Crise? Qual crise? Ah, sim, a crise portuguesa!!!!!
Paulo Bento ganhará 900 mil euros por ano
22.09.2010 - 00:48 Hugo Daniel Sousa
publico.pt
Paulo Bento assinou nesta terça-feira contrato como seleccionador nacional de futebol até Julho de 2012 e, apurou o PÚBLICO, vai receber 900 mil euros por ano. Este montante — mais de 64 mil euros por mês — é bastante inferior ao que ganhava Carlos Queiroz, cujo vencimento rondava os 1,5 milhões de euros por ano e atingiria mesmo os 3,2 milhões anuais se fossem incluídos os direitos de imagem e outras verbas contratuais.
O novo seleccionador vai preocupar-se essencialmente com a equipa principal, estando definido no contrato que terá direito a um prémio monetário caso consiga a qualificação para a fase final do Europeu de 2012, que se realizará na Polónia e Ucrânia.
O ex-treinador do Sporting terá ainda um papel de supervisão da selecção de sub-21, mas não assumirá a coordenação de todas as selecções jovens, embora possa ter, naturalmente, uma palavra a dizer na definição das equipas técnicas que vão acompanhar as selecções mais jovens — será encontrada uma pessoa, em princípio dentro das que fazem parte da actual estrutura técnica, para ter um papel mais transversal na coordenação das equipas jovens, adiantou ao PÚBLICO fonte federativa.
“Já sou seleccionador”, foi a frase libertada por Paulo Bento à saída da sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), onde assinou contrato e iniciou o trabalho com vista à elaboração da pré-convocatória para os jogos com a Dinamarca e Islândia, agendados para 8 e 12 de Outubro, respectivamente — a estreia oficial de Bento ocorrerá no Estádio do Dragão, no Porto.
O novo técnico, de 41 anos, acrescentou ainda que sente “satisfação e orgulho” por ter sido o escolhido para o cargo e referiu que todos os detalhes foram tratados, remetendo mais explicações para a conferência de imprensa desta quarta-feira (12h), em que será oficialmente apresentado.
No segundo projecto da sua carreira de treinador no futebol sénior, Paulo Bento, de 41 anos, será acompanhado por três elementos da sua equipa técnica: o adjunto madeirense Leonel Pontes, que foi um dos responsáveis da ida de Cristiano Ronaldo para o Sporting e chegou a ser tutor do futebolista, o preparador físico João Aroso e o treinador de guarda-redes Ricardo Peres, que irão auferir vencimentos entre os 5000 e 8000 euros mensais.
Gilberto Madaíl, presidente da FPF, também foi parco em palavras, mostrando-se, por um lado, aliviado pela contratação de um novo seleccionador (“é mais um problema que passou, vamos agora aos outros”) e, por outro, confiante que Paulo Bento conseguirá conduzir Portugal à fase final do Euro 2012.
Amândio de saída
O vice-presidente que esteve no centro de uma das polémicas com Carlos Queiroz, Amândio de Carvalho, também falou, revelando que está de saída da federação. “Penso que não”, respondeu o dirigente, quando questionado se continuará na FPF, mesmo que Madaíl se recandidate nas próximas eleições, que se deverão realizar em Janeiro de 2011. “Estou a atingir o prazo de validade”, admitiu Amândio de Carvalho, sublinhando que já está ligado à modalidade há “40 anos” – o “vice” da FPF aproveitou ainda para esclarecer que esteve no México 1986, durante o caso Saltillo (polémicas com prémios dos jogadores e publicidade), mas não que não estava na federação quando aconteceu o chamado “caso Paula” (prostitutas no hotel da selecção) e nas polémicas no Mundial 2002, na Coreia do Sul.
Confirmando publicamente que votou contra a contratação de Carlos Queiroz, o dirigente disse ainda estar “um bocado chocado” com as acusações do ex-seleccionador, mas recusou, com ironia, entrar em detalhes sobre a entrevista ao Expresso em que foi acusado de ter posto a cara na cabeça do polvo que queria ver Queiroz fora da federação: “O meu almoço hoje foi polvo à lagareiro e estava muito bom. E no domingo, na Madeira, comi salada de polvo. Não tenho nenhum problema com o polvo.”
22.09.2010 - 00:48 Hugo Daniel Sousa
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Paulo Bento assinou nesta terça-feira contrato como seleccionador nacional de futebol até Julho de 2012 e, apurou o PÚBLICO, vai receber 900 mil euros por ano. Este montante — mais de 64 mil euros por mês — é bastante inferior ao que ganhava Carlos Queiroz, cujo vencimento rondava os 1,5 milhões de euros por ano e atingiria mesmo os 3,2 milhões anuais se fossem incluídos os direitos de imagem e outras verbas contratuais.
O novo seleccionador vai preocupar-se essencialmente com a equipa principal, estando definido no contrato que terá direito a um prémio monetário caso consiga a qualificação para a fase final do Europeu de 2012, que se realizará na Polónia e Ucrânia.
O ex-treinador do Sporting terá ainda um papel de supervisão da selecção de sub-21, mas não assumirá a coordenação de todas as selecções jovens, embora possa ter, naturalmente, uma palavra a dizer na definição das equipas técnicas que vão acompanhar as selecções mais jovens — será encontrada uma pessoa, em princípio dentro das que fazem parte da actual estrutura técnica, para ter um papel mais transversal na coordenação das equipas jovens, adiantou ao PÚBLICO fonte federativa.
