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Caldeirão da Bolsa

CFD's

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por paubo » 27/1/2010 13:00

JLMF Escreveu: Ora, por exemplo a longo, cada vez que negoceio, neste caso pelo Best e na euronext Lisboa, verifico que a quantidade correspondente em acções é imediatamente registada no livro de negócios da bolsa com consequente alteração nos cof’s.

Será esta uma indicação que contraria a conclusão a que tinha chegado através das leituras precedentes?

Obg pelo Vosso comentário.


Se fores ver nas condiçoes de negociaçao do teu banco de CFDs para o PSI20 reparas que na coluna "execuçao automatica maximo de CFDs" aparece nao disponivel. Neste caso o que referes e verdade. No entanto para o CAC, por exemplo, ja aparece em algumas cotadas quantidades possiveis para execuçao automatica. Penso ser esta a diferença.
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por jlmf » 27/1/2010 12:07

Ulisses Pereira Escreveu:Eu discordo. Aliás, se as corretoras fizerem isso é estratégia delas, não vejo por que isso tem que ser probido.

O que a maioria das corretoras faz é fazer, de imediato, arbitragem. Por exemplo, se compras na corretora X 1000 CFD`s sobre a Microsoft a 29,78 dólares, o que a corretora faz é ir ao mercado á vista comprar 1000 CFD`s da Microsoft a 29,74 dólares e ganha ali logo a sua comissãozinha. O negócio das corretoras não deve ser assumir o risco mas sim ganhar o dinheiro das comissões. Se há quem queira usar outra estratégia, não tem nada errado, mas está a assumir um risco brutal e não vejo por que isso tem que ser proibido.

Aliás, acho curioso que se diga isso nos States quando a maior parte das acções tem "market makers".

Um abraço,
Ulisses



MarcoAntonio Escreveu:No entanto creio que era útil e importante que as corretoras esclarecem-se, caso a caso, se estão a assumir um risco com os CFDs ou se estão a fazer cobertura de risco ou arbitragem na totalidade ou parcialmente e creio que isso (esse tipo de informação) nunca aparece. Eu pelo menos nunca me cruzei com essa informação e entendo que era importante, especialmente dado o clima económico e os abalos que o sistema financeiro levou nos últimos 2 anos, os investidores deterem um melhor conhecimento quanto ao tipo de risco que estão a assumir ao investirem em CFDs.

Porque, se a corretora resolve assumir o risco, indirectamente e sem o saberem, os investidores estão também eles a assumir um risco!


Vermögen Escreveu:De facto quando alguém compra ou vende CFD´s quem lhe vende ou compra é sempre o Market maker ( contraparte) ou seja na pratica está sempre a apostar contra a casa. Não há a transparência dum mercado regulamentado como a bolsa em que todas as ordens de venda e de compra são confrontadas umas com as outras e sempre que há ordens de venda e compra para o mesmo valor fecha–se um negocio. Aqui não.

O Market maker tem toda a discricionariedade no preenchimento das ordens tentando comprar barato e vender caro. Ou seja apesar de existir alguém que queira vender ao preço que eu quero comprar o banco pode não me executar a ordem forçando o comprador a subir o preço para o banco ganhar o spread. Por outro lado como o banco é o único conhecedor de todas as ordens introduzidas pelos clientes pode em determinadas circunstancias usar esses dados para gerar pseudo-volatilidade fazendo disparar ordens stops que depois serão executadas a valores penalizadores para o cliente.

Acresce a isto que qualquer posição que eu tome em CFD´s independentemente da liquidez da carteira é sempre feita com recurso a um financiamento automático na totalidade do valor da operação. Tendo em conta o nível de alavancagem que o produto permite ( em regra superior a 8 vezes) o cliente esta a pagar juros sobre montantes em regra superiores ao saldo da sua própria conta e a multiplicar o valor das comissões por
via dos spreads pelo mesmo factor de alavancagem. Por outro lado como são um produto alavancado e que cobram juros durante o tempo em que a posição esta aberta são propícios ao overtrading o que tanto as corretoras como o banco que vende os CFD´s agradecem.

