Caldeirão da Bolsa

Tudo O Que Quer Saber Sobre BPP...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por naohapato » 16/4/2009 12:42

Está visto que se o banco não tem o dinheiro, e se o estado não o mete mais só há realmente duas soluções: uma solução faseada deste tipo ou a falência do banco.

A não ser que se espere que o banco de repente faça milagre e mágicamente faça aparecer os 600M€ necessários.

Mas suponho que é mais facil queixar de quem dá a cara a tentar arranjar uma solução que não a falência , e não de quem deixou isto chegar a este ponto...
 
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por keromais » 16/4/2009 10:48

"ladrões autorizados"

tudo é possível em Portugal
 
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por Pata-Hari » 15/4/2009 21:13

Porreiro...

Adão da Fonseca garante dinheiro dos clientes ao final de 10 anos


15/04/2009


O presidente do conselho de administração do BPP propôs aos clientes uma "cláusula de melhor fortuna", que assegura a devolução do dinheiro no prazo máximo de 10 anos, segundo uma carta a que Lusa teve acesso.

Adão da Fonseca apresenta em 53 parágrafos as soluções apresentadas pela administração do Banco Privado Português - BPP para que os clientes do banco recuperem os seus investimentos, e o destaque passa pela proposta de inclusão de uma "cláusula de melhor fortuna".



Esta cláusula significa que o banco garante o capital dos clientes, mesmo que o desempenho do fundo - com maturidade proposta de 10 anos - seja negativo.

Contactada pela agência Lusa, a administração do BPP "confirma a emissão e expedição da carta aos clientes que faz o ponto de situação e avança com a solução que lhe parece ser a melhor para os clientes", isto é, a sua adesão ao fundo a constituir com a inclusão da cláusula de melhor fortuna.

A carta foi enviada por correio na segunda-feira à noite e hoje começou a chegar às mãos dos clientes. Segundo apurou a Lusa, o conteúdo da mesma é do conhecimento dos supervisores (Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários).



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Constâncio autoriza BPP a congelar depósitos até Junho

por Pata-Hari » 8/4/2009 8:09

Banca
Constâncio autoriza BPP a congelar depósitos até Junho
Sandra Almeida Simões
08/04/09 00:05

O Banco de Portugal vai prolongar o prazo de intervenção no Banco Privado, que terminava a 14 de Abril.

Quatro dias depois do Banco de Portugal (BdP) receber da administração do Banco Privado Português (BPP) as conclusões sobre medidas que integram o plano de recuperação e saneamento da instituição, Vítor Constâncio já tomou uma decisão. O supervisor vai mais uma vez prolongar o prazo de dispensa do cumprimento pontual de obrigações para com os clientes, que terminava já no próximo dia 14 de Abril.
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por Pata-Hari » 30/3/2009 8:33

CMVM oferece esclarecimentos a clientes do BPP


30/03/2009


A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) disponibiliza, a partir de hoje, aos clientes do Banco Privado Português (BPP), equipas de técnicos especializados para esclarecer as dúvidas que possam ter na sua relação futura com o banco (reclamações, queixas, pormenores sobre o mega-fundo).

Esses esclarecimentos podem ser obtidos através do telefone, de correio electrónico ou presencialmente, na sede da entidade reguladora.
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por Açor3 » 27/3/2009 8:24

Juiz diz que depósito reclamado por cliente do BPP "tinha risco"
É o terceiro pedido de arresto de bens do Banco Privado Português (BPP) que fica sem efeito devido a uma decisão judicial. A novidade é que, no mais recente caso - concluído na passada quarta-feira -, o juiz decidiu o indeferimento do pedido de providência cautelar porque a "requerente não é titular do direito que se arroga".

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Pedro Ferreira Esteves
pesteves@negocios.pt


É o terceiro pedido de arresto de bens do Banco Privado Português (BPP) que fica sem efeito devido a uma decisão judicial. A novidade é que, no mais recente caso - concluído na passada quarta-feira -, o juiz decidiu o indeferimento do pedido de providência cautelar porque a "requerente não é titular do direito que se arroga".

Isto é, a cliente argumenta que pensava que estava a constituir um depósito sem risco. Mas, na sentença a que o Negócios teve acesso, o juiz considera que, pelo contrário, ela "optou por este produto financeiro com vista a obter uma remuneração superior àquela que os depósitos a prazo lhe podiam dar. E ao fazê-lo correu um risco".

