Ao minuto: EUA atacam Irão. MNE iraniano diz que país "reserva todas as opções" para se defender

[MarcoAntonio]

Crude desceu 45,2% e o gasóleo caiu 21,1%

(...)

No primeiro trimestre deste ano, o preço do petróleo em euros desceu 45,2% em termos homólogos. No entanto, os preços da gasolina e gasóleo desceram apenas 18,3% e 21,1%, respectivamente, de acordo com a Autoridade da Concorrência.

O que é perfeitamente normal...

E apresenta os números, desde o valor do Brent em euros, que desceu 45,2% face a igual período de 2008. Dá conta ainda que à saída das principais refinarias europeias o preço médio da gasolina 95 caiu 44,1%, enquanto que à saída da refinaria de Sines desceu 46%. Prossegue o relatório revelando que o preço desse combustível antes de impostos desceu 36%, mas depois de impostos a descida é de apenas 18,3%.

Tudo normal...

Além disso, acrescenta o relatório da AdC, "a margem bruta retalhista teve uma descida para 11,9 cêntimos por litro no primeiro trimestre de 2009", depois de ter subido nos últimos trimestres de 2008, chegando aos 14,9cêntimos por litro.

Curioso não destacarem esta parte, nem porem isto no título ou no resumo inicial. O que também é normal!


Mas giro, mesmo giro, era ver o limpaesgotos colocar um bold numa destas secções....

[limpaesgotos]

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economi ... id=1335348

Crude desceu 45,2% e o gasóleo caiu 21,1%

Autoridade da Concorrência diz que nos hipers é mais barato 9,8 cêntimos

00h30m

VIRGÍNIA ALVES

No primeiro trimestre deste ano, o preço do petróleo em euros desceu 45,2% em termos homólogos. No entanto, os preços da gasolina e gasóleo desceram apenas 18,3% e 21,1%, respectivamente, de acordo com a Autoridade da Concorrência.

No relatório ontem divulgado pela Autoridade da Concorrência (AdC), em que é feita uma análise dos mercados dos combustíveis no primeiro trimestre de 2009, é referido que "as quatro empresas petrolíferas a actuar em Portugal" apresentaram preços de venda ao público "semelhantes", enquanto que os postos geridos por hipermercados apresentaram preços mais baixos 9,9 cêntimos por litro para a gasolina e 9,8 cêntimos por litro para o gasóleo.

E apresenta os números, desde o valor do Brent em euros, que desceu 45,2% face a igual período de 2008. Dá conta ainda que à saída das principais refinarias europeias o preço médio da gasolina 95 caiu 44,1%, enquanto que à saída da refinaria de Sines desceu 46%. Prossegue o relatório revelando que o preço desse combustível antes de impostos desceu 36%, mas depois de impostos a descida é de apenas 18,3%.

Para perceber estas diferenças, tendo em conta que Portugal continua a ser dos países com o combustível mais caro da União Europeia, com e sem impostos, o documento da AdC faz a leitura da estrutura de custos que resultam no preço final nas bombas, questão que tem motivado protestos recentes (por parte da Partex e com resposta imediata da Galp).

Segundo essa leitura, das várias componentes que contribuem para a formação do preço (distribuição, venda a retalho e fiscalidade) é afirmado no documento que é o preço à saída da refinaria e o IVA que mais pesaram na formação do custo final. "As actividades retalhista, armazenagem e de transporte não representaram mais de 10,7% na formação do preço da gasolina".

Seguindo o exemplo dado para o gasóleo, é referido que do quarto trimestre de 2008 para o primeiro de 2009 o preço médio à saída da refinaria desceu 11,3 cêntimos por litro. O IVA acompanhou esta descidas, tendo caído 2,9 cêntimos/litro. "O ISP manteve-se constante nos 36,4 cêntimos/litro e as actividades de armazenagem e transporte mantiveram-se estáveis em redor dos 2 a 2,3 cêntimos por litro".

Além disso, acrescenta o relatório da AdC, "a margem bruta retalhista teve uma descida para 11,9 cêntimos por litro no primeiro trimestre de 2009", depois de ter subido nos últimos trimestres de 2008, chegando aos 14,9cêntimos por litro.

