Outros sites Medialivre
Caldeirão da Bolsa

Piada do dia ...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Atentado é isto

por Visitante » 7/7/2003 11:47

e reparem bem no discurso político e em todo o conteúdo da notícia.
:twisted:

...cinquenta mil euros é a quantia necessária para adquirir uma “suite”, no novo Lar/Hotel da Santa Casa da Misericórdia que funciona, agora, no espaço do antigo Hospital Distrital, depois de uma recuperação que envolveu um investimento de cerca de três milhões de euros. Na sequência de um grande investimento que obrigou a Santa Casa da Misericórdia a recorrer à banca, através do empréstimo de um milhão de euros, foi, finalmente, inaugurado, no dia 27, o Lar/Hotel, um espaço que pretende dar mais qualidade de vida à população idosa.

Composto por onze quartos individuais, nove quartos duplos e cinco “suites”, o Lar/Hotel, com uma capacidade total para 40 pessoas, conta com um preçário que não encaixa nas medidas de grande parte da população, mas que corresponde a um espaço de luxo, com tratamento médico e de enfermagem, para além de todas as outras valências, alimentação e espaços de lazer.

No entanto, para além dos quartos disponibilizados pela Santa Casa da Misericórdia, o novo Lar/Hotel conta, ainda, com uma Unidade de Apoio Integrado que, financiado em cerca 500 mil euros pela Segurança Social, tem capacidade para receber 30 doentes que necessitem de cuidados pós internamento hospitalar.

Luís Coutinho, Provedor da Santa Casa da Misericórdia em Vila Real, referiu todo o empenho daquela instituição em levar adiante “esta grandiosa obra” que, orçada num total de cerca de três milhões de euros, pretende apoiar os mais idosos.

O Presidente da Câmara de Vila Real, Manuel Martins, esteve presente na cerimónia de inauguração, qualificando aquele dia como de grande alegria, por se tratar de um espaço destinado a um segmento da população em que, por vezes, existem grandes carências sociais”.

Acrescentou que “por vezes, as famílias têm tendência a esquecer-se dos mais velhos que vêem os seus últimos anos de vida serem passados na solidão e isso é algo que temos obrigação de combater”.

Maria José Campos Tinoco, Directora da Segurança Social em Vila Real, lembrou os números que apontam para o envelhecimento que a população portuguesa tem vindo a sofrer, ao longo dos últimos 40 anos.

A consequência dos baixos níveis de natalidade e o aumento do tempo médio de vida dos portugueses são os factores que, segundo aquela responsável, são causadoras desse envelhecimento da população, o que impõe novas atitudes, por partes das várias instituições.

“O envelhecimento é um fenómeno social de grande importância que deve moldar as políticas sociais”, revelou Maria José Campos Tinoco, esclarecendo que “é necessário encontrar respostas que valorizem a estadia das pessoas idosas, no seu ambiente familiar e no meio social”.

Encerrou a sessão o senhor Bispo que felicitou a Mesa da Santa Casa e quantos com ela colaboraram na execução daquela obra, sublinhando serem dois os princípios fundamentais da acção social da Igreja ali sentidos e postos em relevo, o chamado princípio da pessoa humana e o princípio da subsidiariedade. «Esta instituição é uma instituição da Igreja Católica e é necessário que se mantenha fiel à sua matriz em todos quantos a dirigem e dela façam parte como irmãos. Isto, porém, não impede que ela preste os seus serviços a todas as pessoas que a ela acorram sem exigências de outra natureza além das carências. É a pessoa humana que está em causa e ninguém estranhe que a Misericórdia tenha um Lar Hotel conjuntamente com outros de índole diferente. As Santas Casas sempre acompanharam a sociedade para a ajudar em todo o tipo de carências e, se hoje há vidas que carecem de anos, há também pessoas de muitos anos e haveres que carecem de vida familiar, e para isso existe este Lar. O outro princípio, o da subsidiariedade, lembra que o Estado deve respeitar e ajudar a viver na sociedade civil os corpos intermédios que nela existam próximos do cidadão e que tratam da missão educativa, social ou até desportiva das pessoas. Essas instituições ajudam a pessoa a crescer, mantêm a proximidade dos laços familiares da pessoa, acabando por fazer que a pessoa viva melhor a sua dimensão. Isto não retira ao Estado o direito de vigiar pela fidelidade de tais instituições aos compromissos assumidos para com ele».

