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Caldeirão da Bolsa

E agora, já vale a pena?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Habitação em Espanha

por Celeste » 5/12/2008 22:29

Aconselho a leitura do tópico "Spain Is in Big Trouble", para quem ainda não o viu. Já comentei com o meu amigo, ex-Madrid, mas ele não ficou lá muito bem disposto :cry:
Celeste
 
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Re: spread

por goncalonr » 5/12/2008 12:09

emanuelmfs Escreveu:no caso mencionado fed/libor o spread seria 500 bp e nao 5, ja que uma variação de 0.5% corresponde a 50 bp


Como é óbvio, falha minha! :oops: :oops: :oops:

Estava a pensar em pp e escrevi bp.
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spread

por emanuelmfs » 5/12/2008 11:39

no caso mencionado fed/libor o spread seria 500 bp e nao 5, ja que uma variação de 0.5% corresponde a 50 bp
 
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por goncalonr » 5/12/2008 11:27

logout Escreveu:
Bocciardi Escreveu:Na minha opinião, desde que seja numa perspectiva de longo-prazo, vale, sempre valeu e valerá a pena comprar uma casa em vez de a alugar...

Bocciardi Escreveu:Já tive uma casa alugada e ao fim do mês custava-me ver "desaparecer" uma bela fatia do meu salário, enquanto que agora, essa bela fatia é para pagar uma coisa minha que me poderá dar uma boa rentabilidade... :)


A titulo de exemplo, considera um credito para 150.000 euros, a 50 anos, com euribor a 3.71% e spread de 0.7%. O resultando é prestação de 621.95 euros em que apenas 68.82 correspondem ao valor amortizado na divida, ou seja, o valor dos juros no primeiro mês é de 551.25.

Sendo o valor da amortização é durante muitos anos bastante inferior ao custo dos juros, não vejo que seja assim tao diferente de um arrendamento.

Para o mesmo emprétimo, o valor total das prestações ao fim de 50 anos, e considerando que nao são feitas amortizações é de 372.794,10, correspondendo 221.920,50 a juros e 150.000,00 a amortizações.

Estou convicto que a opção de compra é nitidamente preferivel se nao existir a necessidade de recorrer a crédito, porque caso contrário é necessário fazer uma análise mais cuidada (como ja tem sido debatido aqui em alguns tópicos).

Nota: este exemplo nao considera inflação, variações na euribor nem despesas com o imovel.


E também não considera um dos aspectos mais importantes na análise de um investimento imobiliário: Valor Residual. Não esqueçam nunca, sem este dado qualquer análise que façam não faz sentido!

Determinar este valor e timing de saída do investimento é crucial. Calcular muito bem a minha cap rate e compará-la com a yield de mercado (ou de investimentos alternativos) é fundamental para determinar o período óptimo de saída do meu investimento.

Logo, andar a somar o que se paga num empréstimo... só se for preferível eu ficar com o imóvel durante 50 anos, algo que acontecerá com muito baixa probabilidade...

goncalonr escreveu:
O imóvel fica mais velho mas se for bem tratado, remodelado, etc, ganha valor, não perde! Por isso é que o Valor Residual tem tanto peso na decisão de investimento no imobiliário.



logout escreveu:
Atenção que tratar e/ou remodelar tem um custo considerável que convem nao desprezar...


Depende do imóvel, em que estado ele está, como é remodelado, etc... muitas vezes, uma pequena remodelação potencia o valor de mercado de um imóvel em percentagem superior (ou seja, investir 1% em remodelação pode valorizar o imóvel em mais de 1%).


BYPASS escreveu:
Parece que afinal não estávamos a falar do mesmo spread!
Eu estava a referir-me ao spread dos empréstimos (banco/cliente).
Esse diferencial na taxa de referência do BCE e na Euribor também se chama spread?