[MarcoAntonio]

E, voltando ao assunto anterior, aqui fica o gráfico que representa a diferença de preços (antes de impostos) praticados em Portugal e na Europa.

Como já referi, esta diferença deve ser vista em centimos (ou euros, que vai dar ao mesmo) e não em % como se encontra no página anterior, um exercício equivoco e totalmente despropositado.


Pode-se constatar no estudo da AdC que os combustíveis ao longo destes anos afastaram-se ligeiramente da média europeia, algo que já tinha referido e mostrado há muitas páginas atrás neste tópico. Actualmente essa diferença é da ordem de grandeza dos 2~3 centimos (precisamente da ordem dos valores que já aqui se falou) embora continue sempre a variar e por vezes seja maior ou menor...

[MarcoAntonio]

Está disponível o estudo da AdC relativo ao primeiro trimestre de 2009. Como existem algumas diferenças entre os valores que obtenho aqui e os publicados pela AdC (que tem acesso a muito mais informação do que eu) deixo aqui um breve comparativo...


--------------------------------------------------

Em relação aos preços médios internacionais e nacionais (refinaria):


Primeiro Trimestre 2008
Gasolina 0.422 / 0.417 / 0.430
Gasoleo ***** / 0.487 / 0.505


Quarto Trimestre de 2008
Gasolina 0.262 / 0.264 / 0.305
Gasoleo 0.384 / 0.377 / 0.425


Primeiro Trimestre 2009
Gasolina 0.236 / 0.229 / 0.232
Gasoleo 0.279 / 0.270 / 0.286


Primeira coluna = Média trimestral obtida pela AdC para os preços ARA
Segunda coluna = Média trimestral obtida por mim para os preços ARA
Terceira coluna = Média trimestral à saída da Refinaria de Sines


Os dados da terceira coluna não são utilizados neste meu comparativo uma vez que não disponho deles, sendo apenas utilizados como referência os preços dos mercados internacionais, praticamente coincidentes com os obtidos pela AdC.


--------------------------------------------------


Preços de Venda a Público praticados em Portugal (antes de impostos)


Relativamente aos preços de venda e como já sublinhei por diversas vezes, os meus valores baseiam-se nos preços de referência e sigo apenas numa petrolífera. Os preços médios podem diferir, contudo verifica-se que o valor utilizado por mim em nada "beneficia" a(s) petrolífera(s) pois na verdade na maior parte dos casos os valores ou são praticamente coincidentes ou mais baixos até na AdC.


Primeiro Trimestre 2008
Gasolina 0.560 / 0.559
Gasoleo 0.635 / 0.635


Quarto Trimestre de 2008
Gasolina 0.447 / 0.446
Gasoleo 0.576 / 0.575


Primeiro Trimestre 2009
Gasolina 0.358 / 0.371
Gasoleo 0.430 / 0.436

Primeira Coluna = Valor médio antes de impostos obtido pela AdC
Primeira Coluna = Valor obtido por método de amostragem e relativo ao preço de referência*
(excepto no primeiro trimestre de 2008 onde utilizei dados DGEG)


--------------------------------------------------

A AdC calcula ainda margens médias não aplicando qualquer lag temporal na transposição dos preços (o que nos últimos dois trimestres inflacciona as margens no ultimo trimestre de 2008 e deflacciona no primeiro trimestre deste ano).

Outra diferença ainda diz respeito a armazenagem e transporte, onde a autoridade da concorrência desconta o respectivo valor (na ordem dos 2 centimos por litro) para aferir a margem bruta no sector retalhista.

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Por aqui se pode constatar que este comparativo que aqui realizo em nada "beneficia" as petrolíferas e é, descontadas as diferenças acima mencionadas, corroborado pelo relatório da AdC. O exercício que aqui faço é o melhor possivel perante os dados de que disponho pois não tenho acesso nem aos valores praticados pelas refinarias nacionais nem acesso imediato às médias nacionais.

