off-topic - França: algumas impressões
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PIKAS Escreveu:Muitas auto-estradas têm portagens (a preços comparáveis aos de Portugal), contudo algumas auto-estradas não são portajadas, como por exemplo a A75, que liga Clermont-Ferrand a Montpellier. O sistema de pagamento é bastante eficaz, existem diversas cabines de portagem sem portageiro em que o pagamento pode ser feito com cartão de crédito ou com moedas que são deitadas para um "funil".
França, tal como Portugal, tem boas auto-estradas.
Péssimas são, por exemplo, as da Bélgica.
Quanto a preços acho-as bem caras. Basta ver os três troços entre Bayonne e Bordéus: são carrisimos. As auto-estradas portuguesas também não são baratas mas são um pouco mais em conta que as francesas e a qualidade é semelhante, isto é, muito boa.
Porque as coisas são como cá é que o trânsito na N10 ( bordéus / Paris ) com passagem por Poitiers ( futuroscope ) é intenso e a N17 (?) Arras/Paris para quem vem de Lille também é muito forte.
Aliás, França é bonita quando se viaja por perto das localidades, dos cemitérios da guerra, dos monumentos e palácios perdidos onde não se espera. As auto-estradas é só andar.
Por aqui também há algumas que não são portajada: as SCUT's e também são de qualidade para além de alguns troços de auto-estradas concessionadas que são grátis e um deles abriu há bem poucos dias na zona de Cascais.
Quanto ao funil já existe há quinze anos, pelo menos.
Está ultrapassado.
O conceito via verde ( made por cá ) é muito mais eficiente e é o futuro.
Cumprimentos,
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Ah, e já agora, os Franceses costumavam guiar bastante rapidamente. Há uns anos atrás reforçaram muito a politica de controle de velocidade, sobretudo no interior das vilas, com multas pesadas e com perda de pontos da carta de condução. O sistema deu resultado (a multa e o controle dá sempre resultado na espécie humana) e hoje em dia conduz-se muito mais lentamente em França.
Muitas auto-estradas têm portagens (a preços comparáveis aos de Portugal), contudo algumas auto-estradas não são portajadas, como por exemplo a A75, que liga Clermont-Ferrand a Montpellier. O sistema de pagamento é bastante eficaz, existem diversas cabines de portagem sem portageiro em que o pagamento pode ser feito com cartão de crédito ou com moedas que são deitadas para um "funil".
França, tal como Portugal, tem boas auto-estradas.
Péssimas são, por exemplo, as da Bélgica.
Quanto a preços acho-as bem caras. Basta ver os três troços entre Bayonne e Bordéus: são carrisimos. As auto-estradas portuguesas também não são baratas mas são um pouco mais em conta que as francesas e a qualidade é semelhante, isto é, muito boa.
Porque as coisas são como cá é que o trânsito na N10 ( bordéus / Paris ) com passagem por Poitiers ( futuroscope ) é intenso e a N17 (?) Arras/Paris para quem vem de Lille também é muito forte.
Aliás, França é bonita quando se viaja por perto das localidades, dos cemitérios da guerra, dos monumentos e palácios perdidos onde não se espera. As auto-estradas é só andar.
Por aqui também há algumas que não são portajada: as SCUT's e também são de qualidade para além de alguns troços de auto-estradas concessionadas que são grátis e um deles abriu há bem poucos dias na zona de Cascais.
Quanto ao funil já existe há quinze anos, pelo menos.
Está ultrapassado.
O conceito via verde ( made por cá ) é muito mais eficiente e é o futuro.
Cumprimentos,
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Eu conheço bem a realidade francesa (vivi lá uns bons anos). E sim, a gasolina é mais barata que cá (menor carga fiscal) e sempre achei o supermercado mais barato lá que cá e com melhor escolha. É o reino por excelência da comida, há de tudo (produzem tudo), o peixe mesmo na zona de paris é fresquissimo e mais barato que cá e em maiores quantidades.