Embora existam diferentes casos entre os clientes do Privado que reclamam que lhes foram vendidos produtos financeiros sob a capa de depósito, esta interpretação do Tribunal Cível de Lisboa constitui a primeira avaliação autónoma sobre o caso que tem dividido os clientes e a gestão do banco no que diz respeito, especificamente, aos produtos de retorno absoluto.

Referindo-se à pretensão da cliente de subscrever apenas um depósito a prazo, "dizendo que sempre terá sido esta a sua intenção e que este facto lhe foi confirmado pela sua gestora de conta", o tribunal sublinha que nas Condições Especiais de Gestão de Carteira "nunca se fala em 'depósito' ou 'depositante', mas em 'investimento', 'investidor', 'retorno', 'carteira', 'tentar obter rentabilidade acima da Euribor'".

E vai mais longe: "não se percebe como pode a requerente dizer que pensava que estava a adquirir um produto sem qualquer risco quando [nas condições do produto] se refere '(...) as rentabilidades obtidas no passado não constituem garantia de obtenção de rentabilidades no futuro'".


JN
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por Pata-Hari » 26/3/2009 20:52

Tribunal rejeita acção de cliente
BPP: Providência cautelar rejeitada
Os tribunais cíveis de Lisboa rejeitaram esta quinta-feira mais uma providência cautelar interposta por um cliente do Banco Privado Português (BPP), que pedia o aprovisionamento de 505 mil euros e pretendia impedir o banco de utilizar o empréstimo de 450 milhões avalizado pelo Estado.


A cliente investiu a 26 de Fevereiro do ano passado 505 mil euros na aplicação Short Term, correspondente a uma estratégia de Retorno Absoluto de Capital, do BPP alegando ter sido levada a crer que se tratava de um simples depósito a prazo cuja maturidade vencia a 27 de Fevereiro de 2009.

A decisão da 4ª vara dos tribunais cíveis e Lisboa refere que a providência foi considerada 'improcedente', dado que 'resulta claramente' de uma acção em que a cliente 'optou por este produto financeiro com vista a obter uma remuneração superior àquela que os depósitos a prazo lhe podiam dar'.

O juiz dos Tribunais Cíveis consideraram ainda que o contrato assinado entre as duas partes refere no item 'Outras Condições', que a carteira de activos poderá sofrer a desvalorizações face a variações anormais imprevisíveis nos mercados em que sejam negociados os valores mobiliários.
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por Bzidroglio » 25/3/2009 22:27

Pata-Hari Escreveu:Não é exactamente verdade. Nos depósitos, tens o fundo do BP. Em tudo o que forem fundos autónomos, os clientes ficam com as participações dos mesmos (e o que se está a tentar fazer é isso mesmo, separar as aplicações que não eram DPs em fundos autónomos e proteger desse modo os clientes). Em tudo o que forem activos directos (acções e obrigações), o banco é depositário e tu vais simplesmente lá buscar os mesmos.


Sim, assim está bem explicadinho :wink:

Pena que todos os clientes BPP não se chamassem Manuel Fino :mrgreen:
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por Pata-Hari » 25/3/2009 22:09

Não é exactamente verdade. Nos depósitos, tens o fundo do BP. Em tudo o que forem fundos autónomos, os clientes ficam com as participações dos mesmos (e o que se está a tentar fazer é isso mesmo, separar as aplicações que não eram DPs em fundos autónomos e proteger desse modo os clientes). Em tudo o que forem activos directos (acções e obrigações), o banco é depositário e tu vais simplesmente lá buscar os mesmos.
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por Bzidroglio » 25/3/2009 21:58

Fala-se muito em Depósitos a Prazo como se fossem aplicações garantidas.
No entanto, salvo melhor opinião, a única garantia e por via da legislação eram 25.000 euros, depois aumentado para 100.000 euros.
Por isso, em caso de insolvência do BPP (ou de outro banco qualquer) , sejam Depósitos a Prazo, sejam outros produtos financeiros a única garantia são os valores acima indicados.
O que se passa é que os portugueses entendiam que Depósitos a Prazo eram produtos absolutamente garantidos e só corriam risco se aplicassem noutros activos.
Quando os profissionais do sector avisavam os clientes taxistas para terem cuidado, invariavelmente a resposta era dada com desdém e com gozo. Pode ser que (infelizmente) a crise tenha dado para clarificar algo...
Editado pela última vez por Bzidroglio em 25/3/2009 22:17, num total de 2 vezes.
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por Pata-Hari » 25/3/2009 21:22

Banco Privado Português
Fundo com activos dos clientes do BPP definido até final na próxima semana
25.03.2009 - 19h49 Cristina Ferreira
O Fundo com os activos dos clientes do Banco Privado Português (BPP) que subscreveram produtos de retorno absoluto deverá estar definido até final da próxima semana.

