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Caldeirão da Bolsa

Barragens Sim ou Não??

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por aleixon » 11/2/2010 12:12

Eco Tretas, até quando vai durar a sua paciência a tentar ensinar quêm não quer aprender? Da minha parte percebi toda a sua exposição e concordo com ela. Vê-se que é conhecedor teórico e prático do assunto.
Cumprimentos,
NA
 
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por Elias » 11/2/2010 11:58

Eco Tretas Escreveu:No comments. Lê por favor a definição de ataques ad-hominem: http://en.wikipedia.org/wiki/Ad_hominem


Ecotretas eu não te ataquei nem fiz qualquer juízo de valor a teu respeito.
Apenas escrevi - e mantenho, até demonstrares o contrário - que não conheces o tema de que estávamos a falar (os valores naturais).

Eco Tretas Escreveu:Que não sejam intervencionadas contra as próprias populações sequer. Vê por exemplo, o seguinte retirado de http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1483014&seccao=Biosfera: Há uma portaria que determina a cobrança de 200 euros para praticamente tudo, inclusive para que um pequeno agricultor corte mato e tojo na sua propriedade. Deviam ter vergonha!


Estás a misturar tudo.
Uma coisa é a cobrança de taxas que tem vindo a ser aplicada por parte do ICNB. Pessoalmente acho essas taxas um absurdo (e suspeito que só tenham aparecido porque o ICNB tem de obter receitas próprias, cerca de 2,4 milhões de euros de acordo com o OE2010).
Outra coisa completamente diferente é a conservação das áreas protegidas.
O que eu te pergunto é se achas que essas áreas devem ou não ser conservadas e, se sim, em que condições.

Eco Tretas Escreveu:Elias, estavamos a falar de energia, e não de barcos. Vai ler primeiro porque é que as barragens são necessárias, e depois voltamos a falar. Se não souberes por onde começar, lê o blog do Pinto de Sá. Está lá tudo muito bem explicadinho!


Estávamos a falar de energia até tu teres apresentado aqui o link de um site que fala em turismo. A partir do momento em que introduzes o tema (ainda que por via de um link), parece-me lógico que não queres excluir a parte do turismo - ou queres?
 
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por Eco Tretas » 11/2/2010 11:06

Elias Escreveu:Isso só comprova o teu profundo desconhecimento sobre os valores naturais e o que motiva a classificação de determinadas áreas.
No comments. Lê por favor a definição de ataques ad-hominem: http://en.wikipedia.org/wiki/Ad_hominem

Elias Escreveu:O que sugeres que se faça relativamente ao Gerês e à Arrábida?
Que não sejam intervencionadas contra as próprias populações sequer. Vê por exemplo, o seguinte retirado de http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1483014&seccao=Biosfera: Há uma portaria que determina a cobrança de 200 euros para praticamente tudo, inclusive para que um pequeno agricultor corte mato e tojo na sua propriedade. Deviam ter vergonha!

Elias Escreveu:Ah é? Então como explicas que haja barcos a subir o Douro desde o porto até Barca d'Alva, e também na barragem de Saucelle e na de Miranda?
Elias, estavamos a falar de energia, e não de barcos. Vai ler primeiro porque é que as barragens são necessárias, e depois voltamos a falar. Se não souberes por onde começar, lê o blog do Pinto de Sá. Está lá tudo muito bem explicadinho!

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por Elias » 11/2/2010 10:45

Eco Tretas Escreveu:Mais Latim? A Igreja Católica já aboliu isso há meio século, para que os fiéis percebessem o que se passava nas missas... Mas estes ecologistas continuam a insistir para que poucos percebam o que lá está. Serão mais umas silvas ou malmequeres para a flora, e uns melrozitos para a fauna? Até estou admirado que não esteja lá o Lynx pardinus...


Isso só comprova o teu profundo desconhecimento sobre os valores naturais e o que motiva a classificação de determinadas áreas.

Eco Tretas Escreveu:Mais uma mistificação! Está ao nível do argumento do TGV trazer mais madrilenos para as praias lisboetas... É por estas por exemplo que já não se pode entrar em determinados sítios do Parque Nacional Peneda Gerês, Arrábida, etc!