Em compensação, tudo o que involva serviços é carissimo. Uma empregada doméstica, é 3 ou 4 vezes mais cara que cá. O mesmo para o jardineiro, ou para o cabeleireiro, ou para o que quer que seja que envolva serviço. De notar que não é verdade nos preços dos médicos....! Isto porque os ordenados mínimos são elevados e torna-se portanto um verdadeiro luxo poder contratar trabalho não especializado que é comparativamente muito, muito caro. O desemprego é portanto muito mais elevado.
É carissimo viver numa cidade. Em paris, um bom apartamento custa com facilidade 3 ou 4 milhões de euros (e não esotu a entrar em loucuras). Nos arredores, custa 1ME. Cá, a mesma casa custaria no máximo dos máximos meio milhão.
Em compensação, cá não consigo fazer funcionar nenhum serviço pós-venda e nenhuma garantia. Cá, tudo me custa o dobro porque acabo sempre comprando duas vezes um serviço. A garagem, as janelas, os aparelhos domésticos, o que quer que seja. Lá, nunca fui enganada numa factura.
O barato ou o caro é uma coisa relativa e o famoso salário mínimo do best influencia em grande parte a criação de emprego.
Em compensação, tudo o que involva serviços é carissimo. Uma empregada doméstica, é 3 ou 4 vezes mais cara que cá. O mesmo para o jardineiro, ou para o cabeleireiro, ou para o que quer que seja que envolva serviço. De notar que não é verdade nos preços dos médicos....! Isto porque os ordenados mínimos são elevados e torna-se portanto um verdadeiro luxo poder contratar trabalho não especializado que é comparativamente muito, muito caro. O desemprego é portanto muito mais elevado.
É carissimo viver numa cidade. Em paris, um bom apartamento custa com facilidade 3 ou 4 milhões de euros (e não esotu a entrar em loucuras). Nos arredores, custa 1ME. Cá, a mesma casa custaria no máximo dos máximos meio milhão.
Em compensação, cá não consigo fazer funcionar nenhum serviço pós-venda e nenhuma garantia. Cá, tudo me custa o dobro porque acabo sempre comprando duas vezes um serviço. A garagem, as janelas, os aparelhos domésticos, o que quer que seja. Lá, nunca fui enganada numa factura.
O barato ou o caro é uma coisa relativa e o famoso salário mínimo do best influencia em grande parte a criação de emprego.
Querem melhor exemplo de diferença do que ir na estrada para fazer compras e apanhar carros que só circulam na faixa do meio, seja qual fôr a sua velocidade ou a dos outros, chegar ao centro comercial e ver o estacionamento para deficientes, junto às entradas de escadas e elevadores, está cheio e em que grande parte dos carros são de gama alta?
Mas isto não tem cura, não há vergonha na cara da maioria e cada um faz o que quer.
Mas isto não tem cura, não há vergonha na cara da maioria e cada um faz o que quer.
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Re: off-topic - França: algumas impressões
Jiboia Cega Escreveu:Elias Escreveu:Já na Suíça o panorama é bem diferente e os carrões aparecem em grande número (será porque esse país está cheio de tugas?)
Posso falar-te da parte da Suíça alemã que conheço relativamente bem (Zurich principalmente). Está a gerar-se um grande sentimento de desconforto para com os alemães que têm vindo a ocupar muitos cargos de chefia anteriormente consagrados aos suíços e pagos sempre na ordem dos 10 mil euros para cima. Estes novos yuppies vêem-se ao longe pela qualidade dos carros que ostentam.
PS - Isto não é uma opinião minha nem uma história contada por portugueses.
Abraço
Jiboia
E eu posso comentar um pouco sobre a Suiça (Genebra), onde tenho muitos familiares e amigos, e onde passo férias:



Lion_Heart Escreveu:bestblandina Escreveu:Elias Escreveu:bestblandina Escreveu:o homem das bombas, afinal quanto o gajo ganha lá fora?![]()
Não sei. As bombas em que estive eram todas em self-service.
hoje em dia o homem das bombas já só trabalha atras do balcão para receber o dinheiro
Depende, por ex. em Espanha e na Galiza onde vou muitas vezes nas bombas das cidades quase todas tem o famoso homem das bombas.