Trata-se de um negócio muitíssimo mais proveitoso para os bancos do que a corretagem no mercado accionista. Dai o marketing agressivo que tem aparecido ultimamente em tudo o que é site . Alguns destes bancos apresentem apenas disponível a negociação em CFD´s.
Este tipo de produtos tal como o Forex levam no médio a longo prazo à ruína da maior parte do investidores.

The house always wins.


Bom dia,

Estou á algum tempo a negociar exclusivamente em CFDs.

Pela leitura de alguns artigos e das intervenções no fórum, fico com a conclusão de que quando faço um negócio com CFDs, existe uma disponibilização dos adjacentes por parte das correctoras, respectiva arbitragem e o "factor de jogar contra a casa".

Ora, por exemplo a longo, cada vez que negoceio, neste caso pelo Best e na euronext Lisboa, verifico que a quantidade correspondente em acções é imediatamente registada no livro de negócios da bolsa com consequente alteração nos cof’s.

Será esta uma indicação que contraria a conclusão a que tinha chegado através das leituras precedentes?

Obg pelo Vosso comentário.
 
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por Gekkopt » 14/1/2010 14:32

escreve as palavras chave no google e terás a resposta.
 
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por - GOE - » 14/1/2010 14:00

Caros alguém sabe qual é o método utilizado nos Contracts For Difference de índices ?

First In First Out?

Ou

Last In First Out?

Obrigado desde já e bons negócios :wink:
 
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por Gekkopt » 14/1/2010 13:32

apenas para dizer que abrir conta fora de Portugal não é nenhuma complicação, os requisitos são os mesmos do que abrir conta em Portugal.
Demora-se cerca de duas semanas a abrir conta.

Tem muitas vantagens, custos de comissões, mais mercados para negociar, e até em segurança caso ocorra a falência de uma corretora (pouco provável).. a protecção aos investidores é muito superior à que existe em Portugal..

sobre o tema, existem alternativas aos CFDs, por exemplo os Futuros, mercado regulamentado e onde o que é perdido por uns, é ganho por outros.. os riscos de perder são os mesmos mas o funcionamento é mais transparente.
 
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por FrancRap » 14/1/2010 7:37

Percebo o que diz e aliás até concordo. A questao é que quem opera com cfd´s numa base diaria já conhece alguns "estratagemas" dos MM e não se deixa (pode) levar por exemplo nos stops apertados. Para mim a grande vantagem dos cfd´s é que posso comprar dezenas de acções americanas com spreds que para uma ordem a rondar os 10.000$, variam entre os 3 e 10 dolares no maximo. Basta pegar no google ou em qualquer acção mais liquida que esteja cotada a mais de 50 dolares.

Para ter este tipo de custo de transação, e sem alavancagem, teria de abrir conta numa corretora americana, com todas as complicações que isso acarreta.

É bom negocio para bancos? sem duvida. É bom negocio para quem opera numa base diária? Depende dos activos... Basta ver uma GALP, que numa ordem de 10000€ o menor spread que iremos conseguir traduz-se nuns 20€...

Cumps
 
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por jlmf » 13/1/2010 23:12

Vermögen

Obg. pela forma explicita e extremamente voluntaria da sus intervenção.

Para uma primeira é de mestre.
 
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por Gekkopt » 13/1/2010 22:20

Parabéns pelo post.
Subscrevo :-)
 
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por Vermögen » 13/1/2010 21:49

Bem, o negócio dos CFDs funciona assim:

1. Uma corretora qualquer instala a plataforma de CFDs nos seus sistemas. Normalmente a plataforma de CFDs é oferecida pelo Saxobank, CMC Markets ou outro banco.



Estas corretoras são na gíria conhecidas por White Label Partners.
Em Portugal, basicamente recebem a plataforma de negociação por ex do Saxobank onde o logotipo Saxo é alterado para o logo da corretora e tudo o que é texto que aparece em menus , mensagens, etc encontram-se traduzidos para português.