Por outro lado, o meu comparativo é feito na hora e, quando possivel, com antecipação da variação esperada para a semana seguinte nos postos de abastecimento, uma vantagem adicional e a principal razão porque tenho utilizado o preço de referência.



Como conclusão final: a margem que aqui obtenho deverá ser vista como pecando por excesso em virtude dos pontos que já sublinhei.


Todos os valores em Euros por Litro

[MarcoAntonio]

Situação muito semelhante se verificou em relação ao preço do gasóleo. Em Junho de 2008, o preço do gasóleo sem impostos era em Portugal superior ao preço médio da União Europeia em 3%, mas em Junho de 2009 essa diferença percentual já tinha aumentado para 6,2%, ou seja, para mais do dobro.

Não seria mais adequado, realista e correcto colocar as diferenças em centimos (como por exemplo eu faço aqui no tópico) dado que nos dois períodos os combustíveis não estão ao mesmo valor, o que matematicamente faz diferença?

Eu até já só pergunto...



Para quem não percebeu (o que é natural pois isto de matemática elementar é muito complicado) 3% de 60 é o mesmo que 6% de 30 pelo que colocar diferenças em percentagem é uma boa forma de "enganar o freguês" (não o freguês da gasolina, mas o freguês de artigos como este).


Aqui vão os números verdadeiros e que realmente importam:

2008
Europa 0.783
Portugal 0.806 (+0.023)

2009
Europa 0.451
Portugal 0.479 (+0.028)


Resultado: a diferença aumentou meio centimo e em termos absolutos não aumento sequer 25% (e não para o dobro como se dá a entender).


Quanto à gasolina, aumentou de 1 para 3.4 centimos. Mas este aumento é ilusoriamente grande pois os valores variam de mês para mês e a diferença de Junho é anormalmente grande: por exemplo de Maio a Maio, as diferenças são de 1.4 para 2.4, tendo aumentado 1 centimo.


Portanto, é desta ordem de grandeza o aumento em relação à média europeia. São diferenças mínimas de um ano para o outro (e já se tinha falado disso aqui no tópico, mas com números "verdadeiros" e não com números "habilidosos").

[Elias]

É sempre bom lembrar que o Estado é parte interessada neste negócio: de cada vez que os combustíveis aumentam, sobe a receita do Estado por via do IVA adicional.

[limpaesgotos]

http://emalarme.blogspot.com/2009/08/pe ... -mais.html

Petrolíferas em Portugal aumentam mais os preços do que a média da UE27
– aumentos custarão mais 437 milhões de euros/ano aos portugueses

por Eugénio Rosa

RESUMO DESTE ESTUDO

O presidente da Partex, empresa da Gulbenkian, acusou a Autoridade da Concorrência (AdC) de ter trocado o papel de regulador pelo de grupo de estudos, e que a situação no sector dos combustíveis é actualmente pior do que existia quando o actual presidente, nomeado já por este governo, tomou posse. O presidente da AdC veio logo dizer que "A Autoridade da Concorrência não tem estado parada; e tem trabalhado como nenhuma autoridade da concorrência na União Europeia e mesmo na OCDE". No dia 10/08/2009, a GALP veio em socorro da AdC e, como era previsível, repudiou as declarações do presidente da Partex, dizendo mesmo que "o representante da Partex Oil & Gas revelou desconhecimento total sobre a formação do preço dos combustíveis" (JN, Economia, 11/08/2009) . Confrontemos o auto-elogio do presidente da AdC, que faz lembrar o que Sócrates fez a si próprio, e o repudio da GALP, com o que se verifica realmente a nível dos preços dos combustíveis em Portugal, utilizando para isso dados da Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia, portanto dados oficiais que estão disponíveis no "site" desta direcção.

Em Junho de 2008, o preço da gasolina 95 sem impostos, aquele que reverte integralmente para as empresas, era em Portugal superior ao preço médio da União Europeia em 1,5%, mas, em Junho de 2009, essa diferença percentual já tinha aumentado para 7,3%, ou seja, 4,9 vezes mais. Se analisarmos os países que em Junho de 2008 e Junho de 2009 tinham preços superiores aos praticados em Portugal constatamos o seguinte: em Junho de 2008, entre os 27 países da União Europeia, 8 países tinham preços superiores aos de Portugal mas, em Junho de 2009, esse numero tinha-se reduzido para apenas três (Dinamarca, Finlândia, e Itália), tendo os restantes 24 países preços inferiores aos praticados pelas petrolíferas em Portugal (Quadro I).

