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Caldeirão da Bolsa

Cimeiras do Clima (Copenhaga, Cancún, Durban...)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 16/12/2009 18:20

Países em desenvolvimento furiosos com cimeira de Copenhaga

16.12.2009
Ricardo Garcia, em Copenhaga

Os países em desenvolvimento estão a levantar sérias dúvidas sobre a forma como a cimeira climática de Copenhaga está a ser conduzida neste momento, quando a conferência entra na sua fase decisiva. Fortes críticas feitas hoje ameaçam atrasar ainda mais ou mesmo bloquear as negociações.

O G77-China, o grupo dos países em desenvolvimento, acusam o mundo industrializado de tentar acabar com o Protocolo de Quioto, subsituindo-o por um acordo mais fraco. No primeiro discurso de abertura do segmento de alto nível da cimeira, Nafie Ali Nafie – chefe da delegação do Sudão, falando em nome do G77-China – criticou também o modo como estão a ser feitas consultas informais num “processo multi-camadas”, complexo e para os quais as delegações com menos recursos não conseguem simplesmente acompanhar.

“Sentimos que há falta de transparência na forma como as decisões foram tomadas sobre essas consultas”, disse Nafie Ali Nafie.

Depois de uma noite infrutífera de discussões, a presidência da cimeira anunciou que distribuirá um novo texto negocial para tentar desbloquear os pontos pendentes para um novo tratado contra as alterações climáticas.

Mas este passo foi duramente criticado pelos países em desenvolvimento. Antes do início dos discursos dos líderes mundiais que já estão em Copenhaga, o plenário da conferência ouviu sucessivas manifestações de preocupação que, na prática, ameaçam novamente bloquear as negociações.

Representantes do Brasil, China, Índia, África do Sul, Bolívia e Sudão argumentaram que as negociações devem continuar com os textos que têm vindo a ser discutidos desde o princípio da conferência, e que foram debatidos durante toda a noite. A ideia de uma nova proposta diferente foi rejeitada.

Sem sucesso, o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, tentou inicialmente mover a discussão para um outro plenário, dando lugar aos discursos. “O mundo está à nossa espera. Não podemos continuar a discutir procedimentos, procedimentos, procedimentos”, disse Rasmussen, que preside agora à cimeira, em substituição à ministra Connie Hedegaard, que continua a liderar as consultas com os diferentes países para um acordo.

Mas os países em desenvolvimento continuaram a intervir, temendo que o novo texto, que deverá ser apresentado ainda hoje, ponha em causa dois anos de negociações desde a conferência climática de Bali, em 2007. A China mencionou o temor de que uma nova proposta tenha uma “agenda secreta”. A representante da Bolívia classificou a situação de “inaceitável” e o Sudão disse que não discutirá um texto “vindo do nada” .

O principal receio desses países, manifestado desde o princípio da cimeira de Copenhaga, é o de que o Protocolo de Quioto desapareça. “Opor-nos-emos a qualquer acordo que que torne o Protocolo de Quioto inútil ou redundante”, afirmou Nafie Ali Nafie, em nome dos países em desenvolvimento.

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por Quimporta » 16/12/2009 14:17

Dentro em breve (ainda antes de almoço na Dinamarca - lá fominha já devem ter...) vai intervir Hugo Chaves.
A relevância para a Cimeira é nula, mas pode ser giro para quem gostar de desenhos animados...

http://www5.cop15.meta-fusion.com/kongr ... heme=cop15
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por Quimporta » 16/12/2009 14:07

Camisa Roxa Escreveu:
QuimPorta Escreveu:Está por um fio esta cimeira.


ainda bem!


Camisa, vejo-te iludido.

O desentendimento entre os grandes blocos não tem por base nenhum desacordo quanto à urgência de actuar contra as alterações climáticas.
Esse aspecto não foi uma só vez questionado por qualquer dos representantes dos diversos grupos na cimeira. Repara bem: todas as intervenções reforçaram a gravidade do problema que a humanidade tem para enfrentar!

