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Caldeirão da Bolsa

Vem aí uma idade do gelo ? Que implicações na economia ?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Eco Tretas » 18/1/2010 20:58

Here we go again! Estas revelações a seguir prometem ser mais um escândalo à escala global!!!

Ecotretas

http://ecotretas.blogspot.com/2010/01/abaixo-o-ipcc.html
Já havíamos referido há dois meses a bomba que havia constituído a divulgação pelos Indianos, de um estudo que dava como erradas as conclusões existentes relativas ao desaparecimento dos glaciares dos Himalais. Rajendra Pachauri, o tretas mor do IPCC, não gostou nada da ideia, e insurgiu-se publicamente na altura.

Agora, veio a lume que o tretas tem telhados de vidro! Surgiu ontem no Times, que andamos a ser enganados sobre o futuro dos glaciares nos Himalaias! A ideia de que a maioria dos glaciares dos Himalaias estaria em vias de desaparecer até 2035, segundo a religião do IPCC, não têm factos que a suportem!

Tudo começou com uma história na New Scientist, publicada 8 anos antes do relatório do IPCC de 2007. Essa história foi baseada numa pequena entrevista telefónica a Syed Hasnain, da Universidade Jawaharlal Nehru de Delhi. Entretanto, Hasnain admitiu que a afirmação era mera especulação, não suportada em qualquer investigação formal...

Quem descobriu a marosca, não foi nenhum cientista num processo formal de peer-review. Foi antes Fred Pearce, que entrevistou Hasnain em 1999, e que na ausência de dados ou papers que suportassem as afirmações iniciais, botou a boca no trombone...

Mas como é que isto chega à religião do IPCC é ainda mais engraçado! Em 2005, a WWF citou o relatório da New Scientist num relatório seu: "An Overview of Glaciers, Glacier Retreat, and Subsequent Impacts in Nepal, India and China". Esse relatório da WWF foi depois assumido por Murari Lal, responsável pelo capítulo dos glaciares no relatório do IPCC, e que até assume que não percebe quase nada de glaciares! Neste relatório, tais especulações de Hasnain foram promovidas a muito prováveis, o que segundo o IPCC é algo com uma probabilidade de ocorrência superior a 90%!!!
 
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por Quimporta » 18/1/2010 19:09

Elias,

Não é só no Alasca em que a velocidade do degelo diminui, mas o mesmo não acontece à perda de massa gelada.
Essa notícia não explica os fenómenos aparentemente contraditórios.

Deixo a informação divulgada pela NASA relativa à Antártica.

Abraço,

Is Antarctica melting?

01.12.10
By Erik Conway
NASA/Jet Propulsion Laboratory

There has been lots of talk lately about Antarctica and whether or not the continent’s giant ice sheet is melting. One new paper1, which states there has been less surface melting recently than in past years, has been cited as “proof” that there’s no global warming. Other evidence that the amount of sea ice around Antarctica seems to be increasing slightly2-4 is being used in the same way. But both of these data points are misleading. Gravity data collected from space using NASA’s Grace satellite show that Antarctica has been losing more than a hundred cubic kilometers (24 cubic miles) of ice each year since 2002. The latest data reveals that Antarctica is losing ice at an accelerating rate, too.

How is it possible for surface melting to decrease, but for the continent to lose mass anyway? The answer boils down to the fact that ice can flow without melting.



Resto da notícia em
http://climate.nasa.gov/news/index.cfm? ... NewsID=242
Anexos
newsPage-242.jpg
newsPage-242.jpg (87.1 KiB) Visualizado 2212 vezes
"In God we trust. Everyone else, bring data" - M Bloomberg
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por Elias » 18/1/2010 18:47

Glaciares do Alasca estão a derreter mais devagar do que o previsto
18.01.2010
AFP, PÚBLICO

Os glaciares do Alasca derreteram mais devagar de 1962 a 2006 em relação ao que era previsto, revela uma equipa franco-canadiana, com base na análise de imagens de satélite.

Durante aquele período, os glaciares do Alasca perderam cerca de 42 quilómetros cúbicos (42 mil milhões de metros cúbicos) de água por ano, escrevem os autores de um estudo publicado ontem na revista científica “Nature Geoscience”. Esta situação contribuiu para a subida do nível dos mares à razão de 0,12 milímetros por ano, “ou seja, 34 por cento menos do que estava estimado”, salientou Etienne Berthier, da Universidade de Toulouse, França.

Então o que falhou? Estes cientistas dizem que os estudos anteriores não levaram em conta o papel dos detritos que cobrem os glaciares, perto dos vales. Assim protegidos do Sol, os gelos derretem mais devagar.

Além disso, acrescentam, as imagens fornecidas pelos satélites Spot5 e Aster permitiram obter uma “melhor resolução espacial”, ou seja, dados mais precisos.

“Ao longo dos últimos 50 anos, o recuo dos glaciares e das calotas glaciares contribuiu para um aumento dos níveis do mar em 0,5 milímetros por ano”, escrevem os autores. Os glaciares do Alasca deveriam ter contribuído com um terço disso, ou seja, 0,17 milímetros por ano, de acordo com trabalhos publicados em 2002 pela Universidade do Alasca.

”Aceleração espectacular” do recuo dos glaciares

Apesar de tudo, os cientistas da Universidade de Toulouse não põem em causa a “aceleração espectacular” da redução da massa dos glaciares, desde 1990.