Independentemente da corretora com que se opere a plataforma disponibilizada ao cliente esta directamente ligada ao banco que disponibiliza os CFD's ex.:Saxobank, CMC Markets e as ordens que se dão na plataforma vão directamente ao respectivo banco.

O que altera de corretora para corretora são os spreads com que são cotados os CFD´s.
A corretora fica responsável por toda a relação comercial com o cliente e as obrigações legais de fornecer toda a informação sobre a operação da conta como extractos, etc..

Nas condições comerciais que negoceia com o Market –maker a corretora fica também forçada a gerar determinados volumes mínimos de transacções mensais


2. A corretora não toma posições "contra" o cliente. Para já a maioria das corretoras nem têm capital para andarem a tomar posições de risco. A corretora faz corretagem e ganha nas comissões. O spread que se paga nos CFD's não é para a corretora, mas sim para o banco que oferece a plataforma de CFDs. O cliente quando abre conta numa corretora para negociar CFDs poderá estar, na realidade, a abrir uma conta com o banco que oferece a plataforma de CFDs.




A corretora de facto não toma posições no mercado porque funciona como mero agente comercial do Market-maker (Saxobank, CMC Markets, etc). No entanto sempre que alguém dá uma ordem de compra ou venda a corretora recebe cerca de 50% ou mais do valor do spread e de comissões fixas quando se aplicam ( ordens de montante abaixo dum determinado limiar) e também parte do spread sobre a taxa de juro que se aplica nas posições longas em CFD´s.
Chama-se a isto Kickbacks, ou seja inicialmente toda a operação é liquidada pelo banco mas depois são devolvidos à corretora a parte do spread da cotação e dos juros.

O cliente quando abre conta numa corretora para negociar CFDs tem a sua conta nesta e nunca no banco que oferece a plataforma de CFDs. Pode no entanto tentar abrir directamente com banco Market-maker e daí conseguir melhores spreads mas para isso terá de abrir conta fora de Portugal


3. Quando um cliente abre posição num contrato, o market maker (Saxobank, CMC etc.) fica com uma posição de risco e terá que fazer a sua cobertura (funciona exactamente como no negócio de qualquer derivado, como por exemplo warrants, turbos). Esta cobertura é feita através de um swap entre o market maker e um banco de investimento. Uma das maiores contrapartes para os market makers de CFDs é o Commerzbank. Isto quer dizer que clientes abrem posições em CFDs (alguns entram curto outros longo) e o market maker vai controlando a posição de risco. A uma certa altura, quando o risco passar um limite qualquer, o market maker dos CFD's entra num contrato swap com um banco de investimento. O swap terá um custo qualquer como Euribor + x%. O market maker ganha no spread e nas comissões da conta margem que são Euribor +x% +y%.



De facto quando alguém compra ou vende CFD´s quem lhe vende ou compra é sempre o Market maker ( contraparte) ou seja na pratica está sempre a apostar contra a casa. Não há a transparência dum mercado regulamentado como a bolsa em que todas as ordens de venda e de compra são confrontadas umas com as outras e sempre que há ordens de venda e compra para o mesmo valor fecha–se um negocio. Aqui não.

O Market maker tem toda a discricionariedade no preenchimento das ordens tentando comprar barato e vender caro. Ou seja apesar de existir alguém que queira vender ao preço que eu quero comprar o banco pode não me executar a ordem forçando o comprador a subir o preço para o banco ganhar o spread. Por outro lado como o banco é o único conhecedor de todas as ordens introduzidas pelos clientes pode em determinadas circunstancias usar esses dados para gerar pseudo-volatilidade fazendo disparar ordens stops que depois serão executadas a valores penalizadores para o cliente.

Acresce a isto que qualquer posição que eu tome em CFD´s independentemente da liquidez da carteira é sempre feita com recurso a um financiamento automático na totalidade do valor da operação. Tendo em conta o nível de alavancagem que o produto permite ( em regra superior a 8 vezes) o cliente esta a pagar juros sobre montantes em regra superiores ao saldo da sua própria conta e a multiplicar o valor das comissões por
via dos spreads pelo mesmo factor de alavancagem. Por outro lado como são um produto alavancado e que cobram juros durante o tempo em que a posição esta aberta são propícios ao overtrading o que tanto as corretoras como o banco que vende os CFD´s agradecem.