A grande rosca está em todos os 3 principais blocos (EU, EUA e grupo dos 77) se acusarem mutuamente e considerarem escassos os respetivos propósitos. Significativo :-k ...

De qualquer forma, um desentendimento deste calibre entre as maiores nações nunca será uma boa notícia.
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por Camisa Roxa » 16/12/2009 13:33

QuimPorta Escreveu:Está por um fio esta cimeira.


ainda bem!
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por Quimporta » 16/12/2009 12:43

Elias Escreveu:The minister has been criticised by African nations for favouring rich nations in the negotiations, news agency AFP reported.


O que é facto é que a reunião COP (high-level segment - ministros ambiente) está a ser presidida por Lars Rasmussen.

Live: http://www5.cop15.meta-fusion.com/kongr ... heme=cop15

O delegado chinês (entre outros do grupo dos 77) acaba de voltar a atacar violentamente o comportamento da presidência pela falta de reprentatividade dos textos propostos hoje.

Está por um fio esta cimeira.
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por jlmf » 16/12/2009 12:36

www.lematin.ch

AFP - le 16 décembre 2009, 12h21

Le Premier ministre danois Lars Loekke Rasmussen a pris mercredi la présidence de la conférence climat de l'ONU à Copenhague en remplacement de Connie Hedegaard, chargée des consultations informelles pour boucler l'accord contre le réchauffement.

Cette disposition technique a été annoncée en séance plénière par le secrétaire exécutif de la Convention de l'ONU sur les changements climatiques, Yvo de Boer.

Les chefs d'Etat ou de gouvernement prennent couramment la main dans les dernières heures des conférences.

Mme Hedegaard, qui va désormais se consacrer exclusivement aux consultations informelles des ministres pour aboutir à un accord, vendredi, a cependant été plusieurs fois vivement critiquée pour son mode de gestion des travaux, notamment par les pays en développement.

Ceux-ci lui ont reproché notamment un "manque de transparence" pour avoir organisé dès le week-end dernier des réunions ministérielles restreintes alors que la plupart des ministres n'étaient pas encore arrivés.

"On assiste à un télescopage entre l'envie de la présidente d'avancer et le rythme très formel de l'ONU. Les pays en développement craignant toujours le coup de force des pays industrialisés, tout cela entraîne beaucoup de tensions", indiquait mercredi matin l'ambassadeur de France pour le climat, Brice Lalonde.
 
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por Elias » 16/12/2009 12:30

Climate summit chief steps down

Connie Hedegaard said it was right for the Danish PM to take over
Danish minister Connie Hedegaard has resigned as president of the UN climate change summit in Copenhagen, describing the move as "procedural".

She will be replaced the Danish Prime Minister Lars Løkke Rasmussen.

The talks are currently deadlocked over emission cuts and financial aid for poorer countries.

"With so many heads of state and government having arrived it's appropriate that the Prime Minister of Denmark presides," Ms Hedegaard said.

She said she would continue to take part in negotiations, acting as Mr Rasmussen's special representative.

Ms Hedegaard, a conservative, was appointed climate minister in 2004.

She was first elected to Denmark's parliament in 1984 and was at the time the country's youngest MP.

The minister has been criticised by African nations for favouring rich nations in the negotiations, news agency AFP reported.


http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/8415899.stm
 
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por jlmf » 16/12/2009 12:28

Sigo a actualidade geral em alemão, mas em PT já noticiam no link anterior e outros como por exemplo no site da RTP.
 
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por jlmf » 16/12/2009 12:26

 
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por Quimporta » 16/12/2009 12:22

JLMF Escreveu:Bons dias,

Presidente da conferência demite-se, substituída por PM dinamarquês


Onde viste isso? No site do COP ainda não diz nada. Nos meus "tweeters" também não...
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por jlmf » 16/12/2009 12:15

Bons dias,

Presidente da conferência demite-se, substituída por PM dinamarquês
 
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por Quimporta » 16/12/2009 12:03

Estamos em pleno dia D para Cimeira do Clima. 60 chefes de estado e de governo estão já em Copenhaga.