Em todo o planeta, os glaciares de montanha cobrem uma superfície de 500 mil a 600 mil quilómetros quadrados, ou seja, menos que as calotas glaciares da Gronelândia (1,6 milhões de quilómetros quadrados) ou da Antárctica (12,3 milhões de quilómetros quadrados).

Em Dezembro, o Conselho Árctico alertou que a calota glaciar da Gronelândia – o maior reservatório de água doce do Hemisfério Norte – tem vindo a derreter a um ritmo alarmante nos últimos anos. O volume passou de uma média de 50 mil milhões de gigatoneladas anuais entre 1995 e 2000 para 160 mil milhões anuais de 2003 a 2006. O glaciar de Jakobshavn Isbrea, em Ilulissat recuou 15 quilómetros nos últimos oito anos.

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1418392
 
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por limpaesgotos » 3/11/2009 21:27

Muita coisa estranha, não sei que pense, não sei que diga, "O Drama, o horror, o medo, a tragédia"
Cumprimentos.


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por Eco Tretas » 3/11/2009 20:17

:-$ :-$
Não é suposto o Zé Povinho saber: essa é uma verdade inconveniente...

:)
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por Elias » 3/11/2009 16:30

Sabiam que nos últimos 10 anos o aquecimento global estancou?

Vejam aqui: http://www.metoffice.gov.uk/corporate/p ... res_09.pdf
 
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por limpaesgotos » 13/9/2009 11:59

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interi ... o=Biosfera

Dois navios provam que rota do Nordeste é viável
Hoje



Dois navios mercantes alemães, Beluga Fraternity e Beluga Foresight, deverão chegar amanhã a Roterdão, depois de terem concluído a rota do Nordeste, provenientes da Coreia do Sul. A viagem, apoiada por quebra-gelos russos, é uma das provas mais evidentes da alteração climática que está a abrir um caminho marítimo no Árctico.

A passagem do Nordeste foi um dos sonhos dos navegadores europeus, pois permitiria encurtar em milhares de milhas a viagem que obrigava a passar o cabo da Boa Esperança. Até agora, nunca foi viável. Apesar do canal do Suez, a distância reduz-se de 20 mil para 15 mil quilómetros, o que permite poupar 90 mil dólares por navio, só em combustível. A Rússia espera fazer desta rota um negócio importante para os seus portos do norte, alugando os serviços de quebra-gelos para cortar vias que entretanto fiquem bloqueadas.

Mas a notícia desta viagem é sobretudo importante pelo que revela sobre o degelo da calote polar norte. Nos últimos 30 anos, o gelo ficou mais fino e, em muitos pontos, desapareceu completamente durante os meses de Verão. Em 2007, a extensão do gelo árctico desceu pela primeira vez abaixo dos 6 milhões de quilómetros quadrados, dois terços da superfície que existia há três décadas.

Imagem
Cumprimentos.


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por Elias » 3/9/2009 14:00

Ban Ki-moon alerta que mundo segue para o abismo com aquecimento global
(AFP) – Há 1 hora

GENEBRA, Suíça — O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manifestou espanto nesta quinta-feira em Genebra com a aceleração do aquecimento global e alertou que o mundo caminha para o abismo.

"Temos o pé afundado no acelerador e caminhamos para o abismo", declarou Ban na conferência sobre o clima que está reunida em Genebra desde o início da semana.

O secretário-geral da ONU, que acaba de voltar do Ártico, onde constatou os danos da mudança climática, advertiu que o que é feito agora terá consequências mais tarde, como afirmam os cientistas.

"Os cientistas foram acusados durante muitos anos de ser alarmistas. Mas os verdadeiros alarmistas são os que dizem que não podemos bancar uma ação climática porque isto desaceleraria o crescimento econômico", declarou Ban.

"Eles estão errados. A mudança climática pode desencadear um desastre em massa", alertou.
 
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por limpaesgotos » 25/7/2009 9:29

http://noticias.terra.com.br/mundo/inte ... ntina.html

Onda de frio causa nevascas históricas na Argentina

22 de julho de 2009 • 13h43 • atualizado às 14h49

Uma onda de frio polar procedente da Antártida chegou a grande parte da Argentina e deixou uma sensação térmica de até -16ºC no centro do país, causando a nevasca mais intensa, desde 1965.

As tempestades de neve mais fortes foram registradas nesta madrugada, no sul da província de Buenos Aires, onde o acúmulo de neve chegou a 40 centímetros, pela primeira vez em 50 anos.
Cumprimentos.


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por limpaesgotos » 25/7/2009 9:24

http://noticias.terra.com.br/brasil/int ... em+SC.html

Brasil - Frio de -5,8°C "congela" árvores em São Joaquim, em SC

Imagem

Árvores foram irrigadas durante a noite para a formação de gelo

24 de julho de 2009 Wagner Urbano

O frio intenso registrado durante esta madrugada fez as árvores da cidade de São Joaquim, em Santa Catarina, "congelarem". As árvores são irrigadas pela prefeitura durante a noite, o que leva à formação de gelo na vegetação.

Um massa de ar polar atinge a região Sul e provocou temperaturas negativas em diversas cidades de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul durante a madrugada - a mais fria do ano. Em São Joaquim e em Cambará do Sul (RS), a temperatura chegou a -5,8°C, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A frente fria também atingiu parte do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Em Santa Catarina, às 6h, fazia -0,8°C em Joaçaba e -1,8°C em Curitibanos. Em Bom Jesus, a mínima registrada foi de -4,2°C e em Campos Novos, de -2,8°C.

