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Caldeirão da Bolsa

O cantinho do Champignon

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Champignon » 18/11/2010 14:23

Olá Razão,

Está neste tópico, quase de certeza.

Já faz algum tempo. Não olho para a Sonae desde aí. Mas na altura lembro-me que o factor que mais critiquei na Sonae enquanto modelo de negócio era não ser apenas direccionado para o mercado de retalho. (nomeadamente participação na Sonae.com e Centros Comerciais).

Na altura (e não faz assim tanto tempo), a JMT estava bem mais interessante em todos os aspectos. Mas confesso que ainda não vi os novos resultados da Sonae. Mas admito que sou muito mais adepto do modelo de negócio da Jerónimo.
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por Razao_Pura » 18/11/2010 13:42

Bom Dia Champignon,

Aproveito este tópico para te perguntar se analisaste recentemente a Sonae SGPS. estou a pensar mais no sector da distribuição. Parece-me que já vi um comentário teu comparando a SON com a JMT mas não me lembro onde nem o teor do mesmo comentário.

Obrigada,

RP
Trade the trend.
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por Champignon » 10/11/2010 14:03

Resultados 3Q - DEER

Tal como esperava a DEER apresentou resultados fantásticos batendo em mais de 30% as previsões (já ontem tinha dado um sinal disso ao subir 6% antes da apresentação). Além dos resultados, todos os outros dados são fantásticos. Tanto a guidance, como margens e balanço são óptimos. Espero hoje uma reacção enérgica por parte da acção. Deixo aqui os principais highlines, que estão de acordo com a análise inicial.

3rd Quarter Financial Highlights:

Revenues of $55.26 million, an increase of 108% from Q3/09
Net income of $9.27 million, an increase of 125% from Q3/09, fully diluted EPS (Earnings per Share) of $0.28, an increase of 56% from EPS of $0.18 in Q3/09
Strong balance sheet: $54.4 million in cash without any long term debts
Record China domestic sales – high margin China domestic sales increased 708% to 42% of revenues compared to Q3/09
Expanded gross profit margin to 28.7%, compared to 22.1% in Q3/09
Expanded operating margin to 21.0%, compared to 16.9% in Q3/09
Expanded net income margin to 16.8%, compared to 15.5% in Q3/09
Initiated planning for Deer's 2nd production facility, which is located in China's eastern AnHui Province – positioned for significant China domestic customer demand in 2011
Sees positive impact to earnings from China's currency appreciation and positive growth momentum from the current global economic environment

3rd Quarter Revenues and Net Income:

Q3/2010 revenues were $55.26 million, an increase of approximately 108% from $26.54 million in Q3/2009. Deer attributes the significant increase in organic revenues to 708% year over year quarterly growth in the high margin China domestic markets. In addition, Deer continues to experience strong organic growth from its global markets. Net income for Q3/2010 was approximately $9.27 million, an increase of approximately 125% from Q3/09. Fully diluted EPS was $0.28, compared to $0.18 in Q3/2009.

Management Comments on 3rd Quarter 2010 Financial Results:

Bill He, Deer's Chairman and CEO, commented: "Deer is pleased to report the best 3rd quarter financial results in our corporate history. During this quarter, we executed our China domestic market expansion strategies successfully, which resulted in higher revenue growth as well as higher profit margins. Deer believes that our integrated 'production to market' model and our in-depth local cultural and market knowledge have made Deer one of the most profitable and efficiently operated companies in the small household appliance industry in the world. We capture both manufacturing margins and end user distribution margins. We see positive earnings growth trend to continue well into 2011."

Raises 2010 Earnings Guidance to $29 Million in Net Income, EPS of $0.87:

Based on the current order fulfillment and product shipments to China domestic and global customers, Deer raises its 2010 earnings guidance to approximately $172 million in revenues, approximately $29 million in net income and Earnings per Share (EPS) of $0.87-$0.88. Deer's previous 2010 guidance was $160 million in revenues, $26 million in net income and EPS of $0.76.

Business Outlook for 2011: Targets Minimum 30% Revenues and Earnings Growth in 2011 from the Raised 2010 levels:

Deer anticipates no less than 30% growth in both revenues and net income in 2011 from the raised 2010 levels, mainly due to anticipated continued revenue growth in China's domestic markets. In 2010, Deer significantly expanded its China domestic market distribution footprints, which positions the Company for further market expansion in 2011. In addition, Deer sees better global market conditions in 2011 as the global economy continues to improve, which would benefit Deer's global market sales.

