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Caldeirão da Bolsa

Off-topic - eleições legislativas e autárquicas

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Em quem pretende votar nas Legislativas de 2009?

Votação encerrada em 16/9/2009 20:21

PS
80
31%
PSD
65
25%
CDU
9
3%
PP
38
15%
BE
21
8%
"Outro Partido"
16
6%
"Em Branco"
16
6%
"Abstenho-me"
17
6%
 
Total de votos : 262

por mais_um » 24/9/2009 0:33

Gekkopt Escreveu:
mais_um Escreveu:Mas tenho duvidas nas criticas às obras publicas, considerando a actualidade, só por um motivo, é que a Espanha, a França, e muitos outros paises estão a fazer o mesmo como forma de combater a crise, repito não sou economista por isso não sei se é a receita correcta ou não, mas olhando para o lado, será que todos esses paises estão errados?

Olá mais_um, apenas para dizer que isso não é verdade, apesar da Espanha nos acompanhar no TGV está a cortar em outros grandes investimentos que queria fazer, o mesmo se passa em todos os países da Europa, Portugal é o único país da Europa que não vai cortar nos investimentos, quer dizer, na realidade vai, porque não vai ter dinheiro para os fazer, foi por isso que coloquei o texto de cima, que está muito bem conseguido. Mas eu não estou a tomar posição por nenhum partido, votei "Abstenho-me", mas se calhar o mais importante para os portugueses deviam ser as medidas económicas mas em Portugal discute-se outro tipo de coisas dada a qualidade dos políticos portugueses que são muito bons.


Obrigado pelo comentário mas não é isso que tenho lido nas noticias:

http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... id=1399803

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/1b6 ... c0ca7.html

http://www.dw-world.de/dw/article/0,,3942818,00.html

Só para referir alguns exemplos,já li planos bem mais detalhados, com os km de auto estradas e tgv/ave que vão ser construidos em Espanha e em França, por isso mantenho a minha duvida.

Quem está errado?
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por jbraven » 24/9/2009 0:23

Curiosamente, a posição actual da votação dava um "empate técnico" entre duas possíveis coligações (PSD/CDS e PS/BE): 81 votos para cada.

Que rica "caldeirada" que isto dava :)
 
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por Gekkopt » 24/9/2009 0:12

mais_um Escreveu:Mas tenho duvidas nas criticas às obras publicas, considerando a actualidade, só por um motivo, é que a Espanha, a França, e muitos outros paises estão a fazer o mesmo como forma de combater a crise, repito não sou economista por isso não sei se é a receita correcta ou não, mas olhando para o lado, será que todos esses paises estão errados?

Olá mais_um, apenas para dizer que isso não é verdade, apesar da Espanha nos acompanhar no TGV está a cortar em outros grandes investimentos que queria fazer, o mesmo se passa em todos os países da Europa, Portugal é o único país da Europa que não vai cortar nos investimentos, quer dizer, na realidade vai, porque não vai ter dinheiro para os fazer, apenas não o diz na campanha eleitoral. o texto de cima fala disso e acho que está muito bem conseguido. Mas não estou a tomar posição por nenhum partido, votei "Abstenho-me", acho que o mais importante deviam ser as medidas económicas mas em Portugal discute-se outro tipo de coisas dada a qualidade dos políticos portugueses que são muito bons.
Editado pela última vez por Gekkopt em 24/9/2009 0:24, num total de 1 vez.
 
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por mais_um » 23/9/2009 23:53

http://aeiou.expresso.pt/o-partido-dos-professores=f537342#commentbox

José Alberto Quaresma

No Sábado, em plena campanha eleitoral, os professores voltaram a desfilar em Lisboa. A manifestação entupiu a cidade inteira. Ultrapassou as duas grandes manifestações anteriores. Em fantasmas.

De carne e osso eram mil e quinhentos a dois mil, segundo a Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino (APEDE). Mil, segundo a polícia. O Expresso falava em dezenas.

Os docentes, uma vez mais, trajavam de negro. "Estou de luto pela Educação". Quando estiverem de luto a sério, vestirão de vermelho? De laranja? Desfilarão em Bloco? Irão de setinhas apontadas ao centro?

Nas t-shirts via-se a proposição afectuosa: "Adeus Milú, os professores não querem o PS de Sócrates". Antes da Assembleia da República, tinham-se concentrado frente ao Ministério da Educação e ao Palácio de Belém. Eram docentes concentrados. Não sabemos bem em quê. No Estatuto? Na Avaliação? Apenas na militância anti?

A manifestação fora convocada por três movimentos que surgiram da poeira da contestação ao modelo de avaliação docente. O Movimento Mobilização e Unidade dos Professores (MUP), a referida APEDE, o Movimento POMOVA. Agremiações oscilando entre o grupinho neo-antifascista, a associação columbófila, a seita religiosa, a agência imobiliária. Todos muito "independentes".

Sabemos que a "independência" procede da dependência. Uma das presentes, Eva Gonçalves, segundo o jornal "Público", garantia ir "votar na Manuela Ferreira Leite, pelo menos votamos numa que nunca experimentámos". Eva, que deve ter saído da costela de algum Adão social-democrata, nasceu apenas para o Ensino no passado Sábado. Ou tem memória de galinha.

Manuela Ferreira Leite, apesar da carranca seráfica, não é virgem. Já foi ministra da Educação, entre Dezembro de 1993 e Outubro de 1995. Na altura não falava em "asfixia democrática". Mas proibiu os professores de fazerem declarações públicas. E, como ministra das Finanças, não trocou o IRS pelo IRC. Só que, entre outras generosidades - como a introdução da prática de extorsão do Estado ao contribuinte, através dos famigerados "pagamentos por conta" -, impôs o tecto de noventa por cento do vencimento nas pensões de aposentação de professores e funcionários públicos.

MUP pouco. APEDE muito. PROMOVA tudo. Estes espectros de organizações corporativas, virtuais e pouco virtuosas, que se intrometem abusivamente na campanha eleitoral - diabolizando um dos partidos concorrentes, e apenas um deles - causam-me estupor. "Votem em quem quiserem, menos no Partido Socialista de Sócrates". Ou "Se Sócrates se candidatar ao governo do Inferno, nós votamos no Diabo". Nunca tal se viu, à descarada, em eleições anteriores.

É pena que estes professores já não tenham tempo de concorrer a eleições em falange própria. Em democracia, deviam ter coragem para fazê-lo. Deixo aqui uns conselhos a qualquer destemido aspirante a sectário-geral.