A informação foi dada ao PÚBLICO por Jaime Antunes, e que está à frente da Privado Cliente, associação com mais de 300 filiados e que foi criada para defender os interesses dos clientes do BPP, e que tem mantido reuniões com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários que está a liderar este projecto. O supervisor bolsista está neste momento à espera da avaliação final da situação dos clientes que aplicaram o seu dinheiro em produtos de capital garantido, e que no conjunto terão investido cerca de 1,2 mil milhões de euros (verba que se encontra fora do balanço do BPP). O BPP recebia o dinheiro dos clientes e canalizava-o para veículos off-shores, nas Ilhas Britânicas, que pertenciam ao banco. Apesar do património ser dos clientes, só o BPP pode movimentar as contas off-shore.

O objectivo da CMVM é criar um fundo juridicamente autónomo do BPP, para onde são transferidos os activos dos clientes que no passado subscreveram os produtos de capital garantido, bem como as responsabilidades associadas. O fundo será gerido por uma instituição credibilizada pela CMVM e vai permitir que o BPP deixe de ter qualquer intervenção na gestão deste património. A concretização do fundo está dependente do acordo dos clientes, do BPP e da CMVM. O PÚBLICO apurou ainda que o BPP vai começar nos próximos dias a escrever cartas aos clientes prestando a informação necessária sobre este assunto.


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por naohapato » 22/3/2009 19:08

Perante a situação acho que o importante é claramente meter as perguntas que tens, (afinal, é preciso clarificar bem como vai funcionar..) Mas que eu saiba ninguem (excepto os clientes) fala no megafundo como algo fechado, mas sim como algo que está a ser debatido (com os clientes, com associações de clientes, com a CMVM, com a BdP)

Agora, bater o pé e dizer que é tudo ou nada na minha opinião é pedir algo que não é possível, nem com toda a boa vontade(e tu não estás a dizer isso, mas há muitos clientes RA a dizer que querem manter a garantia a todo o custo, e que não a tendo rejeitam todas as soluções..)

O banco está a dizer claramente que se mantiverem a garantia o banco vai à falência, mas que se não a houver há uma solução, que apesar de não ser óptima, é melhor que a falência... (e quem está a fazer isto, não ganha nada com isso, pois podiam simplesmente limpar as mãos, dizer que não há solução, deixar o banco ir à falência, e voltarem todos para os empregos anteriores, mas ninguem se lembra, nem vai lembrar disso..)

Uma empresa ir à falência é algo que acontece, não é ilegal, e existem procedimentos para isso. Os credores ficam a perder? Claro, chama-se risco de negócio...

Agora dizes, e bem, que nunca quiseste esse risco? Claro, percebo, foram claramente defraudados, roubados, assaltados, enganados...

Se te deram algo que não pediste (um investimento inves dum deposito), então isso é fraude, e para isso há os tribunais... Não vemos o estado a pagar os valores roubados quando uma casa é asaltada, mas aqui também há quem fique espantado pelo estado, e como diz o o Tojo, os contribuintes, não querer pagar a factura dum roubo...

Já o fez no BPN (e está muito bem a ser altamente criticado por o ter feito sem saber no que se metia, e vai ser durante muito mais tempo certamente), agora é escusado ir fazendo o mesmo erro sempre apenas porque errou uma vez!

(Desulpa se não é o ideal e se tu, tal como muitos na tua situação, estão a sofrer com isso, tenho sinceramente imensa pena, e sei que isso não conforta nada...)
 
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por Tojo » 22/3/2009 17:32

Tal como a Pata diz, todos os clientes assinaram um documento. Se não o leram o problema não é dos contribuintes. Não tenho duvidas que existiam pessoas que foram literalmente enganadas, outras sabiam que não eram DP mas sim produtos com capital garantido...e daí fiaram-se na virgem(coitados), pq tal como a mim, não me passava pela cabeça que um banco dos "ricos" falisse.

