Escreveu:
Já agora, nas Estradas de Portugal os vencimentos dos gestores escrevem-se todos com cinco dígitos.

E? Do meu ponto de vista são baixos, tirando o da jovem "promessa"... :twisted: Estamos a falar de pessoas experientes no ramo, não só no sector publico como privado.


mais_um Escreveu:
Isso compete aos accionistas decidir, não te parece?
Se os accionistas estão contentes com os resultados, haverá alguma coisa a apontar? O dinheiro é deles, têm o direito de lá pôr quem entenderem (que eu saiba nenhum presidente de uma empresa pode ser empossado sem ser aprovado / eleito pela assembleia geral).


Acontece que eu como accionista dessas empresas não tenho voto na matéria, tenho que levar com o embrulho, tal como no Estado. Para mim é a mesma coisa, pessoas que são nomeadas por laços familiares.
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por Automech » 4/11/2010 22:56

Os saltimbancos

04 Novembro2010 | 11:43
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

Hoje não há figuras tristes. Hoje este editorial reserva-se o direito de, por um dia, não comentar fotografias de telemóvel de contratos políticos
Hoje não há figuras tristes. Hoje este editorial reserva-se o direito de, por um dia, não comentar fotografias de telemóvel de contratos políticos, sibilos de 140 caracteres de estadistas, debates reles entre parlamentares ou acordos nada orçamentais e muito ornamentais. Hoje não falamos de arguidos Face Oculta ou Furacão, nem da violação de os expor. Hoje, saímos da fossa, não para lhe virar as costas, mas para a ver de cima.

A contratação de António Horta Osório pelo Lloyds deve encher Portugal de orgulho. Mas mais do que listar adjectivos ao gestor português que vai ser presidente do maior banco inglês, e dizer que ele é o Mourinho da banca (ou será este que é o Horta Osório do futebol?), interessa a lição que subjaz.

Horta Osório nunca foi protegido de nenhum partido político português nem a sua gestão alguma vez fez fiado aos capitalistas sem capital que engrossam a lista mal parada de outros bancos da Nação. Ainda hoje, com Nuno Amado, o Santander decide operações bancárias fora dessa grande arquitectura proteccionista. Em Espanha não será assim, em Portugal é. E em Inglaterra não foi por vénias mais curvadas a Isabel II ou por cheques com mais zeros ao partido Conservador que Horta Osório foi convidado pelo ministro das Finanças para liderar o Lloyds. Foi porque o acham mais competente. Porque querem o "seu" banco a crescer. E devolver aos contribuintes britânicos o dinheiro que lá foram forçados a injectar.

O percurso de António Horta Osório até aborrece. De banco em banco, de sucesso em sucesso. Em Inglaterra, pegou num banco de segunda divisão, o Abbey, comprou mais dois e colocou-o na primeira liga em rendibilidade, eficiência e crescimento. O salto para o Lloyds é um risco: Horta Osório sai do "quentinho" que o seu próprio trabalho produziu e muda para um banco problemático. Tem muito mais o que fazer lá, de reestruturação, de desafio, de dificuldade.

"Risco", "dificuldade", "mérito", "concorrência" são palavras que, em Portugal, só são elogiadas quando se aplicam aos outros. Continuamos ensimesmados na crença de que, fechando-nos, nos protegemos. O caracol faz o mesmo - e não sai do sítio. É a ilusão dos fracos. Mas a concorrência que se evade prejudica-nos. E eterniza as empresas ineficientes, politizadas, os circuitos fechados que nos extraem a medula.

Por muito que nos custe, Portugal é hoje visto como activo tóxico na carteira de investidores internacionais. Os nossos juros escalam para níveis insuportáveis enquanto no Parlamento se discutem insultos. A República Portuguesa passou a ser passivo: dos bancos ou da EDP, que tem hoje piores "ratings" por estar em Portugal do que teria se estivesse só no Brasil e EUA. Outro exemplo: a PT é infinitamente mais credível que a dona daquelas 500 acções portadoras de um poderzinho cobarde e falsamente desembainhado em nome do Estado.

Os mercados, esses mesmos, acreditaram ontem num plano de dividendos a cinco anos (cinco anos!) de Zeinal Bava, mas não crêem nem em cinco meses de execução orçamental de José Sócrates. Porquê? Porque um sempre cumpriu e o outro sempre falhou: "A PT é respeitada pelo cumprimentos das suas promessas, e esse é um activo de confiança de primeira grandeza para os mercados", diz Bava hoje no Negócios. Devia dizê-lo no Parlamento.

