Mais uma factura das gordas..........
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Os grandes e bons negócios são reservados para os amigos dos políticios e são esses os únicos a obter apoio financeiro e o licenciamento de imediato. Há projectos que até conseguem apoio de fundos comunitários e depois não conseguem o licenciamento industrial e isto para proteger negócios dos amigos.
Só temos políticos profissionais, toda a sua vida activa foram políticos, só sabem fazer a política popular e nem a legislação fazem como deve ser, mas o grande interesse da política é o poder que dá acesso a fundos, dinheiros, licenças, regalias, amiguismos e quem sabe até crime organizado. Só num país de 3º mundo é que o governo tem o poder de alterar o chefe da PJ e ainda por cima numa altura tão sensível e com elementos tão suspeitos a fazerem parte desse governo.
Mas consolem-se que nos EUA, que todos pensam tão evoluído, os fundos deixaram os hedgefunds venderem e comprarem ao preço do fecho do dia anterior. (ex: depois de sairem notícias depois do fecho do mercado)
Só temos políticos profissionais, toda a sua vida activa foram políticos, só sabem fazer a política popular e nem a legislação fazem como deve ser, mas o grande interesse da política é o poder que dá acesso a fundos, dinheiros, licenças, regalias, amiguismos e quem sabe até crime organizado. Só num país de 3º mundo é que o governo tem o poder de alterar o chefe da PJ e ainda por cima numa altura tão sensível e com elementos tão suspeitos a fazerem parte desse governo.
Mas consolem-se que nos EUA, que todos pensam tão evoluído, os fundos deixaram os hedgefunds venderem e comprarem ao preço do fecho do dia anterior. (ex: depois de sairem notícias depois do fecho do mercado)
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Visitante
Nesse negócio
mamaram todos,desde politicos aos partidos ,foi um fartar vilanagem.Se resolvessem investigar era uma Casa Pia Industrial
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Bronco
Mais uma factura das gordas..........
Paulo Ferreira
pferreira@mediafin.pt
Estamos todos demasiado habituados a zurzir o Estado e a apontar o dedo aos obstáculos constantes que ele coloca no caminho das empresas e dos empresários.
Mas as coisas não são sempre assim para todos. Há casos em que o Estado pode ser um excelente parceiro de negócio. O que é lamentável é que estas excepções resultem, em regra, numa factura escandalosamente pesada para os contribuintes pagantes. A chamada reestruturação da Lisnave é um desses exemplos. O Governo socialista chamou-lhe “Reestruturação da Indústria Naval”. Mas tratou-se, genericamente, de um negócio efectuado em 1997 entre o Estado e o Grupo José Manuel de Mello. O primeiro aceitou suportar pesados encargos, que já somam 640 milhões de euros, como revelamos nesta edição. O segundo livrou-se de um enorme “buraco” e abandonou um negócio, a Lisnave, que lhe correu mal.
É verdade que o encerramento da Lisnave lançaria quase 5.000 trabalhadores para o desemprego e criaria tensões sociais fortíssimas numa região (sul do Tejo) historicamente problemática. Pode até aceitar-se que, por vezes, o Estado intervenha como “bombeiro” e puxe do livro de cheques para evitar falências. Mas haverá neste caso concreto algum equilíbrio aceitável entre custos e benefícios?
Algumas contas, tão simples quanto generosas, ajudam a responder. Se o Estado tivesse dado a cada um desses 5.000 trabalhadores (assumindo que nem um conseguia novo emprego) um subsídio mensal médio de 1.500 euros (o dobro do salário médio nacional e cerca de quatro vezes o subsídio de desemprego actual) durante dois anos (o dobro do direito normal a subsídio de desemprego), teria gasto 180 milhões de euros, menos de um terço da factura que estamos a pagar. Apesar destas evidências, ainda há quem defenda que o Estado poupou dinheiro com o negócio! Outra questão essencial é saber onde fica o risco, sempre presente na actividade empresarial, e o custo que lhe deveria estar implícito. Que se saiba, esta “restruturação” da Lisnave foi feita sem custos relevantes para os seus accionistas, com o Grupo José Manuel de Mello à cabeça. E não deveriam ter sido eles a assumir, no mínimo, a fatia maior do insucesso? Este caso recorda-nos um princípio que os banqueiros conhecem bem. Se um cliente deve 10 mil euros e não pode pagá-los, esse cliente está metido num sério problema. Mas se a dívida for de 10 milhões de euros, então passa a ser o banco a estar em apuros.
