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Caldeirão da Bolsa

Uma pergunta muito séria: BP, Inglaterra e a libra

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por atomez » 13/6/2010 22:38

logistics Escreveu:A vantagem de UK é que pode usar a desvalorização da moeda como instrumento económico.
Tal como já disseram, que todos os males deles fossem a BP...

Se a desvalorização da moeda fosse uma coisa boa então o Zimbabwe era o país mais rico do mundo :twisted:
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Pata-Hari » 13/6/2010 22:27

Trisquel, a BP está a dar oportunidades a todos: aos curtos, irá dar excelentes ressaltos e mesmo uma belissima oportunidade especulativa para quem quiser apostar no potencial "opavel".
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por atomez » 13/6/2010 2:51

A BP não é inglesa, é uma multinacional.

40% das acções são detidas por capitais ingleses, 39% americanos e o resto pelo resto do mundo.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Trisquel » 12/6/2010 19:00

Pata-Hari Escreveu:Quase que me parece mais fácil ganhar dinheiro tentando comprar BP e apostando nessa ideia...


Olá,

Podes expressar melhor a tua ideia?
Cumpts.
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por Pata-Hari » 12/6/2010 18:53

Quase que me parece mais fácil ganhar dinheiro tentando comprar BP e apostando nessa ideia...
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por lou9999 » 12/6/2010 14:10

A Inglaterra tem muito mais problemas que as pessoas pensam. O problema da BP é menor. Vejam o artigo do GEAB sobre a divida descomunal da Inglaterra.

Do "golpe de Estado da Eurozona" ao isolamento trágico do Reino Unido
- O deslocamento geopolítico mundial acelera o seu ritmo

por GEAB
Tal como antecipado pelo LEAP/2020 no GEAB Nº 40 (Dezembro/2009) e Nº 42 (Fevereiro/2010), a Primavera de 2010 marca evidentemente um ponto de inflexão na crise sistémica global, caracterizada pelo seu agravamento brutal devido à amplitude insustentável dos défices públicos (ver GEAB Nº 39 , Novembro/2009) e à inexistência da tão anunciada retomada (ver GEAB Nº 37 , Setembro/2009). As dramáticas consequências sociais e políticas destas evoluções reflectem igualmente bem o princípio do processo de deslocamento geopolítico mundial, como antecipado no GEAB Nº 32 (Fevereiro/2009). Entretanto, as recentes decisões tomadas pelos dirigentes da zona Euro confirmam as antecipações do LEAP/E2020, inversas do discurso dominante destes últimos meses, acerca do facto de que não só o Euro não "explodiria" por causa do problema grego como, ao contrário, a zona Euro sairia reforçada desta etapa da crise [1] . Pode-se mesmo estimar que desde a decisão da zona Euro, espécie de "golpe de Estado da Eurozona" apoiado pela Suécia e pela Polónia, de criar este vasto dispositivo de protecção dos interesses de 26 Estados membros da UE [2] , os dados geopolíticos na Europa mudaram radicalmente. Como ela vai ao encontro dos preconceitos que moldam a sua visão do mundo, serão precisos certamente alguns meses para a maior parte dos media e dos operadores perceberem que, por trás da aparência de uma decisão orçamental-financeira puramente financeira, se trata de uma ruptura geopolítica com impacto mundial.


Golpe de Estado da Eurozona em Bruxelas: Os Estados fundadores da UE retomam o controle

Analisamos portanto em pormenor neste GEAB Nº 45 as numerosas consequências para os europeus e para o mundo disto que pode ser chamado o "golpe de Estado" da Eurozona no seio da UE: face ao agravamento da crise, os 16 tomaram o controle das alavancas da UE, construindo novas ferramentas que já não deixam outra opção aos demais membros senão seguirem ou isolarem-se perigosamente. Dez dos onze outros Estados membros decidiram seguir, à imagem dos dois mais importantes dentre eles, a Suécia e a Polónia que optaram por participar activamente no dispositivo montado pela Eurozona (os outros oito estão actualmente quer em vias de negociar a sua entrada na zona Euro, como a Estónia desde 2011 [3] quer assistidos directamente pela zona Euro como a Letónia, Hungria, a Roménia, ...). Trata-se de uma (r)evolução que a nossa equipe havia antecipado correctamente desde há mais de três anos. Recentemente havíamos mesmo precisado que era preciso esperar uma evolução rápida da posição da zona Euro uma vez ultrapassadas as eleições regionais alemãs e a eleição legislativa britânica. Entretanto, não havíamos imaginado que ela seria feita em algumas horas, nem com uma tal audácia quantitativa (seu montante é de €750 mil milhões, ou seja, US$1000 mil milhões) e qualitativa (tomada de controle da UE pela Eurozona [4] e salto em frente em termos de integração económica e financeira).