"Deer's strong financial performance in 2010 has set a positive tone for Deer's continued expansion in 2011. Chinese consumer wealth expansion in a favorable environment of high GDP growth and low inflation has created healthy market demand for Deer's small household appliances products, which directly enhance the lifestyles of China's rising middle class. Deer's strong balance sheet and significant cash position also provide ample strategic M&A opportunities in 2011. In addition, Deer plans to significantly increase our production capacity in 2011 through the opening of our second production facility, in order to stay closer to our China domestic customers as well as expanding distribution outlets. Our second factory should be completed in 2011 and it is strategically located in a region that can service more than 300 million people in one of China's most economically developed areas. Deer looks forward to continuing delivering high earnings growth for our shareholders for years to come," commented Mr. He.  
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por Champignon » 20/10/2010 23:14

Conforme prometido junto segue análise a uma das maiores e mais conhecidas empresas do mundo a Apple Inc. O ficheiro encontra-se em anexo em formato PDF. Aguardo então o vosso feedback.


Esta acção irá entrar na carteira de investimentos, mas aguardo ainda outro timing para a entrada.
Anexos
Análise Apple Final.pdf
(1020.86 KiB) Transferido 153 Vezes
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por Champignon » 20/10/2010 22:38

Fiz hoje uma análise a uma empresa de grande market cap para entrar na carteira. Já a publico daqui a pouco.

Entretanto fica aqui a actualização da carteira. Todos os planos de investimento se mantêm intactos até ver.





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por Champignon » 12/10/2010 19:21

Viva kknd.

Tens toda a razão. Pensava que já tinha descontado no valor de compra (para simplificar o cálculo), mas afinal parece que não. Já está feita a emenda. Baixei o preço de entrada dos dois shorts no valor do respectivo dividendo. Mais uma vez obrigado pela atenção.

Segue então a versão corrigida.


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por kknd » 12/10/2010 18:59

Viva Champignon:

Parece-me que nos shorts não descontou os dividendos.

Cumprimentos,
 
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por Champignon » 12/10/2010 18:17

Resumo:

A carteira está a voltar ao ponto de partida. Mesmo com alguma subida das acções short, os tiros longos estão a melhorar.

A DEER, apesar do péssimo ponto de entrada, tem vindo a subir gradualmente e a confirmar, em minha opinião, os seus bons fundamentais.

A FUQI deu também um grande salto por ter contratado uns auditores de renome para fazer a fiscalização das suas contas. O mercado viu isso com bons olhos. Assim é visto mais como uma falha contabilística do que uma fraude.

Novas entradas:

Entretanto a carteira vai ter uma nova entrada amanhã. Continuo a perguntar a mim mesmo porque não o fiz antes. A análise que fiz à JMT continua a ter a mesma validade, e se antes, para mim, valia 12 euros...agora também o continua a valer. Sendo assim será adicionado ao preço de abertura de amanhã.

Estão igualmente duas Bluechips na calha para entrar. Uma long e uma short. Os mercados ainda não definiram um rumo certo. Até lá é preciso fazer algum hedge.

Fica aqui então um resumo da carteira.

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por Champignon » 27/9/2010 16:11

Após algum período de ausência por motivos profissionais como também por umas merecidas férias, espero voltar a actualizar este espaço com mais alguma frequência.

O desempenho da carteira não está famoso. Os shorts estão a correr como previsto, mas do lado longo, a coisa não corre de feição. Mesmo assim a desvalorização é apenas de 3% face ao capital investido. Nada de grave por agora.

Esta má prestação da carteira do lado longo advêm, em minha opinião, de uma certa desconfiança por parte do mercado em relação a acções chinesas. A contabilidade das mesmas ainda é um pouco duvidosa.

No caso da FUQI, a empresa está, inclusive, sob investigação da SEC. Isso é péssimo para a acção. Quando comprei a acção foi no preciso momento em que se detectou o problema contabilístico. Por acreditar ser um problema sem grande importância, e que não teria uma relevância muito grande, resolvi arriscar por acreditar que acção estava barata mesmo descontando as falhas contabilísticas anunciadas. Agora vejo que foi um erro. Seria talvez um erro importante a incluir no tópico que por aqui circulou, faz pouco tempo, sobre os erros mais cometidos em bolsa. Nova regra: Não comprar acções com problemas contabilísticos. Ás vezes o que parece demasiado barato...pode sair caro.

No entanto, penso que a situação esteja perto do fim, e vou pagar para ver o final. Pode iniciar uma grande recuperação como a acção pode tender para zero. Veremos!

No caso da DEER continuo a manter a análise inicial.

Penso igualmente nos próximos tempos adicionar mais algumas acções ao Portfolio. Estou a pensar incluir tanto shorts como longos. Quero também adicionar algumas acções de capitalização bolsista maior para diversificar o risco.

Estou igualmente disponível para analisar mais algumas acções do ponto de vista fundamental tal como fiz com a JMT, SONI, FUQI e DEER. Fico então a aguardar sugestões.