Os preços de aquisição dos aposentos variam entre os 50, os 40 e os 30 mil euros, dependendo do facto de ser uma “suite”, um quarto individual ou um duplo, respectivamente. No entanto, terminada a utilização do espaço pelo utente, o mesmo retornará à Santa Casa da Misericórdia.

Apesar dos custos que envolvem a estadia no Lar/Hotel (que ainda envolve um pagamento mensal, para alimentação e outras despesas, de 750 euros por pessoa ou de 1.250 euros por casal), o Lar Hotel já tem várias pessoas interessadas em passar o resto dos seus dias, naquele espaço de luxo

:shock:
Visitante
 

e que tal...

por artista_ » 7/7/2003 11:19

Premear os FP com visitas à borla no CCB? ou idas ao Teatro?! Cinema?!
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

por Incognitus » 7/7/2003 11:16

Já agora, Turtle, o teu raciocínio falhou em pensares que algum sistema que não o de mercado, conseguirá introduzir as vantagens de um sistema de mercado no funcionalismo público, via "reconhecimento" e "avaliações". Já foram experimentados mil sistemas desses e todos falharam. E continuarão a falhar, por definição. Presentemente praticamente TODOS os funcionários públicos são avaliados como muito bons.

A única forma de fazer o funcionalismo público portar-se como funcionando num sistema de mercado, é mesmo substitui-lo por um sistema de mercado. Por exemplo, tanto a PT como a EDP funcionam mil vezes melhor agora que são quase totalmente privadas, do que quando eram inteiramente públicas. E isto ainda quase sem concorrência, à medida que a concorrência aumentar, ainda melhor funcionarão.
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

Função Pública

por Gito » 7/7/2003 11:13

Sou funcionário público, de um organismo público e potencialmente utente de todos os outros. Já fui bem e mal atendido em serviços públicos e em serviços privados pelo que julgo que a questão não se poem público versus privado.

Uma reforma da Função Pública é obviamente necessária, não vou comentar esta que se avizinha e cujos contornos não se encontram ainda defenidos, mas do que tenho retido de alguns artigos de opinião nos media e intervenções de elementos do governo parece-me que se está a dar particular enfoque aos funcionários públicos e não a toda a máquina da Administração Pública como julgo seria desejável.

A função pública não é só "os funcionários públicos", é também um conjunto de normativos e espartilhos legais, completamente anquilosados, que fazem com que um simples acto de gestão administrativa se torne num inferno de papelada.

Por isso "Reforma da Função Pública" sim, mas sob um perspectiva global e não transvestida de mera operação de equilíbrio orçamental.

Abraços
 
Mensagens: 165
Registado: 19/5/2003 22:47
Localização: 24

por Visitante » 7/7/2003 11:08

Ora o reconhecimento do valor de alguns funcionários, se sustentado em metodologias de avaliação devidamemnte fundamentadas, credíveis e aplicadas de forma transparente e verificável, permitirá aos bons funcionários não só uma mais rápida progressão dentro do sector público como despertar a atenção do sector privado.

E a partir do momento em que a competitividade passar a fazer parte do léxico do sector público muita coisa vai mudar: Quando os organismos se sentirem na necessidade de lutar pelos melhores quadros, e quando sentirem na pele o risco da sangria destes para os ector privado, quando as chefias forem avaliadas pelo desempenho das suas organizações, estou certo, estaremos perante uma saudável revolução na forma como os organismos públicoas desempenharão as suas missões.

Independentemente da existência ou não de consequências monetárias directas, venha pois um sistema de reconhecimento público do mérito dos funcionários. Se for sério, todos iremos ganhar com isso!

