João Leão: Economia precisa de imigrantes (e não só dos qualificados)

[varus]

Caro Marco António :

O que disse está mais actual do que nunca, em 1973 havia 200.000 FP e actualmente existem 750.000, com os avanços informáticos !!!
A população neste período multiplicou por 3.5 ?
Houve muitos empregos , principalmente nas autarquias, que foram atribuidos aos apoiantes dos partidos e familiares.
Porque a gestão no estado novo compadecia com este tipo de loucuras colectivas .

[habanero04]

Na empresa onde trabalho os directores mudam de automóvel de 4 em 4 anos, e a alta administração de 2 em 2. Os automóveis ficam novos e digamos que são automóveis topo de gama das melhores marcas que os motores aguentam muitos mais Kms que um qualquer utilitário, mas tem que se andar sempre com o último modelo e da gama superior ao anterior... Depois não há dinheiro!...

Na minha, o cenário não é muito diferente. Com esta crise aconteceram algumas pequenas mudanças mas nada de drástico.

Mas a empresa é privada e responde a accionistas privados. Pode fazer o que bem entender com o dinheiro que gera e que gere... desde que cumpra os seus objectivos para com os accionistas.

Aqui "no pasa nada", tudo na mesma...

Tens razão quanto à empresa ser privada (esta também é) e quanto aos accionistas... os empregados é que não podem andar motivados, contentes e dispostos a fazer esforços, quando vêem estas coisas e depois não há aumentos, promoções ou qualquer tipo de prémio... e depois a desculpa é que isto anda mau e o problema é a crise... E depois ainda têm a lata de dizer que temos muita sorte em ter emprego... E mais, no departamento que depois despacha os usados entregues ainda andam para lá uns caramelos a fazer uns cambalachos e sacar por fora... República das bananas?!

[pocoyo]

Marco,

Trabalho com leis fiscais, interpreto e aplico-as, pouco me importa a moralidade das coisas.

Uma sociedade não evolui sem boas leis.

Digo-te isto, se o estado pode ter os gastos que tem, que continue...

[cogumelo]

Na empresa onde trabalho os directores mudam de automóvel de 4 em 4 anos, e a alta administração de 2 em 2. Os automóveis ficam novos e digamos que são automóveis topo de gama das melhores marcas que os motores aguentam muitos mais Kms que um qualquer utilitário, mas tem que se andar sempre com o último modelo e da gama superior ao anterior... Depois não há dinheiro!...

Na minha, o cenário não é muito diferente. Com esta crise aconteceram algumas pequenas mudanças mas nada de drástico.

Mas a empresa é privada e responde a accionistas privados. Pode fazer o que bem entender com o dinheiro que gera e que gere... desde que cumpra os seus objectivos para com os accionistas.

[rmachado]

Estas notícias são do caneco...

Isto são variações homologas. O que a notícia não refere é que as vendas na Europa toda (total ou em média, como se queira) em 2009 até subiram ligeiramente face a 2008. E em Portugal recuaram cerca de 25%. Podem retirar dados para a Europa toda do site da ACEA...


Pessoalmente, acho que se vendem ainda assim carros a mais em Portugal e que o parque automóvel está sub-aproveitado. Costumo dizer que há um imenso parque automóvel em perfeitas condições de circulação nos stands de usados a apanhar pós (seguramente a minha próxima compra nesta matérias será um usado, acho que no contexto actual é uma patetice e um capricho ir comprar um carro novo, francamente).

Mas a questão é que a notícia não presta um bom serviço por ser deficitário e enganador na info que apresenta.

Tens toda a razão...

O mercado de usados está "intoxicado" pelas empresas de renting que tinham politicas extremamente agressivas com carros com contratos a 3 anos que os levava a preços bastante altos e que fazem muitas pessoas pensar que mais vale ter novo.

[MarcoAntonio]

Se é legal, não há nada a dizer. Basta trocar a lei.

Mas que bela resposta. O vencimento dos funcionários públicos, dos politicos e de mais uma série de coisas de que as pessoas falam e reclamam também são legais e não é por isso que se coibem de as criticar. E foi precisamente na linha de protestos desses que eu respondi o que respondi!