É lamentável tudo isto mas o contribuinte não tem que pagar por isso. O que me assusta é o BPN. Eram 800 milhões, já está em 2,4 mul milhões e a tvi noticiou 6ª f que pode chegar aos 6 mil milhões!!!!!!!!

Ninguem diz nada??
 
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por Pata-Hari » 22/3/2009 8:42

Unitel, se te puserem à frente um contrato que diz que a aplicação são obrigações high yield, acções preferenciais, etc; Se o teu extracto diz XPTO e não DP; Se o aviso de lançamento não diz DP; Que aplicação achas que tens?

Se o que disseste fosse exacto, terias um caso de fraude e, se calhar, o BP teria mesmo que intervir porque teria tido a obrigação de fazer a supervisão (na minha opinião, foi por essa razão que o BPN foi nacionalizado). Se o que eu sugiro, for correcto, o risco que o cliente assumiu foi o risco instituição que, neste caso, correu mal.

No meu entendimento do que foi explicado que será o tal fundo, passarás a ser dono de unidades de participação de um fundo de obrigações que corresponde (pelo menos parcialmente) ao que já tinhas como aplicação mas que será muito mais transparente. Ignoro se parte dessas aplicações já terá desaparecido por natureza ou necessidade da propria instituição (mas prefiro pensar que tem apenas as aplicações desvalorizadas).
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por Unitel » 22/3/2009 2:50

naohapato,

as coisas no BPP não são assim tão simples...
Eu sou um dos clientes de Retorno Absoluto do BPP e pessoalmente estou de acordo com o fundo, desde que se saiba os moldes em que o mesmo será constituido... veja bem:
- Até ao momento não sei que obrigações possuo (de lembrar que teóricamente tinhamos o dinheiro em Deposito a Prazo).
- Quais são os prazos destas obrigações ??
- Quem nos garante que aquando da constituição do fundo, não nos metem todas as Obrigações em risco de entrar em "default" e guardam as melhores para eles proprios.
- O prazo do meu "Deposito" venceu entretanto, sendo assim, passei a ter um Deposito a Ordem ou ainda tenho Obrigações ???
como vê, apesar de se falar tanto no Mega Fundo, ainda ninguem nos explicou como isso se procederá.

Gostaria tambem de deixar aqui uma questão sobre a qual os participantes do "Caldeirão de Bolsa" possam refletir:
Se o seu gestor de conta lhe disser que afinal o seu Depósito a Prazo era uma maneira do banco financiar o trafico de droga na Colombia e apesar do Ministro das finaças, CMVM, BdP admitirem que voce foi enganado e não tinha conhecimento disso, persistirem em acusar-lo de traficante... como ficaria você ???? se calhar da mesma maneira que os clientes do BPP se sentem...

Cumprimentos
 
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por Açor3 » 21/3/2009 8:51

BPP: Associação Privado Clientes considera «ideia boa» a proposta de megafundo
Porto, 21 Mar (Lusa) - O porta-voz da Associação Privado Clientes, que afirma representar cerca de 350 clientes do Banco Privado Português (BPP), considerou na noite de sexta-feira como "ideia boa" a criação de um megafundo para salvaguardar os interesses dos clientes.
Lusa
3:00 Sábado, 21 de Mar de 2009

Porto, 21 Mar (Lusa) - O porta-voz da Associação Privado Clientes, que afirma representar cerca de 350 clientes do Banco Privado Português (BPP), considerou na noite de sexta-feira como "ideia boa" a criação de um megafundo para salvaguardar os interesses dos clientes.

Jaime Antunes, falando na Exponor numa reunião de cerca de 150 clientes do BPP, disse que o megafundo "pode acautelar os interesses daqueles que investiram em produtos de capital garantido".

Antunes advertiu, no entanto, que a Associação de que é porta-voz "só dará uma opinião final sobre a constituição desse fundo quando conhecer os seus estatutos e a forma como os direitos dos clientes serão salvaguardados".

Avançada pelo BPP, a solução do chamado megafundo implica que este seja gerido por uma entidade externa ao banco, designada pelos clientes, mas o banco não adiantou mais pormenores quanto à sua constituição.

Sabe-se apenas que ao aceitarem este fundo os clientes perderão os direitos que têm quando subscreveram os produtos, nomeadamente, as garantias de capital e de remuneração assumidas pelo BPP.

Jaime Antunes lembrou que muitos clientes do BPP "se convenceram que estavam a fazer depósitos a prazo como em qualquer outro banco" e salientou a diferença de tratamento destes clientes e os do BPN, por exemplo, por parte das autoridades.