No Rio Grande do Sul, o frio não era tão intenso desde 2004, quando fez -6,4°C em Cambará. Nesta sexta, as temperaturas também estavam negativas nas cidades gaúchas de Vacaria, onde fez -4,9°C, em São José dos Ausentes, com -4,1°C, e em Quaraí, com -3,6°C. Em Passo Fundo, fez -1,7°C, em Bagé e em Uruguaiana, a temperatura era de -0,6°C. Em Porto Alegre, os termômetros marcaram 2°C na região do Aeroporto Internacional Salgado Filho.

De acordo com informações do Inmet, também houve temperaturas negativas no Paraná, nas cidades de Clevelândia, com -2,1°C, e General Carneiro, com -2,2°C, ambas localizadas no Sul do Estado. Em Curitiba, a mínima ficou em 8°C.
Redação Terra
Editado pela última vez por limpaesgotos em 25/7/2009 9:31, num total de 1 vez.
Cumprimentos.


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por tava3 » 1/6/2009 15:37

"O aquecimento global passou a ser a menor das prioridades entre os norte-americanos, de acordo com uma pesquisa da Pew. Outro estudo realizado pela Pew mostra que a China, o maior emissor do mundo, preocupa-se ainda menos do que os Estados Unidos com o aquecimento global."

Os Americanos nunca se preocuparam muito com as emissões, pelo menos na prática. Os Chineses nunca se preocuparam muito com muitas coisas para além de manter o regime. Os maiores emissores são os Estados Unidos e não a China.
Em Relação ao aquecimento/arrefecimento, pelo que tenho lido e visto em documentários, é o aquecimento global que vai provocar o arrefecimento posterior. Com o degelo dos glaciares e a paragem da corrente do golfo. Não será com o arrefecimento do sol porque este tem uma idade média e supostamente ainda está e estará a queimar hidrogénio por muitos milhares de anos. Agora também já li sobre os ciclos solares com períodos de aproximadamente 11 anos com o pico máximo em 2011 ou 2012. As consequências poderão ir desde problemas nas comunicações até problemas com distribuição de energia eléctrica.
 
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por Elias » 1/6/2009 14:21

Increased Storms Off U.S. Coastline Have Forecasters Concerned

By DARCY BONFILS and KELLY HAGAN
June 1, 2009

Already this decade ranks as the worst ever in the nation's history in both dollars and casualties from hurricanes, and with the 2009 hurricane season beginning today, some forecasters worry the dangers may be on the rise.

Though this year is expected to be an average season with between nine and 14 named storms, the year already has seen its first tropical depression, which hit last week.

The storm formed dangerously close to America's mid-Atlantic shore.

"People may be confused that all storms form off Africa and give you a long signal as they cross the way," said Bill Read who heads up the National Hurricane Center in Miami.

But a new pattern defies the one common to most tropical systems. Instead of starting off Africa's coast; it starts off the U.S. coast in either the Atlantic Ocean or the Gulf of Mexico.


Fonte: http://www.abcnews.go.com/GMA/story?id=7721695&page=1
 
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por Elias » 27/5/2009 14:52

Bjorn Lomborg
Fazer melhor pelas alterações climáticas
© Project Syndicate, 2008 www.project-syndicate.org

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Dizem-nos muitas vezes que o combate ao aquecimento global é a tarefa que define a nossa era. Um exército de peritos diz-nos que precisamos de reduzir, imediata e drasticamente, as emissões. Mas este argumento está, claramente, a perder poder.

O aquecimento global passou a ser a menor das prioridades entre os norte-americanos, de acordo com uma pesquisa da Pew. Outro estudo realizado pela Pew mostra que a China, o maior emissor do mundo, preocupa-se ainda menos do que os Estados Unidos com o aquecimento global. Apenas 24% dos chineses consideram o aquecimento global um problema sério, o que torna a China o país menos preocupado com esta questão. No Reino Unido, um estudo da Opinium mostra que a maioria dos eleitores acredita que o objectivo principal dos impostos verdes é aumentar as receitas, e não proteger o ambiente, e sete em cada dez não estão dispostos a pagar mais impostos para combater as alterações climáticas.

Ao mesmo tempo, as soluções propostas para combater o aquecimento global têm sido péssimas. No Rio de Janeiro em 1992, os políticos dos países mais ricos prometeram reduzir as emissões em 2000, mas não o fizeram. Os líderes políticos voltaram a reunir-se em Quioto, em 1997, e prometeram reduções ainda mais rigorosas em 2010. No entanto, as emissões continuam a aumentar e Quioto não fez nada para alterara isso.

O mais trágico é que quando líderes se voltarem a reunir em Copenhaga, no próximo mês de Dezembro, vão adoptar a mesma solução: promessas de reduções de emissões ainda mais drásticas que, mais uma vez, não deverão ser cumpridas. Medidas dispendiosas, que sistematicamente prometem muito e alcançam pouco, não são populares em épocas boas. E, claramente, esta não é uma época boa.

Felizmente, temos uma opção melhor, com melhores hipóteses de sucesso: devemos tornar as fontes de energia com baixas emissões de carbono, como a energia solar, uma alternativa real e competitiva às antigas fontes de energia, em vez de manter a posição das pessoas mais ricas que apenas se querem sentir "mais verdes".