“Já sou seleccionador”, foi a frase libertada por Paulo Bento à saída da sede da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), onde assinou contrato e iniciou o trabalho com vista à elaboração da pré-convocatória para os jogos com a Dinamarca e Islândia, agendados para 8 e 12 de Outubro, respectivamente — a estreia oficial de Bento ocorrerá no Estádio do Dragão, no Porto.
O novo técnico, de 41 anos, acrescentou ainda que sente “satisfação e orgulho” por ter sido o escolhido para o cargo e referiu que todos os detalhes foram tratados, remetendo mais explicações para a conferência de imprensa desta quarta-feira (12h), em que será oficialmente apresentado.
No segundo projecto da sua carreira de treinador no futebol sénior, Paulo Bento, de 41 anos, será acompanhado por três elementos da sua equipa técnica: o adjunto madeirense Leonel Pontes, que foi um dos responsáveis da ida de Cristiano Ronaldo para o Sporting e chegou a ser tutor do futebolista, o preparador físico João Aroso e o treinador de guarda-redes Ricardo Peres, que irão auferir vencimentos entre os 5000 e 8000 euros mensais.
Gilberto Madaíl, presidente da FPF, também foi parco em palavras, mostrando-se, por um lado, aliviado pela contratação de um novo seleccionador (“é mais um problema que passou, vamos agora aos outros”) e, por outro, confiante que Paulo Bento conseguirá conduzir Portugal à fase final do Euro 2012.
Amândio de saída
O vice-presidente que esteve no centro de uma das polémicas com Carlos Queiroz, Amândio de Carvalho, também falou, revelando que está de saída da federação. “Penso que não”, respondeu o dirigente, quando questionado se continuará na FPF, mesmo que Madaíl se recandidate nas próximas eleições, que se deverão realizar em Janeiro de 2011. “Estou a atingir o prazo de validade”, admitiu Amândio de Carvalho, sublinhando que já está ligado à modalidade há “40 anos” – o “vice” da FPF aproveitou ainda para esclarecer que esteve no México 1986, durante o caso Saltillo (polémicas com prémios dos jogadores e publicidade), mas não que não estava na federação quando aconteceu o chamado “caso Paula” (prostitutas no hotel da selecção) e nas polémicas no Mundial 2002, na Coreia do Sul.
Confirmando publicamente que votou contra a contratação de Carlos Queiroz, o dirigente disse ainda estar “um bocado chocado” com as acusações do ex-seleccionador, mas recusou, com ironia, entrar em detalhes sobre a entrevista ao Expresso em que foi acusado de ter posto a cara na cabeça do polvo que queria ver Queiroz fora da federação: “O meu almoço hoje foi polvo à lagareiro e estava muito bom. E no domingo, na Madeira, comi salada de polvo. Não tenho nenhum problema com o polvo.”
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Estou a planear emigrar pois confesso que estou verdadeiramente preocupado com o futuro do nosso País.
O problema é muito grave e não têm apenas a vêr com a despesa pública imparável. Mesmo que controlada a despesa pública, não é certamente sem dinheiro para emprestar que esta banca irá substituir a multidão de empresas deslocalizadas que assistimos nestes últimos anos e quanto tempo irá demorar? É preciso notar que, para dificultar ainda mais as coisas, o investimento terá de ser em bens transacionáveis e em áreas de inovação.
Os Países Europeus parecem todos reféns duma união europeia caduca com a corrupção em níveis assustadores e sem rumo (cada um por si e Deus por todos).
Há algo muito forte que impede a Europa de se defender, mas o quê? Sem emprego e sem dinheiro, o desastre está mesmo à nossa frente!
O problema é muito grave e não têm apenas a vêr com a despesa pública imparável. Mesmo que controlada a despesa pública, não é certamente sem dinheiro para emprestar que esta banca irá substituir a multidão de empresas deslocalizadas que assistimos nestes últimos anos e quanto tempo irá demorar? É preciso notar que, para dificultar ainda mais as coisas, o investimento terá de ser em bens transacionáveis e em áreas de inovação.
Os Países Europeus parecem todos reféns duma união europeia caduca com a corrupção em níveis assustadores e sem rumo (cada um por si e Deus por todos).
Há algo muito forte que impede a Europa de se defender, mas o quê? Sem emprego e sem dinheiro, o desastre está mesmo à nossa frente!
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mais_um Escreveu:AutoMech Escreveu:Era inevitável...
Alem da falta de cabeça de uma parte da população, a grande responsabilidade é dos bancos, já que durante anos fizeram campanhas agressivas de credito facil e "barato", perdi a conta aos cheques que recebi em casa de vários bancos, com 20, 30, 40 e 50 mil euros de credito pessoal aprovado.
Desculpa mais_um, mas essa da grande responsabilidade ser dos bancos é retirar o ónus da responsabilidade de quem incorreu em crédito sem pensar se o podia pagar.
Não é por a Opel bombardear todos os dias com anúncios de carros que eu vou a correr a comprar um.
Não é por a Zon me andar sempre a chatear que só por 22 euros posso ter a Sport TV, que eu decido aceitar.
Não é por o Continente ter a cerveja a 50% que eu decido encher a despensa de Super Bocks.