Na minha zona ainda existe o homem das bombas a meter gasolina e mais há uma que existe a mulher das bombas, resultado: Está sempre muita gente a colocar gasolina
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bestblandina Escreveu:Elias Escreveu:bestblandina Escreveu:o homem das bombas, afinal quanto o gajo ganha lá fora?![]()
Não sei. As bombas em que estive eram todas em self-service.
hoje em dia o homem das bombas já só trabalha atras do balcão para receber o dinheiro
Depende, por ex. em Espanha e na Galiza onde vou muitas vezes nas bombas das cidades quase todas tem o famoso homem das bombas.
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Re: off-topic - França: algumas impressões
Elias Escreveu:Já na Suíça o panorama é bem diferente e os carrões aparecem em grande número (será porque esse país está cheio de tugas?)
Posso falar-te da parte da Suíça alemã que conheço relativamente bem (Zurich principalmente). Está a gerar-se um grande sentimento de desconforto para com os alemães que têm vindo a ocupar muitos cargos de chefia anteriormente consagrados aos suíços e pagos sempre na ordem dos 10 mil euros para cima. Estes novos yuppies vêem-se ao longe pela qualidade dos carros que ostentam.
PS - Isto não é uma opinião minha nem uma história contada por portugueses.
Abraço
Jiboia
Elias Escreveu:bestblandina Escreveu:hoje em dia o homem das bombas já só trabalha atras do balcão para receber o dinheiro
nem isso. Na suíça abasteci numa bomba que não tinha ninguém. Pagas com cartão, abasteces e vais-te embora.
Cá tambem existe uma, na N125 ao pé das quatro estradas mas só no periodo nocturno
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Elias Escreveu:bestblandina Escreveu:o homem das bombas, afinal quanto o gajo ganha lá fora?![]()
Não sei. As bombas em que estive eram todas em self-service.
hoje em dia o homem das bombas já só trabalha atras do balcão para receber o dinheiro
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olá elias,
Quer dizer que há preços nos supermecados que custam o dobro cá em alguns produtos.
È a mesma sensação que tenho quando vou lá fora, os preços custam menos e ganham mais ou seja vivem melhor.
Já que fizeste um bom relatório, faltou um elias.
o homem das bombas, afinal quanto o gajo ganha lá fora?
abraço best e bem vindo ao regresso ao trabalho
Quer dizer que há preços nos supermecados que custam o dobro cá em alguns produtos.
È a mesma sensação que tenho quando vou lá fora, os preços custam menos e ganham mais ou seja vivem melhor.
Já que fizeste um bom relatório, faltou um elias.
o homem das bombas, afinal quanto o gajo ganha lá fora?

abraço best e bem vindo ao regresso ao trabalho

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off-topic - França: algumas impressões
Durante as minhas férias dei uma grande volta de carro por França (essencialmente sul, leste e centro) e também um pouco pela Suíça. Ao todo foram 7000 km em 18 dias (dos quais cerca de 1000 para chegar à fronteira de Hendaye e outros 1000 para o regresso).
Durante a viagem pude observar muitos aspectos relativos ao custo e diversos bens e serviços e que têm sido abordados com frequência aqui no Caldeirão e que gostaria de partilhar.
VELOCIDADE
Ao contrário do que acontece em Portugal, são raros os "aceleras". A velocidade máxima permitida nas AE é de 130 km/h e embora muitos carros excedam ligeiramente este limite, são pouco os veículos a circularem a 150 ou 160 km/h. Além disso, quase toda a gente circula pela faixa da direita.
Na Suíça, onde as multas são pesadíssimas (sei de um caso de uma pessoa que teve uma multa de 800 euros), os limites de velocidade são escrupulosamente observados.
RADARES
Podem ser vistos radares fixos um pouco por toda a parte, tanto em auto-estradas como em estradas nacionais. Contudo, estão geralmente assinados por painéis colocados algumas centenas de metros antes, por isso é frequente ver os condutores afrouxarem à passagem dos radares, para depois acelerarem novamente. Mas como referi acima, os excessos são geralmente moderados.
PORTAGENS
Muitas auto-estradas têm portagens (a preços comparáveis aos de Portugal), contudo algumas auto-estradas não são portajadas, como por exemplo a A75, que liga Clermont-Ferrand a Montpellier. O sistema de pagamento é bastante eficaz, existem diversas cabines de portagem sem portageiro em que o pagamento pode ser feito com cartão de crédito ou com moedas que são deitadas para um "funil".