Percebes agora a falta de nexo da tua resposta?

Problema do estado, basta criar leis.
Se a empresa pode...

A desculpabilização e desresponsabilização do tuga pelo estado de coisas, para o qual contribui, é uma coisa aterradora (no sentido de ser assustadora).

Enquanto esta mentalidade não der um salto, é evidente que vai ser muito difícil sairmos do fosso...

Este povo tem o que merece. Passa o tempo a demonstrá-lo (lá fora na rua e aqui no forum).

[pocoyo]

Eu vejo uma série de problemas...

Para começar, é uma forma sorrateira de fugir aos impostos/descontos e de entrar como despesa gastos que são de carácter particular.

Se é legal, não há nada a dizer. Basta trocar a lei.

Depois, potencia o consumismo e as importações, penalizando a já de si decrépita balança comercial (é que muitos destes carros são trocados de 3 a 4 anos em 3 a 4 anos).

Problema do estado, basta criar leis.
Se a empresa pode...

Por fim e este é talvez mais subjectivo, ainda potencia a instabilidade social a vários níveis (um deles por exemplo é consolidar uma imagem falsa e falaciosa de diferenciação de vencimentos entre o privado e o estado que na verdade não existe, ou não existe na dimensão em que normalmente é sugerido, sendo que este é apenas um dos factores de distorção convém ressalvar).

Isso é muito subjectivo, o mercado de trabalho está aberto a todos, quem não estiver bem que se mude.
O problema do estado é estar falido e não tomar as tais medidas que te disse. Por exemplo, despedir.

[Lion_Heart]

Ja aqui disse que a maioria da população e o governo continua a agir e a gastar como se nao existisse uma crise e uma constante descolagem de Portugal em relação a Europa.

Basta ver a inflação em Portugal que foi superior a média Europeia.

[habanero04]

a vend de veiculos são feitos a particulares ou a empresas que precisam de renovar as suas frotas. e como por cá qq quadro me´dio de empresa tem carro, ao contrário do que se passa em quase todos os paises da europa.

Muitas vendas são efectivamente a empresas. Mas muitas vendas são a empresas e para uso particular. E falo disto porque serve de complemento à resposta ao exagero do varus porque isso é exactamente uma das coisas erradas no universo do Privado porque tem vindo a tornar-se cada vez mais banal partir o vencimento em montante monetário e em espécie (serviços e bens, como por exemplo, carro para uso particular, que para a empresa entra como despesa). E depois queixam-se que nas estatísticas os Funcionários Públicos ganham muito mais que os correspondentes no privado (ganham em salário, metido o carrinho, o plafond do telemóvel e mais uma série de coisas, como por exemplo uma parte nem declarar o vencimento real, então vai-se a ver e nem por isso).

E sim, isso potencia as vendas (parcialmente, uma das razões porque existem muitos automóveis per capita em Portugal não poderá ser inteiramente desligado do facto de muitas empresas terem decidido começar a pagar o salário em automóveis aos seus colaboradores).

Na empresa onde trabalho os directores mudam de automóvel de 4 em 4 anos, e a alta administração de 2 em 2. Os automóveis ficam novos e digamos que são automóveis topo de gama das melhores marcas que os motores aguentam muitos mais Kms que um qualquer utilitário, mas tem que se andar sempre com o último modelo e da gama superior ao anterior... Depois não há dinheiro!...

[habanero04]

Os trabalhadores do Estado têm vindo a perder salário real na última década, as regalias têm vindo a ser diminuidas e a progressão da carreira é agora bem mais lenta (para além de ter sofrido congelamentos e entraves). Os actuais trabalhadores do Estado já não vão em média chegar ao final da carreira na mesma situação dos que agora já lá estão, nem pouco mais ou menos...

Digamos que o teu discurso está atrasado uma década porque assim de forma genérica como estás a fazer, fazia sentido há 10 anos atrás... hoje nem tanto.

Há coisas erradas no universo dos Funcionários Públicos? Há concerteza. E no universo do Privado... também!