Aquilo que tu fizeste e bem (eu por acaso tive uma situação idêntica e também pedi para baixar o plafond) só não fez quem não quis.
Os bancos promoveram os seus produtos, como o faz qualquer empresa.
Foram culpados em criar a actual situação de sobre endividamento ? Tiveram.
Agora serem os grandes responsáveis, isso não. A culpa neste caso está dividida em 50/50, na melhor das hipóteses.
É tempo de parar de tratar pessoas (adultos, por sinal) como se fossem criancinhas a quem temos de dizer para ter cuidado para atravessar a estrada.
Se me disserem que não há cultura financeira em Portugal, isso é outra coisa. É culpa, sim, do sistema de ensino.
Turistas estrangeiros gastaram mais 339 milhões de euros em Portugal
21.09.2010 - 12:27 Por Raquel Almeida Correia
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As receitas geradas por turismo externo aumentaram 57 por cento em Julho, face ao mês anterior, e já ultrapassaram os níveis pré-crise. No entanto, os portugueses gastaram menos lá fora.
Os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP) mostram que, no mês de Junho, os turistas estrangeiros geraram receitas de 932,7 milhões de euros em Portugal, o que significou um aumento de 57 por cento face ao mês anterior. Os portugueses despenderam 258 milhões de euros no exterior, menos 4,9 por cento.
Estas oscilações tiveram impacto sobre a balança comercial da actividade turística, cujo saldo aumentou 109 por cento, situando-se agora nos 674,7 milhões de euros, refere o Boletim Estatístico do banco central, liderado por Carlos Costa.
Quando comparados com igual período de 2009, os resultados alcançados em Julho deste ano mostram, igualmente, uma tendência positiva.
As receitas geradas por turistas estrangeiros subiram 11,7 por cento. E até mesmo os gastos dos portugueses lá foram registaram uma subida, na ordem dos 7,9 por cento.
Face a 2007, um dos melhores anos do turismo nacional, numa altura em que a crise ainda não tinha eclodido, também se verifica um aumento das despesas dos estrangeiros em Portugal, embora menos expressiva (4,9 por cento).
O mesmo se passa com as receitas geradas por turistas portugueses no exterior, que registam uma subida de 0,05 por cento.
No acumulado de 2010, os gastos totais do mercado externo já atingiram os 3,928 mil milhões de euros. Valor que compara com os 3,624 mil milhões alcançados. no ano passado, entre Janeiro e Julho, e com os 3,899 mil milhões de 2007.
21.09.2010 - 12:27 Por Raquel Almeida Correia
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As receitas geradas por turismo externo aumentaram 57 por cento em Julho, face ao mês anterior, e já ultrapassaram os níveis pré-crise. No entanto, os portugueses gastaram menos lá fora.
Os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP) mostram que, no mês de Junho, os turistas estrangeiros geraram receitas de 932,7 milhões de euros em Portugal, o que significou um aumento de 57 por cento face ao mês anterior. Os portugueses despenderam 258 milhões de euros no exterior, menos 4,9 por cento.
Estas oscilações tiveram impacto sobre a balança comercial da actividade turística, cujo saldo aumentou 109 por cento, situando-se agora nos 674,7 milhões de euros, refere o Boletim Estatístico do banco central, liderado por Carlos Costa.
Quando comparados com igual período de 2009, os resultados alcançados em Julho deste ano mostram, igualmente, uma tendência positiva.
As receitas geradas por turistas estrangeiros subiram 11,7 por cento. E até mesmo os gastos dos portugueses lá foram registaram uma subida, na ordem dos 7,9 por cento.
Face a 2007, um dos melhores anos do turismo nacional, numa altura em que a crise ainda não tinha eclodido, também se verifica um aumento das despesas dos estrangeiros em Portugal, embora menos expressiva (4,9 por cento).
O mesmo se passa com as receitas geradas por turistas portugueses no exterior, que registam uma subida de 0,05 por cento.
No acumulado de 2010, os gastos totais do mercado externo já atingiram os 3,928 mil milhões de euros. Valor que compara com os 3,624 mil milhões alcançados. no ano passado, entre Janeiro e Julho, e com os 3,899 mil milhões de 2007.
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whitebala Escreveu:Elias Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Aqui sim, podemos constatar que a crise existe e é real:
Já agora quando foi a ultima vez que Portugal NÃO esteve em crise? Lol...
A diferença é que antes a crise tinha a ver com a comparação com "lá fora".
Agora a crise vai ser relativa à comparação com o nosso passado recente de (relativa) abundância!
De uma forma ou de outra, estamos a falar de comparações. Se há alguém que está ou esteve melhor que nós, então estamos em crise... lol
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Elias Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:Aqui sim, podemos constatar que a crise existe e é real:
Já agora quando foi a ultima vez que Portugal NÃO esteve em crise? Lol...
A diferença é que antes a crise tinha a ver com a comparação com "lá fora".
Agora a crise vai ser relativa à comparação com o nosso passado recente de (relativa) abundância!
Let´s Cruise forever
AutoMech Escreveu:Era inevitável...
O crescimento brutal do crédito ao consumo (e não só) nos último anos foi triplamente nefasto.