Devemos, assim, investir na investigação de novas tecnologias. Ao contrário do que poderíamos pensar, o Protocolo de Quioto não impulsionou essa investigação. De facto, o investimento em investigação caiu drasticamente desde os anos 80 e não voltou a aumentar, mesmo entre os países participantes de Quioto.

Realizar elevados investimentos na investigação e desenvolvimento de energias de baixas emissões de carbono, como a energia solar ou outras novas tecnologias, tornar-se-á rapidamente mais barato do que os combustíveis fósseis. Estimativas económicas mostram que por cada dólar gasto, poderíamos obter benefícios de 16 dólares.

Todos os países deviam concordar em gastar 0,05% do produto interno bruto na investigação e desenvolvimento de energias com baixas emissões de carbono. O custo total seria 15 vezes superior ao gasto actual em investigação de fontes de energias alternativas mas, ainda assim, seis vezes inferior ao custo de Quioto. Um acordo deste género poderia ser um novo Tratado de Quioto - com a diferença de que este tratado poderia, realmente, fazer a diferença e ter boas hipóteses de ser aceite a nível mundial.

Porque não fazer as duas coisas: investir em investigação e desenvolvimento e prometer reduzir as emissões de carbono? As políticas de Quioto são uma distracção dispendiosa da tarefa real de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Há duas razões fundamentais para a redução de emissões ser a resposta errada para o aquecimento global.

Primeiro, o uso dos combustíveis fósseis continua a ser a única forma dos países em desenvolvimento saírem da pobreza. O carvão fornece metade da energia do mundo. Na China e na Índia, representa cerca de 80% da geração de energia e está a ajudar os trabalhadores chineses e indianos a terem uma qualidade de vida que os seus pais não podiam imaginar. Limitar as emissões significa o fim desta história de sucesso para milhões de pessoas. Não existe uma fonte de energia "verde" que seja suficientemente barata para substituir o carvão num futuro próximo. Em vez disso, o aumento da investigação fará com que a energia "verde" seja mais barata que os combustíveis fósseis em meados do século.

Segundo, as reduções imediatas do carbono são dispendiosas - e o custo supera largamente os benefícios. Se o Protocolo de Quioto tivesse sido totalmente implementado ao longo deste século, teria reduzido as temperaturas apenas uns insignificantes 0,2ºC, a um custo de 180 mil milhões de dólares por ano. Em termos económicos, Quioto representa apenas um benefício de 30 cêntimos por cada dólar gasto.

E reduções mais elevadas como as que são propostas pela União Europeia - 20% abaixo dos níveis de 1990 dentro de 12 anos - vão baixar a temperatura global apenas um sexto de um grau Celsius em 2100, a um custo de 10 biliões de dólares. Por cada dólar gasto, obteríamos apenas quatro cêntimos de benefício.

O mais triste sobre o debate do aquecimento global é que a maioria dos principais protagonistas - políticos, activistas e peritos - já sabem que o acordo que actualmente está sobre a mesa para a reunião de Copenhaga, em Dezembro, não terá efeitos significativos nas temperaturas. A não ser que se altere a direcção e se tornem as acções mais realistas e exequíveis, é óbvio que as declarações de "sucesso" em Copenhaga não vão ter sentido. E vamos perder outra década. Em vez disso, devemos desafiar a ortodoxia de Quioto. Podemos fazer melhor. 05 Mai A Terra é suficiente


Fonte: negocios.pt
27 de Maio de 2009
 
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por limpaesgotos » 29/1/2009 13:16

http://aeiou.expresso.pt/alemanha_vai_e ... no=f494224

Alemanha vai experimentar "fertilização" do oceano

É uma experiência científica com vista ao combate ao aquecimento global, mas que está longe reunir consensos. O Governo germânico autorizou a "fertilização" do oceano com nanopartículoas de minério de ferro.

O Governo alemão deu hoje luz verde a uma missão científica de "fertilização" do oceano com nanopartículas de minério de ferro para avaliar o potencial de absorção de dióxido de carbono, como medida de combate ao aquecimento global.

"Depois de analisados relatórios de peritos estou convencida de que não há qualquer objecção científica ou legal à experiência LOHAFEX", diz um comunicado da ministra alemã da Investigação, Annette Schavan, referindo-se à utilização de minério de ferro para promover o crescimento de fitoplâncton (plâncton vegetal) que por sua vez consome e armazena dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases responsáveis pelo efeito de estufa.

A decisão de Annette Schavan interpõe-se a um diferendo entre os ministérios do Ambiente e da Investigação da Alemanha sobre as consequências e efeitos secundários da técnica de "fertilização", em que o Ministério do Ambiente alegava que a experiência entra em contradição com uma moratória sobre esse método de promover a absorção de CO2 aprovada na conferência da ONU sobre biodiversidade realizada em Bona em Mai de 2008.

O Convénio de Londres para a Contaminação Marítima e o Painel Intergovernamental das Alterações Climáticas da ONU proíbem também práticas deste tipo.

A favor da experiência, o instituto de investigação polar alemão Alfred Wegener AWI - cujo navio oceanográfico Polarstern está envolvido no mapeamento do fundo oceânico a fertilizar - invocou uma cláusula da decisão da ONU que estipula que a moratória não se aplica a "projectos de investigação científica de pequena escala".

A experiência hoje aprovada pela ministra alemã prevê a "fertilização" de uma área de 300 quilómetros quadrados no Atlântico Sul com seis toneladas de nanopartículas de minério de ferro.