Isso é verdade. O problema prende-se a meu ver com os "funcionários do sistema" que são nomeados para cargos de administração e chefia com contratos milionários que são uma barbaridade para as contas públicas. No final, quando são despachados na altura da mudança da côr política, tem uma cláusula de rescisão com uma indemnização absurda e embolsam uma belo quantia. São os tais jobs... Com um aparelho político a funcionar assim há anos, não percebo como é que isto ainda não deu o berro...

Vivemos no País da Aldrabice, e todos mamam desde os da empresa do Estado até os de uma Federação ou de uma associaçãozeca...

[MarcoAntonio]

Eu vejo uma série de problemas...

Para começar, é uma forma sorrateira de fugir aos impostos/descontos e de entrar como despesa gastos que são de carácter particular.

Depois, potencia o consumismo e as importações, penalizando a já de si decrépita balança comercial (é que muitos destes carros são trocados de 3 a 4 anos em 3 a 4 anos).

Por fim e este é talvez mais subjectivo, ainda potencia a instabilidade social a vários níveis (um deles por exemplo é consolidar uma imagem falsa e falaciosa de diferenciação de vencimentos entre o privado e o estado que na verdade não existe, ou não existe na dimensão em que normalmente é sugerido, sendo que este é apenas um dos factores de distorção convém ressalvar).

[pocoyo]

a vend de veiculos são feitos a particulares ou a empresas que precisam de renovar as suas frotas. e como por cá qq quadro me´dio de empresa tem carro, ao contrário do que se passa em quase todos os paises da europa.

Muitas vendas são efectivamente a empresas. Mas muitas vendas são a empresas e para uso particular. E falo disto porque serve de complemento à resposta ao exagero do varus porque isso é exactamente uma das coisas erradas no universo do Privado porque tem vindo a tornar-se cada vez mais banal partir o vencimento em montante monetário e em espécie (serviços e bens, como por exemplo, carro para uso particular, que para a empresa entra como despesa). E depois queixam-se que nas estatísticas os Funcionários Públicos ganham muito mais que os correspondentes no privado (ganham em salário, metido o carrinho, o plafond do telemóvel e mais uma série de coisas, como por exemplo uma parte nem declarar o vencimento real, então vai-se a ver e nem por isso).

E sim, isso potencia as vendas (parcialmente, uma das razões porque existem muitos automóveis per capita em Portugal não poderá ser inteiramente desligado do facto de muitas empresas terem decidido começar a pagar o salário em automóveis aos seus colaboradores).

Não vejo mal nenhum nisso, se a lei o permite...
Se a empresa entrar em dificuldade por causa dessas medidas, tem que tomar medidas, despedir, não aumentar salários etc.

Se não o fizer, vai à falencia e todas as regalias vão à vida.

[MarcoAntonio]

a vend de veiculos são feitos a particulares ou a empresas que precisam de renovar as suas frotas. e como por cá qq quadro me´dio de empresa tem carro, ao contrário do que se passa em quase todos os paises da europa.

Muitas vendas são efectivamente a empresas. Mas muitas vendas são a empresas e para uso particular. E falo disto porque serve de complemento à resposta ao exagero do varus porque isso é exactamente uma das coisas erradas no universo do Privado porque tem vindo a tornar-se cada vez mais banal partir o vencimento em montante monetário e em espécie (serviços e bens, como por exemplo, carro para uso particular, que para a empresa entra como despesa). E depois queixam-se que nas estatísticas os Funcionários Públicos ganham muito mais que os correspondentes no privado (ganham em salário, metido o carrinho, o plafond do telemóvel e mais uma série de coisas, como por exemplo uma parte nem declarar o vencimento real, então vai-se a ver e nem por isso).

E sim, isso potencia as vendas (parcialmente, uma das razões porque existem muitos automóveis per capita em Portugal não poderá ser inteiramente desligado do facto de muitas empresas terem decidido começar a pagar o salário em automóveis aos seus colaboradores).

[verdeacordaesperança]

a vend de veiculos são feitos a particulares ou a empresas que precisam de renovar as suas frotas. e como por cá qq quadro me´dio de empresa tem carro, ao contrário do que se passa em quase todos os paises da europa.