"Noutros casos, como o do BPN, as entidades públicas actuaram de imediato", disse Antunes. "Não sei o que têm os clientes do BPP de diferente."

O porta-voz conjecturou, a este propósito, que este tratamento diferenciado pode ficar a dever-se ao facto de o BPP ser "encarado como o banco dos ricos".

Referindo-se à gestão do BPP, Jaime Antunes considerou que "é inaceitável que os gestores anteriores continuem a receber ordenados principescos como se nada se tivesse passado".

Antunes recordou que "esses ordenados são pagos á custa de comissões cobradas sobre o património dos clientes".

AYM/OM.

Lusa/fim
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por Flying Turtle » 20/3/2009 20:44

... e já agora, caro economy, o pessoal agradece se não escreveres em maiúsculas.

FT
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por Pata-Hari » 20/3/2009 16:17

Isso é absolutamente correcto. Estou totalmente de acordo.
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por naohapato » 20/3/2009 16:12

Não consigo perceber estes clientes. A coisa não é bastante clara? Por muito que os accionistas tenham a ganhar o banco não ir ao fundo, a não falência do banco é acima de tudo do intresse dos clientes!

Está claro como a água que se o banco tiver que manter a garantia (hoje ou no futuro), regras básicas de contablidade implicam que este tenha que declarar essas perdas agora, mesmo se elas não resultarem daqui a vários anos! Se o banco tiver que declrar estas perdas ele vai à falência (pois quem é que vai lá meter os 600 M€? o estado já disse que não!).

Se o banco vai à falência os clientes ficam com próximo de nada!

A unica solução é de algum modo sair da esfera do banco as obrigações compradas com dinheiro dos clientes!

Independente destas sairem ou não, o banco não consegue manter as garantias... Não é querer, é não ser possível...

É uma escolha simples. Ou há um processo de liquidação e tribunais sem garantia nenhuma (em que os clientes vão ficar com os poucos restos que sobrarem), Ou há um fundo fora do banco em que há uma possiblidade de recuperarem algum do dinheiro (porque são obrigações...) mas igualmente sem garantia!

No fim do dia os clientes já não têm a garantia!

Isto de exigirem que querem ficar com a garantia, que lhes vai dar menos dinheiro ultrapassa-me.
A mim e pelo que se vê a 300 clientes da Privado Clientes... Esses é que não percebo pq não tão aos berros porque vão ser arrastados para a liquidação por aqueles que preferem ir com o barco (desculpem, banco) ao fundo...
 
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por keromais » 20/3/2009 11:51

CORRIJO LAPSO NO MEU ANTERIOR COMENTÁRIO. OU SEJA: PALAVRA (CAOS)
 
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por keromais » 20/3/2009 11:13

A MISSÃO TEM APENAS UM FIM, DEFENDER OS ACCIONISTAS E OS DIRECTA E INDIRECTAMENTE RESPONSÁVEIS, PELA CAUS QUE CAUSARAM AOS DEPOSITANTES DO BANCO.
 
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por Celsius-reloaded » 20/3/2009 10:34

Só posso dizer que por esse dinheiro não aceitava desempenhar uma missão tão ingrata.
The market gives; The market takes.
 
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por mais_um » 20/3/2009 9:40

Pois...conheço directores Comerciais e de Operações que ganham quase isso e com muito menos responsabilidade....
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por Pata-Hari » 20/3/2009 9:27

Não percebo se o artigo é suposto ser favorável ao ordenado ou desfavorável. A mim parece-me um montante extremamente razoável para quem lá está a fazer um trabalhõ tão ingrato e, muito provavelmente, provisório.
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Tudo O Que Quer Saber Sobre BPP...

por Açor3 » 20/3/2009 8:50

20 Março 2009 - 02h00

Banca: Vice-governador escreveu a Adão da Fonseca
BPP paga milhares a administradores
O Banco de Portugal fixou em 19 500 euros por mês a remuneração a ser paga ao administrador provisório do Banco Privado Português (BPP), João Ermida. Em carta enviada pelo vice-governador, Pedro Duarte Neves, ao presidente do BPP, Adão da Fonseca, a que o CM teve acesso, a autoridade de supervisão diz ainda que aquele administrador terá direito "a todas as regalias de natureza social de que gozam o quadros do BPP", a um "seguro de saúde" e ainda a uma "viatura para a sua utilização pessoal".

CM
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