Trata-se de um negócio muitíssimo mais proveitoso para os bancos do que a corretagem no mercado accionista. Dai o marketing agressivo que tem aparecido ultimamente em tudo o que é site . Alguns destes bancos apresentem apenas disponível a negociação em CFD´s.
Este tipo de produtos tal como o Forex levam no médio a longo prazo à ruína da maior parte do investidores.

The house always wins.


4. Se o market maker falir, não existirá mais a contraparte do contrato. O risco é o mesmo como em qualquer outro contrato.


Não é verdade que o mesmo se passa para qualquer outro tipo de contrato. Todos os contratos negociados em bolsa não tem risco de contraparte já que esse e assumido pela própria bolsa de valores ( por ex contratos de futuros, opções). O risco de contraparte existe nos produtos negociados em OTC ( fora das bolsas) como os Warrants, CFD´s etc…

Os CFD´s são mais uma daquelas criações da industria financeira vocacionados para atacar o mercado de retalho de corretagem levando o pequeno investidor a acreditar que de repente tem acesso a um produto financeiro que lhe permite ganhar muito mais dinheiro do que investindo no mercado accionista tanto pelo efeito de alavancagem como pela facilidade com que pode tomar posições short.

Para o Saxobank, CMC Markets, etc é a galinha dos ovos de ouro. Conseguem atrair muito investidor que deixa de investir em acções e passa para CFD´s.

Assim todo o volume de negociação gerado representa credito sem risco ( a conta margem serve para isso) que estes bancos estão constantemente a conceder aos investidores e sobre o qual cobram juros com spreads altíssimos.

Por outro lado devido ao efeito de alavancagem vêem as suas comissões de corretagem aumentarem substancialmente em relação ao que aconteceria se estivessem meramente a intermediar no mercado accionista.
Estas comissões resultam tanto dos spreads alargados da cotação como pela politica de execução de ordens que procura sempre o benefício do Market -maker.



Portanto ao amigo do amigo que despoletou toda esta discussão, à sua maneira estava a dizer grandes verdades

 
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por Yavanna979 » 22/12/2009 13:04

Bem, o negócio dos CFDs funciona assim:

1. Uma corretora qualquer instala a plataforma de CFDs nos seus sistemas. Normalmente a plataforma de CFDs é oferecida pelo Saxobank, CMC Markets ou outro banco.

2. A corretora não toma posições "contra" o cliente. Para já a maioria das corretoras nem têm capital para andarem a tomar posições de risco. A corretora faz corretagem e ganha nas comissões. O spread que se paga nos CFD's não é para a corretora, mas sim para o banco que oferece a plataforma de CFDs. O cliente quando abre conta numa corretora para negociar CFDs poderá estar, na realidade, a abrir uma conta com o banco que oferece a plataforma de CFDs.

3. Quando um cliente abre posição num contrato, o market maker (Saxobank, CMC etc.) fica com uma posição de risco e terá que fazer a sua cobertura (funciona exactamente como no negócio de qualquer derivado, como por exemplo warrants, turbos). Esta cobertura é feita através de um swap entre o market maker e um banco de investimento. Uma das maiores contrapartes para os market makers de CFDs é o Commerzbank. Isto quer dizer que clientes abrem posições em CFDs (alguns entram curto outros longo) e o market maker vai controlando a posição de risco. A uma certa altura, quando o risco passar um limite qualquer, o market maker dos CFD's entra num contrato swap com um banco de investimento. O swap terá um custo qualquer como Euribor + x%. O market maker ganha no spread e nas comissões da conta margem que são Euribor +x% +y%.

4. Se o market maker falir, não existirá mais a contraparte do contrato. O risco é o mesmo como em qualquer outro contrato.
 
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por AMTS » 10/12/2009 21:12

mquinaz Escreveu:
farracha Escreveu:@mapaman: não percebi porque é que se ganha menos a descer? É só por causa do spread?