O AWI considerou ainda que a experiência LOHAFEX contribuirá para uma melhor compreensão do papel dos oceanos no ciclo do carbono e permitirá medir o efeito potencial das algas microscópicas do fitoplâncton no teor de CO2 na atmosfera.

O fitoplâncton - que se encontra na base da cadeia alimentar e representa uma parte importante da biomassa marinha - absorve CO2 como parte do seu metabolismo e, depois de mortas, as algas microscópicas acabam depositadas nos fundos marinhos como sedimento, onde o CO2 absorvido permanece armazenado.

A eficácia da "fertilização" dos oceanos com minério de ferro é, no entanto, posta em questão desde Abril de 2007 depois da publicação na revista científica Nature dos resultados de um estudo realizado ao largo das ilhas Kerguelen - no sul do oceano Índico, entre o cabo da Boa Esperança e a Antártida - que revelou que a utilização do minério de

ferro será entre 10 e 100 vezes menos eficaz que os processos naturais, uma vez que cerca de 90 por cento do ferro lançado acaba por se dispersar sem produzir os efeitos desejados.

Organizações ambientalistas têm também advertido para os potenciais, e ainda desconhecidos, efeitos secundários da fertilização dos oceanos com ferro, desde o impacto das nanopartículas nos ecossistemas marinhos até às reacções químicas entre o ferro e a água salgada que poderão dar origem a gases como o protóxido de Azoto (N2O) que tem um efeito de estufa muito mais grave que o CO2.

Em Dezembro de 2007, o navio dos Estados Unidos "Weatherbird II", da empresa Planktos, aportou ao Funchal depois de ter sido proibido pelas autoridades das Canárias de espalhar várias toneladas de minério de ferro em águas do arquipélago espanhol.

A Planktos tinha também sido já proibida pelo governo do Equador de fertilizar 10 mil quilómetros quadrados de oceano a 350 milhas das ilhas Galápagos com 100 toneladas de nanoparticulas de ferro.
Cumprimentos.


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por Elias » 28/1/2009 13:45

Aquecimento global é "irreversível"

SUSANA SALVADOR
Estudo. Se a humanidade acabasse hoje com as emissões de dióxido de carbono, só dentro de mil anos é que o clima do nosso planeta voltaria ao normal. Cientistas pedem que se actue o mais rapidamente possível para impedir o piorar da situação
O aquecimento global é "irreversível" e nem mil anos serão suficientes para apagar aquilo que a humanidade tem feito ao planeta. "As pessoas pensavam que se deixássemos de emitir dióxido de carbono o clima voltaria ao normal dentro de cem ou 200 anos. Isso não é verdade", disse a norte-americana Susan Solomon, principal autora do estudo ontem publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

As mudanças na temperatura da superfície dos oceanos, no nível de precipitação e no aumento do nível das águas "são em grande parte irreversíveis, por mais de mil anos depois das emissões de CO terem parado completamente", acrescentou a cientista da National Oceanic and Atmospheric Administration, dos EUA, e líder do Grupo Intergovernamental sobre a Evolução do Clima das Nações Unidas.

"Penso que a verdadeira escala de tempo da persistência destes efeitos não foi percebida", referiu Solomon. "As mudanças climáticas são lentas, mas também são imparáveis e por isso temos de actuar agora para que a situação não piore", acrescentou.

O estudo surge numa altura em que o Presidente dos EUA, Barack Obama, ordenou a revisão das medidas tomadas pelo seu antecessor, George W. Bush, defendendo uma maior eficiência energética e dizendo que o futuro da Terra depende da redução da poluição atmosférica.

Segundo o estudo, o aquecimento global tem sido travado pelos oceanos, porque a água absorve muita energia para aquecer. Mas o efeito positivo vai dissolver-se com o tempo e os oceanos vão acabar por manter o planeta mais quente durante mais tempo ao libertarem para a atmosfera o calor que têm vindo a acumular. Daí ser falso pensar que as mudanças climáticas podem reverter-se em poucas décadas.

Antes da revolução industrial, o nível de dióxido de carbono presente na atmosfera era de 280 partes por milhão. Hoje, é de 385 e tanto cientistas como políticos procuram uma forma de estabilizar esse valor. Segundo Solomon, se o nível de CO atingir as 450 ou 600 partes por milhão, as consequências vão ser catastróficas, com a diminuição das chuvas na estação seca comparável à "Dust Bowl" da década de 1930 nos EUA. Mas em vez do fenómeno ficar circunscrito à América do Norte, irá alastrar-se a áreas como o Sul da Europa, o Norte de África e o Oeste da Austrália.| Com agências

Fonte: dn.sapo.pt
 
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por Elias » 12/1/2009 11:35

Pois, cá também já foi assim... há 20 anos atras :cry:
 
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por canguru » 12/1/2009 0:32

Concordo com os teus pontos 1 e 2, mas é difícil dar-nos conta que a nossa memória dos pode “atraiçoar” com esses processos.

Elias Escreveu:3 - o conhecimento do cidadão médio sobre o clima e a meteorologia varia entre o muito baixo e o nulo; as televisões também não ajudam, porque a previsão se resume a um "chove ou não chove", obliterando outras informações relevantes sobre o estado do tempo, contribuindo assim pouco ou nada para o conhecimento geral sobre o assunto.