Situação muito semelhante se verificou em relação ao preço do gasóleo. Em Junho de 2008, o preço do gasóleo sem impostos era em Portugal superior ao preço médio da União Europeia em 3%, mas em Junho de 2009 essa diferença percentual já tinha aumentado para 6,2%, ou seja, para mais do dobro. Se analisarmos os países que em Junho de 2008 e Junho de 2009 tinham preços superiores aos praticados em Portugal constatamos o seguinte: em Junho de 2008, entre os 27 países da União Europeia, 7 países tinham preços superiores aos de Portugal, mas, em Junho de 2009, esse numero tinha-se reduzido para apenas três (Finlândia, Grécia e Itália), tendo os restantes 24 países preços inferiores aos praticados pelas petrolíferas em Portugal (Quadro II).

A venda em Portugal dos combustíveis a um preço superior ao preço médio da União Europeia, diferença essa que aumentou significativamente no período Jun2008/Jun2009, tem elevados custos para os consumidores portugueses e representa um lucro extraordinário para as petrolíferas. De acordo com estimativas que fizemos, utilizando dados de consumo e de preços divulgados pela Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia, conclui-se que isso custará aos consumidores portugueses, mantendo-se a diferença de preços que se verificava em Junho de 2009, mais 436,7 milhões de euros num ano apenas (Quadro III).

E como já tudo isso não fosse suficiente, o presidente da GALP já veio dizer que os preços dos combustíveis terão de aumentar ainda mais para que as petrolíferas possam repor as suas margens de refinação. E não perdeu tempo, pois nos últimos dias os preços dos combustíveis já subiram várias vezes. E isto numa altura em que a empresa tem em stock elevadas quantidades de petróleo adquirido a preços baixos. Entre o 1º semestre de 2008 e o 1º semestre de 2009, o preço do barril de petróleo desceu 52,7% em dólares, como consta do relatório da GALP referente aos resultados obtidos por esta empresa no 1º semestre de 2009 (pág. 6), enquanto que entre Junho de 2008 e Junho de 2009, em Portugal, o preço da gasolina 95 sem impostos, que reverte integralmente para as empresas, desceu apenas 28,5% e o preço do gasóleo, também sem impostos, diminuiu 42,4%. A impunidade e a facilidade como as petrolíferas anunciam novos aumentos de preços só é explicável devido à complacência da Autoridade da Concorrência e do governo.

E o presidente da Autoridade da Concorrência ainda vem dizer que "tem feito uma trabalho exaustivo sobre o sector dos combustíveis e que Autoridade da Concorrência não tem estado parada; e tem trabalhado como nenhuma outra autoridade da concorrência na União Europeia e mesmo na OCDE". Que os leitores tirem as suas próprias conclusões. Tudo isto também mostra o papel extremamente reduzido e passivo que têm as chamadas entidades de supervisão face ao poder crescente dos grandes grupos económicos.

Fonte: http_//resistir.info/e_rosa/petroliferas_11ago09.html

[MarcoAntonio]

Nota importante: durante a próxima semana, tudo aponta para já para nova subida (tradicionalmente dá-se na madrugada de terça para quarta-feira) e poderá ser maior do que o que se veio registando nas últimas semanas. Naturalmente dependerá do comportamento do petróleo/refinados até ao fim da semana mas a amostra até agora não é "animadora". Os combustiveis estão a subir consideravelmente nos mercados internacionais...

De acordo com o esperado, os combustíveis subiram esta semana (2 centimos cada e estão agora a 1.329 e 1.069). Não consigo precisar o dia em que ocorreu, mas na passada segunda-feira a gasolina estava a 1.319 pelo que terá ocorrido uma subida intermédia. Estes valores de referência são retirados do site dos preços dos combustíveis no site da DGEG e são os praticados na maior parte dos postos de abastecimento.