Entenda o spread como uma medida de risco. Como o risco no MMI tem sido elevado (porque os bancos não conseguem determinar o nível de risco dos activos que uns e outros têm), os spreads praticados no MMI são elevados. Só para ter uma ideia, quando a taxa de referência da FED andava nos 2%, a LIBOR a 6 meses chegou quase a bater nos 7%, ou seja, um spread de 5 bp. É muito!

Estes spreads têm vindo a estreitar-se porque com o Estado a conceder avais sobre operações de financiamento por parte dos bancos, quem cede o dinheiro sabe que o risco de contraparte é inferior porque existe um aval de uma entidade com baixo risco (teoricamente, o risco financeiro mais baixo que existe, vulgarmente conhecida como risk-free).

Estes spreads são determinantes, em Portugal, para o cálculo da prestação de CH porque determinam as Euribor, taxa usada para cálculo desses mesmos CH's.

Um abraço a todos.
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por Rockerduck » 4/12/2008 23:59

Celeste Escreveu:
Bocciardi Escreveu:
Celeste Escreveu:
Bocciardi Escreveu:
Celeste Escreveu:
Quanto a qualidade de construção, diz o roto ao nú: os americanos ficam sem casa sempre que vem uma rabanada de vento! É tudo pré-fabricado e com qualidade questionável. O que vale mesmo é a terra.

Os americanos são sempre os americanos... Mas já estive em alguns locais da américa do norte e prefiro as casinhas deles, e sobretudo os quintais :lol: Se viessem umas rabanadas daquelas por Portugal, nem quero saber como ficariam muitas casinhas por aí...
Celeste


Celeste, a construção depende sempre das especificidades geográficas de cada região... Não é por acasa que, se fores a Trás-os-montes, as velhas casas daquelas aldeias tem paredes em granito com mais de meio metro de espessura e as janelas e portas são coisas pouco abundantes...

Como diria o outro:
Se aminha avó tivesse ... seria o meu avô.

:lol:

Bocciardi,
Só posso concordar se pensares que o granito é abundante por aqueles locais, e porque os nossos antepassados só sabiam construir de uma maneira. Se pensares que é por causa do frio, não há nada como perceber que essa não é a melhor forma de nos protegermos do frio. Basta ir ao norte da Europa e ver que há outras formas muito mais eficientes de nos mantermos quentinhos :)
Celeste


Celeste, a parte que devias destacar era os mais de 50 cm que cada parede tem e a falta de janelas e portas, para terem casas mais estanques ao frio e ao calor. O grantio, é obvio que é por ser onde é...


Bocciardi,

Uma boa casa em madeira isola muito mais que esses 50cm de granito. Acredita, porque já fiquei umas semanas na América do Norte (Canadá), numa casinha dessas, com -20ºC lá fora. E umas boas janelas com vidro duplo deixam entrar os poucos raios solares e fazem autênticas maravilhas. Porque será que os nórdicos perferem janelas grandes???

Cá pelos nossos lados, nunca mais me hei-de esquecer duma reportagem que vi aqui há uns anos na televisão, com uma senhora de leste a dizer que nunca tinham passado tanto frio na vida como a que estavam a passar na casa no Alentejo. No Inverno claro está, porque no Verão o problema é o mesmo, só que ao contrário...

Celeste


E esta solução barata e energeticamente eficiente: Uma casa de fardos de palha


OS FARDOS de palha que vemos pelas searas alentejanas servem também para construir casas extremamente seguras, económicas, termicamente eficazes e... bonitas.

Sabia que com menos de 15.000 euros consegue construir uma casa linda e confortável, que não precisará praticamente de aquecimento no inverno?

Esta é uma solução ao alcance de todos e que está a ser utilizada crescentemente um pouco por todo o mundo. Desde uma pequena casa a uma grande mansão ou mesmo edifício, os fardos de palha são uma das soluções mais práticas para projectos habitacionais sustentáveis.

Um professor inglês que vive numa casa construida com fardos de palha, na Escócia, diz-nos que só tem necessidade de ligar o aquecimento quando o termómetro exterior marca 10 graus abaixo de zero. Podemos pois calcular a poupança desta família. Segundo ele, a construção da casa (3 quartos, sala, cozinha e casa de banho) ficou-lhe por menos de 15 mil euros, em autoconstrução.