Na Europa a previsão meteorológica surge também depois dos telejornais mas antes da lenga-lenga das temperaturas e do dilema “chove - não chove”, são apresentadas imagens de satélite (eventualmente radar quando ocorrem picos de precipitação), o campo da pressão à superfície, com os anticiclones e as baixas pressões dai inferindo a intensidade e direcção do vento e por ai fora, instruindo quem assiste ao programa.
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por Elias » 11/1/2009 18:40

canguru Escreveu:(...)
Depois de os resultados saírem, vem os media explorar e vender o medo ás pessoas, e finalmente estas com meia dúzia de dias mais quentes ou frios dizem “isto antigamente não era assim” e pronto está validada a teoria.
(...)
(levam para estúdio cientistas sem qualquer trabalho ou publicação relevante) que a cada período mais quente gritam “hepl!! global warming!!!” porque (asseguram-nos) “antigamente não era assim!” , a cada queda de água mais intensa repetem “antigamente não era assim!” mas que no seu tempo “chovia ininterruptamente de Dezembro a Março!"...


Seleccionei estas frases que me parecem interessantes.

Sempre que há uns dias mais quentes ou mais frios (vulgo "extremos") ouço comentários destes.

Se as pessoas forem sugestionadas (por exemplo, se eu disser que os Invernos estão a ficar cada vez mais frios) dizem logo que sim - sem perceberem nada do assunto.

Onde é que a coisa falha?
Falha no seguinte:
1 - a memória humana é altamente selectiva, atribuindo importância desigual a eventos da mesma série temporal. Tipicamente, os dias mais extremados (com inundações, por exemplo), ficam mais registados na memória que um dia "normal" e por isso é fácil usá-los para fazer extrapolações de qualquer natureza.

2 - apesar da selectividade, a memória humana é curta, ou seja, só registam eventos de um passado relativamente recente; as pessoas que dizem que dantas era assim ou assado raramente se lembram de como é que esteve o tempo nos anos anteriores; têm umas recordações muito vagas e nada mais; por exemplo, quem se lembra que o Inverno de 1991-92 foi extremamente seco, tal como os três que se seguiram? E que o de 1995-96 foi muito chuvoso? E que em Junho de 1997 choveu durante quase todo o mês? Tipicamente, ninguém... a não ser aqueles que, por obrigação ou por devoção, fazem os registos. Provavelmente serão mais os que lembram quem foi campeão de futebol em 2003 do que aqueles que se recordam que em Agosto desse ano se bateram recordes de temperaturas máximas em Portugal continental, com mais de 47 graus na Amareleja.

3 - o conhecimento do cidadão médio sobre o clima e a meteorologia varia entre o muito baixo e o nulo; as televisões também não ajudam, porque a previsão se resume a um "chove ou não chove", obliterando outras informações relevantes sobre o estado do tempo, contribuindo assim pouco ou nada para o conhecimento geral sobre o assunto. Se perguntarmos a alguém que tempo faz em Portugal quando está vento sul, o mais certo é ouvirmos dizer que está quente e seco, porque o vento vem do norte de África; ora, é justamente com vento sul que temos as piores tempestades...

Juntando todos estes ingredientes (ou seja memória selectiva, memória curta e baixo conhecimento do assunto), temos o cenário perfeito para vender à opinião pública quaisquer teorias sobre a evolução do clima.

1 abraço,
Elias
 
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por canguru » 11/1/2009 18:06

A questão do climate change é maioria das vezes abordada com excessivo ênfase e muito pouca racionalidade.

Os entusiastas do climate change encontram como suporte as centenas de estudos que os certificam dessas mudanças como consequência da actividade humana desde a revolução industrial. Muitas vezes e com base numas decimas de subida em décadas extrapolam-se resultados de modelos que te dão (dependendo das condições que impões e da forma como ele é parametrizado) basicamente o que quem modela, deseja. Há modelos que te dão 10ºC a mais em 2100, outros que te dão mais 1-2ºC que actualmente.

Isto seria tudo muito bonito se a própria comunidade científica fosse algo totalmente imparcial. Acontece que não é! Se um instituto concorrer a um projecto sobre climate change ou climate change and impacts tem muito mas muito mais hipóteses de ganhar esse financiamento do que um que aborde outra temática implicando com isso que esses resultados sejam publicados sem questionarem a validade dos seus pressupostos.
Depois de os resultados saírem, vem os media explorar e vender o medo ás pessoas, e finalmente estas com meia dúzia de dias mais quentes ou frios dizem “isto antigamente não era assim” e pronto está validada a teoria.

Neste estado coisas o mais razoável será agarrar em estudos publicados pela comunidade científica mais desinteressada que existe: aqueles que trabalham nos melhores centros de investigação mundial (meteorológicos e oceanográficos) e cujo financiamento não esta dependente dos resultados mirabolantes dos seus modelos.

Um desses centros (e a referencia a nível europeu) é o NOC (National Oceanographic Center) situado em Southampton, UK. O NOC tem um conjunto de investigadores que é exímio em técnicas de detecção remota avançada. Os dados de satélite (e um conjunto de dados in situ medidos por outro instituto altamente credível) corroboram que a região mais a norte atlântico norte registou na ultima década temperaturas mais quentes que na década anterior (a figura mostra anomalias de temperatura da superfície do mar entre esses dois períodos). Isto é um facto! Agora surgem várias perguntas: será devido ao climate change? Isso quer dizer que há condições para um degelo acentuado, conduzindo a um sobreaquecimento generalizado e inundações das zonas costeira?