Primeiro por ajudar ao desequilíbrio da balança comercial, depois por 'forçar' o endividamento dos bancos lá fora para conceder crédito localmente e agora ao ajudar à deterioração do rácios das instituições financeira. Não que eu tenha alguma simpatia pelos bancos, porque em parte também se podem queixar da cama que ajudaram a fazer, mas isto acaba por ser algo que já se esperava.
Alem da falta de cabeça de uma parte da população, a grande responsabilidade é dos bancos, já que durante anos fizeram campanhas agressivas de credito facil e "barato", perdi a conta aos cheques que recebi em casa de vários bancos, com 20, 30, 40 e 50 mil euros de credito pessoal aprovado.
A minha mulher teve o limite do cartão de credito aumentado varias vezes até que ligou para o banco a pedir para baixar o valor, disseram que o não podiam fazer, tinha que ir lá pessoalemnte, quando chegou ao balcão, foi tratada como uma extraterrstre, perguntaram-lhe varias vezes se ela tinha a certeza que queria reduzir o plafond.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
MarcoAntonio Escreveu:...quem é que ainda não tem um televisor LCD, por exemplo...
Já agora a minha humilde contribuição: eu não tenho TV LCD (para quê, se o que tenho é mais que satisfatório?...). E já agora, embora já pudesse ter trocado, conduzo um carro com 10 anos que tenciono manter pelo menos mais 2 (não tem dado problemas, continua a gastar uns aceitáveis 5.8-6.0 l/100km de gasóleo, etc.). Era esse o espírito do pessoal do tempo dos meus pais e avós. Infelizmente, desde o final dos anos 80, em que nos tornamos um país "rico" (à custa da entrada de dinheiro fácil da EU) esse espírito perdeu-se.
Já agora, e como muita gente gosta de referir os países nórdicos como exemplo, deixem-me que coloque aqui um post de um blog conhecido, bem a propósito deste tema.
Francisco José Viegas, A Origem das Espécies Escreveu:A larguíssima maioria das minhas viagens de inter rail (muitas) foram nos países nórdicos, aos quais devo muito. Da ponte entre Puttgarden e Rødby (da Alemanha para a Dinamarca) até Svalbard, no mar de Barents, das ilhas Lofoten (em Stamsund, onde nasceu Liv Ullman) até à Karelia, suecos, noruegueses, dinamarqueses (e um pouco finlandeses) mostraram-me muito sobre várias coisas. Mas o que achava mais admirável era uma espécie de culto da frugalidade, que não (não, não) tinha apenas a ver com a tradição ou formação religiosa. Tinha a ver com a vida e a maneira de encará-la. Pensei nisso ao ver uma parte do jogo entre a Noruega e Portugal: as placas electrónicas ao longo das linhas laterais (as mais caras) passavam publicidade portuguesa. Havia umas excepções nas linhas finais, junto às balizas, e só de vez em quando. De repente pensei que estava a ver um jogo transmitido, imaginemos, da Albânia ou da Roménia (cujas empresas não têm dinheiro para comprar espaço em emissões internacionais). Não. Tratava-se da Noruega, onde as empresas são sólidas, onde os salários são altos e onde quase tudo «da indústria do lazer» é caro (restaurantes, bares, hotéis) e bom. Onde até a publicidade é cara. E boa.
Pensei também numa dessas viagens, a norte de Bergen (Ibsen, Peer Gynt, Grieg, etc.), junto dos lagos e fiordes. «Intocado», disse, olhando à volta. Nenhuma auto-estrada (além dos barcos, apenas uma pequena estrada – que aqui se chamaria «florestal» – e uma linha de caminho de ferro para um comboio lento e «turístico»). O meu companheiro de viagem, Jan, que era professor em Oslo (nascido em Bergen), explicou: «É. As pessoas gostam disto. É essa a razão.» Também me lembro da casa dos seus pais, do velho casaco de lã do pai, dos vasos com cidreira transplantada de Espanha, da sala de estar com uma maravilhosa biblioteca e viagens (o único lugar, digamos, exibicionista), do bolo feito em casa, da cerveja de Solvær, do carro com doze anos, da bicicleta enferrujada (o pai e a mãe ainda a usavam para irem até à beira do lago). Fiquei três dias, antes de subir para Bodo, Narvik, Trømso; não fomos jantar a restaurantes, não havia shoppings. Por isso pensei agora nas placas de publicidade. Não querem dizer nada, evidentemente, e talvez isso signifique que a nossa economia esteja a transbordar de energia, de bolsa farta para investimentos, mas, além de ser feia e chinfrim (aquelas cores, aqueles logos), pensei na sobriedade norueguesa, nas casas suecas, na ausência de placas de publicidade.
Ver este post aqui.
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Era inevitável...
O crescimento brutal do crédito ao consumo (e não só) nos último anos foi triplamente nefasto.
Primeiro por ajudar ao desequilíbrio da balança comercial, depois por 'forçar' o endividamento dos bancos lá fora para conceder crédito localmente e agora ao ajudar à deterioração do rácios das instituições financeira. Não que eu tenha alguma simpatia pelos bancos, porque em parte também se podem queixar da cama que ajudaram a fazer, mas isto acaba por ser algo que já se esperava.
O crescimento brutal do crédito ao consumo (e não só) nos último anos foi triplamente nefasto.