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por Champignon » 13/6/2010 17:36

Boas tardes a todos. Peço desculpa pela minha ausência, mas o tempo tem sido realmente muito pouco. Não tem dado para seguir os mercados, e nos próximos tempos vai continuar a ser igualmente muito complicado um acompanhamento regular.
Nos últimos tempos os mercados têm tido quedas significativas, mas a estratégia de hedging da minha carteira tem permitido um equilíbrio razoável.
Como disse anteriormente tenho andado longe dos mercados e tenho poucas actualizações a fazer das posições actuais.

Resumo:

-As posições da carteira, a nível nacional, estão a aproximar-se cada vez mais do seu valor real... em minha opinião claro está. São acções muito expostas a uma economia débil e com balanços, resultados e perspectivas futuras pouco auspiciosas.


-A DEER apresentou resultados entretanto, que embora sem o aprofundamento necessário me pareceram positivos. Fica aqui o essencial:

Revenues of $23.9 million, an increase of 248% from Q1/09
Net income of $4.04 million, an increase of 515% from Q1/09
Fully diluted EPS (Earnings per Share) of $0.12, an increase of 300% from EPS $0.03 in Q1/09
Strong balance sheet: $75.3 million in cash (approximately $2.31 per common share in cash) without any long term debts or bank borrowing
High margin China domestic sales increased 1305% to 27% of revenue in Q1/2010
Expanded gross profit margin to 28.8%, compared to 24.2% in Q1/09
Expanded operating margin to 20%, compared to 16% in Q1/09
Expanded net income margin to 16.9%, compared to 9.6% in Q1/09
Anticipates the high margin China domestic sales to exceed 40% of revenues in 2010, compared to 17.6% in 2009
Sees record earnings growth momentum to continue in 2010
Sees positive impact to earnings from China's current macro economic environment


-A FUQI, começa a revelar um atraso excessivo na apresentação de novos resultados bem como na correcção dos antigos. Isso pode levar a uma exclusão do NASDAQ e começa realmente a ser um motivo de preocupação.



Fica então aqui o resumo e mais uma vez o pedido de desculpas pela ausência.

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por Champignon » 30/4/2010 0:58

Actualização da Carteira de Investimentos by Champignon

Em virtude de a Brisa ter pago dividendos esse valor foi descontado ao valor inicial do trade por ser uma posição curta. Foram descontados os 31 cêntimos, passando o preço de entrada para 5,79 Euros.

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por Champignon » 28/4/2010 11:22

Bem, parece que saíram os resultados do 1º trimestre da JMT. Vou então fazer um pequeno comentário e comparar com as minhas previsões iniciais:

Ora na minha análise anterior da JMT tinha previsto isto:

Em 1º lugar vou admitir para 2010 o valor do Zloty de 3.95.
Neste momento está a 3.90 e a sua tendência é descendente.
m seguida vou admitir um aumento de 37.5% para as vendas da Biodronka. Se em 2009 com o aumento de apenas 8% de área de venda em relação a 2008, aumentaram as vendas em 29%, utilizando a mesma proporção em 2010, com o aumento previsto de 10% de área de venda teremos um crescimento de 37.5%.

Isto dará ao câmbio anteriormente referido de 3.95, vendas no valor de 5593M.

Para o mercado português estimei um aumento conservador de 5% das vendas. Isto daria para Portugal 3772M.

Acredito que possa subir mais que isto, devido sobretudo ao incremento de qualidade e competitividade que a marca Pingo Doce tem vindo a ganhar. Mas ficamos pelos 5% para efeitos de cálculo.


Ficaria então a Polónia com uma cota de 59.7%.
Parece-me razoável tendo em conta os planos futuros da empresa.

Isto daria vendas totais de 9365M.

Aplicando a mesma margem de lucro liquida de 2.74% dará um lucro futuro de 256.6M de euros. Isto daria um EPS de 0.41. Isto seria 28% superior ao ano passado.

Acredito que a margem liquida tem também todas as condições para subir para os 3%, com o aumento da cota de mercado para 60% na Polónia (onde as margens são maiores), bem como á eficiente politica de gestão da empresa nos últimos anos.
Mas vamos considerar para efeitos de cálculo a mesma margem que 2009 de 2.74%.


A JMT passaria assim a transaccionar com um PER para 2010 de 17.8.
Para transaccionar com o PER actual de 23 a cotação daqui a 1 ano teria que ser de 9.43 Euros. São 30% de potencial de valorização.


Os dados deste trimestre revelam:

1-Vendas da Biodronka +21.2% (36,7% em euros)
2-Vendas retalho Portugal + 9.4%
3-Margem líquida total 2.16%

Estes são os dados que efectivamente interessam comparar.

Ponto 1- Esperava um pouco mais de crescimento. No entanto as 42 novas lojas que abriram só vão reflectir a sua mais valia nos próximos trimestres.

Ponto 2- Embora na análise tenha referido 5%, sempre disse que era um valor conservador e que tiha muito potencial para ser aumentado.