Em termos de arquitectura, podemos fazer practicamente tudo o que se faz num projecto de casa convencional, sendo mesmo muito mais fácil ousar um estilo mais «orgânico». Foi o caso do projecto de um hotel de luxo na Africa do Sul, construído com 10.000 fardos de palha ( http://www.didimala.co.za/ ). Os donos queriam um projecto com linhas orgânicas e quando viram a maquete perguntaram-se como fariam para construir aquele sonho. Um dos arquitectos sugeriu, então, que usassem fardos de palha. Ficaram primeiro estupefactos com a ideia, mas quando investigaram mais cuidadosamente o tema, lançaram-se no empreendimento. O resultado foi um deslumbrante hotel de 5 estrelas.
Uma casa de 60 metros quadrados pode ficar por menos de 10.000 euros, se a mão de obra for sua e dos amigos, dado que este tipo de casa é extremamente simples de construir. Em termos térmicos é 85% mais eficiente do que uma casa «normal» com paredes duplas e isolamento no meio. Quanto ao fogo, não se assuste. Já tentou queimar uma lista telefónica? O comportamento dos fardos de palha é idêntico, reforçado pelo facto de se encontrarem protegidos do ar pelo reboco. A palha é um material que pode durar séculos, desde que não apanhe humidade, por isso a questão fundamental é proteger as paredes de toda a humidade, com o reboco bem aplicado.
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Re: E agora, já vale a pena?

por BYPASS » 4/12/2008 19:51

goncalonr Escreveu:
BYPASS Escreveu:
goncalonr Escreveu:Espera-se que os spreads descam mais um pouco, portanto é natural continuarmos a observar uma descida nas Euribor..


Não vejo qual a relação do spread com a descida da euribor, uma vez que a descida das taxas e o aumento recente nos spread, se deve inclusivamente à crise monetária, ao risco dos empréstimos e aos bancos como instituições de crédito fácil... Spreads baixos nos próximos tempos vai ser dificíl de arranjar, sem qualquer relação com a queda da euribor.

goncalonr Escreveu:E agora? Perante esta realidade, já vale a pena comprar casa?


Vale sempre a pena pagar por algo que vai ser nosso e se possível da maneira mais rápida possível. Quanto mais rápido, mais vale a pena. E julgo que aqui a relação é exponencial.


Não concordo e explico porquê: é verdade que a descida da taxa de referência, de forma isolada, não faz nem fez baixar o spread no MMI. Outras acções para isso contribuiram (nomeadamente os avais estatais). No entanto, se se recordar, quando a taxa de referência estava nos 4,25%, a Eur6m chegou a 5,5%, ou seja, um spread de 1,25 pp. Hoje, esse spread anda em 1 pp e julgo que talvez estreite um pouco mais, apenas um pouco...



Parece que afinal não estávamos a falar do mesmo spread!
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por goncalonr » 4/12/2008 18:01

Celsius Escreveu:Vou esperar pela deflação para comprar casa :evil:


Porquê?
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por Celsius-reloaded » 4/12/2008 17:47

Vou esperar pela deflação para comprar casa :evil:
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por Elias » 4/12/2008 17:43

Celeste Escreveu:Cá pelos nossos lados, nunca mais me hei-de esquecer duma reportagem que vi aqui há uns anos na televisão, com uma senhora de leste a dizer que nunca tinham passado tanto frio na vida como a que estavam a passar na casa no Alentejo. No Inverno claro está, porque no Verão o problema é o mesmo, só que ao contrário...

Celeste


Isso acontece porque a qualidade de construção em Portugal tem muito que se lhe diga e porque as casas (ao contrário do que acontece numa grande parte da Europa) não têm aquecimento central.


E desenganem-se aqueles que julgam que o Alentejo é menos frio que a Europa central: para a semana que vem, as mínimas previstas para Évora são de 4 graus: as mesmas que em Amsterdão, Berlim ou Viena. Mas como eles lá têm aquecimento e nós não, acabamos por passar pior. Muito pior.
 