Primeiro por ajudar ao desequilíbrio da balança comercial, depois por 'forçar' o endividamento dos bancos lá fora para conceder crédito localmente e agora ao ajudar à deterioração do rácios das instituições financeira. Não que eu tenha alguma simpatia pelos bancos, porque em parte também se podem queixar da cama que ajudaram a fazer, mas isto acaba por ser algo que já se esperava.
Aqui sim, podemos constatar que a crise existe e é real:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=444459
A caminho de 1 em cada 10 que não consegue cumprir o pagamento da dívida no crédito ao consumo, parece-me assustador q.b.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=444459
Crédito malparado volta a aumentar em Julho e empréstimos diminuem
21 Setembro 2010 | 11:34
Sara Antunes - saraantunes@negocios.pt
O crédito malparado voltou a aumentar em Julho em todos os segmentos. É preciso recuar até 1998 para descobrir níveis de incumprimento semelhantes aos actuais, um sinal que revela que as dificuldades em conseguir cumprir com o pagamento dos empréstimos continuam a crescer.
As famílias têm em atraso o pagamento de 4,09 mil milhões de euros, o que corresponde a 2,91% do total dos empréstimos concedidos pela banca. Este é mesmo o nível de malparado mais elevado desde Junho de 1998, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal referentes a Julho, no Boletim Estatístico, e já noticiados pelo Negócios.
O segmento que maior dificuldades está a demonstrar é mesmo o crédito ao consumo, cujo peso do malparado já ascende a 7,86% do total dos financiamentos para este fim, um valor nunca visto no historial do banco central. Já no caso do crédito à habitação, 1,74% do total dos empréstimos concedidos (1,9 mil milhões de euros) consta na lista de "cobranças duvidosas".
No caso das empresas, o cenário não é mais animador. O crédito malparado atingiu, em Julho, o nível mais elevado desde Dezembro de 1998 ao representar 4,66% do total dos empréstimos concedidos. São mais de 5,49 mil milhões de euros o valor total do incumprimento das empresas para com as instituições.
Novos empréstimos às famílias diminuem
A concessão de empréstimos às famílias diminuiu, em Julho, quando comparado com o mês anterior. Para a compra de casa, a banca emprestou 975 milhões de euros, menos 30 milhões do que em Julho. Para o crédito ao consumo a banca canalizou menos 29 milhões de euros, financiando os particulares em 327 milhões.
Já às empresas os bancos emprestaram mais dinheiro. Para financiamentos até um milhão de euros houve um acréscimo de 161 milhões de euros, e para empréstimos superiores àquele valor o aumento foi superior a um milhão de euros, depois de ter caído no mês anterior.
Nos últimos sete meses, a evolução dos empréstimos às empresas não foi estável. Um mês a cair, no outro a aumentar, para a seguir voltar a diminuir.
A caminho de 1 em cada 10 que não consegue cumprir o pagamento da dívida no crédito ao consumo, parece-me assustador q.b.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
tonirai Escreveu:MarcoAntonio Escreveu:...quem é que ainda não tem um televisor LCD, por exemplo...
b) Ou quando uma TV avariar e não se justificar repará-la.
Foi exactamente o que me sucedeu.. e digo que foi uma dor de alma para abandonar o CRT... durou 9 anos e foi reparada uma vez.
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MarcoAntonio Escreveu:...quem é que ainda não tem um televisor LCD, por exemplo...
Aproveito para dar o exemplo:
Como pessoa ponderada e poupada que sou... ainda não tenho LCDs, Plasmas, ou afins.
É verdade, meus senhores, o mais fino que tenho cá pelas casas são 2 TFTs para negociar.
(Falo em "casas" pois considero tanto a casa dos meus pais, como esta onde resido há 10 anos, como "minhas casas", como filho único que sou, e dividindo o meu tempo entre elas como divido).
Simplesmente, é o tipo de coisas que, para mim, só se pondera comprar:
a) Ou quando se colocar TV numa divisão da casa que não tinha;
b) Ou quando uma TV avariar e não se justificar repará-la.
Ora como nem uma coisa nem outra tem acontecido (felizmente) cá pelas nossas casas, continua-se com 5 CRTs antiguinhos! (o mais novo tem, penso eu, 7 anos).
Caro Ferradura :
O problema já vem desde , a guerra civil entre D. Miguel e D. pedro, no século XIX, houve vários defaults, e não houve mais porque o Barings , segurou as pontas.
A república foi um desastre na politica e economia .
O estado novo com Salazar , foi a excepção á regra, e tentaram mudar rumo do país e conseguiram, mas os medíocres, do costume , voltam no 25 Abril.
Não por mero acaso que o Salazar é o mito, e existe um interesse crescente, em conhecer a sua biografia.
O estado novo foi o único período, da história recente , em que o estado não foi á falência, e nunca teve um default , pelo contrário.
Não esquecer , que no fim da república , o país ja´ não conseguia ter crédito externo.
Actualmente falta pouco , para que o país já não consiga crédito, ou se consegue a preços loucos, mas quem acaba por pagar , são os contribuintes , e principalmente as empresas,e particulares da privada , que são os puxam a carroça cada vez mais pesada.
O problema já vem desde , a guerra civil entre D. Miguel e D. pedro, no século XIX, houve vários defaults, e não houve mais porque o Barings , segurou as pontas.
A república foi um desastre na politica e economia .