O que sugeres que se faça relativamente ao Gerês e à Arrábida?

Eco Tretas Escreveu:Mas percebes ou não percebes? As barragens da cascata do Douro são de fio de água, sem virtualmente qualquer capacidade de armazenamento...


Ah é? Então como explicas que haja barcos a subir o Douro desde o porto até Barca d'Alva, e também na barragem de Saucelle e na de Miranda?

Eco Tretas Escreveu:Não concordo. Raramente os aspectos que referes estão presentes nos sítios das ventoinhas...


Então tu achas que se deve deixar a paisagem intocada?
 
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por Eco Tretas » 11/2/2010 10:11

leo_qrt Escreveu:
Eco Tretas Escreveu:
Elias Escreveu:Ecotretas não percebo onde queres chegar.

podes explicar melhor por favor?

A fauna/flora a que te referes são coisas como as referidas pelo Franisco Lopes:

Allium roseum - Alho rosado;
Buxus sempervirens – Buxo;
Dactylorhiza markusi – orquídea do campo;
etc...
Quercus coccifera – é o mais que vulgar Carrasco

Fui lá três vezes (também pela posta mirandesa). Acredita que é quase só mato e silvas!

Ecotretas


Ecotretas, mato e silvas=ecosistema. Não se deve desprezar a exitência dos ecosistemas... Não gosto da maneira como tratas o meio ambiente, custa-me ler isso. A natureza é parte integrante da nossa existência!!!

Sim, é verdade que constituem o ecossistema. Assim como a relva e árvores dos jardins de uma qualquer cidade. Ou dos fungos nas bermas das auto-estradas... Eu trato bastante bem do meio ambiente, só não suporto é quem diz que trata, mas só atira areia para os olhos dos outros.

Para que seja claro, estas barragens são necessárias porque os ambientalistas infestaram tanto o país de ventoinhas, que agora tem que haver uma forma de armazenar a energia que existe em excesso quando não é consumida. Se não quiseres ver no meu blog, vê por exemplo http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot.com/2010/01/quanta-energia-vao-produzir-todos-os.html, ou os outros posts do blog do Pinto de Sá. Ele desmistifica-te o problema...

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por leo_qrt » 11/2/2010 10:01

Eco Tretas Escreveu:
Elias Escreveu:Ecotretas não percebo onde queres chegar.

podes explicar melhor por favor?

A fauna/flora a que te referes são coisas como as referidas pelo Franisco Lopes:

Allium roseum - Alho rosado;
Buxus sempervirens – Buxo;
Dactylorhiza markusi – orquídea do campo;
etc...
Quercus coccifera – é o mais que vulgar Carrasco

Fui lá três vezes (também pela posta mirandesa). Acredita que é quase só mato e silvas!

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Ecotretas, mato e silvas=ecosistema. Não se deve desprezar a exitência dos ecosistemas... Não gosto da maneira como tratas o meio ambiente, custa-me ler isso. A natureza é parte integrante da nossa existência!!!
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por Eco Tretas » 11/2/2010 8:59

Elias Escreveu:Com todo o prazer.
Convém explicar que o vale do Sabor é uma ZPE = Zona de Protecção Especial. Esta ZPE (tal como todas as outras) foi definida pelo Estado Português (não é um capricho de um qualquer punhado de ambientalistas). Uma ZPE é criada pelo facto de aí existirem valores naturais ameaçados, que estão identificados como valores a conservar.
Sobre os valores naturais que justificam a classificação da ZPE do vale do Sabor sugiro a leitura do seguinte documento:
http://www.icnb.pt/propfinal/_Vol.III-S ... C3%A3s.pdf
Estão lá inventariadas as espécies relevantes (e sobre isto deixa-me referir-te que alecrins, matos e silvas não são relevantes porque são espécies comuns e não ameaçadas - essas não interessam em termos de classificação de ZPE e quem disser que interessam ou não sabe do que fala ou não está de boa fé).

