Fogos - péssimas notícias para as celuloses...
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Embora não seja um conhecedor...
... dos perfis de negócios das diversas empresas ligadas ao sector florestal, farei algumas previsões:
a) no caso das empresas de celulose, o cenário é mau, conforme descrito.
b) no caso de empresas de aglomerados (p. ex., Sonae), numa primeira fase, não haverá problemas, muito pelo contrário. Como trabalham com material menos nobre da nossa floresta, matéria-ptima não lhe vai faltar. Ainda mais agora que têm madeira queimada, cujo preço está bastante baixo. De qualquer modo, podem ser afectados a médio-prazo, pois como a área de pinhal ter-se-á reduzido pelo menos 20% com os incêndios deste ano, haverá uma queda da oferta.
c) nas empresas da área da cortiça (Corticeira Amorim), embora este ano tenha ardido manchas grandes de montado, não atingiu para esta espécie uma dimensão tão catastrófica como em relação ao pinheiro e eucalipto. Não haverá nada a temer, embora se saiba que nos últimos anos a cortiça ao produtor tenha registado um aumento de preço bastante grande.
d) nas empresas de papel... bom, vão levar por tabela os problemas das celuloses, mas de forma mitigada, por razões de livre oferta do mercado global
São estas as minhas considerações.
Um abraço
u2u
a) no caso das empresas de celulose, o cenário é mau, conforme descrito.
b) no caso de empresas de aglomerados (p. ex., Sonae), numa primeira fase, não haverá problemas, muito pelo contrário. Como trabalham com material menos nobre da nossa floresta, matéria-ptima não lhe vai faltar. Ainda mais agora que têm madeira queimada, cujo preço está bastante baixo. De qualquer modo, podem ser afectados a médio-prazo, pois como a área de pinhal ter-se-á reduzido pelo menos 20% com os incêndios deste ano, haverá uma queda da oferta.
c) nas empresas da área da cortiça (Corticeira Amorim), embora este ano tenha ardido manchas grandes de montado, não atingiu para esta espécie uma dimensão tão catastrófica como em relação ao pinheiro e eucalipto. Não haverá nada a temer, embora se saiba que nos últimos anos a cortiça ao produtor tenha registado um aumento de preço bastante grande.
d) nas empresas de papel... bom, vão levar por tabela os problemas das celuloses, mas de forma mitigada, por razões de livre oferta do mercado global
São estas as minhas considerações.
Um abraço
u2u
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Fogos - péssimas notícias para as celuloses...
Preparem-se para nos próximos tempos para más notícias nas celuloses. Embora em ano "normal" já ardessem cerca de 100 mil hectares (este ano vamos quadruplicar esse número), as celuloses quase sempre estavam livres desse flagelo, fruto de uma gestão assente na prevenção. Ardiam, quando muito, uma poucas centenas de hectares, se tanto, por ano.
Este ano as coisas não poderiam ter corridi pior para eles. Segundo informações que obtive, a Portucel perdeu já 20 mil hectares (e sobretudo na serra de Monchique eram povoamentos muito bons) e a Caima cerca de 7 mil. No caso da Caima, isto é cerca de 25% da área de que são proprietários e cujos cortes estavam previstos para este e próximo ano.
Significa que, mesmo com a eventual compensação do seguro (sei que a Aliança Florestal, a empresa da Portucel que gere as suas florestas tem seguro, mas não sei se a Caima tb tem), não os livra de grandes problemas de matéria-prima. Mesmo que consigam arranjá-la em Portugal, os preços vão aumentar (escuso de justificar porquê) ou vão ter de importar mais (aumentando os custos).
Por isso, não esperem boas notícias (muito pelo contrário)nos próximos tempos para estas empresas.
Abraços
u2u
Este ano as coisas não poderiam ter corridi pior para eles. Segundo informações que obtive, a Portucel perdeu já 20 mil hectares (e sobretudo na serra de Monchique eram povoamentos muito bons) e a Caima cerca de 7 mil. No caso da Caima, isto é cerca de 25% da área de que são proprietários e cujos cortes estavam previstos para este e próximo ano.
Significa que, mesmo com a eventual compensação do seguro (sei que a Aliança Florestal, a empresa da Portucel que gere as suas florestas tem seguro, mas não sei se a Caima tb tem), não os livra de grandes problemas de matéria-prima. Mesmo que consigam arranjá-la em Portugal, os preços vão aumentar (escuso de justificar porquê) ou vão ter de importar mais (aumentando os custos).
Por isso, não esperem boas notícias (muito pelo contrário)nos próximos tempos para estas empresas.
Abraços
u2u
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