Esta crise vai servir para baixar custos do Estado mas nada mudará se não perdermos o medo. Não façam estátuas a Horta Osório nem lhe dêem comendas, pensem antes na concorrência que ele enfrentou para aqui chegar. É por aí que se vai.

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por rmachado » 4/11/2010 16:31

[quote="AutoMech]
Eu o que quero salientar é que o esforço e competência têm de ser exigidos, seja para minimizar o prejuízo (se não houver hipóteses de se obter lucro), seja para maximizar esse lucro.

O facto duma empresa dar lucro "com facilidade" não deve, de forma alguma, atenuar a necessidade objectivos ambiciosos.

Infelizmente o lucro por vezes serve de camuflagem à incompetência, porque até podemos ter uma empresa com prejuizo muito melhor gerida do que uma empresa que deu lucro.

A questão é que é mais fácil crucificar o prejuízo (ainda que tenha sido o melhor possível) do que a não maximização do lucro (como deu lucro foi 'porreiro pá' :wink: )[/quote]

Pois, nem sempre o "dar lucro" indicia um bom gestor (ou uma boa gestão) como "dar prejuizo" igulamente.

Temos é que perceber as razões de tais acontecimentos e ñão sermos brindados com por exemplo prémios de gestão mesmo com prejuizos recordes. :)
 
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por Automech » 4/11/2010 16:13

rmachado Escreveu:Claro Auto, o que eu queria dizer é que naquelas empresas é possivel sem grande esforço (dado a natureza dos mercados onde estão) qq gestor ter lucro.


Eu o que quero salientar é que o esforço e competência têm de ser exigidos, seja para minimizar o prejuízo (se não houver hipóteses de se obter lucro), seja para maximizar esse lucro.

O facto duma empresa dar lucro "com facilidade" não deve, de forma alguma, atenuar a necessidade objectivos ambiciosos.

Infelizmente o lucro por vezes serve de camuflagem à incompetência, porque até podemos ter uma empresa com prejuizo muito melhor gerida do que uma empresa que deu lucro.

A questão é que é mais fácil crucificar o prejuízo (ainda que tenha sido o melhor possível) do que a não maximização do lucro (como deu lucro foi 'porreiro pá' :wink: )
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por rmachado » 4/11/2010 16:06

Claro Auto, o que eu queria dizer é que naquelas empresas é possivel sem grande esforço (dado a natureza dos mercados onde estão) qq gestor ter lucro.
Agora a quantidade do mesmo dependerá do mesmo.

Outras empresas que seriam interessantes de analisar são as Águas de Portugal (ou algo assim) e a EPAL.

São mais dois exemplos de mercados onde não há concorrência mas uma dá dinheiro e a outra acho que nem por isso.
 
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por Automech » 4/11/2010 15:22

rmachado Escreveu:Eu tenho ideia que por exemplo na EDP ou Galp qq pessoa vai colocar a empresa a dar lucro,


Também não concordo com isto rmachado. É diferente ter 3000M de lucro do que 100M de lucro. E isso não é indissociável da competencia da gestão (ou falta dela).
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por rmachado » 4/11/2010 15:17

A parte os fundamentalismos e as convicções politicas de cada um eu acho que temos algumas empresas públicas que devido a sua função social dificilmente darão lucro e até se pode dizer que é suposto não dar. Contudo elas podem ter a melhor gestão possivel tentando das o minimo prejuízo possivel sem por em causa a sua função social.

Agora o que podemos e devemos discutir são as razões para termos determinada pessoa em determinado cargo, as regalias inerentes, os objectivos traçados, o tipo empresa, etc..

Eu tenho ideia que por exemplo na EDP ou Galp qq pessoa vai colocar a empresa a dar lucro, são quase monopólios e parece estranho dar prémios tão chorudos aos gestores das mesmas, contudo o Mexia é um gestor e os seus contactos e/ou a sua politica de expansão tornou a EDP melhor.. mas com as costas quentes tb é mais fácil...
 
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por amsfsma » 4/11/2010 13:23

Que eu saiba a realidade não é apenas o conteúdo deste tópico. Eram só alguns exemplos de pessoas que em algum momento se "destacaram" e mereceram o elogio de outros que não necessáriamente os que tenham participado neste tópico.

O essencial é perceber que o curto prazo é demasiado enganador para ser mencionado/elogiado...
 