Mais Latim? A Igreja Católica já aboliu isso há meio século, para que os fiéis percebessem o que se passava nas missas... Mas estes ecologistas continuam a insistir para que poucos percebam o que lá está. Serão mais umas silvas ou malmequeres para a flora, e uns melrozitos para a fauna? Até estou admirado que não esteja lá o Lynx pardinus...

Elias Escreveu:Proponho que se invista no turismo de natureza. O turismo de natureza consiste em realizar actividades ao ar livre, dentro das áreas protegidas ou classificadas, com vista a usufruir dos seus valores naturais. É uma actividade que tem vindo a florescer um pouco por todo o mundo e que criaria oportunidades aos agentes económicos locais.

Mais uma mistificação! Está ao nível do argumento do TGV trazer mais madrilenos para as praias lisboetas... É por estas por exemplo que já não se pode entrar em determinados sítios do Parque Nacional Peneda Gerês, Arrábida, etc!

Elias Escreveu:Claro que conheço. Mas não me explicaste em que medida é que o facto de não pertencer à cascata do Douro faz a diferença. Porque é que as barragens da cascata do Douro não podem ser aproveitadas do mesmo modo?

Mas percebes ou não percebes? As barragens da cascata do Douro são de fio de água, sem virtualmente qualquer capacidade de armazenamento...

Elias Escreveu:Eu não simpatizo especialmente com as ventoinhas, considero que são uma agressão à paisagem, mas não vejo que sejam muito diferente das linhas de alta tensão, das auto-estradas ou dos prédios.

Concordo.

Elias Escreveu:Apenas sou contra as ventoinhas em áreas protegidas, porque a paisagem faz parte da unidade natural de um dado local. Nos outros locais não me fazem confusão, porque a paisagem já está degradada com a construção, a eucaliptização e outras transormações profundas, não são as ventoinhas que fazem a diferença.

Não concordo. Raramente os aspectos que referes estão presentes nos sítios das ventoinhas...

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por Elias » 11/2/2010 0:03

Eco Tretas Escreveu:Desculpa, estás enganado...

Está bem, vou dar-te o benefício da dúvida.

Eco Tretas Escreveu:Sabes, ou não queres dizer?

Eco Tretas Escreveu:Elucida-me tu então!


Com todo o prazer.
Convém explicar que o vale do Sabor é uma ZPE = Zona de Protecção Especial. Esta ZPE (tal como todas as outras) foi definida pelo Estado Português (não é um capricho de um qualquer punhado de ambientalistas). Uma ZPE é criada pelo facto de aí existirem valores naturais ameaçados, que estão identificados como valores a conservar.
Sobre os valores naturais que justificam a classificação da ZPE do vale do Sabor sugiro a leitura do seguinte documento:
http://www.icnb.pt/propfinal/_Vol.III-S ... C3%A3s.pdf
Estão lá inventariadas as espécies relevantes (e sobre isto deixa-me referir-te que alecrins, matos e silvas não são relevantes porque são espécies comuns e não ameaçadas - essas não interessam em termos de classificação de ZPE e quem disser que interessam ou não sabe do que fala ou não está de boa fé).


Eco Tretas Escreveu:O que propões tu para aquela região?

Proponho que se invista no turismo de natureza. O turismo de natureza consiste em realizar actividades ao ar livre, dentro das áreas protegidas ou classificadas, com vista a usufruir dos seus valores naturais. É uma actividade que tem vindo a florescer um pouco por todo o mundo e que criaria oportunidades aos agentes económicos locais.

Eco Tretas Escreveu:Ela não pertence à cascata do Douro. É essa a sua grande importância! Para fazeres esta pergunta é porque não conheces claramente o que está em causa...


Claro que conheço. Mas não me explicaste em que medida é que o facto de não pertencer à cascata do Douro faz a diferença. Porque é que as barragens da cascata do Douro não podem ser aproveitadas do mesmo modo?

Eco Tretas Escreveu:O que é para ti isso de conservar a natureza?


A resposta está aqui: http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007 ... s+de+referência/Estratégia+Nacional+da+Conservação+da+Natureza+e+da+Biodiversidade/.

Eco Tretas Escreveu:Não era melhor retirar então as ventoinhas dos topos dos montes???