Se é verdade que há alguns sinais animadores (ontem foi anunciado o projecto de acordo no programa para combater a desforestação - REDD) os diversos pungentes apelos à consciência dos líderes (p. ex. de Bento XVI) mostram as incertezas sentidas quanto ao resultado final.

Ban Ki-moon acaba por demonstrar essa incerteza ao classificar estas negociações como
"the most complex and ambitious ever to be undertaken by the world community"


Curiosamente é enorme o consenso entre as delegações sobre as premissas de um eventual acordo. Então que falta?!

É cada vez mais claro que o futuro da luta pelas condições de sobrevivência do planeta está nas mãos dos EUA.

A história tem o exemplo da criação da Sociedade das Nações. Movida pelo presidente Wilson para promover a paz, acabou por morrer no senado, que deixou a América de fora, retirando-lhe obviamente toda a representatividade e eficácia planetária.

Esta história repetiu-se com Quioto.

Ninguém duvida que se pode voltar a repetir mais vezes. O D do dia de hoje é mesmo de dúvida...


Obama is not saviour of the world. He's still an American president


The reality is that this man must represent the contradictory interests of a country still way behind on climate change


Jonathan Freedland guardian.co.uk, Tuesday 15 December 2009 21.30 GMT

For the second time in just over a week, Barack Obama is on his way to Scandinavia, his mission once again to confront impossible expectations with a cold bucket of reality. Last week he was in Oslo to pick up a Nobel peace prize, apologetically explaining that in the real world away from Norwegian dreams he was a war president who had just escalated the US presence in Afghanistan. On Friday he will touch down in Copenhagen, this time required to offer his regrets that, despite the hopes he stirred round the world a year ago, he will not be able to pull out his pen and, at a stroke, sign the deal that saves the planet.

This is fast becoming Obama's role on the world stage: managing disappointment. The gap between what international opinion demands of him and what he can deliver widens with each passing month, and it falls to him to explain why. If he could be completely frank, he might well tell the climate activists in the Danish capital that, were it purely up to him, he would give them everything they desire. After all, he is the same man whose stump speech two years ago used to open with a declaration that "the planet is in peril". But it is not purely up to him. He has to represent the multiple, complex and contradictory interests of the country he now leads. His job is not saviour of the world. As the climate adviser to a 19-strong group of African nations puts it ruefully: "He's still an American president."

And America did not become a different country simply by electing Obama. It is still the nation that is at the heart of the climate problem – having contributed an estimated 30% of all the CO2 already in the earth's atmosphere – and therefore of any viable solution. But it is also the country that, for a variety of stubborn political, economic and cultural reasons, might well be the hardest to shift. The world desperately needs America to be a leader on climate change, but the glum reality is that it is all but hard-wired to be a laggard.

Obama will do his best to put a shine on that truth, and he has some decent polish. Some of it does not even need saying. He will be in Copenhagen: what were the chances George Bush would have turned up? He is there with a strong team, including a string of cabinet secretaries, with a serious operation in the conference hall – a contrast, says USA Today, with the Bush era when the US presence at environmental meetings consisted of "a lone US official handing out pamphlets". Official US policy now accepts that global warming is real and that man is the key cause.

Obama can point to more than a change in attitude. His administration moved fast to extract a 30% increase in fuel efficiency from the car-makers, while a tenth of the stimulus – some $80bn – has been set aside for investment in clean energy. He has recently struck bilateral deals with both China and India, undertaking joint research projects on clean coal and electric cars. Perhaps most substantial is this month's ruling by the US Environmental Protection Agency that carbon dioxide and five other gases endanger human health – thereby allowing the agency to regulate emissions without waiting for the nod from Congress. That could see the US executive cracking down next year on car emissions, as well as those generated by coal and chemical plants.