Imagina: quando compras a 5 e vendes a 10, ganhas 100%. Mas se shortares, ou seja, se venderes a 10 para comprar a 5, apenas ganhas 50%. Acho que é por isto que se ganha menos nos shorts. Num short o máximo que podes esperar é que a coisa venha a zero (100%), sem alavancagem, claro :wink:


Caro mquinaz,

Julgo que o exemplo possa ter deixado o nosso amigo eventualmente mal esclarecido. Talvez assim fique mais claro:

Compra a 5 e vende a 10 - ganha 100% que corresponde a 5 EUR.
Depois shorta (vende)a 10 e compra (fecha posição) a 5 e ganha 50% mas que correspondem igualmente a 5 EUR!
Ganha 5 Eur para cima e outros tantos para baixo.

Espero ter ajudado!
Cumprimentos
amts
 
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por mapaman » 10/12/2009 12:36

farracha Escreveu:Eheheh... realmente tens razão. Sinto-me um bocado ignorante não ter pensado nessa analogia :oops:

E relativamente a shortar outros mercados que não o PSI20, é possível sem recorrer aos produtos complexos, com a correctoras portuguesas?


é possivel sim.

em alternativa às acções tem indices(sp,nasdaq,dax etç) que devido á elevada liquidez garantem a ausencia de gap´s acentuados contra o sentido da posição e ao fim de algum tempo já conhece o gráfico tão bem que se torna "mais fácil".

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por farracha » 10/12/2009 10:18

Eheheh... realmente tens razão. Sinto-me um bocado ignorante não ter pensado nessa analogia :oops:

E relativamente a shortar outros mercados que não o PSI20, é possível sem recorrer aos produtos complexos, com a correctoras portuguesas?
 
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por mquinaz » 10/12/2009 10:12

farracha Escreveu:@mapaman: não percebi porque é que se ganha menos a descer? É só por causa do spread?


Imagina: quando compras a 5 e vendes a 10, ganhas 100%. Mas se shortares, ou seja, se venderes a 10 para comprar a 5, apenas ganhas 50%. Acho que é por isto que se ganha menos nos shorts. Num short o máximo que podes esperar é que a coisa venha a zero (100%), sem alavancagem, claro :wink:
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por farracha » 10/12/2009 9:25

Ok. Então se percebi bem, não é possível shortar no PSI20, sem ser através de produtos CFD's, Futuros ou Warrants.

@mapaman: não percebi porque é que se ganha menos a descer? É só por causa do spread?


Já agora aproveito para esclarecer a dúvida. Podemos então shortar outras bolsas que o permitam, com a simples venda de acções, através das nossas correctoras nacionais e bancos de investimento (BIG e BEST)?
 
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por mapaman » 10/12/2009 0:46

farracha Escreveu:Uma perguntinha de um gajo que não percebe muito do assunto.

Como é que é possível estar curto no mercado? Se numa das plataformas de demonstração, tentar vender acções que não tenho (ou seja tentar shortar), a plataforma não deixa porque não detenho essas acções.
A única maneira que conseguiria entrar curto, seria através de CFD's.

Afinal como é que se entra curto no mercado?

Abraço


shortar o mercado ou entrar curto apenas é possivel para o mercado nacional como foi dito atrás no intraday,outro exemplo crasso do terceiro mundismo da nossa bolsa,ou então através dos produtos descritos no post anterior.

o probleminha é que futuros e warrants são produtos mais complexos,pelo que os cfd´s são os mais simples e passando á frente das questões de funcionamento do produto em si,duvido que o consiga sem ser numa corretora ou no BIG(??).

como?

simples,em vez de comprar escolhe a opção vender e mete um stop acima do preço de entrada.

a diferença entre o bid/ask é o spread,ou seja é o que a corretora está a ganhar com risco zero.

para o mercado nacional,peca por defeito,ou seja amanhã,quase que aposto que existem titulos que não vão estar disponiveis para shortar,vá-se lá saber porquê :P

faltam algumas coisas nesta explicação,mas básicamente penso ser isto, além que nunca vai ganhar tanto a descer como a subir,é só fazer contas.

cumps
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por hmaavv » 10/12/2009 0:29

Não podes shortar acções directamente , algumas corretoras deixam shortar apenas no intraday , obrigando ao fecho das posições curtas no final da sessão.