Aí não estás a falar de natureza, mas sim de paisagem. São coisas diferentes. Se é melhor ou pior, depende da percepção de cada um, pois não existe uma escala de valor para medir isso.

Eu não simpatizo especialmente com as ventoinhas, considero que são uma agressão à paisagem, mas não vejo que sejam muito diferente das linhas de alta tensão, das auto-estradas ou dos prédios. Apenas sou contra as ventoinhas em áreas protegidas, porque a paisagem faz parte da unidade natural de um dado local. Nos outros locais não me fazem confusão, porque a paisagem já está degradada com a construção, a eucaliptização e outras transormações profundas, não são as ventoinhas que fazem a diferença.

1 abraço,
Elias
 
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por Eco Tretas » 10/2/2010 23:49

Elias Escreveu:As tuas afirmações só podem resultar de um profundo desconhecimento sobre o tema.

Desculpa, estás enganado...

Elias Escreveu:Primeiro, porque não sabes a que espécies me refiro. Estás a presumir saber, mas não sabes.

Sabes, ou não queres dizer?

Elias Escreveu:Segundo porque te referes a um inventário. E um inventário é apenas uma lista de espécies. Não refere a sua vulnerabilidade.

Elucida-me tu então!

Elias Escreveu:"O que eu penso é que esta Barragem garante mais desenvolvimento do que tudo quanto se pretende potenciar em termos patrimoniais e ambientais."

O que propões tu para aquela região?

Elias Escreveu:Por isso pergunto: o que é que te faz acreditar que esta barragem vai ser diferente das restantes?

Ela não pertence à cascata do Douro. É essa a sua grande importância! Para fazeres esta pergunta é porque não conheces claramente o que está em causa...

Elias Escreveu:Por fim, uma última questão: achas que vale a pena conservar a natureza ou é melhor assumir de uma vez por todas que não vale a pena ter preocupações dessas?
O que é para ti isso de conservar a natureza? Não era melhor retirar então as ventoinhas dos topos dos montes???

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por Elias » 10/2/2010 23:32

Eco Tretas Escreveu:A fauna/flora a que te referes são coisas como as referidas pelo Franisco Lopes:

Allium roseum - Alho rosado;
Buxus sempervirens – Buxo;
Dactylorhiza markusi – orquídea do campo;
etc...
Quercus coccifera – é o mais que vulgar Carrasco

Fui lá três vezes (também pela posta mirandesa). Acredita que é quase só mato e silvas!

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As tuas afirmações só podem resultar de um profundo desconhecimento sobre o tema.

Primeiro, porque não sabes a que espécies me refiro. Estás a presumir saber, mas não sabes.

Segundo porque te referes a um inventário. E um inventário é apenas uma lista de espécies. Não refere a sua vulnerabilidade.

E em terceiro deixa-me dizer-te que o site que indicas contém várias incorrecções. Não vou esmiuçar agora as questões sobre as espécies (poderei voltar ao tema se o desejares) mas deixo as seguintes duas citações desse blog para reflexão:

"O que eu penso é que esta Barragem garante mais desenvolvimento do que tudo quanto se pretende potenciar em termos patrimoniais e ambientais."

Considerando que o nordeste transmontano tem a maior densidade de grandes barragens do país, eu gostaria que alguém me explicasse porque é que as outras grandes barragens que ali foram feitas não trouxeram desenvolvimento e em que é que esta barragem vai ser diferente.

"Eu estou certo de que a barragem motivará a vinda de muita mais gente do que a situação actual, ou a futura com base na actual. Gente interessada na caça e na pesca e nos desportos naúticos, ou simplesmente num passeio guiado à volta da albufeira, como sucede noutras zonas e noutros países."

Considerando que o nordeste transmontano tem a maior densidade de grandes barragens do país, eu gostaria que alguém me explicasse porque é que as outras grandes barragens que ali foram feitas não trouxeram muito mais gente, seja para pesca, para desportos náuticos ou para passeios guiados e em que é que esta barragem vai ser diferente.
Nota que eu conheço todas as barragens do nordeste e por isso não estou a falar de cor. No Picote ou na Bemposta não vês vivalma. No Pocinho, é a mesma coisa. Na barragem de Miranda são feitos alguns passeios de barco para ver as arribas e 90% dos clientes são... espanhóis! Até a empresa que ali opera é espanhola.

