Relação Diversificação / Risco
Olá a todos,
Eu e o Nuno Faustino continuámos esta conversa em privado e, com a sua autorização, publico aqui um texto seu que me parece bastante pedagógico.
Abraço,
Tiago
Eu e o Nuno Faustino continuámos esta conversa em privado e, com a sua autorização, publico aqui um texto seu que me parece bastante pedagógico.
Abraço,
Tiago
nunofaustino Escreveu:Estive à procura da revista que tinha o artigo que te queria enviar mas não a encontrei (era da Stocks & Commodities de 2003/2004).
Em termos gerais, o artigo focava no investimento no longo prazo (com menos negócios), mas que, na mho, tb funciona para o curto/médio prazo.
A ideia base é que negociando 2 activos não correlacionados, a diminuição do drawdown é maior do que a diminuição da rentabilidade. Isso permite-te aumentar a alavancagem utilizada mantendo o mesmo risco.
Vou-te dar uma maneira como podes testar isto com os teus dados. pegas nos teus negócios do ano passado e crias um algoritmo que te os ordene de modo aleatório. Deste modo tens dois activos que terão muito pouca relação entre si, os teus negócios aleatórios e os teus negócios ordenados.
Agora faz o cálculo da tua rentabilidade anual caso tivesses investido 50% da tua carteira com os negócios aleatórios e 50% como de facto fizeste.
Compara os DD da tua carteira real com a da tua carteira virtual (composta pelos investimentos feitos 50/50 nas duas carteiras referidas). Em princípio o DD deverá ser bastante inferior (no máximo será igual e isso só ocorrerá se o máximo DD das duas estratégias coincidir).
Agora falta um passo importante. Quanto é que a tua rentabilidade baixa de em vez de olhares para 1 activo estiveres a olhar para 2. Aí terás de ser tu a fazer as contas e veres, após fazeres algumas simulações, quanto é que pode baixar e mesmo assim compensar analisar os dois activos. Por exemplo, podes ter um activo em que o lucro seja de 20% e tenhas um DD de 10%. Se analisares 2 passas a ter um lucro de 17% no primeiro e 15% no segundo, mas o DD passa a ser de 12% para o primeiro e 10% no segundo. Será que compensa? É uma questão de fazer as contas e veres o que é melhor para ti.
tmms Escreveu:Acho que estou a ver a tua ideia. É interessante mas o problema da medida reside precisamente ai, ou seja, ao dividir a tua atenção pelo segundo activo não sabes até que ponto isso condiciona ou não o teu desempenho no activo único.
Eu entendo a questão relativamente ao risco objectivo. Mas o cerne da questão reside precisamente na relação entre ambos. Se um é facilmente mensurável já o outro não. É aqui que eu penso (mas é subjectivo, claro, eu sei) que existe uma vantagem em negociar apenas um activo. Mas é somente uma suposição para a qual é impossível arranjar provas efectivas pois é muito difícil, para não dizer impossível, medir um dos factores.
PS - Mas achei o argumento interessante. Será que o podes colocar no tópico ou dar-me autorização para o fazer ( http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=66782 )? Acho que era interessante ficar registado e acessível às outras pessoas.
Não sei se o comentário do Crómio era para mim mas cá vai:
- também acho que é idiota assumir posições inversas iguais. Aquilo que ganho vai anular aquilo que perco. O que procurei dizer foi que se por alguma razão eu tenho uma posição futura, por exemplo, e não quero correr riscos (por exemplo, vou receber USD no futuro e quero cobrir risco de câmbio), posso anular esse risco.
Quanto aos comentários do tmms:
- não existem estratégias com opções, sem necessitar de posições spot, e que especulam sobre o preço do subjacente e conseguimos trancar perdas máximas? Long Butterfly Spread, Long Condor, etc.
- então não posso assumir estratégias em opções para cobrir posições short stock? Só posso cobrir riscos de Long Stock?
Vou ter de sair agora. Continuem a postar que amanhã lerei os vossos posts.
- também acho que é idiota assumir posições inversas iguais. Aquilo que ganho vai anular aquilo que perco. O que procurei dizer foi que se por alguma razão eu tenho uma posição futura, por exemplo, e não quero correr riscos (por exemplo, vou receber USD no futuro e quero cobrir risco de câmbio), posso anular esse risco.