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por Celeste » 4/12/2008 17:37

Bocciardi Escreveu:
Celeste Escreveu:
Bocciardi Escreveu:
Celeste Escreveu:
Quanto a qualidade de construção, diz o roto ao nú: os americanos ficam sem casa sempre que vem uma rabanada de vento! É tudo pré-fabricado e com qualidade questionável. O que vale mesmo é a terra.

Os americanos são sempre os americanos... Mas já estive em alguns locais da américa do norte e prefiro as casinhas deles, e sobretudo os quintais :lol: Se viessem umas rabanadas daquelas por Portugal, nem quero saber como ficariam muitas casinhas por aí...
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Celeste, a construção depende sempre das especificidades geográficas de cada região... Não é por acasa que, se fores a Trás-os-montes, as velhas casas daquelas aldeias tem paredes em granito com mais de meio metro de espessura e as janelas e portas são coisas pouco abundantes...

Como diria o outro:
Se aminha avó tivesse ... seria o meu avô.

:lol:

Bocciardi,
Só posso concordar se pensares que o granito é abundante por aqueles locais, e porque os nossos antepassados só sabiam construir de uma maneira. Se pensares que é por causa do frio, não há nada como perceber que essa não é a melhor forma de nos protegermos do frio. Basta ir ao norte da Europa e ver que há outras formas muito mais eficientes de nos mantermos quentinhos :)
Celeste


Celeste, a parte que devias destacar era os mais de 50 cm que cada parede tem e a falta de janelas e portas, para terem casas mais estanques ao frio e ao calor. O grantio, é obvio que é por ser onde é...


Bocciardi,

Uma boa casa em madeira isola muito mais que esses 50cm de granito. Acredita, porque já fiquei umas semanas na América do Norte (Canadá), numa casinha dessas, com -20ºC lá fora. E umas boas janelas com vidro duplo deixam entrar os poucos raios solares e fazem autênticas maravilhas. Porque será que os nórdicos perferem janelas grandes???

Cá pelos nossos lados, nunca mais me hei-de esquecer duma reportagem que vi aqui há uns anos na televisão, com uma senhora de leste a dizer que nunca tinham passado tanto frio na vida como a que estavam a passar na casa no Alentejo. No Inverno claro está, porque no Verão o problema é o mesmo, só que ao contrário...

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por trial » 4/12/2008 17:16

A compra de casa tem sido favorecida em relação ao arrendamento nos principais países, é um duplo erro:

Primeiro a compra é inimiga da mobilidade nos nossos dias para ter sucesso profissional ou um simples emprego é preciso circular.

Segundo neste caso o erro ainda é maior “ Quem casa quer casa” tempo de vida médio de um casamento esta em menos de 7 anos , com empreitámos a 30 anos .

Esta última situação será dramática para muitos quando o valor da revenda for inferior ao preço de compra.
 
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por goncalonr » 4/12/2008 17:13

Bocciardi Escreveu:O que o Gonçalo acaba de dizer é essencial e verdadeiro. Morei mais de um ano em paris num "sotão" de um edifício com mais de 100 anos, estava impecável e o edificío muito bem cuidado e recuperado - no centro da cidade (casa alugada).

Quando fiz Erasmus, vivi num casa com mais de 130 anos, toda recuperada e espectacular. A fachada do edifício estava um pouco suja, mas o mesmo estava em muito bom estado - no centro da cidade (casa alugada).

Em Lisboa vivo numa casa no bairro alto, recuperada à 8 anos e com melhorias este ano. A casa está altamente e tem mais de 150 anos - no centro da cidade (casa própria)

Que me apareça uma casa em boas condições, prefiro até as construções com mais de 20 a 30 anos, pois são muito melhores, com paredes duras e muito mais estanques, que a compro (claro, se for a bom preço).