O facto é que, sem o saber e sem ter sido pedida a sua opinião, cerca de 440 milhões de europeus acabam de entrar num novo país, a Eurolândia, em que alguns já partilham a moeda e em que todos doravante partilham o endividamento e os meios comuns de ultrapassar os problemas importantes que o mesmo coloca no contexto da crise sistémica global. As escolhas orçamentais e financeiras efectuadas aquando da Cimeira do fim de semana de 8 de Maio em termos de resposta à crise do endividamento público europeu podem ser diferentemente apreciadas como a análise que se faça da crise e das suas causas. E o LEAP/E2020 desenvolve as suas próprias análises neste GEAB Nº 45. Mas já não é discutível que uma ruptura radical da governação da Europa acaba de ter lugar: uma governação colectiva continental acaba de emergir brutalmente, ironicamente há exactamente 65 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, celebrada com grande pompa em Moscovo no mesmo dia [5] e no momento da celebração da festa da criação da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço , a ancestral comum da UE e da Eurolândia. Esta simultaneidade não é uma coincidência [6] e marca uma etapa importante no deslocamento geopolítico mundial e na reconstituição de novos equilíbrios globais. Sob a pressão dos acontecimentos desencadeados pela crise, a Europa decidiu assim efectuar a sua independência em relação ao mundo anglo-saxão ainda expresso em termos de mercados financeiros. Este €750 mil milhões e esta nova governação europeia (dos 26) constituem o estabelecimento de uma defesa contra as próximas tempestades geradas pelo endividamento insuportável do Ocidente e que vão afectar o Reino Unido e depois os Estados Unidos (cf GEAB Nº 44 ), criando desordens de que a "crise grega" não terá dado senão um fraco esboço.

O FME privará a prazo o FMI de 50% da sua contribuição principal, a dos europeus

Em relação a isso, o LEAP/E1010 deseja recordar uma verdade que a maior parte dos media ignoram há várias semanas: ao contrário do discurso dominante, o FMI é em primeiro lugar e acima de tudo do dinheiro europeu. Com efeito, um dólar em cada três do FMI é contribuição europeia, contra apenas um em cada seis para os EUA (a sua parte foi dividida pela metade em 50 anos). E uma das consequências das decisões europeias destes últimos dias é que isso não será mais o caso muito mais tempo. A nossa equipe está convencida de que daqui a três anos no máximo, quando chegar o momento de perenisar em Fundo Monetário Europeu os fundos de intervenção criados dias 8 e 9 de Maio de 2010, a UE reduzirá outro tanto a sua contribuição ao FMI. Pode-se estimar desde já que esta redução da contribuição europeia (fora do Reino Unido) será pelo menos de 50%: isto permitirá ao FMI tornar-se mais global reequilibrando automaticamente as partes dos BRIC e obrigando de passagem os EUA a abandonarem o seu direito de veto [7] ; mas isto contribuirá igualmente para marginalizá-lo fortemente uma vez que a Ásia já criou o seu próprio fundo de intervenção de urgência. É um exemplo que ilustra quanto as decisões europeias do princípio de Maio de 2010 são prenhes de mudanças geopolíticas de envergadura à escala de todos os próximos anos. É igualmente pouco provável que a maior parte dos decisores implicados no "golpe de Estado da Eurozona" tenham compreendido bem as implicações das suas decisões. Mas nunca ninguém disse que a História era escrita principalmente por pessoas que compreendiam o que faziam.