Um abraço
FT[/quote]

O sistema está viciado não há muito mais a fazer.
Essa de avaliar deve ser como a do livro de reclamações ou a de ser proibido fumar em recintos fechados :roll:
Venha mas é o meu subsídio de férias e o meu reembolso do IRS vais ver como passo a ser bem avaliado pelos meus colegas, com uns petiscos à maneira :lol:
Visitante
 

por Incognitus » 7/7/2003 11:07

Turtle, a única forma que existe de reformar o estado, é minimizar o Estado. Tudo o resto está destinado ao fracasso.

Quando a remunerar com reconhecimento, só pode ser uma piada.
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

Turtle...

por Surfer » 7/7/2003 10:52

Comungo e subescrevo 100% a tua opinião e julgo que nada mais à acrescentar!

Venha dai depressa essa reforma, para um melhor serviço e uma sociedade mais justa e uniforme!

Abraço!
Surfer
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 864
Registado: 5/11/2002 1:11

Re: mas os funcionarios

por Visitante » 7/7/2003 10:48

cmafonso Escreveu:publicos, alem de fazerem gato sapato do utente,ainda costumam receber dinheiro?


abraço.


Olha lá, o mal não está nos que servem o público, tipo repartições das finanças, notários, etc. esses se calhar são os que ganham relativamente "menos" comparado com forças militares que esses sim, não fazem um cú e "mamam" á grande, e quero menos polícias na rua e mais subchefes e dentro das esquadras, e os professores que passam muito tempo de férias e uma grande parte das vezes prestam um mau ensino aos alunos.
A função pública é responsável pelo actual estado do País, gente a mais, comem 20% do PIB e fogem aos impostos pois sabem como o fazer, mau exemplo.
Mas também não percebo esse péssimismo todo, eu até que sou um funcionário público exemplar mais a minha esposa, temos um rendimento anual de 42.000 euros, temos mais a ADSE que nos dá outro ordenado, muitas vezes apresento artª «?, e outras atestado médico (dôr de cabeça, noitadas :wink: )e ainda este mês comprei uns óculos de sol ( mas com receita médica e facturados como para ver ao longe)e ainda vou receber :lol:
Vamos ser optimistas o aumento de desemprego que se lixe (é um problema dos outros, não meu) e quero um aumento, redução para 20 horas semanais, pois estou a precisar de ir de férias cá dentro lá fora.
Não percebo o péssimismo todo que anda neste país não vejo razões.
Visitante
 

por Flying Turtle » 7/7/2003 10:34

Incognitus Escreveu:(...) hoje vivemos num num mundo de intangíveis, e que o reconhecimento é um dos intangíveis mais preciosos (...)


Não vou entrar aqui em apreciações sobre a questão dos funcionários públicos. Não que não tenha opinião, mas creio que esta seria outra daquelas discussões sem fim... :lol:

Desejo apenas comentar esta afirmação do Incognitus: Apesar de ter aqui sido colocada de forma jocosa, trata-se de uma grande verdade: Hoje muito do valor das empresas e das organizações corresponde à detenção de activos intangíveis, os quais não são, na sua generalidade, adequadamente expressados nas contas respectivas.

O reconhecimento de uma pessoa, interno e externo à organização, é de facto um valor importante: Há sem dúvida alguma muitos bons funcionários públicos que, actualmente, ficam esmagados pela bitola média da ideia generalizada que existe sobre o funcionalismo público, as suas baixas eficiência e produtividade e, consequentemente, o seu baixo valor acrescentado.

Ora o reconhecimento do valor de alguns funcionários, se sustentado em metodologias de avaliação devidamemnte fundamentadas, credíveis e aplicadas de forma transparente e verificável, permitirá aos bons funcionários não só uma mais rápida progressão dentro do sector público como despertar a atenção do sector privado.

E a partir do momento em que a competitividade passar a fazer parte do léxico do sector público muita coisa vai mudar: Quando os organismos se sentirem na necessidade de lutar pelos melhores quadros, e quando sentirem na pele o risco da sangria destes para os ector privado, quando as chefias forem avaliadas pelo desempenho das suas organizações, estou certo, estaremos perante uma saudável revolução na forma como os organismos públicoas desempenharão as suas missões.