Quanto aos comentários do tmms:
- não existem estratégias com opções, sem necessitar de posições spot, e que especulam sobre o preço do subjacente e conseguimos trancar perdas máximas? Long Butterfly Spread, Long Condor, etc.
- então não posso assumir estratégias em opções para cobrir posições short stock? Só posso cobrir riscos de Long Stock?
Vou ter de sair agora. Continuem a postar que amanhã lerei os vossos posts.
Crómio Escreveu:Então se fizer hedging em derivados, não vai estar a reduzir os ganhos assim como as perdas?
Claro. Se for bem feito fica a zero e paga comissões!
Crómio Escreveu:Não valerá mais estar menos alavancado para se proteger?
Evidentemente!
Crómio Escreveu:Ou não será na prática o mesmo mas com menos comissões?
Precisamente.
As perguntas do Crómio e as minhas respostas ajudaram, Gonçalo? É que eu acho que vai por ai uma grande confusão...
Abraço,
Tiago
goncalonr Escreveu:Se for um futuro sobre um índice representativo do mercado, a diversificação está feita... para fazer hedging puro, é assumir a posição á vista contrária.
[...]
Apenas com estratégias em derivados o risco pode ficar coberto ou pelo menos trancado a uma perda mínima (ou um ganho máximo). E para isso não é necessário ter posições spot.
Gonçalo, afinal em que ficamos?
goncalonr Escreveu:E também poder fazer hedging com shorts à vista e longs em derivados.
O quê? Explica lá a lógica, por favor!
Abraço,
Tiago
Deixem-me ser muito burro e colocar esta questão:
Então se fizer hedging em derivados, não vai estar a reduzir os ganhos assim como as perdas?
Não valerá mais estar menos alavancado para se proteger?
Ou não será na prática o mesmo mas com menos comissões?
Hedge em stocks, com derivados ou stocks com baixa correlação ainda percebo, mas com correlação inversa ou entrar longo e curto simultaneamente não percebo.
Dá para explicar?
Obrigado
Então se fizer hedging em derivados, não vai estar a reduzir os ganhos assim como as perdas?
Não valerá mais estar menos alavancado para se proteger?
Ou não será na prática o mesmo mas com menos comissões?
Hedge em stocks, com derivados ou stocks com baixa correlação ainda percebo, mas com correlação inversa ou entrar longo e curto simultaneamente não percebo.
Dá para explicar?
Obrigado
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
tmms Escreveu:goncalonr Escreveu:Se for um futuro sobre um índice representativo do mercado, a diversificação está feita... para fazer hedging puro, é assumir a posição á vista contrária.
Não, Gonçalo. Eu posso especular exclusivamente em futuros do S&P 500 (representativo do mercado) e isso não altera numa única virgula a problemática aqui levantada.
Também não consigo entender a relação entre esta questão e a realização de um hedging no mercado à vista (*).
Os derivados funcionam de uma forma muito diferente das acções. Nesses mercados sim, podes aplicar as tais ideias de diversificação do markowitz para reduzir o risco.
(*) - Embora seja um assunto lateral à questão, convém clarificar que as coisas funcionam precisamente ao contrário do que propões. Adquire-se o activo no mercado à vista (acções, por exemplo) e faz-se o hedging nos mercados de derivados.
Abraço,
Tiago
Não concordo. Apenas com estratégias em derivados o risco pode ficar coberto ou pelo menos trancado a uma perda mínima (ou um ganho máximo). E para isso não é necessário ter posições spot.
E também poder fazer hedging com shorts à vista e longs em derivados. Portanto não concordo muito com a tua afirmação.
goncalonr Escreveu:Se for um futuro sobre um índice representativo do mercado, a diversificação está feita... para fazer hedging puro, é assumir a posição á vista contrária.
Não, Gonçalo. Eu posso especular exclusivamente em futuros do S&P 500 (representativo do mercado) e isso não altera numa única virgula a problemática aqui levantada.
Também não consigo entender a relação entre esta questão e a realização de um hedging no mercado à vista (*).