O Reino Unido: doravante isolado face a uma crise histórica

Uma das causas e simultaneamente das consequências desta evolução é a completa marginalização do Reino Unido. O seu enfraquecimento acelerado desde o princípio da crise, juntamente com o do seu padrinho americano, criou a possibilidade de uma retomada total e sem concessões da evolução do projecto europeu pelos continentais. E esta perda de influência reforça por sua vez a marginalização da Grã-Bretanha uma vez que as elites britânicas estão aprisionadas na negação da realidade e fizeram com que o seu povo igualmente dela partilhasse. Nenhum dos partidos britânicos, nem mesmo neste momento dos liberais-democratas, ainda que mais lúcidos que as outras forças políticas do reino, pode encarar o recuo em relação a décadas de discursos a acusar a Europa de todos os males e a denegrir o Euro. Com efeito, mesmo se os seus dirigentes se dessem conta da loucura de uma estratégia consistente em isolar cada vez mais a Grã-Bretanha no próprio momento em que a crise mundial passa à velocidade superior, eles confrontam-se com este euro-cepticismo público que alimentaram no decorrer dos anos passados. A ironia da História esteve bem presente neste fim de semana histórico de 8-9 de Maio de 2010: ao recusar-se a aderir às medidas defensiva e protectoras comuns da Eurozona, as elites britânicas recusaram de facto agarrar a última bóia de salvação que passava ao seu alcance [8] . O continente europeu vai agora contentar-se em olhá-los tentar encontrar os €200 mil milhões de que o seu país tem necessidade para equilibrar o orçamento deste ano [9] . E se os dirigentes londrinos pensam que os especuladores da City terão estados de alma para romper a Libre esterlina e vender as barras de ouro, é que não compreenderam a própria essência da globalização financeira [10] , nem examinaram as nacionalidades destes mesmos operadores [11] . Entre a Wall Street que está pronta a tudo para atrair os capitais mundiais (basta perguntar à praça suíça o que ela pensa da guerra a que se entregam as praças financeiras mundiais), Washington que se desunha para aspirar toda a poupança mundial disponível e um continente europeu que doravante está colocado sob a protecção de uma moeda e de um endividamento em comum, os jogos já estão feitos. Ainda estamos no início do drama, pois os principais actores ingleses ainda não compreenderam a armadilha na qual se encerraram; daqui a algumas semanas, passaremos à tragédia britânica pois, no Verão, todo o Reino Unido terá identificado a armadilha histórica na qual o país caiu por si só.

Assim, no momento em que a Eurolândia emerge em Bruxelas, o Reino Unido debate-se com um Parlamento indeciso, obrigando-o a passar por um governo de coligação que não experimentava desde 1945 e que o conduzirá a novas eleições daqui até o fim de 2010.

Os britânicos e seus líderes perturbados terão de "pensar o impensável"

Seja o que for que digam os protagonistas da coligação que se instala à frente do Reino Unido, o LEP/E2020 considera com efeito muito improvável que esta aliança possa durar mais de alguns meses. A estrutura muito díspar dos dois partidos em causa (tanto os conservadores como os liberais estão muito divididos sobre numerosos assuntos), conjugada com decisões impopulares, conduz este par directamente para crises internas em cada um e portanto a uma queda de governo. Os conservadores vão igualmente jogar esta carta pois, ao contrário dos liberais-democratas, têm os meios financeiros para "pagarem" uma nova campanha eleitoral daqui até o fim de 2010 [12] . Mas o escolho subjacente mais perigoso é de ordem intelectual: para evitar a tragédia que se anuncia, o Reino Unido vai ter de "pensar o impensável", reconsiderar as suas convicções profundas sobre a sua identidade insular, a sua "natureza" transatlântica, a sua relação com um continente doravante em vida de integração completa, ele que desde há séculos pensa o continente em termos de divisão. Contudo, a problemática é simples: se o Reino Unidos sempre considerou que o seu poderio dependia da divisão do continente europeu, então com toda a lógica, tendo em vista os acontecimentos em curso, doravante deve reconhecer que se encaminha para a impotência ... e retirar a conclusão de que também deve efectuar um "salto quântico". Se Nick Clegg parece intelectualmente equipado para dar este salto, por enquanto nem os conservadores de David Cameron nem as elites britânicas no seu conjunto parecem maduras. Neste caso, a Grã-Bretanha deverá, tristemente, passar ao capítulo da "tragédia" [13] .

Em qualquer caso, este fim-de-semana de 8-9 de Maio de 2010 na Europa mergulha muitas das suas raízes directamente na Segunda Guerra Mundial e nas suas consequências [14] . Esta é igualmente uma das características da crise sistémica global tal como anunciado pelo LEAP/E2020 em Fevereiro de 2006 no GEAB Nº 2 : ela põe "fim ao Ocidente tal como se conhece desde 1945".