Na Suíça é necessário adquirir uma vinheta que tem a validade de um ano e custa 40 CHF (cerca de 27 EUR), não havendo lugar a qualquer outro pagamento para circular em auto-estradas.
ÁREAS DE SERVIÇO OU DESCANSO NAS AUTO-ESTRADAS
Simplesmente fantásticas. Geralmente grandes e espaçosas, bem arborizadas, com mesas para merendar e coberturas de madeira para proteger so sol e da chuva. Geralmente afastadas da auto-estrada (50 ou 100 metros) e com uma cortina de vegetação que permite cortar o ruído (as nossas áreas de serviço não têm sombras ou protecções contra sol ou chuva, não têm árvores (excepto a de Antuã e a da Crel-Norte), não estão isoladas da auto-estrada (no caso da área de Aveiras está perigosamente perto) e muitas nem sequer têm mesas e bancos para as pessoas se sentarem. A diferença é enorme sob todos os pontos de vista e parece-me que as nossas concessionárias poderiam melhorar, e muito.
MARCAÇÕES RODOVIÁRIAS
Impecáveis. Não encontrei uma única estrada com falhas nas marcações. Que diferença para Portugal, onde a manutenção é deficiente e abundam as estradas com traços apagados e dificilmente visíveis, propiciando acidentes.
ESTACIONAMENTO
Contrariamente ao que acontece em Portugal, na maioria dos parques o estacionamento não é taxado em fracções de 15 minutos, mas sim em horas inteiras. Nalguns locais mais turísticos (p. ex. Pont du Gard, Les Baux de Provence), aplica-se uma taxa de 5 euros independentemente da duração do estacionamento. Um pouco excessivo, na minha opinião. Em termos de pagamento de estacionamento, considero que estamos mais bem servidos em Portugal (mas note-se que alguns parques oferecem os primeiros 20 ou 30 minutos de estacionamento).
LOJA DO CHINÊS
Nem uma, seja em cidades, vilas ou aldeias. Nem França, nem na Suíça, nem mesmo em Espanha, país no qual também já viajei bastante. As "lojas do Chinês" parecem ser uma especialidade portuguesa (e resultam certamente do já falado protocolo celebrado entre Portugal e a RP China em 1999 ou 2000 e ao abrigo do qual as lojas do Chinês estão isentas do pagamento de impostos). Sob este ponto de vista, os pequenos comerciantes portugueses saem prejudicados relativamente aos de outros países.
SUPERMERCADOS
Há Carrefours e Intermarchés por todo o lado (e a maioria vende gasolina), mas situam-se geralmente na periferia das cidades. Os produtos, nomeadamente os frescos, destacam-se pela sua qualidade, que tem muito pouco a ver com os produtos agrícolas importados de França que encontramos à venda nos nossos supermercados. Fiquei com a nítida sensação de que o que é bom fica lá e que o refugo vem para Portugal
Os sacos de plástico são pagos (10 cêntimos cada) mas são fortes e resistentes, ao contrário das "porcarias" que nos impingem cá no burgo.
PREÇOS NOS SUPERMERCADOS
É muito difícil fazer comparações directas, pois nem sempre os produtos são comparáveis, por isso limitei-me a recolher os preços de alguns produtos de marcas que também se encontram à venda em Portugal, tendo depois comparado com os preços de venda no nosso país. As diferenças são brutais (alguns dos produtos da mesma marca custam o dobro em Portugal).
CARROS
Contrariamente ao que acontece em Portugal, em que vemos grandes carrões por todo o lado, em França os carros de alta cilindrada são relativamente raros. Nas auto-estradas e nas estradas francesas vêem-se principalmente utilitários e pequenos carros, como Renault Clio ou Twingo, e Peugeots de baixa ou média gama. Os Citröens são mais raros e os carros de fabrico estrangeiro estão em claríssima minoria. O que se vê em grande número são os pesados.
Já na Suíça o panorama é bem diferente e os carrões aparecem em grande número (será porque esse país está cheio de tugas?