Independentemente da existência ou não de consequências monetárias directas, venha pois um sistema de reconhecimento público do mérito dos funcionários. Se for sério, todos iremos ganhar com isso!

Um abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 3240
Registado: 25/10/2002 17:26
Localização: Oeiras/Lisboa

por Incognitus » 7/7/2003 10:21

Mas que materialistas que vocês me sairam. Então não sabem que hoje vivemos num num mundo de intangíveis, e que o reconhecimento é um dos intangíveis mais preciosos. É preciso ver esta atitude como um aumento significativo da remuneração. É razão para ficar duplamente satisfeito. Não, triplamente.
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27

mas os funcionarios

por cmafonso » 7/7/2003 10:19

publicos, alem de fazerem gato sapato do utente,ainda costumam receber dinheiro?


abraço.
 
Mensagens: 544
Registado: 6/12/2002 0:05

Pois é...

por artista_ » 7/7/2003 10:10

Eu também ouvi dizer que os 100 melhores funcionários públicos vão ter direito a ver os jogos do Euro 2004 à borla...

Segundo um estudo isso pode representar mais que um subsídio de férias. Este estudo afirma ainda que caso estes funcionário decidam rentabilizar os referidos bilhetes poderão vendê-los por um preço 50% superior e neste caso a benece representa já algo aproximado a dois salários mensais.

Tenho ainda informações seguras de que estão a ser estudadas outras formas de compensação que farão com que os funcionários públicos aumentem significativamente a sua produtividade... parece que o próprio "Caldeirão" irá participar nisto (oops se calhar não devia dizer isto, as negociações ainda estão em curso)...

Eu amanhã vou tentar arranjar um lugar na funcão pública nem que só ganhe o ordenado mínimo nacional!!!!

:) :) :) :)
Avatar do Utilizador
 
Mensagens: 17491
Registado: 17/3/2003 22:51
Localização: Almada

Re: Piada do dia ...

por Visitante » 7/7/2003 9:52

Incognitus Escreveu:"Função pública terá prémios sem dinheiro"

O aumento da produtividade e o bom desempenho dos funcionários públicos serão premiados com o reconhecimento por parte dos dirigentes e dos cidadãos e não com incentivos pecuniários, noticiou hoje o «Diário Económico», citando Suzana Toscano, secretária de Estado da Administração Pública.

Mas é lógico!
Depois o funcionário público, vai ao supermercado e na hora de pagar, em vez de abrir a carteira, para "sacar" dinheiro ou um qualquer cartão de crédito ou débito, mete a mão à mala ou bolso interior do casaco e mostra a sua classificação de serviço, onde, no caso de muito bom, terá na margem direita, um espaço, onde os "caixas" dos vários supermercados, vão fazendo os abatimentos, com a devida rubrica, em cima de uma estampilha.
Ouvi dizer, que um muito bom, com 9,9, representa em algumas cadeias de hipermercados, qualquer coisa, como € 5.000, por mês!
Porque a realidade é que a administração de uma qualquer cadeia de supermercados ou hipers, ganha muito prestigio, com funcionários públicos, como clientes e com a classificação de muito bom :P :P :P
Como o refrão de uma qualquer música da Daniela Mercury: Rio, Rio, Rio, Rio prá não chórar ...[/b]
Visitante
 

Piada do dia ...

por Incognitus » 7/7/2003 9:24

"Função pública terá prémios sem dinheiro"

O aumento da produtividade e o bom desempenho dos funcionários públicos serão premiados com o reconhecimento por parte dos dirigentes e dos cidadãos e não com incentivos pecuniários, noticiou hoje o «Diário Económico», citando Suzana Toscano, secretária de Estado da Administração Pública.
 
Mensagens: 3255
Registado: 6/11/2002 19:27


Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Apramg, Bing [Bot], Google [Bot], iniciado1, MiamiBlue, Opcard33 e 156 visitantes