Ponto 3- Está parcialmente justificado por esta frase:

"Importa referir que o EBITDA inclui, neste trimestre, custos que no ano têm natureza one‐off e que, em 2009,
foram reflectidos no segundo trimestre. Excluindo este efeito a margem consolidada manteve‐se estável"

Custos one-off são custos que apenas acontecem uma vez no ano. Foram todos reflectidos neste trimestre.


Acrescentar a estes factos:

- O progresso do zloty correu +- como tinha previsto
- O 1º trimestre é, do ponto de vista sazonal, o que tem sempre menos vendas


Parece-me, após análise superficial aos dados deste relatório, que permanecem válidos os valores da 1º análise.

Relembro também que isto é apenas a opinião do autor, não podendo ser confundido como uma recomendação de investimento.
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por Champignon » 9/4/2010 14:44

Actualização Fuqi

A Fuqi teve ontem uma boa subida de mais de 7% para cima dos 12 Usd.

O Chairman da empresa veio passar uma mensagem de confiança ao assumir que não vendeu nenhuma das suas acções quando se deu o escândalo contabilístico. Isso é uma mensagem de confiança na própria empresa que ele passa para o mercado! Anunciou também que vai pedir a auditores internacionais para rectificar as contas da empresa.
Isto leva-me a querer que o buraco pode não ser significativo.

Com um Short interest to float de 37% e com uma boa abertura hoje, pode levar a um short squeeze. Espero bem que sim.

Se assim for, está aberto o caminho para um grande rebound...
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por Elias » 8/4/2010 0:32

Tens razão. Foi lapso meu. Não reparei que era uma posição curta. :oops:
 
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por Champignon » 8/4/2010 0:25

Elias Escreveu:
Champignon Escreveu:É normal? É. tendo em conta que estamos a falar de small caps.


Champignon,

Consideras a Brisa uma small cap?

1 abraço,
Elias



Não Elias.

Repara que quando digo isto:
Mesmo com o mercado a subir, as posições longas não estão a acompanhar essa mesma valorização.
É normal? É. tendo em conta que estamos a falar de small caps.


estou apenas a referir-me às posições longas da carteira.

Os shorts estão, neste caso, a acompanhar o mercado em geral.
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por Elias » 8/4/2010 0:14

Champignon Escreveu:É normal? É. tendo em conta que estamos a falar de small caps.


Champignon,

Consideras a Brisa uma small cap?

1 abraço,
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por Champignon » 7/4/2010 22:57

Actualização da Carteira de Investimento by Champignon

A Carteira está toda no vermelho. Nada de preocupante, pois são variações pequenas.

Mesmo com o mercado a subir, as posições longas não estão a acompanhar essa mesma valorização.
É normal? É. tendo em conta que estamos a falar de small caps. Elas andam geralmente a marinar até que por alguma notícia explodem (para cima ou para baixo).
Relembro que as posições longas são investimentos de longo prazo, salvo alteração a nível fundamental.

Tenho tido menos tempo ultimamente, mas já tenho acções escolhidas para entrar na carteira. No entanto, queria publicar aqui as respectivas análises antes de as juntar ao portfolio. Novidades surgirão em breve.

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por Champignon » 30/3/2010 2:20

Análise Fundamental - DEER

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A próxima aposta da Carteira de Investimentos by Champignon vai passar, como já tinha dado pistas anteriormente, por uma empresa dirigida ao consumidor chinês.

Esta empresa é a DEER, Deer Consumer Products, Inc. (NASDAQ Global Market: DEER).

Estava a fazer uma procura com as características que apresento em seguida,,,quando encontrei a DEER.

:arrow: PER < 40
:arrow: PER provisonal &lt;25
:arrow: Insider Ownership < 30%
:arrow: Sem dívidas
:arrow: Current Ratio >3
:arrow: Margens Liquidas positivas
:arrow: EPS crescente
:arrow: Presença institucional < 50%

Foi então que me deparei com a DEER. Actuava exactamente no sector que procurava…Fantástico!

Passemos então á descrição da empresa:


Descrição

A DEER é uma empresa chinesa que é designer, fabricante e vendedor de pequenos electrodomésticos para casa e cozinha. Produtos como liquidificadores, espremedores , picadores de gelo etc. Podem ver aqui os seus produtos:

http://www.deerinc.com/web/product.asp

Os produtos são vendidos tanto no mercado Chinês como para mercados de exportação. No mercado interno, os produtos são vendidos principalmente sob a marca Deer (&#24503;&#23572;),

No mercado externo, os produtos são vendidos a empresas que depois os comercializam sob marcas próprias. Como exemplo temos marcas como a Black &amp; Decker, Betty Crocker Cozinhas, Ariete etc.

A empresa tem 200 empregados e uma capitalização bolsista de 387M. Ainda é uma empresa relativamente pequena e com margem para valorização.