Os derivados funcionam de uma forma muito diferente das acções. Nesses mercados sim, podes aplicar as tais ideias de diversificação do markowitz para reduzir o risco.
(*) - Embora seja um assunto lateral à questão, convém clarificar que as coisas funcionam precisamente ao contrário do que propões. Adquire-se o activo no mercado à vista (acções, por exemplo) e faz-se o hedging nos mercados de derivados.
Abraço,
Tiago
tmms Escreveu:Agradeço as opiniões que recebi até agora mas, sinceramente, estou muito longe de aceitar que numa estratégia de futuros* não seja mais eficaz reduzir o risco via nível de exposição (alavancagem) e um eficaz sistema de money management do que diversificando por mais contratos.
Abraço,
Tiago
* - Notem que é isso que está em questão, pois no mercado accionista eu não tenho qualquer dúvida de que a diversificação é um dos factores de diminuição do risco.
Se for um futuro sobre um índice representativo do mercado, a diversificação está feita... para fazer hedging puro, é assumir a posição á vista contrária.
Já agora aqui ficam 2 tópicos relacionados com este tema que encontrei ontem no Caldeirão:
"Diversificar" : http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=60292
"Diversificar: bom ou mau?" : http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=59684
Abraço,
Tiago
"Diversificar" : http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=60292
"Diversificar: bom ou mau?" : http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocio ... hp?t=59684
Abraço,
Tiago
LOAMIL Escreveu:A questão aqui equacionada não se refere a uma única possibilidade mas sim à opção por uma única.Então quando só temos um ovo... temos é que tomar muito bem conta dele.
Crómio, o Loamil tem razão. O cerne da questão é não diversificar por opção mesmo tendo muitos ovos.
E não o faço porque tenho a nítida sensação que o conhecimento profundo de um só activo me confere uma tremenda vantagem competitiva.
Resumidamente, para mim diversificar permite diminuir o risco global da estratégia em X e operar apenas um activo que conhecemos a fundo permite reduzir o risco em X+Y.
Mais, num caso como o da imagem que anexo (euro-bund dia 28 de Março de 2008) a diversificação não te serve de nada. Se estiveres muito alavancado vais à falência em minutos. Neste caso os stoploss não safaram ninguém. É muito raro, mas pode acontecer... é o tal cisne negro. De que vale a diversificação aqui?
O resto, o que acontece em 99.9% dos dias, pode ser controlado via nível de exposição e uma gestão adequada e conservadora de dinheiro.
Abraço,
Tiago
MarcoAntonio Escreveu:Eu tendo a concordar com o tmms. Não porque a diversificação não possa ser um meio para reduzir risco mas porque, no caso de Futuros, existem factores com bem mais peso
Precisamente. É uma questão de peso / importância entre os vários factores causadores de risco.
Na minha opinião, com a minha filosofia de especulação que é semelhantes aos hedge funds,
a redução de risco que eu conseguiria ao diversificar não compensa a perda de atenção por n activos.
Penso que conhecer apenas um activo de forma profunda me confere uma extrema vantagem competitiva.
Abraço,
Tiago
Pata-Hari Escreveu:Que raio de cross é o Euro Schatz !?!?!?! que raio de moeda é o sChatzo"? do burkina chatso!?
Boas, pata. Aqui vai, directamente da wikipedia sem passar pela casa partida sem e receber 10 euros.

Interest Rate Derivatives
The interest rate derivatives cover the German yield curve from one day to 35 years and the Swiss yield curve from eight to 13 years:
Euro-Schatz Futures (notional short-term debt instrument issued by the Federal Republic of Germany with a term of 1.75 to 2.25 years)
Fonte: Wikipedia http://en.wikipedia.org/wiki/Eurex
Depois, além do schatz tens também o bobl, bund e buxl para prazos de 4.5 a 5.5, de 8.5 a 10.5 e 24 a 35 anos, respectivamente.
Tudo contratos negociados na Eurex, a 3ª maior bolsa de derivados do mundo, segundo os dados da Top Futures Industry.
O euro-schatz é o 13º contrato de futuros mais liquido do mundo com 181.101.310 contratos negociados em 2007 (ranking completo de bolsas e contratos em http://os-mercados-financeiros.blogspot ... ustry.html ).