)
GASOLINA
Deixei para o fim o tema mais "quente".
Os preços de gasolina em França têm variações muito grandes, havendo centenas ou milhares de postos em hipermercados.
Fiz uma recolha não exaustiva de preços e consegui obter alguns intervalos indicativos dos preços praticados (estes dados referem-se à semana passada).
Gasóleo
Hipermercados: 0,972 a 1,027
Estradas e localidades: 1,009 a 1,12
Auto-estradas: 1,10 a 1,15
Gasolina 95
Hipermercados: 1,173 a 1,257
Estradas e localidades: 1,239 a 1,31
Auto-estradas: 1,33 a 1,38
Gasolina 98
Hipermercados: 1,215 a 1,273
Estradas e localidades: 1,289 a 1,34
Auto-estradas: 1,37 a 1,44
Existem, além disso, muitas diferenças entre postos. Genericamente parece haver menos sensibilidade ao factor preço, o que explicaria estas maiores variações entre postos bastante próximos entre si. Note-se, contudo, que essa diferença é mais atenuada entre os postos de uma mesma auto-estrada, tal como acontece em Portugal, por isso os painéis de preços colocados nas auto-estradas têm uma utilidade muito limitada.
Pormenor curioso: as cadeias Lecrerc e Carrefour também exploram áreas de serviço em auto-estradas, mas nesses casos os preços de venda de gasolina são os de auto-estrada e não os de hipermercado
Durante a viagem pude observar muitos aspectos relativos ao custo e diversos bens e serviços e que têm sido abordados com frequência aqui no Caldeirão e que gostaria de partilhar.
VELOCIDADE
Ao contrário do que acontece em Portugal, são raros os "aceleras". A velocidade máxima permitida nas AE é de 130 km/h e embora muitos carros excedam ligeiramente este limite, são pouco os veículos a circularem a 150 ou 160 km/h. Além disso, quase toda a gente circula pela faixa da direita.
Na Suíça, onde as multas são pesadíssimas (sei de um caso de uma pessoa que teve uma multa de 800 euros), os limites de velocidade são escrupulosamente observados.
RADARES
Podem ser vistos radares fixos um pouco por toda a parte, tanto em auto-estradas como em estradas nacionais. Contudo, estão geralmente assinados por painéis colocados algumas centenas de metros antes, por isso é frequente ver os condutores afrouxarem à passagem dos radares, para depois acelerarem novamente. Mas como referi acima, os excessos são geralmente moderados.
PORTAGENS
Muitas auto-estradas têm portagens (a preços comparáveis aos de Portugal), contudo algumas auto-estradas não são portajadas, como por exemplo a A75, que liga Clermont-Ferrand a Montpellier. O sistema de pagamento é bastante eficaz, existem diversas cabines de portagem sem portageiro em que o pagamento pode ser feito com cartão de crédito ou com moedas que são deitadas para um "funil".
Na Suíça é necessário adquirir uma vinheta que tem a validade de um ano e custa 40 CHF (cerca de 27 EUR), não havendo lugar a qualquer outro pagamento para circular em auto-estradas.
ÁREAS DE SERVIÇO OU DESCANSO NAS AUTO-ESTRADAS
Simplesmente fantásticas. Geralmente grandes e espaçosas, bem arborizadas, com mesas para merendar e coberturas de madeira para proteger so sol e da chuva. Geralmente afastadas da auto-estrada (50 ou 100 metros) e com uma cortina de vegetação que permite cortar o ruído (as nossas áreas de serviço não têm sombras ou protecções contra sol ou chuva, não têm árvores (excepto a de Antuã e a da Crel-Norte), não estão isoladas da auto-estrada (no caso da área de Aveiras está perigosamente perto) e muitas nem sequer têm mesas e bancos para as pessoas se sentarem. A diferença é enorme sob todos os pontos de vista e parece-me que as nossas concessionárias poderiam melhorar, e muito.
MARCAÇÕES RODOVIÁRIAS
Impecáveis. Não encontrei uma única estrada com falhas nas marcações. Que diferença para Portugal, onde a manutenção é deficiente e abundam as estradas com traços apagados e dificilmente visíveis, propiciando acidentes.