Tem capacidade de produção anual estimada de 14 milhões de unidades. Apenas está a utilizar 50% da sua capacidade.

A produção é totalmente integrada, automatizada e com capacidade interna de produzir tudo, desde os componentes internos, incluindo motores eléctricos, tal como, componentes exteriores e montagem final.

Mais de 95% das vendas foram feitas apenas com a sua produção interna.

A DEER vende a nível externo directamente ás marcas que vão efectuar a venda final. No caso do mercado interno a venda é feita a lojas de retalho.

A empresa está neste momento focalizada em concentrar os seus esforços no mercado interno. Veremos esses dados durante o capitulo da Análise Fundamental.

Comentários ao modelo de negócio

É, em minha opinião, um sector interessantíssimo.

:arrow:É um negócio fácil de entender. Vende mini electrodomésticos. Mais simples é impossível.

:arrow:Está a apostar no mercado interno. Já percebeu, e bem na minha opinião, que o mercado externo pode estar perto da saturação, embora grande parte da produção tenha sido descentralizada para a China. A empresa está a apostar no mercado interno onde ,em 2008, conseguiu um aumento de 600%. Esse projecto começou em Abril de 2008.

:arrow:Além do preço, a empresa parece ter também alguma preocupação com a qualidade. O seu Know How ,por fabricar produtos para empresas de renome, a isso obriga. Isso é uma vantagem para a DEER.

:arrow:O tipo de produtos que a DEER vende são exactamente aqueles que mais aumento de procura têm quando há aumento de poder de compra da classe média. As razões são as seguintes:
-São produtos com valor unitário relativamente baixo. São os primeiros a comprar quando há aumento de rendimento.
-São as mulheres que mais compram este tipo de produtos. Está provado que são elas que mais gastam quando há mais poder de compra

Podem ver o crescimento de equipamentos deste género na China, nesta tabela:

Imagem

Para se ter noção, um Chinês de classe média, tem em média 5 pequenos electrodomésticos. Um Americano tem 30…



Análise Fundamental
Imagem

Imagem

Enquanto o Nº de Acções cresceu 207% o resultado líquido cresceu 365%. Isto confere valor para o accionista em 76%. É isto que interessa.

Isso vai ver-se, por consequência, no EPS
EPS 2008- 0,2 Usd
EPS 2009 – 0,53 Usd

As contas do EPS foram feitas com base, não através do número total de acções, mas sim na média de acções ao longo do ano. Isto é o valor que se encontra no relatório oficial. Ou seja como o aumento de capital só foi feito em Dezembro, as contas foram feitas apenas com 23M de acções. Só reparei nisto agora. Que pena! Perdi um pouco do entusiamo. Isto porque as próximas contas a fazer vão ter que ser com as acções totais, ou seja, 32M. Isto vai levar a diluição do EPS. O EPS para 2009 seria então de 0.38 Usd.

Neste momento o mercado interno ainda representa apenas 20% para a DEER. O resto provém do exterior.

A estratégia da empresa passa, como disse anteriormente, por uma expansão interna. Esta estratégia de expansão começou apenas em Abril de 2008.
Saliente-se, no entanto, que a empresa continua a aumentar a sua cota de mercado exterior.

Vemos que as margens sempre na casa das dezenas, portanto gordas. Segundo a empresa, o mercado interno confere ainda maiores margens ao seu negócio. Fantástico.
A empresa não apresenta dívidas de longo prazo e tem algum Cash no balanço. Que diferença para as empresas da Tugolândia.

Apenas 3 analistas seguem esta empresa e esperam um EPS entre 0.70 e 0.75. Isto dá um aumento de +- 40% face a 2009. As expectativas estão talvez demasiado elevadas.

Outro factor positivo é o facto de ter mais de metade da empresa na posse dos seus fundadores e administrativos. Ninguém, mais do que eles, quer que a sua posição se valorize.
Os investidores institucionais vulgo “tubarões”, como muitos lhe chamam, ainda só “têm” 17% das acções. Quando eles perceberem que se trata de uma boa empresa (como espero que venha a acontecer), vão atacar a acção e a cotação irá subir.

Perspectivas para o futuro

A empresa espera quem em 2011 as suas vendas já sejam feitas 52% no mercado interno, querendo ao mesmo tempo aumentar as suas cotas de mercado na exportação. São esperados para 2011 vendas de 197 Milhões. Mais do dobro do actual é sem dúvida, aliciante.

Lembro que, segundo a empresa, ela só está a trabalhar a 50% da sua capacidade produtiva. Logo não deverá necessitar de capital extra para aumentar a sua capacidade.

A empresa está a promover, a nível interno, a expansão da marca DEER. Isto vai promover um maior conhecimento da marca e abrir caminho para uma futura investida da própria empresa no retalho. Segundo parece é um conceito que querem explorar e que eles chamam “One Stop Shop”.