É um contrato consideravelmente alavancado: 126x.
Abraço,
Tiago
Então quando só temos um ovo... temos é que tomar muito bem conta dele.
A questão aqui equacionada não se refere a uma única possibilidade mas sim à opção por uma única.
A minha dúvida é essa. Se forem pesados os prós e os contras, não será mais sensato diversificar?
Um abraço
ml
"Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade."
Elmer Letterman"
Elmer Letterman"
Sempre pensei que não se deviam por os ovos todos no mesmo cesto.
Parece-me que esse é o cerne da questão...
Então quando só temos um ovo... temos é que tomar muito bem conta dele.
Abraço
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Desculpem a ignorância mas de certa forma isto não se enquadra no assunto deste tópico, cujo desfecho trágico teria sido evitado caso tivesse diversificado os investimentos?
Sempre pensei que não se deviam por os ovos todos no mesmo cesto.
Um abraço
ml
06 Jan Adolf Merckle ficou destroçado com a sua incapacidade de lidar com a situação e decidiu colocar um fim à sua vida . Foi com esta declaração que a família do multimilionário alemão confirmou o suicídio de Merckle, o investidor que durante semanas foi notícia pelas perdas milionárias provocadas pela aposta errada na queda das acções da Volkswagen
Sempre pensei que não se deviam por os ovos todos no mesmo cesto.
Um abraço
ml
"Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade."
Elmer Letterman"
Elmer Letterman"
Pata-Hari Escreveu:Acho que nesta altura do campeonato já posso fazer esta pergunta![]()
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Que raio de cross é o Euro Schatz !?!?!?! que raio de moeda é o sChatzo"? do burkina chatso!?
Euro-schatz é a dívida de curto prazo.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
tmms Escreveu:Agradeço as opiniões que recebi até agora mas, sinceramente, estou muito longe de aceitar que numa estratégia de futuros* não seja mais eficaz reduzir o risco via nível de exposição (alavancagem) e um eficaz sistema de money management do que diversificando por mais contratos.
Abraço,
Tiago
* - Notem que é isso que está em questão, pois no mercado accionista eu não tenho qualquer dúvida de que a diversificação é um dos factores de diminuição do risco.
Eu tendo a concordar com o tmms. Não porque a diversificação não possa ser um meio para reduzir risco mas porque, no caso de Futuros, existem factores com bem mais peso e que facilmente de resto podem levar o investidor descuido (pouco avesso ao risco) a falir com maior das facilidades). A alavancagem e como gere situações do tipo margin call (ou como as evita) são determinantíssimas para a performance a prazo...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Pois pode Pata, e longe de mim afirmar que alguém seria capaz de dispor de informação perfeita (isto é, de negociar com risco zero). Mas nas condições específicas em que o tmms negoceia, com o título que utiliza (o Euro-Schatz que, por si só e segundo as observações do próprio, já contém a diversificação inerente ao DAX), conhecer o activo a fundo e os seus padrões de comportamento, num estilo semelhante ao do Arnie com o S&P500, ao do Cem através dos seus intermináveis testes aos sistemas ou ao do JAS com a análise dos COF's, permite que haja um momento em que provavelmente se começa a "conhecer" e compreender o "bicho". Ora este conhecimento pode alimentar as táticas de gestão do risco, sendo eventualmente muito mais útil do que uma diversificação que implique um menor conhecimento dos activos em que se investe.
FT
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Mas flying, pode haver uma diferença entre o grau de certeza que o cem mete nos sinais do sistema dele e que o buffett mete nas empresas que compra versus o grau de certeza que o tiago mete nas suas decisões. Se, na teoria, sabendo muito bem o que se compra e em que condições se compra, se consegue ter boa gestão de risco, o facto é que ficamos com uma enorme exposição a eventos que não controlamos (e nunca controlamos tudo). Ou seja, no fundo, o tiago terá sempre que controlar muito bem a sua exposição dado que há certamente eventos que não controla e dada, se calhar, alguma falta de certeza no seu grau de acerto.
Eu tendo a concordar com o tmms, no quadro específico que ele colocou. As táticas de gestão do risco servem precisamente para modelar a estratégia de investimento ao binómio perfil do investidor / perfil do(s) activo(s).