So Obama at least has a story to tell. But he arrives in Denmark limping from the multiple ball-and-chains around his ankle. They are the impediments that would hold back any US president, no matter how noble his intentions.

Start with the political system. The US team in Copenhagen is haunted by a spectre that many of today's US negotiating team saw first hand: call it Gore in Kyoto. As vice-president in 1997, Al Gore made fine promises about future US emissions, only to find that the US Senate would swallow none of them, rejecting Kyoto 95 votes to zero. The Obama team have vowed not to repeat that mistake. They will agree to nothing they cannot sell to the Senate.

That places enormous limits on what they can offer. As Michael Tomasky explained on these pages on Monday, the Senate is fast becoming a dysfunctional body, insisting on a near impossible supermajority of 60 votes for any measure of substance. If that has turned relatively modest healthcare reform into a year-long battle, imagine the obstacles in the way of a bill, packed with sacrifice and cost, to reduce carbon emissions.

Sitting in Britain, or any other western democracy for that matter, this can be hard to fathom. Gordon Brown has an automatic majority in the Commons and can almost always get his way. In a Guardian interview today, Brown's opponent, David Cameron, promises that if Copenhagen yields a real deal, he'll give it his full support.

Obama has nothing like that room for manoeuvre. Not only are the Republicans lockstepped in ideological opposition, with at least one senator describing global warming as a "hoax", but the Senate Democrats are just as unreliable, with at least 10 wobbly on the issue. The original Obama plan was to come to Copenhagen with a Senate bill under his belt. But the chamber has not been able to pass even the fairly weak measure that cleared the house in June. The result, according to the Earth Institute's Jeffrey Sachs, is that "the last great holdout" preventing agreement in Copenhagen may well turn out to be neither Beijing or Delhi, as once forecast, but Capitol Hill.

We could blame Obama for this, believing that the die was cast once he made healthcare reform – rather than global warming – his key legislative priority. The reality of the US system seems to be that there is only enough capacity for one large change at a time.

But the problem goes deeper than that. The men and women of the US senate are, after all, only reflecting the people who vote for them. The latest BBC World Service global poll showed US concern about climate change among the lowest in the world, with just 45% of Americans regarding it as "very serious", nearly 20 points below the 23-country average. A Gallup survey found 41%of Americans believed projections of global warming were "exaggerated". It is hardly surprising that those who live in the 25 American states that produce coal are wary of controls, which they believe will kill jobs and raise their energy bills.

What's more, there is a deep strain in American thinking to which everything about Copenhagen looks wrong. It fears all international arrangements smack of "global government", designed to rob Americans of their sovereignty. It believes such plans are hatched by secret conspiracies, into which the climategate emails scandal – which has run very big in the US – feeds perfectly. We speak often of European anti-Americanism, but less often of American anti-Europeanism. Nevertheless, such a thing exists: remember how John Kerry was rubbished for the crime of speaking French. To this vein of US political culture, a global deal on carbon emissions signed in Denmark is something to fear, not pursue.

This is the reality that Barack Obama has to deal with. He is not the president of the world, even if millions dreamed that that was the job he was elected to 13 months ago. He is the president of the United States – and his problem is that the two are very, very different.

http://www.guardian.co.uk/commentisfree ... ate-change

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por Elias » 16/12/2009 11:12

tavaverquenao2 Escreveu:Vocês decidam-se, se disser bem sou como eles e se disser mal estou a ser injusto.


O problema é que tu dizes mal e simultaneamente ages como eles (ao comprar os produtos deles).

Não vês que não estás a ser coerente?
 
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Mugabe é exemplo a seguir para Cop15

por Eco Tretas » 16/12/2009 0:07

Não há dúvidas que Mugabe e o Zimbabwe, são certamente o melhor exemplo a seguir, por parte da seita presente em Copenhaga. O Zimbabwe é um país que tem efectivamente reduzido as suas emissões de CO2, conforme se pode observar no gráfico, e desde 1994 tem efectuado uma notória redução na quantidade de CO2 emitido!