O estado novo com Salazar , foi a excepção á regra, e tentaram mudar rumo do país e conseguiram, mas os medíocres, do costume , voltam no 25 Abril.
Não por mero acaso que o Salazar é o mito, e existe um interesse crescente, em conhecer a sua biografia.
O estado novo foi o único período, da história recente , em que o estado não foi á falência, e nunca teve um default , pelo contrário.
Não esquecer , que no fim da república , o país ja´ não conseguia ter crédito externo.
Actualmente falta pouco , para que o país já não consiga crédito, ou se consegue a preços loucos, mas quem acaba por pagar , são os contribuintes , e principalmente as empresas,e particulares da privada , que são os puxam a carroça cada vez mais pesada.
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Só há aí um "pequenino" problema nessas tuas referências: só falam de determinados sectores da sociedade quando o problema é completamente generalizado pelos diversos sectores (não no sentido de se aplicar a toda a gente sem excepção, naturalmente, mas no de estar presente e espalhado pelos diversos sectores, com comportamentos nuns que têm paralelo nos outros).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Embora o meu ramo seja a engenharia, gosto muito de ler.Deixo aqui umas dicas:
Camilo Castelo Branco:
A queda de um anjo: A história que relata a podridão do sistema politico Portugês do sec XIX
Julio Diniz:
Fidalgos da casa Mourisca:
Mostra a fraqueza dos nossos nobres que deixaram destruir toda a fortuna que tinham, em vez de trabalharem e com isso tornar o reino mais rico.
Eça de Queroz:
Os Maias: realça a fraqueza dos nossos politicos, e da nossa classe alta, que só sabia desdenhar de Portugal, e desejar tudo o que vinha de fora.
Camilo Castelo Branco:
A queda de um anjo: A história que relata a podridão do sistema politico Portugês do sec XIX
Julio Diniz:
Fidalgos da casa Mourisca:
Mostra a fraqueza dos nossos nobres que deixaram destruir toda a fortuna que tinham, em vez de trabalharem e com isso tornar o reino mais rico.
Eça de Queroz:
Os Maias: realça a fraqueza dos nossos politicos, e da nossa classe alta, que só sabia desdenhar de Portugal, e desejar tudo o que vinha de fora.
MarcoAntonio Escreveu:ferradura Escreveu:honestamente...
é normal um país com 600.000 desempregados, o que significa 2 milhoes de pessoas afectadas (familia directa).Mais não sei quantos milhoes de reformados...e venderem-se 3 milhoes de telemóveis em Portugal em 6 meses ?!?!?
Isto não é andarmos a gozar uns com os outros ?
Afinal ha crise, ou é tudo uma falsidade, e Socrates até tem razão ?
Eu penso que pelos vistos ele tem razão...
Está tudo bem...por cá...
Não, a questão é que as pessoas não entendem ou não se apercebem!
Não entendem/apercebem porque é tudo um faz de conta, uma ilusão, um bem estar mantido de forma artificial. Um país tem de estar nas ruas da amargura quando perde anualmente cerca de 10% do seu produto interno bruto. É uma autêntica sangria. Então, porque é que o país não vive na miséria e há por aí tanto bem estar aparente?
Porque se está a endividar. O país vai sendo injectado com capital para compensar a sangria. E nem todo o endividamento é directo: nem toda a gente se endivida quando vai comprar algo... a endividar-se pode estar, por exemplo, o patrão para lhe pagar o vencimento e portanto o empregado/consumidor nem nota que o seu estilo de vida está a implicar endividamento. Outros ainda vendem bens e serviços que vão levar ao endividamento de terceiros (ou de quem os consome, por exemplo). E portanto, os seus rendimentos vêm de endividamento. Ele argumenta que comprou o seu Audi ou Mercedes ou BMW novo em folha (em substituição do seu anterior que já estava velho de 3 anos e meio) com o seu dinheiro e que não se endividou. Mas endividou-se o país e endividaram-se outros para ele ter o dinheiro para fazer a troca de viatura.
Portanto, anda aí "tudo" com carro novo, com dois e três telemóveis no bolso e muitos outros bens e serviços que poderiam ser consumidos com outra "regra" (moderação) - quem é que ainda não tem um televisor LCD, por exemplo - porque simplesmente as pessoas, de uma forma geral, não se apercebem do que se está a passar. Enquanto houver dinheiro a circular, a coisa vai rolando...
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ferradura Escreveu:honestamente...
é normal um país com 600.000 desempregados, o que significa 2 milhoes de pessoas afectadas (familia directa).Mais não sei quantos milhoes de reformados...e venderem-se 3 milhoes de telemóveis em Portugal em 6 meses ?!?!?
Isto não é andarmos a gozar uns com os outros ?
Afinal ha crise, ou é tudo uma falsidade, e Socrates até tem razão ?
Eu penso que pelos vistos ele tem razão...
Está tudo bem...por cá...
Não, a questão é que as pessoas não entendem ou não se apercebem!
Não entendem/apercebem porque é tudo um faz de conta, uma ilusão, um bem estar mantido de forma artificial. Um país tem de estar nas ruas da amargura quando perde anualmente cerca de 10% do seu produto interno bruto. É uma autêntica sangria. Então, porque é que o país não vive na miséria e há por aí tanto bem estar aparente?