Por outro lado, a diversificação dos activos implica a multiplicação do esforço no estudo dos mesmos. No limite, será possivelmente mais arriscado investir em 10 activos sobre os quais conhecemos 100 do que em 1 sobre o qual conhecemos 1000 (números "à papo seco", com fins meramente ilustrativos).
Veja-se aliás que traders como o JAS, o Cem, o Arnie e vários outros se especializa(ra)m num número muito estrito de títulos - precisamente para poderem dominar melhor o conhecimento sobre os mesmos e, dessa forma, reduzir o risco das suas estratégias de investimento. Isto utilizando estratégias de investimento que, arrisco dizer, não poderiam ser mais diversas.
Em contrapartida, a diversificação é absolutamente essencial para o investidor médio, que pouco, ou quase nada, estuda os activos em que investe. Neste caso, não existe acréscimo de risco associado a menor comnecimento, porque a diminuição de conhecimento associada ao incremento do número de activos será apenas marginal. A diversificação - com os cuidados apontados pelo nunofaustino quanto à não correlação (nem positiva nem negativa) - representará assim um ganho absoluto no que toca à diminuição do risco
FT
Por outro lado, a diversificação dos activos implica a multiplicação do esforço no estudo dos mesmos. No limite, será possivelmente mais arriscado investir em 10 activos sobre os quais conhecemos 100 do que em 1 sobre o qual conhecemos 1000 (números "à papo seco", com fins meramente ilustrativos).
Veja-se aliás que traders como o JAS, o Cem, o Arnie e vários outros se especializa(ra)m num número muito estrito de títulos - precisamente para poderem dominar melhor o conhecimento sobre os mesmos e, dessa forma, reduzir o risco das suas estratégias de investimento. Isto utilizando estratégias de investimento que, arrisco dizer, não poderiam ser mais diversas.
Em contrapartida, a diversificação é absolutamente essencial para o investidor médio, que pouco, ou quase nada, estuda os activos em que investe. Neste caso, não existe acréscimo de risco associado a menor comnecimento, porque a diminuição de conhecimento associada ao incremento do número de activos será apenas marginal. A diversificação - com os cuidados apontados pelo nunofaustino quanto à não correlação (nem positiva nem negativa) - representará assim um ganho absoluto no que toca à diminuição do risco
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Agradeço as opiniões que recebi até agora mas, sinceramente, estou muito longe de aceitar que numa estratégia de futuros* não seja mais eficaz reduzir o risco via nível de exposição (alavancagem) e um eficaz sistema de money management do que diversificando por mais contratos.
Abraço,
Tiago
* - Notem que é isso que está em questão, pois no mercado accionista eu não tenho qualquer dúvida de que a diversificação é um dos factores de diminuição do risco.
Abraço,
Tiago
* - Notem que é isso que está em questão, pois no mercado accionista eu não tenho qualquer dúvida de que a diversificação é um dos factores de diminuição do risco.
Em teoria, diversificar diminui o risco. Mas isso nem sempre é a regra, pois para diminuir o risco os activos não devem estar correlacionados. Ou seja, o movimento de um activo deve ser o mais independente possível do outro activo.
Isto para quê? Para que quando ocorra um forte movimento (drawdown ou ganho) num activo o sistema não esteja a sofrer um forte movimento no outro (drawdown ou ganho), equilibrando as perdas/lucros, diminuindo assim a variância da carteira.
Por exemplo diversificar investindo em AAPL e RIMM faz menos sentido do que diversificar investindo em AAPL e EURUSD porque a AAPL e a EURUSD estão menos relacionados do que a AAPL e a RIMM.
Um abr
Nuno
Isto para quê? Para que quando ocorra um forte movimento (drawdown ou ganho) num activo o sistema não esteja a sofrer um forte movimento no outro (drawdown ou ganho), equilibrando as perdas/lucros, diminuindo assim a variância da carteira.
Por exemplo diversificar investindo em AAPL e RIMM faz menos sentido do que diversificar investindo em AAPL e EURUSD porque a AAPL e a EURUSD estão menos relacionados do que a AAPL e a RIMM.
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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