Em primeiro lugar, deve constituir o Partido dos Professores (PDP), o Partido dos Professores Democratas (PPD) ou o Partido dos Professores Anti-PS (PAS). Depois, fazer o trabalhinho maçudo, demorado, de duvidosa recompensa. Recolher assinaturas, bilhetes de identidade, papelada diversa. Legalizar o partido. Receber a subvenção do Estado, tanto mais pródiga quanto maior a clientela.

E, partido bem aparelhado, ir à luta. Visitar feiras, mercados, empresas, hospitais. Cheirar a vida e o povo nas suas actividades. Distribuir sorrisos, beijocas, tanganhadas, papelinhos. Ouvir o bom e o impensável. Provar mesmo que a vida cá fora tem aroma diferente do da redoma escolar.

Finalmente, pelo crepúsculo domingueiro, aguardar as projecções dos resultados eleitorais. Roer as unhas, noite adentro. Amargar ante o desfecho.

Aborrecido? Claro! Mas muito mais honrado do que sujeitar o corpinho a chuvascos, em manifestações pífias, cívica e deontologicamente reprováveis.

Além do mais, em tempos de gripe suína, evitar ajuntamentos. É que, não conseguindo contagiar, acaba-se contagiado.
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Feijão com couves

por Gekkopt » 23/9/2009 23:01

Feijão com couves
João Duque* (www.expresso.pt)
8:00 Quarta-feira, 23 de Set de 2009


Todos os dias, ao almoço e ao jantar, a mãe lhes servia o mesmo: feijão com couves. Cansados de tanto feijão e de tanta couve, e seguindo os rumores de que "em Lisboa a vida é boa", os dois irmãos fugiram da aldeia e rumaram à capital.

Entrando num restaurante da Baixa e não querendo admitir que eram analfabetos, os dois irmãos apontaram ao acaso num menu repleto de diversificados e apetitosos pratos, quando encomendaram ao garçon.

Com os olhos a derreterem-se num enorme bife com batatas fritas com que se deliciava o comensal da mesa próxima, o coração caiu-lhes aos pés quando lhes pousaram na mesa uma enorme terrina cheia de feijão com couves, afinal o que tinham pedido!

Comeram tudo.

Nisto, o cliente do bife bate as palmas e exclama em voz alta: "Bis!"

"Vês mano, em Lisboa batem-se palmas, grita-se bis e trazem um bife!"

Batem também as palmas e gritam "Bis!" Aguardam, e... mais feijão com couves!

Os portugueses vão a votos para escolher quem lhes vai dar destino a uma boa parte do seu vencimento mensal, por via dos impostos, escolha essa que aparenta ser feita sobre as propostas políticas dos vários candidatos.

Porém, qual o grau de liberdade dos eleitos? Dada a actual orgânica da nossa economia - a situação orçamental, os compromissos face ao contingente de funcionários públicos, de desempregados, de reformados, de pobres a apoiar socialmente, a intocável política social do Estado, os compromissos assumidos nos contratos firmados ao nível, por exemplo, da saúde ou dos transportes, o serviço da dívida pública que, como às famílias, nos irá sufocar o orçamento assim que as taxas de juro retomem a subida -, em que medida há espaço para políticas públicas de investimentos de grande peso, absorvedores de meios escassos para apoio ao que resta ao tecido empresarial português?

Infelizmente, estou convencido de que não há margem para cumprir muitas das promessas que se fazem agora para os próximos quatro anos, nomeadamente as que respeitam ao investimento nas prometidas obras públicas.

Há quatro anos, depois de uma promessa de não mexer nos impostos, o eng. Sócrates quebrou-a quando calculou um défice orçamental de 6%, corrigindo depois, um ano antes destas eleições, com uma descida do IVA, um imposto sobre o consumo que tem pouco ou nenhum impacto nas condições de competitividade das empresas... Este ano, esse saldo ficará acima desse valor. O que nos espera?

No nosso menu podem aparecer muitas e apetitosas iguarias. Mas no final do dia seremos servidos com uma sopeira de feijão com couves. (E que elas não nos faltem!...)

João Duque , *Professor Catedrático do ISEG
 
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por creepy » 23/9/2009 23:00

Jesse James Escreveu:
Timbrado10 Escreveu:Valores meus amigos, ausencia de valores...

Sinceramente isto já só à estalada!!!!

Estamos num forum de bolsa o mais puro capitalismo, ou não?
A maioria pessoas de esquerda... valha-me Deus!

Valores meus amigos, ausencia de valores...


Completamente de acordo. Maioria de pessoas de esquerda num fórum de bolsa???? Valha-me o 666! Se isto fosse um fórum sobre culinária, tipo receitas de criancinhas, eu ainda compreendia! Aliás esses gajos deviam estar proibidos de frequentar qualquer curso de economia, finanças ou afins!

Acho que nem com tacos de basebol, quanto mais à estalada! Melhor ainda. Fazia-se era ali na madeira uma mini provincia, tipo o tarrafal dos pequeninos.

Para esses malandros começarem novamente a aprender..


Eu sinceramente pensava que o lindo canto do timbrado espanhol relaxava e dava alguma paz...



muito bom...
 
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por creepy » 23/9/2009 22:58

Kekas Escreveu:[Caros colegas do caldeirão, penso que nesta nossa discussão sobre as eleições legislativas têm sido defendidos dois pontos de vista opostos como se fossem as únicas alternativas viáveis.

Esses dois pontos de vista são os do estado mínimo ou o do estado máximo, ou o estado a primar pela ausência de participação na vida da sociedade ou o estado presente em todas as áreas como um professor da escola primaria a quem os alunos (neste casos as pessoas singulares – os cidadãos – e as pessoas colectivas – as empresas e as demais organizações) têm de pedir autorização para fazerem o que quer que seja.

Eu sou um crente na economia de mercado, no mercado de concorrência, numa economia esvaziada do peso do estado pois penso que é a melhor forma de um povo enriquecer mas isso é muito diferente de ser um defensor do estado mínimo.