A DEER está em 900 lojas no momento, esperando 1500 para 2010 e 20 000 a longo prazo.

São projectos sem dúvida ambiciosos.

Outro factor que eles realçam é que conseguem produzir 40 a 50% mais barato que os produtores estrangeiros, e que a maior parte dos concorrentes chineses pelo menos preço tem menos qualidade. Acredito que seja verdade, embora não o possa confirmar.

Conclusões Finais

A empresa não se encontra neste momento barata. Isto por um lado dá alguma confiança, por estranho que possa parecer. No caso da FUQI a empresa parece “barata demais”. Neste caso parece-me que o mercado está a avaliar melhor a empresa.

Ela apresenta um PER, calculado com o número de acções totais de 31.5.

Elevado, é certo. Mas se as vendas em 2 anos subirem 100% como a empresa (e eu próprio) esperamos, o resultado irá também dobrar. Se a empresa apresentar resultados dentro de 2 anos de 25M, e mantendo estável o número de acções ficaríamos com um PER de 15.

No entanto, a crescer a este nível, a empresa pode perfeitamente apresentar um PER de 30. Assim dentro de 2 anos a cotação estaria em 24 Usd.

Estaria mais confiante no valor futuro desta acção se:
:arrow: A conta do EPS do relatório ter sido feita com um número médio de acções.
:arrow: Os analistas esperarem resultados de 0.75 de EPS em 2010, e valores esses, que eu apenas antecipo para 2011

Isto pode levar a enormes Gapdowns caso a acção não atinja os valores desses tais analistas, coisa que eu admito perfeitamente. Acho que eles estão demasiado optimistas.

De outra forma estaria quase 100% seguro nesta acção.

Mas vou arriscar, porque gosto demais do modelo de negócio e do caminho que a administração da mesma está a seguir. Vai exactamente de acordo com o meu pensamento macro-económico.

Custa entrar numa empresa com um PER de 30. Mas quantas vezes não tiverem as grandes empresas como a Google etc, outrora pequenas, com PER´s destes e maiores, e continuaram a crescer a números superiores ano após ano?

Vou então acreditar no crescimento desta, ainda pequena, empresa chinesa...

Resultado: Comprar 10% em acções da DEER ao preço de abertura de amanhã.


Relembro também que isto é apenas a opinião do autor, não podendo ser confundido como uma recomendação de investimento

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por Champignon » 29/3/2010 18:18

Está na altura de fazer uma actualização na Carteira.

Os mercados parecem querer continuar a subida. Como tal a Carteira de investimentos by Champignon está do lado errado, com duas posições short e apenas uma longa.
Esta situação vai ser alterada. Já há algumas acções em vista para entrarem no portfolio.

Há sectores que prefiro claramente. Como já devem ter percebido gosto de empresas cujo o seu core business sejam produtos direccionados ao comum cidadão. Neste sector estou bastante optimista em empresas que apostem no mercado interno dos países emergentes, bem como em empresas que apostem no mercado online.

Deixo esta notícia que reflecte isso mesmo:

“Se tem tempo e paciência, navegue : a carteira agradece. Em quase 85% dos casos, comprar noutro país da União Europeia (UE) o mesmo produto sai mais barato do que o fazer em Portugal. E em 70% das situações, a poupança associada é de, pelo menos, 10%, por comparação com a melhor oferta nacional e tendo já em conta os custos de transporte.
Esta é a conclusão renovada a que chegou o mais recente “Painel de avaliação dos mercados de consumo” – um levantamento semestralmente realizado pela Comissão Europeia e que volta a colocar Portugal no topo da tabela dos 27 países da UE onde mais compensa usar a Internet para fazer compras lá fora.
O relatório, hoje divulgado, aponta ainda para uma outra conclusão relevante: os países da UE mais ricos garantem uma vida mais "farta" aos consumidores, apesar de os preços serem mais elevados. No “ranking” da acessibilidade do consumo, lidera o Luxemburgo, Reino Unido, Chipre e Holanda. Portugal surge na 19º posição, numa tabela que tem na cauda Roménia e Bulgária.”
Fonte- Jornal de negócios


Isto é válido para a EU como certamente também será válido a nível global.
Há que apostar nas empresas do presente…mas com perspectivas futuras. Hoje em dia em Portugal, por exemplo, apenas 1 em cada 10 pessoas faz compras pela internet. No futuro não tenho dúvidas que nos países desenvolvidos pelo menos metade da população o fará.
Isto leva, além de um aumento de comissões, a maiores valores recebido por publicidade online. As empresas com sistemas de pagamento online também sairão beneficiadas.

Quanto ao mercado interno de países como a China, por exemplo, é um sector onde quero estar. A classe média tem ganho um significativo aumento do poder de compra além de uma propensão, até hoje quase inexistente por motivos culturais, para recorrer ao endividamento. Isto leva a um aumento do consumo muito grande e uma progressiva ocidentalização. Estamos a falar de um público que se conta em biliões, logo talvez o maior mercado do mundo. Não quero deixar passar este crescimento.