Para shortar acções directamente tens que as pedir emprestadas e isso é só para os grandes negócios.

Para entrares curto nos mercados tens sempre produtos derivados como cfd, futuros, warrants .

Quanto à gestão do risco por parte das corretoras não podemos pensar que quando compramos/vendemos cfd a corretora vai logo ao mercado cobrir essa posição ,
essa gestão é feita na globalidade dos clientes ao longo do tempo,
reparem por exemplo :
Eu compro 1000 cfd de x o cliente xpto vendeu 1000 cfd de x , a corretora ganha 2000 *spread , não precisa de ir ao mercado comrar nem vender e tem a gestão do risco feita .
 
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por farracha » 9/12/2009 19:04

Uma perguntinha de um gajo que não percebe muito do assunto.

Como é que é possível estar curto no mercado? Se numa das plataformas de demonstração, tentar vender acções que não tenho (ou seja tentar shortar), a plataforma não deixa porque não detenho essas acções.
A única maneira que conseguiria entrar curto, seria através de CFD's.

Afinal como é que se entra curto no mercado?

Abraço
 
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por bestbland » 9/12/2009 18:39

bestblandina Escreveu:
bestblandina Escreveu:Eu acabei de fazer a seguinte pergunta ao meu banco, quando compro 1 cfd do Sp o que market makers faz?
A resposta foi esta:

O Market maker pode fazer a cobertura ou não da posição, mas não sei os detalhes concretos

Afinal quem sabe?


Se não fazer a cobertura em caso de falencia do market makers fico haver navios, estou certo?


Fui informado que se fecha a posição faça ou não a cobertura da mesma, mas fiquei com duvidas, mas agora vou ter que sair.
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por bestbland » 9/12/2009 18:25

bestblandina Escreveu:Eu acabei de fazer a seguinte pergunta ao meu banco, quando compro 1 cfd do Sp o que market makers faz?
A resposta foi esta:

O Market maker pode fazer a cobertura ou não da posição, mas não sei os detalhes concretos

Afinal quem sabe?


Se não fazer a cobertura em caso de falencia do market makers fico haver navios, estou certo?
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por bestbland » 9/12/2009 18:21

Eu acabei de fazer a seguinte pergunta ao meu banco, quando compro 1 cfd do Sp o que market makers faz?
A resposta foi esta:

O Market maker pode fazer a cobertura ou não da posição, mas não sei os detalhes concretos

Afinal quem sabe?
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por MarcoAntonio » 9/12/2009 18:16

No entanto creio que era útil e importante que as corretoras esclarecem-se, caso a caso, se estão a assumir um risco com os CFDs ou se estão a fazer cobertura de risco ou arbitragem na totalidade ou parcialmente e creio que isso (esse tipo de informação) nunca aparece. Eu pelo menos nunca me cruzei com essa informação e entendo que era importante, especialmente dado o clima económico e os abalos que o sistema financeiro levou nos últimos 2 anos, os investidores deterem um melhor conhecimento quanto ao tipo de risco que estão a assumir ao investirem em CFDs.

Porque, se a corretora resolve assumir o risco, indirectamente e sem o saberem, os investidores estão também eles a assumir um risco!
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por bestbland » 9/12/2009 18:08

SpecialX Escreveu:Best acho que só ficarias salvaguardado caso detivesses acções. CFD's acho que ficavas a "arder".
:shock:


Abraço


Sendo assim, existe dois riscos de falência, o da empresa e do market maker falirem

Afinal os mais entendidos não dão uma resposta conclusiva sobre a matéria
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por Specialx » 9/12/2009 18:04

Best acho que só ficarias salvaguardado caso detivesses acções. CFD's acho que ficavas a "arder".
:shock:


Abraço
 
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por bestbland » 9/12/2009 17:40

Se tiver cfd adquiridas por uma corretora de uma empresa, e se o market makers falir, o que acontece?
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