Não ponho em causa que o estado deva estar presente na saúde, na educação, na administração da justiça, na segurança ou no ordenamento do território.
Sou um utente do Serviço Nacional de Saúde, a medica em cujos cuidados confio para zelar pela minha saúde é a minha médica de família, pelo profissionalismo da pessoa em causa e pela dedicação que lhe vejo a ela aos seus colegas assim como aos restantes funcionários no centro de saúde não pretendo enquanto vir este empenho trocar a minha medica de família e o meu centro de saúde por um clínico geral particular.
Da mesma forma não ponho em causa a presença do estado na administração da educação às gerações mais jovens dos nossos concidadãos.
Muito pelo contrario, penso e julgo ser esse também o pensamento da maior parte dos nossos concidadãos que o que queremos nestas áreas – saúde, educação, justiça, segurança – é mais estado e mais qualidade nesses serviços que o estado presta aos seus cidadãos.

O que eu não concordo é que o estado pretenda ser um motor da economia e vista o fato de empresário que vai criar riqueza.
Isso nunca resultou e duvido que algum dia venha a resultar.
O estado nunca soube encher os bolsos dos Portugueses, portanto, não acredito que seja este governo que o vai conseguir.

Vejamos de que forma este governo pretende criar riqueza.
Este governo pretende criar riqueza para os Portugueses através do lançamento de grandes projectos de obras públicas como o aeroporto, o comboio de alta velocidade, a expansão da rede de auto-estradas, etc.
Obviamente isso não vai criar riqueza para os cidadãos, isso só vai servir para esvaziar os bolsos dos Portugueses e encher os bolsos das empresas que concorrem as esses projectos (não que estas empresas estejam de má-fé ou mereçam qualquer censura, simplesmente estas empresas sabem ganhar dinheiro pois esse é o seu trabalho e o estado não o sabe pois essa não é a sua vocação).

Existem países em que uma economia de mercado pujante (onde o estado evita ao máximo interferir remetendo-se unicamente ao papel de regulador), um capitalismo ambicioso dinâmico e bem-sucedido co-existem com um estado fortemente presente nas áreas sociais que acima referi.
E esses são os países que se tornaram mais prósperos e onde as desigualdades sociais são menos visíveis, portanto, aquilo que digo é inspirado nesses exemplos e é facilmente constatável se olharmos para países como o Canada, a Holanda ou a Suíça.
Porque são países em que o estado soube e sabe onde deve estar presente e onde deve estar ausente, entrega a criação da riqueza a quem a sabe criar – os particulares e assume o papel de redistibuidor da riqueza que é aquilo em que deve tentar aperfeiçoar-se.

Nós aqui em Portugal também podemos constatar isso, se olharmos para a nossa historia económica recente verificamos que os períodos de maior enriquecimento são os períodos em que o estado abriu a economia, libertou o mercado da sua interferência e deixou aos particulares liberdade para criarem.
Mas levando mais fundo essa analise verificamos que essa libertação da economia do peso do estado foi sempre tomada por exigência do exterior e nunca por iniciativa dos governos de então, isso aconteceu nos fins da década de cinquenta e vigência da década de sessenta quando a nossa adesão à EFTA forçou a abertura da nossa economia e fins da década de oitenta e inícios da década de noventa quando a nossa adesão à CEE teve o mesmo efeito.

Que pais seriamos hoje e quão mais ricos seriamos se os nossos governos tivessem sabido adoptar essas politicas mais vezes e não só quando tal foi exigido pelo exterior.

Mas verificamos que os sucessivos governos estão sempre a repetir o mesmo erro e este mais uma vez o está a fazer.
Esta política que o actual governo nos propõe só nos vai fazer empobrecer e o mais grave nisto é que as coisas não têm de ser assim nem nós estamos condenados a esse destino. Existe uma alternativa, existe outro caminho que produzirá outros resultados, que produzirá desenvolvimento em vez de estagnação, que produzirá riqueza em vez de pobreza.
Mas isso implica que tenhamos governantes que de facto saibam o que é que estão a fazer, governantes que não tenham medo de reconhecer as suas limitações e logo portanto não se metam a definir politicas em áreas que não dominam.
O actual primeiro-ministro sem dúvida será uma pessoa com muitas capacidades e talentos mas de economia não percebe nada.
Isso em si não tem mal algum desde que tenha a consciência dessa sua limitação e rodeie-se de pessoas que o possam ajudar nessa área, o problema está em que não percebendo nada de economia teima em que percebe e teima em que sabe como é que vai pôr a economia a produzir riqueza.
Obviamente os resultados que para nós Portugueses dai advirão não serão bons. Os seus próprios ministros lhe disseram isto, o ministro das finanças do inicio deste governo – o Dr. Campos e Cunha - foi afastado porque percebeu a loucura que era o país estar a lançar-se em aventuras de TGVs e novos aeroportos e as consequências que isso teria para os Portugueses e disse-o ao Primeiro-ministro.

Tudo isto para dizer que nós Portugueses também podemos ambicionar ao desafogo, ao bem-estar material, a uma vida estável sem estarmos sempre a ser perseguidos pelos fantasmas de crises e ao direito de que se nós cidadãos fazemos a nossa parte e nos submetemos aos sacrifícios que nos pedem também temos o direito de exigir que os nossos governantes sejam competentes e nos entreguem os resultados em nome dos quais nos pediram os sacrifícios.

Cumprimentos,


:clap: :clap:



calma aí...

ta bom... mas também ta extenso..

diz umas verdades... mas também diz umas coisas pouco sensatas como deixarmos nas maos do estado ainda muita coisa...

ta bem escritinho.. mas isto também não o texto que o padre vai ler na missa nem a prova de portugues...

está acertivo em muitos pontos... mas ta muuuuito mole no que diz respeito a erros dos governos e governantes...
eles sabem bem o que valem e as limitaçoes que não tem... nem a vergonha que também não tem em planear o roubo em prol deles e dos amiguinhos... não sejas naif e não penses que é ingenuidade e ou falta de competencia... competência existe muita!!!!!

de resto ta bom e tocas em pontos importantes..

espera aí!!!!!
ta alguma coisa a suar-me de errado.... identificas-te mesmo com o que escreveste??!!! aqui tou a brincar

abraço
 
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por mais_um » 23/9/2009 22:24

RCF Escreveu:Caros colegas do caldeirão, penso que nesta nossa discussão sobre as eleições legislativas têm sido defendidos dois pontos de vista opostos como se fossem as únicas alternativas viáveis.

Esses dois pontos de vista são os do estado mínimo ou o do estado máximo, ou o estado a primar pela ausência de participação na vida da sociedade ou o estado presente em todas as áreas como um professor da escola primaria a quem os alunos (neste casos as pessoas singulares – os cidadãos – e as pessoas colectivas – as empresas e as demais organizações) têm de pedir autorização para fazerem o que quer que seja.