A idade de um edifício tem o valor que tem, se for no Chiado por exemplo, vão ver o preço a disparar... Quando fica no centro da cidade, valoriza sempre!!!


O que nos leva a outra regra essencial no imobiliário: localização.

Outro exemplo de activo com esta característica engraçada da não-depreciação com o tempo é a arte. Arte e imobiliário partilham algumas características bem interessantes.

Em suma, das ideias que temos partilhado, julgo que chegamos às seguintes conclusões:

- A conjuntura não deve ditar a regra na decisão de investimento imobiliário;
- Porquê? É um investimento a longo prazo. Para prazos curtos, a opção deve recair sobre arrendamento;
- Assim, o nível momentâneo das taxas de juro não deve ser considerado como o principal factor na tomada de decisão de investimento;
- Localização é essencial na escolha de um imóvel;
- Os imóveis não depreciam com o tempo, bem pelo contrário;
- Assim, o Valor Residual pesa bastante na tomada de decisão. Mais uma vez, a localização é factor determinante para "assegurar" um Valor Residual elevado no futuro;
- E por fim, o mais importante, o fim da recessão só pode ser decretado pelo Sr. Ministro da Economia :lol: :lol: :lol:
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por Bocciardi » 4/12/2008 17:06

Celeste Escreveu:
Bocciardi Escreveu:
Celeste Escreveu:
Quanto a qualidade de construção, diz o roto ao nú: os americanos ficam sem casa sempre que vem uma rabanada de vento! É tudo pré-fabricado e com qualidade questionável. O que vale mesmo é a terra.

Os americanos são sempre os americanos... Mas já estive em alguns locais da américa do norte e prefiro as casinhas deles, e sobretudo os quintais :lol: Se viessem umas rabanadas daquelas por Portugal, nem quero saber como ficariam muitas casinhas por aí...
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Celeste, a construção depende sempre das especificidades geográficas de cada região... Não é por acasa que, se fores a Trás-os-montes, as velhas casas daquelas aldeias tem paredes em granito com mais de meio metro de espessura e as janelas e portas são coisas pouco abundantes...

Como diria o outro:
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Bocciardi,
Só posso concordar se pensares que o granito é abundante por aqueles locais, e porque os nossos antepassados só sabiam construir de uma maneira. Se pensares que é por causa do frio, não há nada como perceber que essa não é a melhor forma de nos protegermos do frio. Basta ir ao norte da Europa e ver que há outras formas muito mais eficientes de nos mantermos quentinhos :)
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Celeste, a parte que devias destacar era os mais de 50 cm que cada parede tem e a falta de janelas e portas, para terem casas mais estanques ao frio e ao calor. O grantio, é obvio que é por ser onde é...
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por Bocciardi » 4/12/2008 17:02

O que o Gonçalo acaba de dizer é essencial e verdadeiro. Morei mais de um ano em paris num "sotão" de um edifício com mais de 100 anos, estava impecável e o edificío muito bem cuidado e recuperado - no centro da cidade (casa alugada).

Quando fiz Erasmus, vivi num casa com mais de 130 anos, toda recuperada e espectacular. A fachada do edifício estava um pouco suja, mas o mesmo estava em muito bom estado - no centro da cidade (casa alugada).

Em Lisboa vivo numa casa no bairro alto, recuperada à 8 anos e com melhorias este ano. A casa está altamente e tem mais de 150 anos - no centro da cidade (casa própria)

Que me apareça uma casa em boas condições, prefiro até as construções com mais de 20 a 30 anos, pois são muito melhores, com paredes duras e muito mais estanques, que a compro (claro, se for a bom preço).

A idade de um edifício tem o valor que tem, se for no Chiado por exemplo, vão ver o preço a disparar... Quando fica no centro da cidade, valoriza sempre!!!
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por goncalonr » 4/12/2008 16:54

Celeste Escreveu:
goncalonr Escreveu:
Celeste Escreveu:Alex, tens toda a razão! Tenho um amigo meu que foi trabalhar para Madrid :oops: e comprou há pouco mais de um ano nos arredores. Agora nem por metade a consegue vender... e já está cá outra vez.
Um parente meu que vive nos EUA conta-me que já perdeu a conta a quantos choques imobiliários já viveu por lá.
Finalmente, uma amiga minha (um bocado louca é verdade) diz que um país só se torna verdadeiramente desenvolvido depois do seu primeiro choque imobiliário...

