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https://twitter.com/JCSTrendTrading
"We can confidently predict yesterdays price. Everything else is unknown."
"Every trade is a test"
"Price is the aggregation of everyone's expectations"
"I don't define a good trade as a trade that makes money. I define a good trade as a trade where I did the right thing". (Trend Follower Kevin Bruce, $5000 to $100.000.000 in 25 years).
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Jas/Bcp
NIC podem agravar dívida do BCP e do BES em 1.800 milhões
Maria João Gago
A contabilização de acções preferenciais como dívida pode ter um impacto negativo nos balanços dos dois bancos.
As novas normas internacionais de contabilidade (NIC), que estarão em vigor a partir de Janeiro de 2005, poderão obrigar as empresas cotadas a contabilizarem as suas acções preferenciais como dívida e não como capital, como acontece actualmente. Se esta possibilidade avançar, entre as principais cotadas portuguesas, o Banco Comercial Português e o Banco Espírito Santo serão os mais afectados, uma vez que ambos têm acções preferenciais. Em termos acumulados, a dívida dos dois maiores bancos privados nacionais poderá aumentar em mais de 1,84 mil milhões de euros, uma vez que é este o valor global das acções preferenciais emitidas pelos dois grupos financeiros (1.169 milhões de euros, no caso do BCP, e cerca de 675 milhões, no caso do BES).
A eventual alteração da forma de contabilização das acções preferenciais está ainda em aberto, no âmbito da definição da norma 32, que gerou alguma polémica entre os diversos governos europeus. A proposta de formulação deste ponto apresentada pela comissão responsável pela elaboração das novas NIC estabelece que «um passivo financeiro é um compromisso que incorpora uma obrigação contratual de entregar dinheiro ou outro activo financeiro». De acordo com o diário espanhol Expansión, as acções preferenciais estão englobadas nesta definição, uma vez que implicam que a sociedade emitente remunere os detentores destes títulos com um dividendo. Já os instrumentos financeiros que podem ser contabilizados como capital «não dão lugar à mencionada obrigação contratual», esclarece o texto da proposta.
Fontes financeiras contactadas pelo Diário Económico, duvidam que esta proposta venha a ser adoptada no âmbito da definição final das NIC. Até porque, várias empresas europeias têm acções preferenciais emitidas e se a actual formulação da norma 32 se mantiver sofrerão um impacto negativo na sua dívida e, consequentemente, nos seus rácios de capital, designadamente, no Tier 1. A adopção desta regra implicaria, por exemplo, que a dívida global de quatro das maiores empresas espanholas – Repsol YPF, Telefónica, Endesa e Unión Fenosa – aumentasse em 7,7 mil milhões de euros, de acordo com números avançados pelo Expansión.
No enquadramento contabilístico actual, as acções preferenciais são encaradas como capital, funcionando como instrumentos que ajudam a reforçar os capitais próprios das sociedades. O BCP possui 1,17 mil milhões destes valores mobiliários. No entanto, no caso de, à data de entrada em vigor das NIC, continuar válida a emissão Capital BCP 2005, de 700 milhões de euros de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC) em acções, realizada pelo banco no ano passado, o impacto das normas na dívida do grupo pode ser maior. Actualmente, estes títulos são contabilizados como capital, mas como têm implícito o pagamento de uma obrigação financeira (os VMCO são remunerados a uma taxa de 9%), de acordo com o actual cenário para as novas normas poderiam ter que ser considerados como dívida.
Por seu turno, o Banco Espírito Santo, emitiu 450 milhões de euros em acções preferenciais em Julho, através de uma ‘holding’ controlada pelo grupo financeiro, a BES Finance Limited. Parte desta emissão foi aplicada no reembolso dos 250 milhões de dólares de títulos preferenciais do BES Overseas, operação concretizada na última sexta-feira. Além disso, o grupo, através da Espírito Santo Overseas, possui outras duas emissões de acções preferenciais que, no conjunto, estão avaliadas em 250 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros). No total, o BES possui actualmente acções preferenciais no valor de 675 milhões de euros.
mjgago@economica.iol.pt
Maria João Gago
A contabilização de acções preferenciais como dívida pode ter um impacto negativo nos balanços dos dois bancos.
As novas normas internacionais de contabilidade (NIC), que estarão em vigor a partir de Janeiro de 2005, poderão obrigar as empresas cotadas a contabilizarem as suas acções preferenciais como dívida e não como capital, como acontece actualmente. Se esta possibilidade avançar, entre as principais cotadas portuguesas, o Banco Comercial Português e o Banco Espírito Santo serão os mais afectados, uma vez que ambos têm acções preferenciais. Em termos acumulados, a dívida dos dois maiores bancos privados nacionais poderá aumentar em mais de 1,84 mil milhões de euros, uma vez que é este o valor global das acções preferenciais emitidas pelos dois grupos financeiros (1.169 milhões de euros, no caso do BCP, e cerca de 675 milhões, no caso do BES).
A eventual alteração da forma de contabilização das acções preferenciais está ainda em aberto, no âmbito da definição da norma 32, que gerou alguma polémica entre os diversos governos europeus. A proposta de formulação deste ponto apresentada pela comissão responsável pela elaboração das novas NIC estabelece que «um passivo financeiro é um compromisso que incorpora uma obrigação contratual de entregar dinheiro ou outro activo financeiro». De acordo com o diário espanhol Expansión, as acções preferenciais estão englobadas nesta definição, uma vez que implicam que a sociedade emitente remunere os detentores destes títulos com um dividendo. Já os instrumentos financeiros que podem ser contabilizados como capital «não dão lugar à mencionada obrigação contratual», esclarece o texto da proposta.
Fontes financeiras contactadas pelo Diário Económico, duvidam que esta proposta venha a ser adoptada no âmbito da definição final das NIC. Até porque, várias empresas europeias têm acções preferenciais emitidas e se a actual formulação da norma 32 se mantiver sofrerão um impacto negativo na sua dívida e, consequentemente, nos seus rácios de capital, designadamente, no Tier 1. A adopção desta regra implicaria, por exemplo, que a dívida global de quatro das maiores empresas espanholas – Repsol YPF, Telefónica, Endesa e Unión Fenosa – aumentasse em 7,7 mil milhões de euros, de acordo com números avançados pelo Expansión.
No enquadramento contabilístico actual, as acções preferenciais são encaradas como capital, funcionando como instrumentos que ajudam a reforçar os capitais próprios das sociedades. O BCP possui 1,17 mil milhões destes valores mobiliários. No entanto, no caso de, à data de entrada em vigor das NIC, continuar válida a emissão Capital BCP 2005, de 700 milhões de euros de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC) em acções, realizada pelo banco no ano passado, o impacto das normas na dívida do grupo pode ser maior. Actualmente, estes títulos são contabilizados como capital, mas como têm implícito o pagamento de uma obrigação financeira (os VMCO são remunerados a uma taxa de 9%), de acordo com o actual cenário para as novas normas poderiam ter que ser considerados como dívida.
Por seu turno, o Banco Espírito Santo, emitiu 450 milhões de euros em acções preferenciais em Julho, através de uma ‘holding’ controlada pelo grupo financeiro, a BES Finance Limited. Parte desta emissão foi aplicada no reembolso dos 250 milhões de dólares de títulos preferenciais do BES Overseas, operação concretizada na última sexta-feira. Além disso, o grupo, através da Espírito Santo Overseas, possui outras duas emissões de acções preferenciais que, no conjunto, estão avaliadas em 250 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros). No total, o BES possui actualmente acções preferenciais no valor de 675 milhões de euros.
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