Eu sou um crente na economia de mercado, no mercado de concorrência, numa economia esvaziada do peso do estado pois penso que é a melhor forma de um povo enriquecer mas isso é muito diferente de ser um defensor do estado mínimo.

Não ponho em causa que o estado deva estar presente na saúde, na educação, na administração da justiça, na segurança ou no ordenamento do território.
Sou um utente do Serviço Nacional de Saúde, a medica em cujos cuidados confio para zelar pela minha saúde é a minha médica de família, pelo profissionalismo da pessoa em causa e pela dedicação que lhe vejo a ela aos seus colegas assim como aos restantes funcionários no centro de saúde não pretendo enquanto vir este empenho trocar a minha medica de família e o meu centro de saúde por um clínico geral particular.
Da mesma forma não ponho em causa a presença do estado na administração da educação às gerações mais jovens dos nossos concidadãos.
Muito pelo contrario, penso e julgo ser esse também o pensamento da maior parte dos nossos concidadãos que o que queremos nestas áreas – saúde, educação, justiça, segurança – é mais estado e mais qualidade nesses serviços que o estado presta aos seus cidadãos.

O que eu não concordo é que o estado pretenda ser um motor da economia e vista o fato de empresário que vai criar riqueza.
Isso nunca resultou e duvido que algum dia venha a resultar.
O estado nunca soube encher os bolsos dos Portugueses, portanto, não acredito que seja este governo que o vai conseguir.

Vejamos de que forma este governo pretende criar riqueza.
Este governo pretende criar riqueza para os Portugueses através do lançamento de grandes projectos de obras públicas como o aeroporto, o comboio de alta velocidade, a expansão da rede de auto-estradas, etc.
Obviamente isso não vai criar riqueza para os cidadãos, isso só vai servir para esvaziar os bolsos dos Portugueses e encher os bolsos das empresas que concorrem as esses projectos (não que estas empresas estejam de má-fé ou mereçam qualquer censura, simplesmente estas empresas sabem ganhar dinheiro pois esse é o seu trabalho e o estado não o sabe pois essa não é a sua vocação).

Existem países em que uma economia de mercado pujante (onde o estado evita ao máximo interferir remetendo-se unicamente ao papel de regulador), um capitalismo ambicioso dinâmico e bem-sucedido co-existem com um estado fortemente presente nas áreas sociais que acima referi.
E esses são os países que se tornaram mais prósperos e onde as desigualdades sociais são menos visíveis, portanto, aquilo que digo é inspirado nesses exemplos e é facilmente constatável se olharmos para países como o Canada, a Holanda ou a Suíça.
Porque são países em que o estado soube e sabe onde deve estar presente e onde deve estar ausente, entrega a criação da riqueza a quem a sabe criar – os particulares e assume o papel de redistibuidor da riqueza que é aquilo em que deve tentar aperfeiçoar-se.

Nós aqui em Portugal também podemos constatar isso, se olharmos para a nossa historia económica recente verificamos que os períodos de maior enriquecimento são os períodos em que o estado abriu a economia, libertou o mercado da sua interferência e deixou aos particulares liberdade para criarem.
Mas levando mais fundo essa analise verificamos que essa libertação da economia do peso do estado foi sempre tomada por exigência do exterior e nunca por iniciativa dos governos de então, isso aconteceu nos fins da década de cinquenta e vigência da década de sessenta quando a nossa adesão à EFTA forçou a abertura da nossa economia e fins da década de oitenta e inícios da década de noventa quando a nossa adesão à CEE teve o mesmo efeito.

Que pais seriamos hoje e quão mais ricos seriamos se os nossos governos tivessem sabido adoptar essas politicas mais vezes e não só quando tal foi exigido pelo exterior.

Mas verificamos que os sucessivos governos estão sempre a repetir o mesmo erro e este mais uma vez o está a fazer.
Esta política que o actual governo nos propõe só nos vai fazer empobrecer e o mais grave nisto é que as coisas não têm de ser assim nem nós estamos condenados a esse destino. Existe uma alternativa, existe outro caminho que produzirá outros resultados, que produzirá desenvolvimento em vez de estagnação, que produzirá riqueza em vez de pobreza.
Mas isso implica que tenhamos governantes que de facto saibam o que é que estão a fazer, governantes que não tenham medo de reconhecer as suas limitações e logo portanto não se metam a definir politicas em áreas que não dominam.
O actual primeiro-ministro sem dúvida será uma pessoa com muitas capacidades e talentos mas de economia não percebe nada.
Isso em si não tem mal algum desde que tenha a consciência dessa sua limitação e rodeie-se de pessoas que o possam ajudar nessa área, o problema está em que não percebendo nada de economia teima em que percebe e teima em que sabe como é que vai pôr a economia a produzir riqueza.
Obviamente os resultados que para nós Portugueses dai advirão não serão bons. Os seus próprios ministros lhe disseram isto, o ministro das finanças do inicio deste governo – o Dr. Campos e Cunha - foi afastado porque percebeu a loucura que era o país estar a lançar-se em aventuras de TGVs e novos aeroportos e as consequências que isso teria para os Portugueses e disse-o ao Primeiro-ministro.

Tudo isto para dizer que nós Portugueses também podemos ambicionar ao desafogo, ao bem-estar material, a uma vida estável sem estarmos sempre a ser perseguidos pelos fantasmas de crises e ao direito de que se nós cidadãos fazemos a nossa parte e nos submetemos aos sacrifícios que nos pedem também temos o direito de exigir que os nossos governantes sejam competentes e nos entreguem os resultados em nome dos quais nos pediram os sacrifícios.

Cumprimentos,
RCF.

Boas!

Finalmente uma opinão fundamentada e esclarecida.
Eu sou bancário e tenho SAMS quadros para toda a familia, a minha mulher tem seguro de saude pago pela empresa para toda a familia, no entanto o meu medico de familia é o do SNS, não tenho outro, é minha médica à 25 anos e vai continuar a ser pelos mesmos motivos que os teus.

Os meus filhos andam na escola publica, com todos os seus defeitos e virtudes.

Concordo com quase tudo o que escreveste, não sou economista por isso não percebo nada do assunto, mas também concordo e defendo que numa situação normal o Estado deve ter um papel minimalista, deve ser regulador, nada mais.