Esta semana o preço médio dos refinados continuou a subir mas menos, por isso é cedo para antecipar as alterações da próxima semana (de qq das formas não surpreenderia, com os dados que para já disponho, que ocorresse uma subida mas mais ligeira).



O gráfico anexo representa a evolução estimada da margem bruta, em euros por litro, entre o preço dos refinados nos mercados internacionais e o preço na bomba (antes de impostos).

[A. Ginja]

Concordo.

De facto, o entrevistado expõe determinadas ideias que carecem de informação como a carga fiscal e os critérios de investimento em postos de abastecimento por parte de cada distribuidor.

No entanto, há um momento na entrevista onde o senhor fala nas questões do LIFO e do FIFO e as implicações destas no preço praticado nas bombas, que me sugeriu alguma reflexão e que pareceram bastante pertinentes.

Durante a tarde, tive a oportunidade de assistir durante alguns minutos à "opinião pública" da SIC notícias, onde o tema era o preço dos combustíveis.

A verdade é que não consegui ver durante muito tempo. Custa um pouco dizer isto, mas a asneira era tanta, quer da parte do público, quer da parte do convidado que até fiquei preocupado com a percepção que as pessoas têm em relação à formação do preço dos combustíveis. Apenas um exemplo – O convidado no fim da sessão, sem mencionar a questão fiscal associada ao preço final, remata desta forma: "Não há qualquer justificação para haver uma discrepância de preços entre Espanha e Portugal."

Cumprimentos,[/b]

[MarcoAntonio]

Bem, já ouvi a entrevista toda e dividiria em 3 partes essencialmente:

1. Uma primeira parte interessante onde apresenta um panorama actual da produção, do consumo e até do mercado;

2. Uma segunda parte aborda os preços e onde não contribui para esclarecimento nenhum senão vejamos:

> Nem sequer falou da pertinentíssima questão da carga fiscal;

> Quando falou da questão da janela temporal, não esclareceu nada - apenas disse que haviam diferentes prazos - e até me parece que se equivocou em certo ponto e disse o oposto do que pretendia;

> Sintomático: nesta parte da entrevista esqueceu-se de referir o factor cambial que por acaso na primeira parte da entrevista tinha abordado e onde tinha esclarecido que amortizou a subida;

> Percebeu-se que era muito crítico da AdC, o que acabou por dominar esta fase da entrevista, não esclarecendo nada sobre o processo de formação do preço, um tema onde havia tanto para esclarecer (fez apenas uma primeira alusão vaga a "acusações demagógicas" mas mais nada);


3. Depois uma terceira parte onde fala da empresa (Partex), um pouco do meio e mais para o final das possibilidades (ou não) de Portugal explorar petróleo onde eu voltei a sentir que a entrevista era informativa.

[MarcoAntonio]

Mas sinceramente, a partir de cerca do minuto 20 começa a entrar em espiral e surpreendentemente começa a proferir coisas que não têm relação com a realidade...

Gostaria que ele apresentasse os dados que mostram que durante a subida os preços subiam "várias vezes até no próprio dia" e que a janela temporal desapareceu assim que se atingiu o topo (quer dizer, ele diz que "quando chega ao topo começa a descida" mas deve ter-se equivocado e pretendia dizer o oposto pois não faz lá grande sentido com o que está a dizer no resto do discurso durante esses minutos).



O primeiro pontapé na qualidade da entrevista surge quando refere que a gasolina desceu X% nas bombas quando o petróleo desceu Y% perdendo totalmente a oportunidade de continuar na toada de esclarecimento que vinha mantendo...

Nem uma referência aos impostos que são tão pertinentes neste ponto, para além de outros factores!

[MarcoAntonio]

A entrevista está em www.sic.pt

Estou a ouvir e estou a achar a entrevista muito interessante, deixo o link directo: http://sic.aeiou.pt/online/video/inform ... -silva.htm


Em relação à primeira parte, sobre a EIA, aproveito e deixo o link para este tópico onde se abordou o tema, nomeadamente sobre as declarações recentes de Fatih Birol onde eu deixei a minha opinião e leitura do que ele disse: http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... &start=400

[A. Ginja]

Alerto para uma entrevista dada ontem ao "negócios da semana" pelo presidente da partex - António Costa e Silva.