[MarcoAntonio]

Cuidado que na zona norte muitas pessoas que tinham negócios , comerciantes , e trabalhadores , estão a passar um mau bocado, e acabando subsidios , começa a fome.
A sociedade está dividida não entre ricos e pobres , mas quem tem emprego seguro, que é caso dos FP, e os que não tem emprego estável ou negócios estáveis.
Os segundos estão com mais dificuldades para sustentar os primeiros, o drama actual é este.
Depois existem os ricos , que são muito poucos, e os politicos em que a vida sempre lhes sorri .

Este já não é o tema deste tópico e já foi discutido em muitos outros. Essa dicotomia é exagerada... como é efectivamente o exagerado o vencimento de alguns funcionários públicos (mais os que já estão aposentados ou em final de carreira, de gerações anteriores). Mas não é generalizado e digo mesmo que falar de FPs em geral, como a maior parte dos que não são FPs - e eu não sou FP, já agora - insistem em fazer é abusiva porque dentro do funcionalismo público (ou dentro dos empregados/assalariados do estado porque agora já nem são todos tecnicamente FPs) existem situações muito diversas. Os trabalhadores do Estado têm vindo a perder salário real na última década, as regalias têm vindo a ser diminuidas e a progressão da carreira é agora bem mais lenta (para além de ter sofrido congelamentos e entraves). Os actuais trabalhadores do Estado já não vão em média chegar ao final da carreira na mesma situação dos que agora já lá estão, nem pouco mais ou menos...

Digamos que o teu discurso está atrasado uma década porque assim de forma genérica como estás a fazer, fazia sentido há 10 anos atrás... hoje nem tanto.

Há coisas erradas no universo dos Funcionários Públicos? Há concerteza. E no universo do Privado... também!

[varus]

Cuidado que na zona norte muitas pessoas que tinham negócios , comerciantes , e trabalhadores , estão a passar um mau bocado, e acabando subsidios , começa a fome.
A sociedade está dividida não entre ricos e pobres , mas quem tem emprego seguro, que é caso dos FP, e os que não tem emprego estável ou negócios estáveis.
Os segundos estão com mais dificuldades para sustentar os primeiros, o drama actual é este.
Depois existem os ricos , que são muito poucos, e os politicos em que a vida sempre lhes sorri .

[varus]

também existem muitos funcionários públicos , muito bem pagos, médicos , professores, juizes, etc. Tem a vantagem de não estarem aparentemente preocupados com o futuro. enquanto a república portuguesa conseguir emitir divida a festa continua, até um dia.
As reformas milionárias desaparecem e o nivel de vida do povo vai cair a pique, mas até lá tudo nas mil maravilhas, a democracia vive com a fartura, quando surgir a pobreza vamos ver.
Só quantidade de institutos ,tribunais , camaras, ministerios a terem pôpôs e topos de gama , e só duram 5 anos , nova frota, isto é gerido ,como emirato cheio de petróleo,
Salazar e Caetano ficariam corados, com as loucuras destes gente, que á grande , o povo se movimente e crie alternativas.
Os jovens tem que revoltar, e criar um estado eficiente e competente, porque vão ser estes que vão pagar a pesada factura , nos países nórdicos não existem estes luxos asiáticos, e os politicos que abusam são punidos, aqui dão uma medalha.

[MarcoAntonio]

As vendas de veículos de passageiros, por exemplo, está neste primeiro semestre 0.7% acima do apresentado no primeiro semestre de 2008 (se compararmos com este período em lugar do ano passado). Ou seja, praticamente na mesma.

Na Europa dos 27 regista-se uma quebra da ordem dos 10% no mesmo período. Portanto, há uma diferença no espaçamento de dois anos com Portugal a manter e a Europa a recuar 10% nas vendas. Uma diferença mas um panorama substancialmente do apresentado na notícia, que não tem em linha de conta que o ano passado passou-se mais ou menos o oposto e que é o ano passado que é tomado como base de comparação...

Não obstante tudo isto, continuo a dizer que os portugueses compram carros a mais (e telemóveis e outras coisas).

[MarcoAntonio]

Estas notícias são do caneco...