Mas tenho duvidas nas criticas às obras publicas, considerando a actualidade, só por um motivo, é que a Espanha, a França, e muitos outros paises estão a fazer o mesmo como forma de combater a crise, repito não sou economista por isso não sei se é a receita correcta ou não, mas olhando para o lado, será que todos esses paises estão errados?

Se consideras que estás a escolher entre um Estado maximo ou minimo estás bem equivocado, neste topico estão os links para os programas dos partidos, aconselho-te a ler o do PSD, se é esse que julgas que defende um Estado minimo estás bem enganado.

Obrigado pela tua opinão,

Alexandre Santos
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por mfsr1980 » 23/9/2009 21:39

Intervenção brilhante a do RCF! :)
20 Valores
:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:
 
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por mais_um » 23/9/2009 21:31

Woodhare Escreveu:É pena porque começava a simpatizar com a MFL..."neoliberal", "defensora do Estado mínimo", tantos elogios que os socialistas vociferaram contra ela.


É melhor leres o programa do PSD e já agora o do CDS, parece-me que vais ter uma desilusão, deixei o link de ambos neste topico....
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por mais_um » 23/9/2009 21:29

Pedro73 Escreveu:
mais_um Escreveu:
creepy Escreveu:
mais_um Escreveu:
Pedro73 Escreveu:
Ora aí está o rigor, a seriedade, a credibilidade e o mérito ... são os nossos artistas políticos no seu melhor... quem não conhece que compre !


Exacto e como os outros ainda são piores que ele....

:lol: :lol: :lol:


é preciso mais alguma coisa para entendermos que não é esta escumalha que queremos a governar o nosso país...

nem uns nem outros...

é implodir as sedes partidárias de uma vez por todas...

ordeiramente... mandar as pessoas para casa... palmadinha nas costas... "obrigado mas já chega"...

os milhares de gajos dos partidos ficavam numa primeira fase meios á nora... viam que tinha acabado a mama para eles e para os seus.... mas ao menos sabiam... se lá não tinha ficado nenhum as coisas so podiam melhorar... num par de anos a ordem restabelecia-se com pessoas válidas de todos os ramos da sociedade a darem o seu melhor... abririam-se concursos privados para educação, justiça, saude,... o estado legislava o essencial com o passar dos anos...

esse tempo há-de chegar...

claro que a mudança será dramática... mas não estaremos muito loge disso..

basta ver o descontentamento dos cidadãos que mesmo assim querem votar porque coitados.... são obrigados.. a saberem quem a farinha é tirada sempre do mesmo saco...

felizes e contentes... todos os politicos de todos os grupos parlamentares... esfregam mãos e dizem... la vamos nos mandar umas bujardas para a assembleia durante mais uns anos... tramar aqueles hoje... dar a mão aquela lei amanha.. almoçarem uns com os outros.. sempre em festa... ficar na cama até tarde ou nem a lisboa vir... mostrarem ideias meias polémicas para aparecerem na televisão... comerem um queijinho limiano...

chega...


Discordo do teu raciocínio, não por não concordar contigo sobre a “escumalha”, mas por considerares que a sociedade civil é “limpa”. Não te esqueças que o modo de estar na vida dos políticos é idêntico ao modo de estar na vida do povo em geral já que os políticos são do povo, não tenhas ilusões.

Portugal é o País do “jeitinho”, desde perdoar a multa, até acelerar o processo de aprovação de uma obra, encontrar um emprego para o filho, passar à frente na lista de reservas de um restaurante, ter uma avaliação favorável, etc… Podia ficar aqui o resto da manhã a escrever situações (que não tem nada a ver com políticos) que eu já vi acontecer e que infelizmente não vão desaparecer tão depressa.

Em Portugal há alguns vícios que vão demorar a desaparecer, talvez 2 gerações (depende de nós), um é o “jeitinho”, outro é falta de civismo ou valores ou a má educação (escolhe um dos três!), tens o exemplo de alguns participantes aqui do fórum. Outro é todos querem receber do Estado mas contribuir nem pensar.

Fiquei banzado quando vi na TV um individuo a ser multado por ir em excesso de velocidade, com um Porche, alegar que o polícia só o multou porque tinha inveja dele!

Da mesma forma que fiquei banzado quando ouvi um deputado do PSD a justificar a ausência na votação da assembleia da republica por ter estado num jantar do Boavista!

A atitude foi a mesma, não há diferença.


Eu conheço este raciocinio ... é um clássico justifica-se um erro com outro erro !

Para este nosso amigo é perfeitamente natural e desculpável que os homens mais importantes e poderosos do país não prestem já que os restantes também não são grande coisa !

O primeiro ministro é corrupto ... não há qq problema porque os outros candidatos tb , etc etc etc

Humm...além de tudo o resto, também tens dificuldades com a interpretação do português, provavelmente a culpa também é do Sócrates já que ele deve ter sido 1º ministro quando andaste na escola (partindo do principio que andaste na escola).
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por tugatuga11 » 23/9/2009 21:22

artista Escreveu:
Eu por acaso não me considero nem de esquerda nem de direita, sou mais do centro, em alguns assuntos mais virado à esquerda, noutro mais à direita... de qualquer forma uma pessoa pode ser de esquerda e gostar de investir em bolsa, e mesmo que não goste tem todo o direito de debater num forum de bolsa... digo eu!!


Olá artista!
Curioso que temos ponto de vista tão parecidos em tantos assuntos que venho acompanhando aqui no forum que só divergimos mesmo é no futebol...
Abraço. :wink:
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por Jesse James » 23/9/2009 21:08

Timbrado10 Escreveu:Valores meus amigos, ausencia de valores...

Sinceramente isto já só à estalada!!!!

Estamos num forum de bolsa o mais puro capitalismo, ou não?
A maioria pessoas de esquerda... valha-me Deus!

Valores meus amigos, ausencia de valores...


Completamente de acordo. Maioria de pessoas de esquerda num fórum de bolsa???? Valha-me o 666! Se isto fosse um fórum sobre culinária, tipo receitas de criancinhas, eu ainda compreendia! Aliás esses gajos deviam estar proibidos de frequentar qualquer curso de economia, finanças ou afins!

Acho que nem com tacos de basebol, quanto mais à estalada! Melhor ainda. Fazia-se era ali na madeira uma mini provincia, tipo o tarrafal dos pequeninos.

Para esses malandros começarem novamente a aprender..