Já desvendei um pouco por onde vão passar as próximas apostas da Carteira de Investimentos by Champignon.

Novidades surgirão em breve…
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por Champignon » 24/3/2010 21:43

Actualização da carteira de investimentos by Champignon dia 24/03/2010


Peço desculpa por estes dias de menor participação, mas tem faltado o tempo por questões profissionais.

Aqui fica a actualização da carteira ao fecho de dia 24 de Março (carregar na imagem para ampliar).




Imagem
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por helderjsm » 23/3/2010 0:52

Malakas Escreveu:Boa tarde,
Em primeiro lugar quero felicitar pelo belo cantinho que aqui tem!

Em relação à FUQI, foi a primeira vez que ouvi falar mas sou da opinião que se os relatórios foram falsificados toda a análise feita poderá estar em causa pois os relatórios dos anos anteriores podem também estar falsificados.
Não compraria sem saber mais informaçães sobre a falsificação dos relatórios.

Gostaria, se tivesses disponibilidade, que fosse feita uma análise a uma das patinhas feias do PSI: a Martifer.
Porquê?
:arrow: Por um lado tenho uma ínfima participação.
:arrow: Por outro lado estou curioso como uma empresa avaliada pelos bancos em €8 por acção quando entrou em bolsa vale agora cerca de 35% do valor inicial.

Será que entrou em bolsa excessivamente avaliada?
A cotação actual estará a reflectir o valor fundamental ou estará subavaliada?

Cumprimentos.


Independentemente dos fundamentos da empresa. Sim a Martifer entrou cara no mercado. No entanto acredito já estar barata e não digo isso por estar 5 € abaixo do preço que arrancou no mercado, mas porque desde os resultados de 2006 em que se basearam as cotações, a Martifer foi aumentando de lucros e receitas operacionais de ano para ano (escapando aos lucros em 2008 e aos resultados operacionais em 2009). Os activos também aumentaram de ano para ano enquanto que a dívida foi reduzida (pelo menos de 2008 para 2009).

Agora não entrando em fundamentais, se considerarmos apenas o PER dos anos anteriores a 2009 então torna-se óbvio que tem que estar obviamente mais barata. Agora não vou considerar o PER de 2009 porque esse é discutível e tornaria a cotação da empresa uma pechincha daquelas que nem na feira ;)

Mas claro que também gostaria de ouvir uma análise fundamental.

Cumprimentos
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por malakas » 23/3/2010 0:35

Champignon,
Obrigado pela resposta.

Cumprimentos e bons negócios.
 
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por Champignon » 22/3/2010 19:27

Peço desculpa pelo atraso nas repostas, mas o tempo não tem permitido. Nos últimos dias nem tenho acompanhado os mercados.

Estive a pesquisar no google finance e a FUQI que encontro está no nasdaq e vale 10.30. A que referes está a 18.00, é a mesma? ou estou a ver mal os valores?
Se compraste no dia 18, dia 19 ainda desceu mais, será que mantém esta tendência?


É essa mesmo. Eu comprei após o dia da descidas de 37%.



Malakas Escreveu:Boa tarde,
Em primeiro lugar quero felicitar pelo belo cantinho que aqui tem!

Em relação à FUQI, foi a primeira vez que ouvi falar mas sou da opinião que se os relatórios foram falsificados toda a análise feita poderá estar em causa pois os relatórios dos anos anteriores podem também estar falsificados.
Não compraria sem saber mais informaçães sobre a falsificação dos relatórios.

Gostaria, se tivesses disponibilidade, que fosse feita uma análise a uma das patinhas feias do PSI: a Martifer.
Porquê?
:arrow: Por um lado tenho uma ínfima participação.
:arrow: Por outro lado estou curioso como uma empresa avaliada pelos bancos em €8 por acção quando entrou em bolsa vale agora cerca de 35% do valor inicial.

Será que entrou em bolsa excessivamente avaliada?
A cotação actual estará a reflectir o valor fundamental ou estará subavaliada?

Cumprimentos.



Sim, de facto pode ser um problema mais extenso. Mas não é fácil enganar toda a gente durante muito tempo. Vou acreditar que é apenas um problema específico.

Mas aviso já que é uma acção de risco elevadíssimo. Veremos como corre.

Quanto á Martifer, nunca a analisei profundamente. Deixo no entanto um comentário que fiz aos seus resultados.

helderjsm Escreveu:
Champignon Escreveu:E quais são os teus argumentos para o longo prazo helderjsm?