A mais recente teoria (terá 1-2 anos) de um grupo de Woods Holle avança que este aquecimento na parte superior do oceano na região do NW do atlântico norte conduzirá ao abrandamento da corrente do Golfo. As águas quentes do golfo do México (autênticas caldeiras que alimentam os furacões entre Agosto e Outubro) contrastam com as gélidas águas do Ártico. O oceano, como qualquer sistema termodinâmico, vai responder no sentido de equilibrar essa diferença térmica e dai existir permanentemente uma corrente (a corrente do Golfo) que sai da região do Golfo em direcção ao Ártico. Essa corrente (lenta, lentíssima) transposta imenso calor e vai re-destribuido esse calor a latitudes mais elevadas. No fundo, a dinâmica do oceano é a razão pela qual na Terra podemos habitar em regiões acima dos 30º de latitude.

Se a água do Ártico for aquecendo, a corrente será menor intensa, impedindo assim uma transferência de calor das zonas Equatoriais para os Pólos e Latitudes médias (30-60º) e daí já se admitir que primeiro se assistirá a um ténue aquecimento e em seguida a uma menor distribuição de calor no planeta conduzindo a subidas das temperaturas médias nas zonas Equatoriais e uma diminuição destas nas latitudes superiores a 30-40º.

Agora isto são suposições, que carecem de mais validação, pois:

1- Os dados de satélite inferem a temperatura superficial da superfície do mar com base na radiação que este emite na banda do infra-vermelho. Estamos a falar de uma fina camada de centímetros que embora seja representativo dos primeiros metros da coluna de água jamais explica o que se passa aos 100, 500 ou 1000 ou 5000 metros de profundidade!

2- O número de correntómetros (medidores da velocidade e direcção das correntes) instalados a diferentes profundidades é escasso e por isso muito está a ser feito para alargar a rede para poder sentir o pulso à corrente com eficácia e veracidade.

Falando por mim, e até saírem mais resultados de instituições independentes reajo com enorme regozijo ás teorias da catástrofe já amanhã e principalmente aos comentários dos media (que muitas vezes levam para estúdio cientistas sem qualquer trabalho ou publicação relevante) que a cada período mais quente gritam “hepl!! global warming!!!” porque (asseguram-nos) “antigamente não era assim!” , a cada queda de água mais intensa repetem “antigamente não era assim!” mas que no seu tempo “chovia ininterruptamente de Dezembro a Março!"...
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por Quico » 11/1/2009 10:01

Dwer Escreveu:
Atomez Escreveu:Onde anda o aquecimento global quando precisamos dele?


Na temperatura média do Atlântico Norte.


Curioso como qualquer Verão quente* serve para demonstrar à saciedade a indiscutibilidade do "aquecimento global".

No entanto, quando surgem Invernos "à moda de antigamente" (ou piores), a percepção comezinha das pessoas já não serve, e vai-se buscar dados que o cidadão comum não percebe, ou não tem acesso directo, ou não pode confrontar com nada.

* - ... até esses falharam nos últimos 2 anos.
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por Dwer » 11/1/2009 3:44

Atomez Escreveu:Onde anda o aquecimento global quando precisamos dele?


Na temperatura média do Atlântico Norte.
Abraço,
Dwer

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por salvadorveiga » 11/1/2009 1:07

aqui em casa ta tudo gelado... os meus pes ate'... axo que o congelamento deve tar ai... lol
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por limpaesgotos » 10/1/2009 21:32

mnfv Escreveu:já deve ter começado que sinto os meus dedos a congelar


Não quero ser alarmista como os defensores do aquecimento global mas já li algures esta teoria e até tem uma certa lógica:

Verões mais curtos e frios, o que implica que a neve e gelo derretam menos, mais neve, mais reflexo dos raios solares, menos aquecimento e ainda mais frio, verões ainda mais curtos e assim sucessivamente, em apenas 10 anos o planeta pode estar todo gelado ...
Cumprimentos.


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por MNFV » 10/1/2009 21:19

já deve ter começado que sinto os meus dedos a congelar
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por limpaesgotos » 10/1/2009 21:18

http://mitos-climaticos.blogspot.com/

Aquecimento global e globalização dos mercados bolsistas

Perante este título, perguntará o leitor : o que é que uma coisa tem a ver com outra? Tem. Tem a ideia de globalização, que pode não ser o que aparenta, como eloquentemente nos mostra, recorrendo ao exemplo dos mercados bolsistas, o leitor RPM que nos enviou uma mensagem que merece ser partilhada com todos os leitores do MC.

Caro Rui Moura

Confesso que, sendo economista, sou um perfeito leigo em matéria de climatologia, o que não me impede de ser um atento curioso sobre a evolução dos fenómenos da natureza. Desde sempre, aliás. Quando era jovem o meu programa favorito na TV (e provavelmente o único minimamente interessante) era o Boletim Meteorológico.

Adorava ver todas aquelas cartas meteorológicas mostradas na TV e adorava a disciplina de geografia no liceu. Se não tivesse cursado economia teria certamente frequentado um curso que tivesse a ver com a climatologia. Mas são ironias do destino!

Desde há algum tempo que me interesso por assuntos que tenham a ver com fenómenos de “globalização”: económica, social e, claro está, climatológica. Numa busca desinteressada na internet deparei-me com uma série de textos muito interessantes sobre a questão do “aquecimento global” e li-os avidamente e com todo o interesse.