Assim aconteceu, aparentemente, com a Lisnave. A grande dimensão, o tamanho do “buraco” e o terramoto social e político que o seu encerramento significaria foram, afinal, os seus maiores argumentos negociais. E a “bomba” passou das mãos dos accionistas para o colo do Governo. E do lado do Governo, neste caso representado por Pina Moura, o cálculo político impôs-se à contabilidade financeira e social.
Assim se vão fazendo e desfazendo negócios em Portugal. Com pouca dignidade para as partes envolvidas mas com a certeza de que a factura será sempre paga por alguém. Adivinhem quem.
pferreira@mediafin.pt
Estamos todos demasiado habituados a zurzir o Estado e a apontar o dedo aos obstáculos constantes que ele coloca no caminho das empresas e dos empresários.
Mas as coisas não são sempre assim para todos. Há casos em que o Estado pode ser um excelente parceiro de negócio. O que é lamentável é que estas excepções resultem, em regra, numa factura escandalosamente pesada para os contribuintes pagantes. A chamada reestruturação da Lisnave é um desses exemplos. O Governo socialista chamou-lhe “Reestruturação da Indústria Naval”. Mas tratou-se, genericamente, de um negócio efectuado em 1997 entre o Estado e o Grupo José Manuel de Mello. O primeiro aceitou suportar pesados encargos, que já somam 640 milhões de euros, como revelamos nesta edição. O segundo livrou-se de um enorme “buraco” e abandonou um negócio, a Lisnave, que lhe correu mal.
É verdade que o encerramento da Lisnave lançaria quase 5.000 trabalhadores para o desemprego e criaria tensões sociais fortíssimas numa região (sul do Tejo) historicamente problemática. Pode até aceitar-se que, por vezes, o Estado intervenha como “bombeiro” e puxe do livro de cheques para evitar falências. Mas haverá neste caso concreto algum equilíbrio aceitável entre custos e benefícios?
Algumas contas, tão simples quanto generosas, ajudam a responder. Se o Estado tivesse dado a cada um desses 5.000 trabalhadores (assumindo que nem um conseguia novo emprego) um subsídio mensal médio de 1.500 euros (o dobro do salário médio nacional e cerca de quatro vezes o subsídio de desemprego actual) durante dois anos (o dobro do direito normal a subsídio de desemprego), teria gasto 180 milhões de euros, menos de um terço da factura que estamos a pagar. Apesar destas evidências, ainda há quem defenda que o Estado poupou dinheiro com o negócio! Outra questão essencial é saber onde fica o risco, sempre presente na actividade empresarial, e o custo que lhe deveria estar implícito. Que se saiba, esta “restruturação” da Lisnave foi feita sem custos relevantes para os seus accionistas, com o Grupo José Manuel de Mello à cabeça. E não deveriam ter sido eles a assumir, no mínimo, a fatia maior do insucesso? Este caso recorda-nos um princípio que os banqueiros conhecem bem. Se um cliente deve 10 mil euros e não pode pagá-los, esse cliente está metido num sério problema. Mas se a dívida for de 10 milhões de euros, então passa a ser o banco a estar em apuros.
Assim aconteceu, aparentemente, com a Lisnave. A grande dimensão, o tamanho do “buraco” e o terramoto social e político que o seu encerramento significaria foram, afinal, os seus maiores argumentos negociais. E a “bomba” passou das mãos dos accionistas para o colo do Governo. E do lado do Governo, neste caso representado por Pina Moura, o cálculo político impôs-se à contabilidade financeira e social.
Assim se vão fazendo e desfazendo negócios em Portugal. Com pouca dignidade para as partes envolvidas mas com a certeza de que a factura será sempre paga por alguém. Adivinhem quem.
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