ESTACIONAMENTO
Contrariamente ao que acontece em Portugal, na maioria dos parques o estacionamento não é taxado em fracções de 15 minutos, mas sim em horas inteiras. Nalguns locais mais turísticos (p. ex. Pont du Gard, Les Baux de Provence), aplica-se uma taxa de 5 euros independentemente da duração do estacionamento. Um pouco excessivo, na minha opinião. Em termos de pagamento de estacionamento, considero que estamos mais bem servidos em Portugal (mas note-se que alguns parques oferecem os primeiros 20 ou 30 minutos de estacionamento).
LOJA DO CHINÊS
Nem uma, seja em cidades, vilas ou aldeias. Nem França, nem na Suíça, nem mesmo em Espanha, país no qual também já viajei bastante. As "lojas do Chinês" parecem ser uma especialidade portuguesa (e resultam certamente do já falado protocolo celebrado entre Portugal e a RP China em 1999 ou 2000 e ao abrigo do qual as lojas do Chinês estão isentas do pagamento de impostos). Sob este ponto de vista, os pequenos comerciantes portugueses saem prejudicados relativamente aos de outros países.
SUPERMERCADOS
Há Carrefours e Intermarchés por todo o lado (e a maioria vende gasolina), mas situam-se geralmente na periferia das cidades. Os produtos, nomeadamente os frescos, destacam-se pela sua qualidade, que tem muito pouco a ver com os produtos agrícolas importados de França que encontramos à venda nos nossos supermercados. Fiquei com a nítida sensação de que o que é bom fica lá e que o refugo vem para Portugal

Os sacos de plástico são pagos (10 cêntimos cada) mas são fortes e resistentes, ao contrário das "porcarias" que nos impingem cá no burgo.
PREÇOS NOS SUPERMERCADOS
É muito difícil fazer comparações directas, pois nem sempre os produtos são comparáveis, por isso limitei-me a recolher os preços de alguns produtos de marcas que também se encontram à venda em Portugal, tendo depois comparado com os preços de venda no nosso país. As diferenças são brutais (alguns dos produtos da mesma marca custam o dobro em Portugal).
CARROS
Contrariamente ao que acontece em Portugal, em que vemos grandes carrões por todo o lado, em França os carros de alta cilindrada são relativamente raros. Nas auto-estradas e nas estradas francesas vêem-se principalmente utilitários e pequenos carros, como Renault Clio ou Twingo, e Peugeots de baixa ou média gama. Os Citröens são mais raros e os carros de fabrico estrangeiro estão em claríssima minoria. O que se vê em grande número são os pesados.
Já na Suíça o panorama é bem diferente e os carrões aparecem em grande número (será porque esse país está cheio de tugas?

GASOLINA
Deixei para o fim o tema mais "quente".
Os preços de gasolina em França têm variações muito grandes, havendo centenas ou milhares de postos em hipermercados.
Fiz uma recolha não exaustiva de preços e consegui obter alguns intervalos indicativos dos preços praticados (estes dados referem-se à semana passada).
Gasóleo
Hipermercados: 0,972 a 1,027
Estradas e localidades: 1,009 a 1,12
Auto-estradas: 1,10 a 1,15
Gasolina 95
Hipermercados: 1,173 a 1,257
Estradas e localidades: 1,239 a 1,31
Auto-estradas: 1,33 a 1,38
Gasolina 98
Hipermercados: 1,215 a 1,273
Estradas e localidades: 1,289 a 1,34
Auto-estradas: 1,37 a 1,44
Existem, além disso, muitas diferenças entre postos. Genericamente parece haver menos sensibilidade ao factor preço, o que explicaria estas maiores variações entre postos bastante próximos entre si. Note-se, contudo, que essa diferença é mais atenuada entre os postos de uma mesma auto-estrada, tal como acontece em Portugal, por isso os painéis de preços colocados nas auto-estradas têm uma utilidade muito limitada.
Pormenor curioso: as cadeias Lecrerc e Carrefour também exploram áreas de serviço em auto-estradas, mas nesses casos os preços de venda de gasolina são os de auto-estrada e não os de hipermercado

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