Apesar de não concordar com alguns conceitos expostos pelo mesmo, penso que apresenta uma série de ideias alternativas bastantes interessantes em relação à ideia principal desenvolvida neste tópico.

A entrevista está em www.sic.pt

Cumprimentos

[MarcoAntonio]

Mais uma semana, mais uma actualização. Hoje os preços de referência na GALP, de acordo com a pesquisa que fiz no site dos preços da DGEG, estarão nos 1.308 para a Gasolina 95 e 1.049 para o Gasóleo.

Estes acertos estão em linha com a evolução dos refinados de uma semana para a outra (gráfico anexo actualizado).



Nota importante: durante a próxima semana, tudo aponta para já para nova subida (tradicionalmente dá-se na madrugada de terça para quarta-feira) e poderá ser maior do que o que se veio registando nas últimas semanas. Naturalmente dependerá do comportamento do petróleo/refinados até ao fim da semana mas a amostra até agora não é "animadora". Os combustiveis estão a subir consideravelmente nos mercados internacionais...


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[Crómio]

Mas o contributo para a queda dos lucros pode vir de outro ponto da cadeia, as grandes petrolíferas estão presentes desde a extracção ao retalho. Na apresentação dos resultados penso que explicitam por norma o que contribui para o quê...

Em relação à extracção, aparentemente existem problemas financeiros, com dezenas de plataformas encostadas nas docas, com pessoal reduzido ao mínimo, diminuição do preço da mão de obra e casos caricatos de por exemplo médicos a servirem de ajudantes de electricista para manterem o lugar.

Os turnos também passaram de 4 para 5 semanas de forma a reduzir despesas de deslocação do pessoal.

Uma plataforma parada são centenas de milhares de UDS perdidos por dia.

Abraço

[MarcoAntonio]

Mas o contributo para a queda dos lucros pode vir de outro ponto da cadeia, as grandes petrolíferas estão presentes desde a extracção ao retalho. Na apresentação dos resultados penso que explicitam por norma o que contribui para o quê...

[Elias]

Marco,

Genericamente concordo com o que dizes, o que eu estranho é que uma pequena queda do consumo (6%) resulte em quebras tão acentuadas de lucros...

[MarcoAntonio]

Nós aqui temo-nos centrado na distribuição e retalho. Mas os lucros também dependem da extracção e refinação, portanto as empresas podem ter valores estáveis (ou até benéficos) na distribuição e retalho e contudo estarem a perder lucros noutra parte da cadeia.

Além disso, apesar das margens terem subido um pouco, também há a considerar a retracção do consumo (mais margem mas menos produto vendido, pertante a existência de custos fixos deixa-nos numa incógnita). Salvo erro a quebra do consumo tem sido sensível, na ordem de 6% ou coisa parecida (mas estou a dizer números de memória).

Só com base na estimativa das margens brutas na distribuição e retalho não nos é possível concluir grande coisa. É possível e até plausível que a queda do preço do petróleo resulte em lucros menores...

[Elias]

Aqui ficam algumas notícias de hoje sobre quebras de lucros nos combustíveis. Os motivos apontados (descida do preço do petróleo) não me convencem, porque conforme o Marco tem vindo a referir, as margens têm-se mantido estáveis e até aumentaram ligeiramente.

Marco, que comentário fazes a isto?

Lucros da Total caíram 46 por cento no segundo trimestre
31.07.2009 - 11h23
Por Lusa
O lucro da petrolífera francesa Total caiu 46 por cento no segundo trimestre deste ano, para cerca de 4,5 mil milhos de euros, face a igual período de 2008, devido à redução do preço dos combustíveis.

A redução das margens de refinação contribuiu também para a diminuição do lucro da terceira maior petrolífera da Europa, refere o grupo num comunicado.