Por isso pergunto: o que é que te faz acreditar que esta barragem vai ser diferente das restantes?

O Alqueva é um exemplo flagrante de como, mesmo avançando com a construção de uma grande barragem, se pode cair exactamente nesta situação: as expectativas criadas junto das populações viraram um saco vazio. Com uma agravante: sacrificaram-se valores naturais e avultadas quantias do erário público, a troco não se sabe bem de quê. Se o Alqueva tivesse de facto beneficiado as populações, facilmente eu daria a mão à palmatória quanto aos benefícios da construção de uma barragem desta dimensão. Mas com o triste balanço que pode ser feito no Alqueva ao fim de todos estes anos só me apetece perguntar-te: "Qual será a maior farsa - as queixas das associações ambientalistas em Bruxelas a propósito do Sabor ou o mega-investimento que foi o Alqueva?. E que garantias ou expectativas podem as populações ter de que o Sabor não vai ter o mesmo destino do Alqueva?". Será que aprendemos alguma coisa com o Alqueva ou, uma vez mais, "A história repete-se"?

Por fim, uma última questão: achas que vale a pena conservar a natureza ou é melhor assumir de uma vez por todas que não vale a pena ter preocupações dessas?

1 abraço,
Elias
 
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Re: BArragem do Sabor

por Eco Tretas » 10/2/2010 23:23

Luis19 Escreveu:Rufa, tira-me uma dúvida, se faz favor, se souberes:

Sei que a barragem do sabor vai ser construida (com muita pena minha) para os lados de adeganha ou cardanha, salvo erro.

No entanto à uns dias atrás falei com pessoal de moncorvo que me disse que também vai ser construida um pequeno açude (não sei bem se este é o nome correcto) a juzante da ponte que cruza o sabor (estrada Macedo/Pocinho) entre os cruzamentos de adeganha e de moncorvo). Isso é verdade? Em caso afirmativo a que cota vai ficar a agua em relação a essa ponte?

É que falaram-me que a agua poderia ficar muito próxima do tabuleiro dessa ponte...

É para conter a água que é turbinada, bem como permitir a reversibilidade... Podes ver mais informação em http://www.a-nossa-energia.edp.pt/centros_produtores/empreendimento.php?item_id=1, nomeadamente um mapa em http://www.a-nossa-energia.edp.pt/pdf/nb_baixosabor-albufeira_desenho_01.pdf.

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por Eco Tretas » 10/2/2010 23:15

Elias Escreveu:Ecotretas não percebo onde queres chegar.

podes explicar melhor por favor?

A fauna/flora a que te referes são coisas como as referidas pelo Franisco Lopes:

Allium roseum - Alho rosado;
Buxus sempervirens – Buxo;
Dactylorhiza markusi – orquídea do campo;
etc...
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BArragem do Sabor

por Luis19 » 10/2/2010 22:20

Rufa, tira-me uma dúvida, se faz favor, se souberes:

Sei que a barragem do sabor vai ser construida (com muita pena minha) para os lados de adeganha ou cardanha, salvo erro.

No entanto à uns dias atrás falei com pessoal de moncorvo que me disse que também vai ser construida um pequeno açude (não sei bem se este é o nome correcto) a juzante da ponte que cruza o sabor (estrada Macedo/Pocinho) entre os cruzamentos de adeganha e de moncorvo). Isso é verdade? Em caso afirmativo a que cota vai ficar a agua em relação a essa ponte?

É que falaram-me que a agua poderia ficar muito próxima do tabuleiro dessa ponte...
O autor não assume quaisquer responsabilidades sobre as decisões tomadas por outros relativamente aos factos por ele mencionados.
 
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DIA???

por rufa » 10/2/2010 22:07

Elias Escreveu:rufa já agora diz-me lá o que é que tu achas sobre a AIA.


É um estudo que me merece toda a credibilidade, e com excelentes propostas, se a sua execução for perfeita ou quase, a relação custos benefícios da construção da Barragem parece-me claramente inclinada para os benefícios.