Outra destas características é levantamento de voo da cotação do ouro (em particular em relação ao US dólar), face ao temor crescente quanto ao conjunto das moedas fiduciárias (ver GEAB Nº 41 , Janeiro/2010) [15] ; pois, enquanto todo o mundo fala da evolução do Euro em relação ao US dólar, o dólar permanece nos seus mais baixos níveis históricos quando medido em relação aos seus principais parceiros comerciais (ver gráfico), sinal da fraqueza estrutural da divisa americana. Nos próximos meses, como antecipado pelo GEAB, o Euro vai recuperar o seu nível de equilíbrio a médio prazo, acima de US$1,45/€.

Neste número, antes de apresentar as suas recomendações quanto às divisas, à bolsa e ao ouro, o LEAP/E2020 analisa assim mais em pormenor a pseudo-retomada americana que é essencialmente uma vasta operação de comunicações. No plano interno destina-se a fazer reiniciar o consumo das famílias (tarefa doravante impossível) e no externo a evitar o pânico dos credores estrangeiros (na melhor das hipóteses serão ganhos alguns trimestres). Os Estados Unidos pretendem assim poder escapar a uma brutal cura de austeridade, como os outros países ocidentais; quando de facto a retomada é uma "destomada" ou uma "unrecovery" como diz com humor Michael Panzner num artigo exemplar publicado a 27/Abril/2010 em Seeking Alpha .

Notas:

(1) A fraqueza muito relativa do Euro em relação ao US Dólar constitui uma enorme vantagem competitiva para as exportações da Eurozona e penaliza ao contrário as tentativas americanas de reduzir o défice comercial do país (o défice comercial estado-unidense aumentou igualmente em Março/2010). Os próximos meses verão esta deterioração acentuar-se. Fonte: AP/NDTV, 12/05/2010

(2) O Reino Unidos colocou-se de facto fora desta protecção. Par a nossa equipe, isto é mais uma etapa transposta pelo Reino Unido rumo à crise histórica na qual irá debater-se, inteiramente só, a partir do Verão de 2010. Mesmo o Financial Times fez-se eco deste risco crescente. Se for preciso fazer uma comparação com a crise do sistema bancário de 2008, o Reino Unido parece-se cada vez mais com o Lehman Brothers, pilar de um sistema que se recusa a confessar que um operador tão central possa estar tão perigosamente enfraquecido e que acaba por provocar um afundamento do próprio sistema. Para estender a analogia mais longe, pergunte-se quem vai desempenhar o papel de AIG nas semanas e meses que se seguirão. Fonte: CNBC, 11/05/2010

(3) É em Julho de 2010 que será tomada a decisão final. Fonte: France24, 12/05/2010

(4) A 9 de Maio de 2010, os 27 ministros das Finanças da UE foram efectivamente intimados a endossar as decisões da cimeira da Eurozona que havia reunido na véspera os 16 chefes de Estado e de governo da zona Euro, caso contrário a Eurozona agiria por si só e portanto deixaria os outros onze países desprovidos de protecção face à crise financeira. Só o Reino Unido, por reflexo e devido à sua crise política, recusou o "diktat" mas sem estar em condições de se lhe opor como teria podido fazer ainda há um ano, antes de a sua influência começar a ruir.

(5) Fonte: RFI, 09/05/2010

(6) Não que Moscovo tenha algo a ver com as decisões tomadas em Bruxelas a 8 e 9 de Maio.

(7) Fonte: Bretton Woods Project, 19/03/2008

(8) Quanto a isso, o LEAP/E2020 gostaria de torcer o pescoço à fábula monetária que circula extensamente nos media económicos e é repetida em coro pela maior parte dos economistas: o facto de poder desvalorizar a sua moeda à "vontade" não é de modo algum um factor de independência, nem um instrumento construtivo de saída da crise; muito pelo contrário. Por um lado, estas desvalorizações são impostas pelos "mercados", isto é, por forças exteriores ao país cuja última preocupação é o interesse do povo afectado pela desvalorização; por outro lado, estas desvalorizações conduzem inevitavelmente a um empobrecimento do país e à sua dependência crescente em relação aos seus parceiros com divisas mais fortes que, num sistema de livre circulação dos capitais, podem comprar as "jóias da família" do país com pouca despesa. O processo em curso na Eurozona, que impõe com efeito curas difíceis de austeridade, é empreendido num quadro colectivo tendo por objectivo permitir aos Estados referidos restabelecerem finanças públicas sãs ao mesmo tempo que preservando os grandes equilíbrios do modelo sócio-económico europeu. Face à Eurozona, o FMI não é senão um actor secundário, que não está ali senão para contribuir com um pouco de perícia técnica e algumas dezenas de milhares de milhões de Euros de reforço, dezenas de milhares de milhões que são uma parte bem modesta da grossa contribuição dos europeus ao FMI em 2010: mais de 30% do total, contra apenas mais de 15% para os Estados Unidos.