Sem ser a esperança...claro está :mrgreen:


Acho que já os citei aqui várias vezes. Mas em geral o que mais me convence na Martifer:
- O facto de apresentar cada vez mais lucros e ter um património cada vez mais elevado.
- PER baixíssimo (que apesar de não ser comparável com os outros anos, os lucros têm aumentado e é isso que se espera continuar)
- A PRIO que é o que tem dado mais prejuízos à Martifer deve ser vendida ainda este semestre.
- Aposta nas renováveis que apesar de ser uma área muito preenchida é também uma área da moda e que nos próximos 20 anos deve ser muito falada e que já está a trazer imensos benefícios fiscais por parte dos governos.
- Grande capacidade desta empresa em fazer novos contractos.
- Para 2010 tem imensos projectos a terminar.
- Incompetência dos analistas em acertar seja no que for. E portanto o target é meramente especulativo e o mercado não vai em cantigas.
- Recuperação económica está a encarecer de novo os materiais que trouxeram algum prejuízo à Martifer em 2009.

Neste momento são alguns dos pontos que me fazem acreditar na Martifer. De qualquer forma também estou consciente dos negativos que também não são poucos. Embora no geral discordo de muito do que li na nota de análise do BCP. E descerem o target apenas baseado em argumentos como "dificil leitura" (penso eu que era assim que dizia lá) dá que pensar da competência destes analistas. Já afirmei e volto a reafirmar que os analistas apenas apontam targets baseando-se muito em reacções de mercado e não de fundamentais.

Cumprimentos


Boa noite Helder.

Por acaso olhei à pouco para o relatório de contas de 2009.

A 1º coisa negativa que encontrei foi a sua...dificuldade de interpretação.

Por falar em PER...nunca lá falam do resultado por acção. Sinceramente acho isso inadmissível. É óbvio que chegamos lá fazendo umas contas...mas acho que é uma falta de respeito para com o accionista.
Mas em portugal, não é a única que o faz.

Bem não falando aqui dos imensos pontos quer positivos, quer negativos, quero só destacar aqui alguns factores reparei no relatório oficial.

Quando falas em resultados crescentes atenção. Repara nisto:

O Resultado Líquido atingiu um valor recorde de 100.2 milhões.



Acho isto mais uma vez um falta de respeito para com o accionista pois só lá para o meio do relatório, e quase perdido, encontramos isto...

Conclusão da venda da participação detida na Repower System
mais-valia de 160.9 milhões de euros em 2009


Ou seja se bem estou a ver em 2009 sem receitas extraordinárias teríamos...60.7 Milhões de prejuízo.

Isto é apenas um alerta.



Quanto ao PER baixo ( Para mim até era 0, porque a empresa deu prejuízo) é uma falsa ilusão.
O que interessa é o PER provisional. E neste campo o que vejo nos sectores onde actua a Martifer é:

-Nas estruturas metálicas... diminuição do volume de construção a nível global.

-Nas energias renováveis já escrevi noutro tópico isto sobre o sector. Vou transcrever.
Dentro das renováveis, ao contrário da maior parte das pessoas, eu não estou muito optimista. Vou explicar porquê.

Com esta moda e crescente procura, acho que levou a um sobrepovoamento do sector. Isto leva a uma concorrência feroz e a margens muito apertadas para ser competivo.
Isto leva a prejuízos ou magros resultados. Muitas empresas irão ter que fechar, para se limpar o sistema. Um pouco á imagem das tecnológicas em 2000.

Mantenho-me então mais optimista na chamada energia "convencional".



Não tenho uma análise consistente feita em relação á Martifer. O tempo não dá para tudo.

Mas quem queira investir nela, que tenha atenção aos factores que acima referi que julgo terem alguma importância.

Não estou com isto a dizer que a Martifer é uma empresa para se fugir dela, porque não fiz uma análise "como deve ser". Isto foi apenas o que me saltou mais á vista numa primeira abordagem.
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por latrinaxxl » 20/3/2010 19:16

Estive a pesquisar no google finance e a FUQI que encontro está no nasdaq e vale 10.30. A que referes está a 18.00, é a mesma? ou estou a ver mal os valores?
Se compraste no dia 18, dia 19 ainda desceu mais, será que mantém esta tendência?
No jogo da bolsa, as mãos fracas e fortes estão sempre a perder, quem ganha sempre é a "casa" (corretoras e bancos).
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por malakas » 20/3/2010 16:18

Boa tarde,
Em primeiro lugar quero felicitar pelo belo cantinho que aqui tem!

Em relação à FUQI, foi a primeira vez que ouvi falar mas sou da opinião que se os relatórios foram falsificados toda a análise feita poderá estar em causa pois os relatórios dos anos anteriores podem também estar falsificados.
Não compraria sem saber mais informaçães sobre a falsificação dos relatórios.

Gostaria, se tivesses disponibilidade, que fosse feita uma análise a uma das patinhas feias do PSI: a Martifer.
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Será que entrou em bolsa excessivamente avaliada?
A cotação actual estará a reflectir o valor fundamental ou estará subavaliada?

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