Eu sinceramente pensava que o lindo canto do timbrado espanhol relaxava e dava alguma paz...
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por mais_um » 23/9/2009 21:01

artista Escreveu:
Timbrado10 Escreveu:Valores meus amigos, ausencia de valores...

Sinceramente isto já só à estalada!!!!

Estamos num forum de bolsa o mais puro capitalismo, ou não?
A maioria pessoas de esquerda... valha-me Deus!

Valores meus amigos, ausencia de valores...


Não me parece que um forum de bolsa seja interdito a pessoas de esquerda, ou achas que sim?! Afinal que valores são esses que defendes?!

Eu por acaso não me considero nem de esquerda nem de direita, sou mais do centro, em alguns assuntos mais virado à esquerda, noutro mais à direita... de qualquer forma uma pessoa pode ser de esquerda e gostar de investir em bolsa, e mesmo que não goste tem todo o direito de debater num forum de bolsa... digo eu!!

abraços

artista


Artista,
Mais uma vez estamos 100% de acordo, penso do mesmo modo, sem ironias! :wink:

Um abraço,

Alexandre Santos
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por artista_ » 23/9/2009 20:58

Timbrado10 Escreveu:Valores meus amigos, ausencia de valores...

Sinceramente isto já só à estalada!!!!

Estamos num forum de bolsa o mais puro capitalismo, ou não?
A maioria pessoas de esquerda... valha-me Deus!

Valores meus amigos, ausencia de valores...


Não me parece que um forum de bolsa seja interdito a pessoas de esquerda, ou achas que sim?! Afinal que valores são esses que defendes?!

Eu por acaso não me considero nem de esquerda nem de direita, sou mais do centro, em alguns assuntos mais virado à esquerda, noutro mais à direita... de qualquer forma uma pessoa pode ser de esquerda e gostar de investir em bolsa, e mesmo que não goste tem todo o direito de debater num forum de bolsa... digo eu!!

abraços

artista
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por Kekas » 23/9/2009 20:51

[Caros colegas do caldeirão, penso que nesta nossa discussão sobre as eleições legislativas têm sido defendidos dois pontos de vista opostos como se fossem as únicas alternativas viáveis.

Esses dois pontos de vista são os do estado mínimo ou o do estado máximo, ou o estado a primar pela ausência de participação na vida da sociedade ou o estado presente em todas as áreas como um professor da escola primaria a quem os alunos (neste casos as pessoas singulares – os cidadãos – e as pessoas colectivas – as empresas e as demais organizações) têm de pedir autorização para fazerem o que quer que seja.

Eu sou um crente na economia de mercado, no mercado de concorrência, numa economia esvaziada do peso do estado pois penso que é a melhor forma de um povo enriquecer mas isso é muito diferente de ser um defensor do estado mínimo.

Não ponho em causa que o estado deva estar presente na saúde, na educação, na administração da justiça, na segurança ou no ordenamento do território.
Sou um utente do Serviço Nacional de Saúde, a medica em cujos cuidados confio para zelar pela minha saúde é a minha médica de família, pelo profissionalismo da pessoa em causa e pela dedicação que lhe vejo a ela aos seus colegas assim como aos restantes funcionários no centro de saúde não pretendo enquanto vir este empenho trocar a minha medica de família e o meu centro de saúde por um clínico geral particular.
Da mesma forma não ponho em causa a presença do estado na administração da educação às gerações mais jovens dos nossos concidadãos.
Muito pelo contrario, penso e julgo ser esse também o pensamento da maior parte dos nossos concidadãos que o que queremos nestas áreas – saúde, educação, justiça, segurança – é mais estado e mais qualidade nesses serviços que o estado presta aos seus cidadãos.

O que eu não concordo é que o estado pretenda ser um motor da economia e vista o fato de empresário que vai criar riqueza.
Isso nunca resultou e duvido que algum dia venha a resultar.
O estado nunca soube encher os bolsos dos Portugueses, portanto, não acredito que seja este governo que o vai conseguir.

Vejamos de que forma este governo pretende criar riqueza.
Este governo pretende criar riqueza para os Portugueses através do lançamento de grandes projectos de obras públicas como o aeroporto, o comboio de alta velocidade, a expansão da rede de auto-estradas, etc.
Obviamente isso não vai criar riqueza para os cidadãos, isso só vai servir para esvaziar os bolsos dos Portugueses e encher os bolsos das empresas que concorrem as esses projectos (não que estas empresas estejam de má-fé ou mereçam qualquer censura, simplesmente estas empresas sabem ganhar dinheiro pois esse é o seu trabalho e o estado não o sabe pois essa não é a sua vocação).

Existem países em que uma economia de mercado pujante (onde o estado evita ao máximo interferir remetendo-se unicamente ao papel de regulador), um capitalismo ambicioso dinâmico e bem-sucedido co-existem com um estado fortemente presente nas áreas sociais que acima referi.
E esses são os países que se tornaram mais prósperos e onde as desigualdades sociais são menos visíveis, portanto, aquilo que digo é inspirado nesses exemplos e é facilmente constatável se olharmos para países como o Canada, a Holanda ou a Suíça.
Porque são países em que o estado soube e sabe onde deve estar presente e onde deve estar ausente, entrega a criação da riqueza a quem a sabe criar – os particulares e assume o papel de redistibuidor da riqueza que é aquilo em que deve tentar aperfeiçoar-se.

Nós aqui em Portugal também podemos constatar isso, se olharmos para a nossa historia económica recente verificamos que os períodos de maior enriquecimento são os períodos em que o estado abriu a economia, libertou o mercado da sua interferência e deixou aos particulares liberdade para criarem.
Mas levando mais fundo essa analise verificamos que essa libertação da economia do peso do estado foi sempre tomada por exigência do exterior e nunca por iniciativa dos governos de então, isso aconteceu nos fins da década de cinquenta e vigência da década de sessenta quando a nossa adesão à EFTA forçou a abertura da nossa economia e fins da década de oitenta e inícios da década de noventa quando a nossa adesão à CEE teve o mesmo efeito.

Que pais seriamos hoje e quão mais ricos seriamos se os nossos governos tivessem sabido adoptar essas politicas mais vezes e não só quando tal foi exigido pelo exterior.