Porque se está a endividar. O país vai sendo injectado com capital para compensar a sangria. E nem todo o endividamento é directo: nem toda a gente se endivida quando vai comprar algo... a endividar-se pode estar, por exemplo, o patrão para lhe pagar o vencimento e portanto o empregado/consumidor nem nota que o seu estilo de vida está a implicar endividamento. Outros ainda vendem bens e serviços que vão levar ao endividamento de terceiros (ou de quem os consome, por exemplo). E portanto, os seus rendimentos vêm de endividamento. Ele argumenta que comprou o seu Audi ou Mercedes ou BMW novo em folha (em substituição do seu anterior que já estava velho de 3 anos e meio) com o seu dinheiro e que não se endividou. Mas endividou-se o país e endividaram-se outros para ele ter o dinheiro para fazer a troca de viatura.
Portanto, anda aí "tudo" com carro novo, com dois e três telemóveis no bolso e muitos outros bens e serviços que poderiam ser consumidos com outra "regra" (moderação) - quem é que ainda não tem um televisor LCD, por exemplo - porque simplesmente as pessoas, de uma forma geral, não se apercebem do que se está a passar. Enquanto houver dinheiro a circular, a coisa vai rolando...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
honestamente...
é normal um país com 600.000 desempregados, o que significa 2 milhoes de pessoas afectadas (familia directa).Mais não sei quantos milhoes de reformados...e venderem-se 3 milhoes de telemóveis em Portugal em 6 meses ?!?!?
Isto não é andarmos a gozar uns com os outros ?
Afinal ha crise, ou é tudo uma falsidade, e Socrates até tem razão ?
Eu penso que pelos vistos ele tem razão...
Está tudo bem...por cá...
é normal um país com 600.000 desempregados, o que significa 2 milhoes de pessoas afectadas (familia directa).Mais não sei quantos milhoes de reformados...e venderem-se 3 milhoes de telemóveis em Portugal em 6 meses ?!?!?
Isto não é andarmos a gozar uns com os outros ?
Afinal ha crise, ou é tudo uma falsidade, e Socrates até tem razão ?
Eu penso que pelos vistos ele tem razão...
Está tudo bem...por cá...
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Re: f. Publicos sem subsidio de Natal
Meu caro, ajpr3392 eu nunca fui cliente do BCP.
Deve estar equivocado.
Além disso nunca eu referi o ou os bancos onde sou cliente, e dos quais não tenho queixas.
Deve estar equivocado.
Além disso nunca eu referi o ou os bancos onde sou cliente, e dos quais não tenho queixas.
ajpr3392 Escreveu:ferradura Escreveu:Vejamos o que vai acontecer em Outubro:
-Subsidio de Natal dos F. publicos vai ser congelado (não vai haver).Isso equivale a um corte de 9% no ordenado.
O FMI vai cá aparecer.PorquÊ ?, porque acham queSocrates cancelou o TGV ? (lá vai o desemprego disparar na construção civil)
O que já tinha dito:
MAs Os culpado da crise são:
Socrates ?, Guterres ? Cava ? Salazar ?
Não, os culpados somos nós mesmo.
-Premiamos não o mérito mas as cunhas a nível de empresa (dai o perigo do despedimento artitrario em Portugal).Se fosse como nos EUA, não haveria problema.
-Não damos oportunidades a projectos inovadores, uns poruqe a sua quintinha mediocre é afectada, outros porque só sabem dizer mal.Falo por experiência.
-Não dámos valor à nossa produção.Alias basta ler Eça de Quiroz ou Julio Diniz para observarmos que no séc XIX já em Portugal tinhamos a mania de comprar tudo fora.
-Não temos espirito empreendedor.
-Temos a mania que o estado é que deve tudo e o cidadão nada.
-O estado tem a mania que pode fazer o que quer e será só aumentar impostos.
-E Sabem que mais ?
Acham que um país que vendeu 3 milhoes de telemóveis em 6 meses, e teve um aumento do número de carros vendidos, e diz mal de ter brutais impostos automóveis e combustivel, tem algum crédito ?.
Tem de compreender que consumir gasolina equivale a uma importação, comprar carro, equivale a uma importação.
Porque comprra carro de 3 em 3 anos e não de 15 em 15 ?
Porque não dar voltas a pé em vez de usar o carro para tudo ?
PorquÊ mudar de telemóvel de 3 em em meses e não de 5 em 5 anos ?
Enquanto não compreendermos isto a nossa nação nunca será nada.
É assim tão dificil ?
Será que sou o único com esta visão (eu e mais meio duzia de pessoas ilustres e ou ou outro anonimo, tal como eu)
Meu Caro,
Ao ler o seu "post" verifico que fala num projecto pessaol que considera inovador e não tem merecido o apoio que mereçe, na sua opinião é claro. Em tempos, li tambem um "post" seu com o titulo "porque deixei de ser cliente MillenniumBCP". Aqui as palavras simpáticas para dois Bancos da nossa passa eram claras. Estes tb não tem apoioado o seu projecto?
Sabe um dos problemas é esse, o estado prefere enterrar milhoes em empresas que, passado 1 mês abrem insolvencia, a apoiar projectos inovadores. Não sei se é o seu caso, claro. Neste ambito os projectos devem ser apoiados pelo capital de risco tipo "business angels" ou entao com capitais próprios. Para si os CP´s nao devem ser problema, dado que é muito assediado para manter/abrir contas nos Bancos. Avance lá com o projecto, o país bem precisa.