Cumps.
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por Elias » 10/2/2010 19:32

Ecotretas não percebo onde queres chegar.

podes explicar melhor por favor?
 
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por Eco Tretas » 10/2/2010 19:23

Elias Escreveu:Ecotretas,

O património natural não se resume à paisagem.

Há valores naturais, nomeadamente a nível de fauna e flora e é desses que se está a falar.

Verdade,
Todavia a fauna e flora locais até foram inventariados. Recomendo o excelente blog de Franisco Lopes (http://resistente.3e.com.pt/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=46:barragem-do-baixo-sabore-agora&catid=3:em-defesa-da-barragem), que referi num dos primeiros posts do meu blog, e que diz e muito bem:

Como muitos pseudo-ambientalistas fazem questão de se escudar nas generalidades quando lhes faltam os argumentos credíveis, ou se ficam pelas designações latinas para que a generalidade das pessoas não saiba do que se está a falar, vou tentar ajudar o leitor com uma indicação mais precisa (apesar de este campo não ser especialidade minha).

As espécies de que se fala são as seguintes e a colocação do texto em português é da minha responsabilidade:

Allium roseum - Alho rosado; Andryala ragusina - é uma planta da família das Asteraceae, tipo malmequer do campo; Buxus sempervirens – Buxo; Dactylorhiza markusi – orquídea do campo; Phillyrea media – arbusto – desconheço se existe nome local; Petrorrhagia saxifraga – não encontrei descrição; Malcolmia triloba subsp. Patula – flor silvestre - desconheço se existe nome local; Silena cónica – flor silvestre – desconheço se existe nome local; Erodium aethiopicum – existem 319 espécies desta planta, também uma flor silvestre, mas não consegui nenhuma imagem desta, mas na zona existem outras; Piptatherum paradoxum – é uma gramínea, vulgar em toda a parte nesta zona; Centaurea ornata subsp. Interrupta – supomos que se refere ao Cardo, esta é pelo menos a planta mais comum das muitas desta espécie; Pulicaria vulgaris - é uma flor do tipo malmequer do campo, mas com as pétalas mais pequenas; Pistorina hispânica – é um pequeno cacto, vulgar na zona; Quercus coccifera – é o mais que vulgar Carrasco (carrasqueiras) de toda esta região e nem sequer se dá lá muito bem junto dos cursos de água…; Arabis alpina - é uma flor silvestre, igualmente comum na região; Clematis campaniflora – não encontrei descrição; Carduus lusitanus subsp. Lusitanus – é outro tipo de Cardo espinhoso, ou bravo; e Rosmarinus officinalis – é o Alecrim e incluir nesta lista um arbusto tão vulgar é um absurdo.


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por Elias » 10/2/2010 16:04

rufa já agora diz-me lá o que é que tu achas sobre a AIA.
 
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...

por rufa » 10/2/2010 15:54

Foi por lapso que não a coloquei aqui, e como tu gostas de ler Elias cá vai.

Abraço.
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por Elias » 10/2/2010 12:52

Ecotretas,

O património natural não se resume à paisagem.

Há valores naturais, nomeadamente a nível de fauna e flora e é desses que se está a falar.
 
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por Eco Tretas » 10/2/2010 12:44

Elias Escreveu:
aleixon Escreveu:Sobre energia ainda considero que me sinto à vontade para debater e defender argumentos, agora sobre arqueologia, realmente já não é a minha área.


Caro NA,

O património que está em causa no rio Sabor é natural, não é arqueológico.

Agora se realmente estás por fora de todo este assunto, não percebo como queres debatê-lo...

O património do Rio Sabor não é natural no sentido que os ambientalistas querem transmitir. Aquilo são campos agrícolas de meados do Sec. XX, que foram abandonados com a emigração em massa dos anos 60 e seguintes.
A qualquer pessoa que se digne fazer umas incursões a pé pelo vale do Sabor percebe isso imediatamente, ao ver por exemplo muitas oliveiras antigas cobertas por mato intenso. O que os ecologistas veêm de longe parece ser uma amálgama verde, mas que é apenas muito mato, sobre o que foi agricultura intensiva há apenas algumas décadas!