Mas verificamos que os sucessivos governos estão sempre a repetir o mesmo erro e este mais uma vez o está a fazer.
Esta política que o actual governo nos propõe só nos vai fazer empobrecer e o mais grave nisto é que as coisas não têm de ser assim nem nós estamos condenados a esse destino. Existe uma alternativa, existe outro caminho que produzirá outros resultados, que produzirá desenvolvimento em vez de estagnação, que produzirá riqueza em vez de pobreza.
Mas isso implica que tenhamos governantes que de facto saibam o que é que estão a fazer, governantes que não tenham medo de reconhecer as suas limitações e logo portanto não se metam a definir politicas em áreas que não dominam.
O actual primeiro-ministro sem dúvida será uma pessoa com muitas capacidades e talentos mas de economia não percebe nada.
Isso em si não tem mal algum desde que tenha a consciência dessa sua limitação e rodeie-se de pessoas que o possam ajudar nessa área, o problema está em que não percebendo nada de economia teima em que percebe e teima em que sabe como é que vai pôr a economia a produzir riqueza.
Obviamente os resultados que para nós Portugueses dai advirão não serão bons. Os seus próprios ministros lhe disseram isto, o ministro das finanças do inicio deste governo – o Dr. Campos e Cunha - foi afastado porque percebeu a loucura que era o país estar a lançar-se em aventuras de TGVs e novos aeroportos e as consequências que isso teria para os Portugueses e disse-o ao Primeiro-ministro.

Tudo isto para dizer que nós Portugueses também podemos ambicionar ao desafogo, ao bem-estar material, a uma vida estável sem estarmos sempre a ser perseguidos pelos fantasmas de crises e ao direito de que se nós cidadãos fazemos a nossa parte e nos submetemos aos sacrifícios que nos pedem também temos o direito de exigir que os nossos governantes sejam competentes e nos entreguem os resultados em nome dos quais nos pediram os sacrifícios.

Cumprimentos,


:clap: :clap:
 
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por RCF » 23/9/2009 20:41

Caros colegas do caldeirão, penso que nesta nossa discussão sobre as eleições legislativas têm sido defendidos dois pontos de vista opostos como se fossem as únicas alternativas viáveis.

Esses dois pontos de vista são os do estado mínimo ou o do estado máximo, ou o estado a primar pela ausência de participação na vida da sociedade ou o estado presente em todas as áreas como um professor da escola primaria a quem os alunos (neste casos as pessoas singulares – os cidadãos – e as pessoas colectivas – as empresas e as demais organizações) têm de pedir autorização para fazerem o que quer que seja.

Eu sou um crente na economia de mercado, no mercado de concorrência, numa economia esvaziada do peso do estado pois penso que é a melhor forma de um povo enriquecer mas isso é muito diferente de ser um defensor do estado mínimo.

Não ponho em causa que o estado deva estar presente na saúde, na educação, na administração da justiça, na segurança ou no ordenamento do território.
Sou um utente do Serviço Nacional de Saúde, a medica em cujos cuidados confio para zelar pela minha saúde é a minha médica de família, pelo profissionalismo da pessoa em causa e pela dedicação que lhe vejo a ela aos seus colegas assim como aos restantes funcionários no centro de saúde não pretendo enquanto vir este empenho trocar a minha medica de família e o meu centro de saúde por um clínico geral particular.
Da mesma forma não ponho em causa a presença do estado na administração da educação às gerações mais jovens dos nossos concidadãos.
Muito pelo contrario, penso e julgo ser esse também o pensamento da maior parte dos nossos concidadãos que o que queremos nestas áreas – saúde, educação, justiça, segurança – é mais estado e mais qualidade nesses serviços que o estado presta aos seus cidadãos.

O que eu não concordo é que o estado pretenda ser um motor da economia e vista o fato de empresário que vai criar riqueza.
Isso nunca resultou e duvido que algum dia venha a resultar.
O estado nunca soube encher os bolsos dos Portugueses, portanto, não acredito que seja este governo que o vai conseguir.

Vejamos de que forma este governo pretende criar riqueza.
Este governo pretende criar riqueza para os Portugueses através do lançamento de grandes projectos de obras públicas como o aeroporto, o comboio de alta velocidade, a expansão da rede de auto-estradas, etc.
Obviamente isso não vai criar riqueza para os cidadãos, isso só vai servir para esvaziar os bolsos dos Portugueses e encher os bolsos das empresas que concorrem as esses projectos (não que estas empresas estejam de má-fé ou mereçam qualquer censura, simplesmente estas empresas sabem ganhar dinheiro pois esse é o seu trabalho e o estado não o sabe pois essa não é a sua vocação).

Existem países em que uma economia de mercado pujante (onde o estado evita ao máximo interferir remetendo-se unicamente ao papel de regulador), um capitalismo ambicioso dinâmico e bem-sucedido co-existem com um estado fortemente presente nas áreas sociais que acima referi.
E esses são os países que se tornaram mais prósperos e onde as desigualdades sociais são menos visíveis, portanto, aquilo que digo é inspirado nesses exemplos e é facilmente constatável se olharmos para países como o Canada, a Holanda ou a Suíça.
Porque são países em que o estado soube e sabe onde deve estar presente e onde deve estar ausente, entrega a criação da riqueza a quem a sabe criar – os particulares e assume o papel de redistibuidor da riqueza que é aquilo em que deve tentar aperfeiçoar-se.

Nós aqui em Portugal também podemos constatar isso, se olharmos para a nossa historia económica recente verificamos que os períodos de maior enriquecimento são os períodos em que o estado abriu a economia, libertou o mercado da sua interferência e deixou aos particulares liberdade para criarem.
Mas levando mais fundo essa analise verificamos que essa libertação da economia do peso do estado foi sempre tomada por exigência do exterior e nunca por iniciativa dos governos de então, isso aconteceu nos fins da década de cinquenta e vigência da década de sessenta quando a nossa adesão à EFTA forçou a abertura da nossa economia e fins da década de oitenta e inícios da década de noventa quando a nossa adesão à CEE teve o mesmo efeito.

Que pais seriamos hoje e quão mais ricos seriamos se os nossos governos tivessem sabido adoptar essas politicas mais vezes e não só quando tal foi exigido pelo exterior.