(9) E não é por ser dito publicamente por um francês, a saber, Jean-Pierre Jouyet, presidente da Autoridade francesa dos Mercados Financeiros e antigo ministro dos Assuntos Europeus, que é necessariamente falso. Fonte: Le Figaro, 11/05/2010

(10) Como sublinha muito justamente Paul Mason no seu artigo publicado na BBC a 11/05/2010, as reacções dos mercados vão afectar o Reino Unido e, em matéria de obrigações, ao contrário das acções, o porte dos operadores pode fazer toda a diferença.

[11) Vai ser muito interessante acompanhar o conflito com a City, que a coligação no poder em Londres declara querer abrir ao anunciar que vai fragmentar os grandes bancos britânicos daqui a um ano. Fonte: Telegraph, 12/05/2010

(12) Fonte : DailyMail, 04/05/2010

(13) E não perderemos tempo quanto à emergência crescente da "questão inglesa" no seio do Reino Unido, cada vez mais desunido após as "devoluções" sucessivas que autonomizam cada vez mais a Escócia, o país de Gales e o Ulster. Há que ler a este respeito o artigo muito interessante de Tim Luckhurst, publicado a 09/05/2010 em The Independent.

(14) E mesmo além uma vez que David Cameron (43 anos) é o mais jovem primeiro-ministro britânico desde há 200 anos e George Osborne (38 anos) o mais jovem ministro das Finanças desde há 125 anos. Isto bastará? Nada é menos certo pois os leitores do GEAB sabem que consideramos que a crise põe em causa uma ordem do mundo estabelecida há quase quatrocentos anos, instituindo a City de Londres como praça financeira mundial. Será que é preciso ir procurar dirigentes britânicos com qualidades nunca vistas há mais de quatrocentos anos? Fonte: Telegraph, 12/05/2010

(15) Sinal dos tempos: o Emirates Palace, o hotel mais luxuoso do Abu Dhabi, acaba de instalar o primeiro distribuidor automático (ATM) de mini-lingotes de ouro, com 10 gramas, no lugar das máquinas tradicionais distribuidoras de notas. Fonte: CNBC, 13/05/2010

15/Maio/2010
O original encontra-se em www.leap2020.eu
 
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por logistics » 12/6/2010 9:18

A vantagem de UK é que pode usar a desvalorização da moeda como instrumento económico.
Tal como já disseram, que todos os males deles fossem a BP...
 
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por Expat » 11/6/2010 22:18

O UK tem problemas muito maiores que a BP, mas obviamente que por aqui todos andam muito preocupados com o facto de a BP ter perdido quase metado valor, dividendos em risco etc.
Alem de que tao um bocado chateados com o Obama.

O Cameron tem andado sossegado, vamos ver se zangam-se as comadres e descobrem-se a verdades se aplica ou nao. :oops:

Minha visao e tambem que a libra vai cair, mas a BP e so mais uma peca neste puzzle.
Abraco
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Uma pergunta muito séria: BP, Inglaterra e a libra

por ferradura » 11/6/2010 20:47

Meus caros, tenho aqui uma pergunta muito séria.

O caso do derrame de crude pode demorar muito mais tempo a resolver, trazer uma gigantesca hostilidade sobre a BP, e consequente possibilidade de "falência" da mesma, ou seja aquilo sobrer uma OPA hostil e ser adqurida por exemplo pela Shell.

SE isso acontecesse...e sendo a BP uma pedra basilar da economia britanica, teriamos com consequência:

-O PIB descia, e com isso o defice.

-Poderia haver tendência para desvalorizar a libra bastante

-E com isto...lá se ia a England...

O que acham ? qual a real consequência disto ?

Apostar forte na queda da libra ?
 
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