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Re: Já parecem políticos

por Automech » 4/11/2010 12:32

amsfsma Escreveu:Já estou farto de análizes sobre pessoas, projectos, etc que só tem em conta o passado recentissimo ou as projecções futuras como se de realidades se tratasse.


O tópico começou pelo Horta Osório. Dizer que o passado dele é recentissimo , enfim, ele realmente só tem 46 anos...

Quanto aos outros não os vejo elogiados em lado nenhum. Aliás temos andado aqui a bater na maioria dos gestores públicos.

Devem-me ter escapado algumas páginas neste tópico que tu leste e eu não li. :roll:
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Já parecem políticos

por amsfsma » 4/11/2010 12:27

Já parecem políticos! O horizonte dos políticos é sempre de curto prazo como os vossos enquanto "elogiadores".

Já estou farto de análizes sobre pessoas, projectos, etc que só tem em conta o passado recentissimo ou as projecções futuras como se de realidades se tratasse.

É políticos que constroem muito e por isso são reeleitos mas que posteriormente vem-se a saber que deixaram dívidas astronómicas; são projectos muito promissores, com projecções muito boas que dão direito a grandes elogios mas que depois não se concretizam ou que se concretizando revelam ser mais um elefante branco, são pessoas que por atingirem certos cargos de prestígio são logo elogiados sem que saiba se lá chegaram por mérito ou se vão defraudar as expectativas como frequentemente acontece.

Os bears e os bulls normalmente têm sempre razão, simultâneamente, no curto prazo mas no longo prazo não se passa o mesmo...

Ex: Guterres é comissário para o refugiados na ONU...

Durão Barroso é Presidente da Comissão Europeia...

Victor Constâncio está no BCE...

Segundo os vossos critérios estes portugueses não têm qualquer responsabilidade na crise portuguesa...
 
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por Automech » 4/11/2010 12:25

Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:Para mim o correcto, além de ver os resultados actuais, é muito mais ver se as administrações têm conseguido reduzir os passivos herdados porque se o fizerem já será um sinal de melhor gestão, como aconteceu na RTP por exemplo.


Pois isso parece que não têm, conforme destaque que coloquei a bold há alguns posts atrás...



É provavelmente altura de olhar para isto com seriedade e definir quais são as empresas que, mesmo bem geridas e com lucro operacional ou com o mínimo prejuízo possivel, não têm hipótese de sobrevivência a não ser que o passivo seja parcialmente limpo.

Quando vejo uma Carris com 900 milhões de prejuízo penso que nem o melhor gestor do mundo consegue fazer milagres.
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por Automech » 4/11/2010 12:08

Andorrani-1972 Escreveu:Somos Bons ? Acho eu de que ...é melhor não incluir todos os portugueses neste topico,

Pois, realmente há alguns que devem mesmo ser excluídos do tópico.

Andorrani-1972 Escreveu:porque sendo este senhor um bancario/gestor,qualquer descobrem que andava a desviar fundos e a branquear capitais etc.

Por exemplo os invejosos e que não conseguem reconhecer o valor.

Andorrani-1972 Escreveu:As unicas noticias boas para os portugueses são aquelas que já passaram tipo o 25 de abril que bem falta fazia .


25 de Abril, 5 de Outubro, etc. Datas que resolveram todos os nossos problemas...
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por andorrani1 » 4/11/2010 10:16

Somos Bons ? Acho eu de que ...é melhor não incluir todos os portugueses neste topico,porque sendo este senhor um bancario/gestor,qualquer descobrem que andava a desviar fundos e a branquear capitais etc.
As unicas noticias boas para os portugueses são aquelas que já passaram tipo o 25 de abril que bem falta fazia .
 
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por Elias » 4/11/2010 10:06

AutoMech Escreveu:Elias, agora não tenho tempo para ir pesquisar (mais logo posso faze-lo) mas tenho quase a certeza que a TAP dá lucro operacional desde 2003, excepto no ano de 2004 (lembro-me porque foi o ano do euro) e no ano passado (que foi catastrófico para a maioria das companhias aéreas).


Sim tens razão, deu lucros desde 2003 (embora magros, da ordem dos 10-20 milhões de euros, mas não deixa de ser lucro), deu prejuízo em 2005 e voltou a dar lucro (magro) em 2006.

AutoMech Escreveu:Para mim o correcto, além de ver os resultados actuais, é muito mais ver se as administrações têm conseguido reduzir os passivos herdados porque se o fizerem já será um sinal de melhor gestão, como aconteceu na RTP por exemplo.


Pois isso parece que não têm, conforme destaque que coloquei a bold há alguns posts atrás...
 