Mas verificamos que os sucessivos governos estão sempre a repetir o mesmo erro e este mais uma vez o está a fazer.
Esta política que o actual governo nos propõe só nos vai fazer empobrecer e o mais grave nisto é que as coisas não têm de ser assim nem nós estamos condenados a esse destino. Existe uma alternativa, existe outro caminho que produzirá outros resultados, que produzirá desenvolvimento em vez de estagnação, que produzirá riqueza em vez de pobreza.
Mas isso implica que tenhamos governantes que de facto saibam o que é que estão a fazer, governantes que não tenham medo de reconhecer as suas limitações e logo portanto não se metam a definir politicas em áreas que não dominam.
O actual primeiro-ministro sem dúvida será uma pessoa com muitas capacidades e talentos mas de economia não percebe nada.
Isso em si não tem mal algum desde que tenha a consciência dessa sua limitação e rodeie-se de pessoas que o possam ajudar nessa área, o problema está em que não percebendo nada de economia teima em que percebe e teima em que sabe como é que vai pôr a economia a produzir riqueza.
Obviamente os resultados que para nós Portugueses dai advirão não serão bons. Os seus próprios ministros lhe disseram isto, o ministro das finanças do inicio deste governo – o Dr. Campos e Cunha - foi afastado porque percebeu a loucura que era o país estar a lançar-se em aventuras de TGVs e novos aeroportos e as consequências que isso teria para os Portugueses e disse-o ao Primeiro-ministro.

Tudo isto para dizer que nós Portugueses também podemos ambicionar ao desafogo, ao bem-estar material, a uma vida estável sem estarmos sempre a ser perseguidos pelos fantasmas de crises e ao direito de que se nós cidadãos fazemos a nossa parte e nos submetemos aos sacrifícios que nos pedem também temos o direito de exigir que os nossos governantes sejam competentes e nos entreguem os resultados em nome dos quais nos pediram os sacrifícios.

Cumprimentos,
RCF.
 
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por Timbrado10 » 23/9/2009 20:39

Valores meus amigos, ausencia de valores...

Sinceramente isto já só à estalada!!!!

Estamos num forum de bolsa o mais puro capitalismo, ou não?
A maioria pessoas de esquerda... valha-me Deus!

Valores meus amigos, ausencia de valores...
 
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por artista_ » 23/9/2009 20:38

Este tópico deve estar a dar as últimas... há que respirar fundo e ter calma, por que pensemos que sim a nossa felicidade depende muito pouco de quem ganha as eleições, de ser este ou aquele o melhor partido...

Tenham calma, vão à praia, relaxem... e já agora aconselho muito sexo! (isto já descambou de qualquer forma!) :mrgreen: :mrgreen:

abraços

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por jeso » 23/9/2009 20:37

Apesar dos excessos de linguagem, a resposta era necessária.
Puxar lustro aos galões é na cavalariça. :mrgreen: Isto sem ofensa (para os cavalos, claro,)
Divirtam-se, que esta vida são dois dias.
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por Jesse James » 23/9/2009 20:24

Adamhedge Escreveu:
faço uma pergunta e respondem-me como o srº leu,quer o quê? uma perna de frango?



Se vier já assada, marcha. :mrgreen:

Tens de ter mais calma. Já experimentaste o ioga?


bn

JJ
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por Adam hedge » 23/9/2009 20:11

tugatuga11 Escreveu:
Adamhedge Escreveu:domino muito mal a lingua portuguesa,e linguas estrangeiras a unica coisa que sei é FUCK YOU,não sei o que significa,claro,mas quem me ensinou disse-me que era para dizer a chicos espertos que se querem passar por...por...isso mesmo,o srº sabe...!



Era escusado seres malcriadão. :x
Fica-te mal! :cry:



acredito que sim,mas o que é que o srº está á espera...?
faço uma pergunta e respondem-me como o srº leu,quer o quê? uma perna de frango?

se fousse consigo...?!!!

haaa pois faz o que eu digo não faças o que eu faço!
possivelmente NÉ!

comigo, cada um dança confor-me toca...!
Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.

Lembra-te : se não tivesses lido e ouvido falar em aumento de capital tinhas entrado no bes... portanto...
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por tugatuga11 » 23/9/2009 20:00

Adamhedge Escreveu:domino muito mal a lingua portuguesa,e linguas estrangeiras a unica coisa que sei é FUCK YOU,não sei o que significa,claro,mas quem me ensinou disse-me que era para dizer a chicos espertos que se querem passar por...por...isso mesmo,o srº sabe...!



Era escusado seres malcriadão. :x
Fica-te mal! :cry:
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por Adam hedge » 23/9/2009 19:56

iurp Escreveu:
Adamhedge Escreveu:boa tarde.

gostava que algum interveniente fizesse o favor de me ilusidar,quanto a uma certa ideologia.

o bloco de esquerda a cdu o pctp/mrpp e o pous,não pertencem a uma familia politica,que é uma ditadura de esquerda em que as liberdades estão em causa,como na china, coreia,cuba e vietename?

tambem é da familia politica que era dantes a RDA,Romenia,Jugoslávia etc?

obrigado pelos esclarecimentos


Fiquei esclarecido que talvez fosse melhor preocupar-se em ser melhor cidadão português, aprendendo a escrever. Claro, mais um produto do eduquês implementado ao longo dos tempos nas nossas escolas. Ainda querem continuar com as mesmas políticas !!!


boa tarde.

caro iurp,desculpe lá a coisa...mas perder tempo a escrever,para se notar um certo ressábiamento quanto á questão,e não esclarecer quanto á pergunta...é no minimo ahhhhhh,estupido!!!

quanto aos erros ortográficos,é verdade nota-se mesmo que é de um produto do eduquês(palavra bonita,mas será que vem no dicionário?)implementado ao longo dos tempos nas escolas portuguesas,devido ás politicas que os governos tem tido.estou de acordo totalmente.

possivelmente os meus pais não tiveram recursos para me porem a estudar noutro país,no qual penso que o carissimo iurp,como é notório pela sua ortografia andou a aprender.

domino muito mal a lingua portuguesa,e linguas estrangeiras a unica coisa que sei é FUCK YOU,não sei o que significa,claro,mas quem me ensinou disse-me que era para dizer a chicos espertos que se querem passar por...por...isso mesmo,o srº sabe...!

cumpts
Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
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por Woodhare » 23/9/2009 19:55

mfsr1980 Escreveu:Se ele for reeleito, terei de o aturar mais uns 4,5 anos! :oh: Porreiro, PÁ! :)
Depreendo que todas estas manifestações afinal eram de apoio incontido ao nosso PM.

De qualquer das formas com um ou com outro, resta-nos uma boa década de dificuldades.


Tenho tanta vontade de continuar a ter PS no poder como tu.
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