Mugabe, que chegou hoje a Copenhaga, devia ser por isso a mascote a seguir pelo Al Gore e companhia! Enquanto alguns falam e falam, Mugabe age e toma medidas que são boas para o ambiente. Quem quiser ver como será o futuro no planeta, num cenário de redução de emissões, podem estudar o case-study do Zimbabwe!

Ecotretas

Nota: imagem visível em http://rainforests.mongabay.com/carbon-emissions/zimbabwe.html
 
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por Jolly Roger » 15/12/2009 20:21

tavaverquenao2 Escreveu:
Jolly Roger, isso dava pano para mangas mas vou pegar nessa das desgraças. Parece-me consensual que o planeta está a aquecer, gostava de saber o que é que esperas como consequências?


O que a ti te parece consensual. para mim não tem nada de consensual.
A propósito, ainda há pouco fui à rua e achei que estava um frio do caraças.
Em 2004 nevou em Lisboa o que nos anos que tenho de vida nunca tinha visto acontecer. Mas há quem ande para aí a dizer que esta década foi a mais quente dos últimos 100 anos. Grande bebedeira...

Pouco me importa que o planeta esteja a aquecer ou a arrefecer. Não tenho nenhuma forma de influenciar isso nem para cima nem para baixo.

O planeta já aqueceu, já arrefeceu, e voltou a aquecer e a arrefecer vezes sem conta. Em cerca de 4,5 mil milhões anos que tem de existência isso aconteceu inúmeras vezes, e andar agora a falar em alterações climáticas como preocupação primeira da lista de problemas que a humanidade enfrenta, é para mim caso de psiquiatria, mas como virou opção política, deixou de ser coisa de tarados e passou a ser normal.

tavaverquenao2 Escreveu: Será que vai ser bom? O mar deve subir um bocadito o que faz ter a praia mais perto de casa, mais calor, isto vai ser bronse da primavera ao outono.
:mrgreen:


Não sei se vai ser bom ou mau porque não consigo ver no futuro aquilo que tu e os que pensam como tu querem ver.

Sempre vi climas diferenciados de região para região e na mesma região ao longo do tempo. Aprendi que há vários tipos de clima e que o clima não é nem nunca foi uma coisa fixa e estável. Aprendi que num clima como o nosso temos 4 estações bem definidas que são a Primavera o Verão o Outono e o Inverno.
Quando eu era pequenino era assim que era e agora continuo a ver o mesmo. Também aprendi que apesar das estações, pode haver e há, dias incaracterísticos para os parâmetros que as definem.

Aprendi que tudo isso é normal. Mas agora há quem não ache normal e queira temperaturas à medida e por catálogo. Não sei como, mas eles devem saber.

Pessoalmente quando está mais frio visto roupa de Inverno e quando está mais quente visto roupa de Verão. Quando chove uso um guarda chuva e quando está muito sol procuro a sombra. Quando posso recorro ao ar condicionado ou ao aquecedor.

Sempre fiz assim, foi assim que os meus pais me ensinaram a lidar com as alterações climáticas e nunca me dei mal com isso.
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por tava3 » 15/12/2009 19:46

Vocês decidam-se, se disser bem sou como eles e se disser mal estou a ser injusto. É possível que esteja a ser injusto, mas do pouco que se sabe no ocidente não augura nada de bom.
Mesmo que quisesses ver os métodos de produção, de alguma fabricas, muito provavelmente não te deixavam, principalmente se o fizerem fora das regras.


Jolly Roger, isso dava pano para mangas mas vou pegar nessa das desgraças. Parece-me consensual que o planeta está a aquecer, gostava de saber o que é que esperas como consequências? Será que vai ser bom? O mar deve subir um bocadito o que faz ter a praia mais perto de casa, mais calor, isto vai ser bronse da primavera ao outono.


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por Jolly Roger » 15/12/2009 18:14

tavaverquenao2 Escreveu:Bem, vocês parecem a inquisição, fonix.
:roll:



Por acaso acho que é um bocadinho mais ao contrário.