MC
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Nyk Escreveu:Se tirarem o subsidio de Natal aos funcionários públicos, não sei se será a solução, resolvem no imediato o corte na despesa, mas vão no curto medio prazo perder receita devido a quebra do consumo!
Bem visto, as empresas que precisam de vender, ou seja imaginamos que o Estado gasta 1000 Milhoes no Subsidio de Natal, saõ mil milhoes que deixam de estar na economia, ou directa ou indirectamente.
NOta: A banca também precisa de se fianciar.
Se tirarem o subsidio de Natal aos funcionários públicos, não sei se será a solução, resolvem no imediato o corte na despesa, mas vão no curto medio prazo perder receita devido a quebra do consumo! 

"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Re: f. Publicos sem subsidio de Natal
Elias Escreveu:ferradura Escreveu:Porque não dar voltas a pé em vez de usar o carro para tudo ?
Simples: porque o pessoal gosta de andar de carro, paa passar a imagem de que vive bem.
Andar a pé é visto como sinal de pobreza (e isto é especialmente verdade fora das grandes metrópoles, ou seja em terras pequenas e meios rurais).
Não tenhas a menor duvida, tenho um Mercedes W123 de 1977, restaurei-o todo. Custou-me 1500 euros, e dá para as minhas voltinhas, um 200D a gasoleo, não paga imposto, está isento e ainda por cima, um
seguro baixo, que quero eu mais.
Tem a ficha de inspecção limpinha, e de mecanica um espectaculo.
Gastei mais 1000 numa pintura nova, toda a mao. ficou um brinquinho.
Se tivesse comprado um de 20000 Euros ja tinha desvalorizado mais que isso, e não estava pago.
e garanto-vos que é mais seguro, do que uma lata que ai anda cheia de plasticos na estarda.
Já tive pessoas que me disseram, com ar ironico, epa isso é uma arrastadeira, eu sorrio e digo, Epá aquilo até transporta reboques com areia.
Gostava de ver um dos novos fazer isso??
Enquanto continuarmos a pensar que temos de ter porque os outros têem não vamso a lado nenhum.
Acredito e penso que as pessoas que podem ter, devem faze-lo, agora os outros endividarem-se para ter??
Cumprimentos.
Re: f. Publicos sem subsidio de Natal
ferradura Escreveu:Vejamos o que vai acontecer em Outubro:
-Subsidio de Natal dos F. publicos vai ser congelado (não vai haver).Isso equivale a um corte de 9% no ordenado.
O FMI vai cá aparecer.PorquÊ ?, porque acham queSocrates cancelou o TGV ? (lá vai o desemprego disparar na construção civil)
O que já tinha dito:
MAs Os culpado da crise são:
Socrates ?, Guterres ? Cava ? Salazar ?
Não, os culpados somos nós mesmo.
-Premiamos não o mérito mas as cunhas a nível de empresa (dai o perigo do despedimento artitrario em Portugal).Se fosse como nos EUA, não haveria problema.
-Não damos oportunidades a projectos inovadores, uns poruqe a sua quintinha mediocre é afectada, outros porque só sabem dizer mal.Falo por experiência.
-Não dámos valor à nossa produção.Alias basta ler Eça de Quiroz ou Julio Diniz para observarmos que no séc XIX já em Portugal tinhamos a mania de comprar tudo fora.
-Não temos espirito empreendedor.
-Temos a mania que o estado é que deve tudo e o cidadão nada.
-O estado tem a mania que pode fazer o que quer e será só aumentar impostos.
-E Sabem que mais ?
Acham que um país que vendeu 3 milhoes de telemóveis em 6 meses, e teve um aumento do número de carros vendidos, e diz mal de ter brutais impostos automóveis e combustivel, tem algum crédito ?.
Tem de compreender que consumir gasolina equivale a uma importação, comprar carro, equivale a uma importação.
Porque comprra carro de 3 em 3 anos e não de 15 em 15 ?
Porque não dar voltas a pé em vez de usar o carro para tudo ?
PorquÊ mudar de telemóvel de 3 em em meses e não de 5 em 5 anos ?
Enquanto não compreendermos isto a nossa nação nunca será nada.
É assim tão dificil ?
Será que sou o único com esta visão (eu e mais meio duzia de pessoas ilustres e ou ou outro anonimo, tal como eu)
Meu Caro,
Ao ler o seu "post" verifico que fala num projecto pessaol que considera inovador e não tem merecido o apoio que mereçe, na sua opinião é claro. Em tempos, li tambem um "post" seu com o titulo "porque deixei de ser cliente MillenniumBCP". Aqui as palavras simpáticas para dois Bancos da nossa passa eram claras. Estes tb não tem apoioado o seu projecto?
Sabe um dos problemas é esse, o estado prefere enterrar milhoes em empresas que, passado 1 mês abrem insolvencia, a apoiar projectos inovadores. Não sei se é o seu caso, claro. Neste ambito os projectos devem ser apoiados pelo capital de risco tipo "business angels" ou entao com capitais próprios. Para si os CP´s nao devem ser problema, dado que é muito assediado para manter/abrir contas nos Bancos. Avance lá com o projecto, o país bem precisa.
MC
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