Um dos últimos que li foi um texto do Prof. Marcel Leroux, desmontando de forma sistemática, implacável e coerente o embuste do aquecimento global antropogénico. Adorei. Daí ao seu blog MC foi uma questão de um click. Os meus parabéns pela forma isenta, honesta e fundamentada como expõe a questão nos seus textos. Como já adicionei este site aos meus favoritos vou acompanhar de perto esta questão e esta discussão.

Eu sou professor universitário e investigador em matérias de modelação econométrica e econofísica de fenómenos financeiros. Daí entender perfeitamente o significado de adjectivos como isenção, rigor, demonstração, honestidade intelectual, imparcialidade, etc, etc.

Ao ler alguns dos textos a que acima me refiro lembrei-me de um célebre livro de [Alan] Sokal [e Jean Bricmont] intitulado “Imposturas Intelectuais” [edição portuguesa da Gradiva]. Lembrei-me ainda do drama de Galileu e da teoria dominante nos idos do séc. XVII. Enfim, uma mentira repetida muitas vezes “torna-se verdade” não “precisando, por isso” ser comprovada. Que triste sina a nossa!!

A propósito das questões da globalização, gostaria de lhe resumir um pouco a minha investigação recente sobre globalização de mercados bolsistas. Como seria de esperar, está na moda dizer-se que os mercados financeiros, e os bolsistas em particular, estão fortemente globalizados. Eu diria apenas, que há indícios de que estão correlacionados e que parece existir um mercado dominante, o dos EUA, mas pouco mais posso afirmar do que isto.

Utilizando técnicas de cointegração (Granger e Engels, Prémios Nobel da Economia em 2003) adequadas ao estudo de séries cronológicas não estacionárias (como é o caso dos índices bolsistas), fiz recentemente uma análise exaustiva de índices bolsistas a nível mundial (dados diários desde 1990).

Encontrei evidência de impactes entre alguns dos índices bolsistas analisados mas, de forma alguma, consegui obter resultados compatíveis com a ideia da existência de um “mercado único”, global, a nível mundial, o que aconteceria se, de facto, os mercados bolsistas se encontrassem globalizados.

Quando muito poderá falar-se em integração regional mas daí à globalização ainda vai um passo de gigante. É claro que vão existindo exemplos de alguma “globalização”, no sentido de uniformização, nalguns mercados (novas tecnologias, por exemplo) mas isso é um fenómeno que, por enquanto, parece estar localizado.

Aliás, voltando à bolsa, encontrei evidência, desde os anos noventa, de períodos em que os mercados convergem e outros em que tendem a divergir. Tal como os fenómenos climáticos! A analogia dos processos, salvaguardando as diferenças dos temas, obviamente, parece-me intrigante (e muito interessante). Obviamente, no caso dos mercados bolsistas, é quase unânime a ideia veiculada em certos “trabalhos científicos” publicados que estes estão fortemente globalizados.

Em praticamente nenhum desses trabalhos, porém, encontrei uma definição clara ou uma teoria coerente sobre o que é, de facto, a globalização. Diria, portanto, que para esses autores, globalização é … globalização! Para eles, a própria palavra auto-define-se, pois toda a gente “sabe” o que é! Pura mentira, pois sem uma definição clara do conceito podemos arbitrariamente considerar como “globalização” tudo aquilo que nos interesse considerar como tal.

A primeira questão consiste em construir ou adaptar uma teoria capaz de explicar o fenómeno em causa. No meu estudo, por exemplo, defini globalização em termos de integração de mercados utilizando para o efeito a teoria do preço descrita por Stigler em 1969 e o conceito de Lei de Um Preço (cuja origem data do início do séc. XX). Definições precisas, portanto e construídas numa época em que ainda pouco se falava do tema, o que garante a isenção do conceito face aos objectivos do estudo.

Quero dizer, não construí uma teoria à medida do tema que estou a analisar e de modo a obter os resultados que a priori eu desejava obter. Faz parte do método científico. Pois é, qual não foi o meu espanto quando li trabalhos publicados que defendiam acerrimamente a ideia da globalização dos mercados bolsistas simplesmente com base na análise das correlações entre as séries em estudo!

Pena é que haja quem confunda correlação com efeito causal e que, sobretudo em contexto de não-estacionariedade, não atenda aos graves problemas causados por conclusões baseadas em regressões espúrias, um problema identificado em econometria já em 1974 por Granger e Newbold.

Por isso, caro Rui, compreendo perfeitamente a dificuldade que é fazer prevalecer uma ideia que contraria o status quo da dita “ciência” actual. Tal como no tempo de Galileu. Quem é intelectualmente honesto e busca a verdade, seja ela qual for, encontra sempre este tipo de empecilhos no caminho.

Como disse no início, triste sina a nossa! Muito gostaria eu de ver certos defensores dos alarmismos do aquecimento global deixarem de viajar de avião, atravessarem o Atlântico de piroga, passarem a andar de bicicleta em vez de automóvel, não usarem sistemas de aquecimento no inverno nem ar condicionado no verão, evitarem usar telemóvel, nada de televisão nem de frigoríficos, etc, etc!! Muito gostaria de ver essa gente dar o “exemplo” que tanto exige aos outros.

Desejo-lhe um excelente 2009.

P.S. Outra coisa hilariante: li algures que o problema do aquecimento global só ficaria resolvido com o fim do capitalismo!! Nem merece comentários.
Cumprimentos.


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