A Inquisição impunha uma crença. Aqueles que acham que o clima está avariado também querem impôr essa crença aos outros.

A Inquisição não queria saber da ciência para nada a menos que corroborasse a crença. Aqueles que acham que o clima está avariado também só se servem dos cientistas que fazem parte do clube. Os outros mandam-nos calar.

A Inquisição encostava-se ao poder que lhes legitimava os comportamentos. Aqueles que acham que o
clima está avariado também o fazem e cada vez mais e com mais pressão.

A Inquisição ameaçava com desgraças e ira divina. Aqueles que acham que o clima está avariado ameaçam com desgraças e a perdição do planeta.

Sendo assim, quem é que parece o quê?
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por Elias » 15/12/2009 18:03

tavaverquenao2 Escreveu:É mais ou menos, eu não diria muito amigas mas há menos balda na europa.

É por serem feitos na china onde há mais balda, logo, com mais consequências para o ambiente.


Sim, mas a meu ver estás a incorrer num erro, ou melhor numa grande injustiça, que é a de generalizar. Ou pior: a de embarcar numa "generalização barata".

Na China há certamente fábricas muito poluidoras, poderá haver outras menos poluidoras. A menos que tenhas ido lá ver, não sabes. Nem sabes quanto poluem as fábricas de telemóveis e de outros produtos tecnológicos.

Tal como na Europa, e designadamente em Portugal, o que não faltam são fábricas que não cumprem as regras e emitem fumos, descargas poluentes, etc.

Se queres ser ambientalmente consciente, é importante informares-te qual a política ambiental das empresas cujos bens te propões adquirir. Mas compreendo que não estejas para isso, pois dá muito trabalho :P
 
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por tava3 » 15/12/2009 18:00

Quais são as medidas de coacção? Posso me ausentar?

:wink:
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por tava3 » 15/12/2009 17:58

Sim, uma parte das fabricas dos produtos que consumimos estão lá.

Sim, quando não há outra possibilidade.

É mais ou menos, eu não diria muito amigas mas há menos balda na europa.

É por serem feitos na china onde há mais balda, logo, com mais consequências para o ambiente.
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por Elias » 15/12/2009 17:48

tavaverquenao, se bem percebi das tuas palavras tu consideras que a produção que vem da China é nociva para o ambiente, mas por outro lado entendes que é incontornável comprarmos produtos feitos na China.

Ou seja, defendes que a melhor forma de boicotarmos os produtos chineses é comprarmos chinês, mas menos. É isto?

Outra pergunta: lendo as tuas afirmações sobre a China, fico com a sensação de que consideras as fábricas chinesas são todas altamente poluentes e que as fábricas europeias são todas muito amigas do ambiente. É isto?

Além disso não respondeste à outra pergunta que coloquei anteriormente no post das 14h04: para ti o problema dos produtos ditos tecnológicos é o facto de serem feitos na China ou é por serem nocivos para o ambiente?
 
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por tava3 » 15/12/2009 17:39

Desculpa mas não vou repetir tudo outra vez.
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por Elias » 15/12/2009 17:38

tavaverquenao, não percebo bem o que é que tu defendes.
 
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por tava3 » 15/12/2009 17:37

Bem, vocês parecem a inquisição, fonix. Fui eu que me enganei, as maquinas das fabricas ocidentais funcionam todas com energias renováveis, não contribuem nada, só os chineses é que são uns malandros.

:roll:
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por Elias » 15/12/2009 17:32

tavaverquenao2 Escreveu:Sim, devem maximizar os lucros, mas sem atropelos. É que mais tarde ou mais cedo vamos sofrer as consequências, quer seja o aquecimento global ou o rio onde tomávamos banho em pequenos, que está agora um esgoto.


Espera aí. O que é que a produção de tecnologia na China (por causa da mão-de-obra mais barata e do aumento dos lucros que isso proporciona) tem a ver com o aquecimento global?
 
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