Isto são variações homologas. O que a notícia não refere é que as vendas na Europa toda (total ou em média, como se queira) em 2009 até subiram ligeiramente face a 2008. E em Portugal recuaram cerca de 25%. Podem retirar dados para a Europa toda do site da ACEA...


Pessoalmente, acho que se vendem ainda assim carros a mais em Portugal e que o parque automóvel está sub-aproveitado. Costumo dizer que há um imenso parque automóvel em perfeitas condições de circulação nos stands de usados a apanhar pós (seguramente a minha próxima compra nesta matérias será um usado, acho que no contexto actual é uma patetice e um capricho ir comprar um carro novo, francamente).

Mas a questão é que a notícia não presta um bom serviço por ser deficitário e enganador na info que apresenta.

[Elias]

Elias

Como aprendi com um grande forista:
"o Valor % pode ser engano"

Dito isto qual é o aumento em número?
é que pode aumentar 60% mas a base ser 10... e 6% e a base ser 100.

lo, rmachado, é verdade que as % podem ser enganadoras.

Neste caso o que me chamou a atenção foi o facto de, numa altura em que toda a gente se queixa que isto está muito mal, estarmos em contraciclo com a Europa e haver um aumento de vendas de automóveis. Se lá fora também tivesse subido, não me causaria estranheza.

1 abraço,
Elias

[rmachado]

Elias

Como aprendi com um grande forista:
"o Valor % pode ser engano"

Dito isto qual é o aumento em número?
é que pode aumentar 60% mas a base ser 10... e 6% e a base ser 100.

[tiopatinhas]

Luka mas onde é que tu pagas os teus impostos

[Luka!]

QUE VERGONHA !!!

~Portugal não tem Empresas fabricantes no sector automovel...
Cada vez que o estado esta a pagar para se comprarem mais viaturas em Portugal:
>> esta a sacrificar os Portugueses (o dinheiro vem dos impostos que se lhe pagam)
està a penalisar a balança Comercial Portuguesa (jà de si deficitaria)
>> Dando dinheiro aos construtores Europeus (Franceses, Alemaes etc etc) >>> o povo Tuga a pagar para as multinacionais Estrangeiras ehehe (no minimo é anedotico)

... alguns politicos devem ter cedido a 'lobbys' do sector automovel ...

Felizmente não pago impostos em Portugal senao "faria um certo barulho" com esta news...

Nos primeiros oito meses, as vendas no mercado português subiram 46,4 por cento em termos homólogos.

Em causa podem estar as ajudas à compra de novas viaturas pela parte do Estado, que se deverão manter pelo menos até ao final deste ano, ao contrário das decisões tomadas este ano por outros Governos europeus.

[Elias]

Vendas de automóveis descem na UE mas sobem em Portugal
16.09.2010 - 11:09 Por Inês Sequeira
publico.pt

As vendas globais de ligeiros de passageiros na União Europeia caíram 12,9 por cento em Agosto e 18,6 por cento em Julho, segundo a associação europeia do sector, mas Portugal contraria essa tendência.

Os dados divulgados hoje pela Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) mostram que a venda de ligeiros caiu 3,5 por cento entre Janeiro e Agosto, face aos primeiros oito meses de 2009, num ano em que muitos países aboliram os incentivos à compra de carros novos.

Entre os 27 Estados-membros analisados (de fora ficam Malta e Chipre, onde não há dados disponíveis), Portugal foi um dos poucos a contrariarem esta descida. Nos primeiros oito meses, as vendas no mercado português subiram 46,4 por cento em termos homólogos. Só em Agosto, aumentaram 13,6 por cento, depois de terem subido 18,2 por cento em Julho.

Em causa podem estar as ajudas à compra de novas viaturas pela parte do Estado, que se deverão manter pelo menos até ao final deste ano, ao contrário das decisões tomadas este ano por outros Governos europeus.

Nos dois últimos meses, registaram-se diminuições “consideráveis” em vários Estados, alerta a ACEA, em especial na Alemanha. O principal mercado automóvel europeu sofreu uma quebra de 27 por cento em Agosto e de 30,2 por cento em Julho. Em Espanha, caíram respectivamente 23,8 por cento e 24,1 por cento, enquanto em França baixaram 7,9 por cento e 12,8 por cento.