Já as vendas caíram 33 por cento nos seis primeiros meses do ano, para 61,5 mil milhões de euros, quando comparada com idêntico período de 2008.

O resultado líquido obtido pela companhia no segundo trimestre caiu 54 por cento, para 2,17 mil milhões de euros.

Este resultado superou as previsões dos analistas que apontavam para um lucro de 1,66 mil milhões de euros, indicou o grupo francês.

Repsol perdeu 58 por cento com a queda do preço do barril
31.07.2009 - 09h06
Por João Ramos de Almeida

A companhia petrolífera Repsol teve, no primeiro semestre de 2009, um lucro líquido de 889 milhões de euros em Espanha, ou seja, 58 por cento menos do que o obtido no mesmo período de 2008, refere o jornal "El País".

A queda dos lucros foi atribuído pela petrolífera à descida dos preços internacionais do barril de petróleo e do gás, bem como à redução das margens de refinação, muito ligadas à evolução da procura, igualmente em baixa.

No primeiro semestre, a Repsol obteve um resultado de exploração de 1583 milhões de euros, o que representa um corte de 55 por cento, enquanto o resultado bruto de exploração (EBITDA) se situou em 2998 milhões de euros, ou seja, uma queda de 39 por cento face ao primeiro semestre de 2008.

A dívida financeira da companhia situa-se em 10405 milhões de euros, dos quais 6748 milhões são o efeito directo da consolidação da sua participada Gas Natural depois da compra da Unión Fenosa.

Petróleo e gás: Lucros da ENI caíram 76% no segundo trimestre

Roma, 31 Jul (Lusa) - Os lucros da ENI, accionista de referência da GALP, caíram 76 por cento no segundo trimestre do ano, devido à queda dos preços do gás e do petróleo.

Em comunicado hoje divulgado em Roma, a ENI refere que o seu benefício bruto no trimestre concluído a 30 de Junho foi de 832 milhões de euros (1,17 mil milhões de dólares), bem abaixo dos 3,44 mil milhões de euros do mesmo período do ano passado.

No primeiro semestre, o benefício bruto caiu 59 por cento, de 6,76 mil milhões de euros para 2,7 mil milhões de euros.

O CEO Paolo Scaroni justificou os resultados "no contexto da queda brusca dos preços e da procura" dos produtos.

A companhia de petróleo e gás italiana ENI participa na estrutura accionista da GALP com 33,64 por cento.

CM

Lusa/fim

[Crómio]

Repsol, Cepsa e BP multadas por fixação indirecta de preços

A Comissão Nacional de Concorrência multou a Repsol, Cepsa e a BP em 7,9 milhões de euros por fixação indirecta de preços de venda ao público nas suas estações de serviço, refere o site do jornal "El País".



A Repsol, Cepsa e a BP foram multadas pela Comissão Nacional de Concorrência em 7,9 milhões de euros. Em causa está a fixação indirecta de preços de venda ao público nas estações de serviço.

Segundo o "El País", a autoridade explicou que a multa será de cinco milhões para a Repsol, de 1,8 milhões de Cepsa e de 1,1 milhões de BP. Os preços máximos e os recomendados comunicados pelo operador tornaram-se fixos devido às referidas práticas que têm vindo a ser levadas a cabo pelas petrolíferas, situação que não permite ao revendedor definir ele próprio o preço de venda ao público.

O regulador referiu que a "fixação indirecta" do preço de venda ao público, que permite controlar os preços nas estações com as suas marcas, visa evitar a concorrência entre postos de combustíveis da mesma rede.

Pena que nao seja explicitamente referenciado que este caso nao foi em Portugal...

[MarcoAntonio]

Aqui fica o gráfico já corrigido...

A conclusão passa a ser que a retracção da margens foi mínimo, estando portanto ainda assim acima da média dos ultimos 6 meses.

[MarcoAntonio]

Ou a notícia contém incorrecção ou a GALP voltou a aumentar um centimo.

Pelo pesquisa que estive a fazer no site da DGEG do preço dos combustíveis, sou levado a concluir que o preço de referência é de 1.289 para a gasolina e 1.039 para o gasóleo (nota: vou actualizar o gráfico tendo em conta estes valores).