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por Automech » 4/11/2010 10:02

Elias Escreveu:
AutoMech Escreveu:Sim, a TAP foi um exemplo infeliz ainda que os prejuízos em si não signifiquem que esteja a ser mal gerida. Em 2009 tanto a British Airways e KLM Air France, por exemplo, tiveram prejuízos históricos em 2009.


É um facto, mas a diferença é que a Air France, por exemplo, deu sempre lucros, só deu prejuízo em 2009 e este ano voltou aos lucros.

A TAP é o contrário: cronicamente dá prejuízo, houve um ano (2008, salvo erro) em que deu lucro e a seguir voltou aos prejuízos.


Elias, agora não tenho tempo para ir pesquisar (mais logo posso faze-lo) mas tenho quase a certeza que a TAP dá lucro operacional desde 2003, excepto no ano de 2004 (lembro-me porque foi o ano do euro) e no ano passado (que foi catastrófico para a maioria das companhias aéreas).

Pode é não ser suficiente para fazer face aos encargos da dívida mas quanto a isso temos um exemplo ainda pior que é a RTP.

A RTP melhorou muito os resultados operacionais nos ultimos anos mas com um passivo, salvo erro, superior a 800M de euros, dificilmente os resultados operacionais, por muito bons que sejam, chegam para servir a dívida.

Infelizmente as empresas públicas, além da má gestão, têm servido muitas vezes como arma de arremesso politico e, nem naqueles casos em que os resultados operacionais melhoraram substancialmente, existe a honestidade da oposição em o reconhecer. Olha-se apenas para o resultado final que tem um peso enorme dos resultados financeiros negativos, consequência de muito pior gestão no passado.

Para mim o correcto, além de ver os resultados actuais, é muito mais ver se as administrações têm conseguido reduzir os passivos herdados porque se o fizerem já será um sinal de melhor gestão, como aconteceu na RTP por exemplo.
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por Elias » 4/11/2010 9:32

AutoMech Escreveu:Sim, a TAP foi um exemplo infeliz ainda que os prejuízos em si não signifiquem que esteja a ser mal gerida. Em 2009 tanto a British Airways e KLM Air France, por exemplo, tiveram prejuízos históricos em 2009.


É um facto, mas a diferença é que a Air France, por exemplo, deu sempre lucros, só deu prejuízo em 2009 e este ano voltou aos lucros.

A TAP é o contrário: cronicamente dá prejuízo, houve um ano (2008, salvo erro) em que deu lucro e a seguir voltou aos prejuízos.
 
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por Automech » 4/11/2010 9:16

Duas noticias que ilustram o que disse no meu ultimo post sobre a competência de quem é encarregue de gerir concursos ou planear:

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/co ... id=1702141

http://www.ionline.pt/conteudo/86751-lo ... al-cascais
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por Automech » 4/11/2010 3:09

Elias Escreveu:Mais facilmente eu apoiaria um modelo que assentasse num salário base mais modesto (por exemplo 5 mil euros, o equivalente ao ordenado do primeiro-ministro), acrescido de prémios generosos indexados a resultados positivos (os prémios até podiam ser de cinco vezes o salário, se os resultados se escrevessem com oito ou nove dígitos). Infelizmente no nosso país não se promove o mérito nem há estímulo à obtenção de bons resultados, e por isso prefere-se oferecer e manter regalias, mesmo que os resultados sejam a desgraça que se vê. Não há consequências quando os resultados são maus (ou há? quando foi a última vez que um gestor público foi corrido por causa de maus resultados?)


Não vou discutir se o ordenado que propões é bom ou mau porque isso dependeria da empresa, concorrência ou não, etc, mas quanto ao restou estou absolutamente de acordo.

O que se passa é uma total incapacidade do estado (provavelmente intencional) em definir objectivos concretos para os gestores que contrata, à semelhança do que faz o sector privado.

Isso está relacionado, não só com o compadrio (não interessa nada ter um objectivo publicitado para depois o amigo no fim do ano não o atingir e a oposição cair em cima e/ou ser despedido) e por outro lado porque muitas vezes as pessoas que tutelam são elas próprias incompetentes ou negligentes (com aconteceu com os contratos das PPPs)

Além disso temos gestores públicos de carreira (o que só por si não seria mau) que tão depressa gerem comboios, como águas, como correios e no final apenas vão acumulando alegremente prejuízos e défices.

Conta isto a alternativa de recrutar competência no privado seria, quanto a mim, muito melhor.
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