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por Elias » 10/2/2010 12:33

Amarante: Câmara opõe-se à construção da Barragem de Fridão
9 de Fevereiro de 2010
Diário Digital / Lusa


A Câmara de Amarante deliberou, por unanimidade, opor-se à construção da barragem de Fridão, no rio Tâmega, por considerá-la «um sacrifício demasiado elevado para os munícipes», anunciou hoje fonte da autarquia.

«É para nós impensável a construção de uma barragem a montante da cidade de Amarante, a aproximadamente 10 quilómetros», lê-se na moção, aludindo aos problemas da segurança.

A decisão do executivo, de maioria socialista, ocorreu a poucos dias do fim do período de discussão pública do estudo de impacte ambiental, que decorre até 15 de fevereiro.
 
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por Elias » 29/5/2009 0:24

aleixon Escreveu:Sobre energia ainda considero que me sinto à vontade para debater e defender argumentos, agora sobre arqueologia, realmente já não é a minha área.


Caro NA,

O património que está em causa no rio Sabor é natural, não é arqueológico.

Agora se realmente estás por fora de todo este assunto, não percebo como queres debatê-lo...
 
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por aleixon » 29/5/2009 0:18

Elias Escreveu:
aleixon Escreveu:Sim, faz sentido salvaguardar todo o património natural que os especialistas entendam, tendo sempre em conta possíveis medidas de minimização e medidas de compensação.


Bem, mas os especialistas entendem que o Sabor, por exemplo, é um património a salvaguardar...


Caro Elias,

Sobre energia ainda considero que me sinto à vontade para debater e defender argumentos, agora sobre arqueologia, realmente já não é a minha área. Não contem comigo para aumentar a confusão. De certeza que o EIA indica a importância desses registos e as medidas a adoptar. Como não conheço o estudo, fico por aqui. Atenção que precisa filtrar entre "o que se diz" e o que está apresentado no estudo. Só posso pronunciar-me sobre o que conheço.

Julgo que está a chamar especialistas ao COAGRT que é a mensagem que precedeu ao inicio da minha apresentação e que vem no sentido do que eu entretanto referi sobre as opiniões extremistas. Uma associação dos afectados pelas barragens!!! Meu Deus... ao que chegámos....

Vamos ver até quando vão manter esta guerra. Adapata-se perfeitamente um dos sketches do gatos fedorentos: o que ele$ querem, $ei eu...

1A
NA
 
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por Elias » 29/5/2009 0:06

aleixon Escreveu:- Alqueva: o Alqueva permite oferecer opções de armazenamento de água para os mais diversos fins e numa vasta área onde este recurso era escasso.


Claro que permite. A questão é saber se essa água vai ser necessária.

Uma vez li uma entrevista a uma personalidade conhecida que é natural da região e que disse isto: "não sei se aquela água toda alguma vez vai ser usada, mas dá uma sensação de conforto vê-la ali".

aleixon Escreveu:Directamente a população beneficiou pela dinamização da actividade económica durante a fase de construção da barragem


Tens dados concretos que sustentem a tua afirmação?
Olha que todas as reportagens que são feitas envolvendo a população da região são de descontentamento...

aleixon Escreveu:e ainda irá beneficiar mais com o aparecimento dos projectos turísticos que não apareceriam se a barragem não existisse.


É bom lembrar que quando as comportas foram fechadas o primeiro-ministro António Guterres excluiu liminarmente qualquer desenvolvimento turístico porque a barragem era para a agricultura.

Actualmente vemos que os promotores imobiliários já estão todos com as garras de fora e já se preparam diversos projectos na área.

Irão esses projectos beneficar a população? Se sim, em que medida?
 
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por Elias » 28/5/2009 23:54

aleixon Escreveu:Sim, faz sentido salvaguardar todo o património natural que os especialistas entendam, tendo sempre em conta possíveis medidas de minimização e medidas de compensação.


Bem, mas os especialistas entendem que o Sabor, por exemplo, é um património a salvaguardar...
 
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