Neste momento não posso dizer se é erro da notícia ou se no decorrer da semana ocorreram duas subidas (o que é pouco habitual).

[MarcoAntonio]

Já agora, já deves estar consciente disso mas o preço realmente directamente comparável é o dos 0.949 vs 1.009 dado que o segundo desconto não é para todos os clientes e o preço de 1.009 também está sujeito a promoções da mesma ordem de grandeza (não a quem é sócio do Benfica mas a quem faz compras no Modelo/Continente; o mesmo se passa na BP, que pratica preços semelhantes, com parceria com o LIDL).

Isto apenas para estabelecer que os 7~8 centimos não são directamente comparáveis com os 17~18 centimos pois o mesmo tipo de condições não estão a ser estabelecidas de ambos os lados para aferir o valor, quando tal até é possível.

Não sei ainda se a Repsol dispõe de cartão de fidelização mas nos casos da GALP e BP ainda existe um descontinho adicional via cartão (muito embora seja coisa de pequena grandeza, talvez 1 ou 2 centimos por litro, tenho a vaga ideia de é quanto acaba por representar).

[pasil74]

Galp, Repsol e Cepsa sobem preços dos combustíveis
Rita Paz
28/07/09 13:20


Os preços dos combustíveis ficaram hoje mais caros nos postos da Galp e Repsol, apurou o Económico. A Cepsa sobe os preços amanhã.

Pela primeira vez em cinco semanas, a Galp subiu o preço do litro da gasolina em um cêntimo e o do gasóleo em dois cêntimos, disse ao Económico fonte da empresa. Nos postos da petrolífera nacional, a gasolina passou a valer 1,279 euros enquanto que o 'diesel' passou a a custar 1,029 euros.

No mesmo sentido, a Repsol subiu o preço do litro da gasolina em um cêntimo para 1,283 euros. O gasóleo, por sua vez, ficou mais caro em dois cêntimos passando a valer 1,034 euros.

Nos postos da Cepsa os preços dos combustíveis vão sofrer alterações a partir de amanhã. A gasolina vai subir 1,3 cêntimos para 1,282 euros e o gasóleo vai aumentar em 2,1 cêntimos para 1,029 euros, disse ao Económico fonte da empresa.

Já na BP, os preços não sofreram alterações. Nos postos da petrolífera britânica, um litro de gasolina custa 1,279 euros enquanto que o litro do gasóleo vale 1,019 euros.

Entre os 27 membros da União Europeia, Portugal ocupa o quinto lugar no 'ranking' europeu dos países com gasolina mais cara, segundo os últimos dados divulgados por Bruxelas. No que diz respeito ao gasóleo, a média nacional posiciona o país na nona posição da tabela entre os estados membros com o 'diesel' mais caro.

Em Portugal o preço médio do litro da gasolina custa 1,257 euros, enquanto que o gasóleo vale 1,003 euros, segundo os dados da Comissão Europeia.

economico.pt

Boas

Eu pergunto se esse preço é o preço oficial da galp, pois aqui em vila Real todos os postos da galp estaõ a 1,049€ o litro, o preço mais baixo nestes ultimos tempos foi de 1,019 antes deste aumento.

Como é que é possivel, ainda ontem meti e foi a 1,049€.

[mais_um]

Esta margem bruta não cobre nenhum custo entre o custo do combustível refinado e a colocação dele no depósito do cliente final.

Por exemplo, no caso dos 0.949 euros por litro que na altura comparavam com os 1.009 euros por litro que estavam contabilizados no gráfico, iam 6 centimos de diferença. Acrescentando o outro desconto de 6 centimos perfaz 12 centimos, iva incluído. Ou seja, terias de abater 10 centimos antes de IVA.

Como no caso do gasóleo o valor da margem bruta tem andado pelos 17~18 centimos, ainda sobrariam 7~8 centimos.

Para que a petrolífera em que abasteces não tenha prejuízo, terá de encaixar todos os custos nesses 7~8 centimos por litro.

Obrigado!