Na minha opinião, temos que ter um por estes lados. Os preços são caríssimos, sobretudo quando compararmos com dois factores: o nível de vida e a qualidade de construção. Neste último aspecto, a construção por cá é horrível, e basta ver como a maioria das casas se comportou com uma semana de frio...

Celeste


Cá está! Volto outra vez ao mesmo: prever um prazo de permanência curto e decidir comprar... o problema não é do mercado, é da decisão! Foi errada!

O imobiliário tem ciclos, como qualquer outro activo. E este ciclo bear ainda mal se iniciou porque o imobiliário é um activo muito mais rígido e demora mais tempo a responder.

Hoje são poucas as pessoas que vão ficar numa casa para o resto da vida. O meu amigo de Madrid tem duas casas: uma cá e outra lá. Mas porque comprou a de Madrid e não a alugou? Porque tinha a ideia que ia sempre valorizar...
Depois, já alguém do fórum pensou em comprar uma casa com 30 anos? Porquê? A maioria porque está velha... É assim que estarão as nossas casas quando a maioria as acabar de pagar...
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Outro aspecto essencial no imobiliário e que o difere de outros activos financeiros: não deprecia com o tempo! O imóvel fica mais velho mas se for bem tratado, remodelado, etc, ganha valor, não perde! Por isso é que o Valor Residual tem tanto peso na decisão de investimento no imobiliário.

Portanto, a minha opinião é que essa sua ideia está errada. Se assim fosse, como estaria o mercado imobiliário de Amesterdão?! Londres?! Há lá casas fantásticas, óptimas, lindas com 300 anos e mais... não valem nada?! Valem só a terra?! Talvez sejam as que mais valem...
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por Celeste » 4/12/2008 16:53

Bocciardi Escreveu:
Celeste Escreveu:
Quanto a qualidade de construção, diz o roto ao nú: os americanos ficam sem casa sempre que vem uma rabanada de vento! É tudo pré-fabricado e com qualidade questionável. O que vale mesmo é a terra.

Os americanos são sempre os americanos... Mas já estive em alguns locais da américa do norte e prefiro as casinhas deles, e sobretudo os quintais :lol: Se viessem umas rabanadas daquelas por Portugal, nem quero saber como ficariam muitas casinhas por aí...
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Celeste, a construção depende sempre das especificidades geográficas de cada região... Não é por acasa que, se fores a Trás-os-montes, as velhas casas daquelas aldeias tem paredes em granito com mais de meio metro de espessura e as janelas e portas são coisas pouco abundantes...

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por Elias » 4/12/2008 16:51

Celeste Escreveu:Mas porque comprou a de Madrid e não a alugou? Porque tinha a ideia que ia sempre valorizar...


Existe uma ideia feita que é a de que as casas valorizam sempre. À pála disso, os seguros multirriscos aumentam todos os anos de acordo com uma fórmula qualquer que as seguradoras inventaram e que reflecte o pressuposto de que a casa valoriza ad aeternum, e não o seu valor real de mercado.
 
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por Celeste » 4/12/2008 16:49

goncalonr Escreveu:
Celeste Escreveu:Alex, tens toda a razão! Tenho um amigo meu que foi trabalhar para Madrid :oops: e comprou há pouco mais de um ano nos arredores. Agora nem por metade a consegue vender... e já está cá outra vez.
Um parente meu que vive nos EUA conta-me que já perdeu a conta a quantos choques imobiliários já viveu por lá.
Finalmente, uma amiga minha (um bocado louca é verdade) diz que um país só se torna verdadeiramente desenvolvido depois do seu primeiro choque imobiliário...

Na minha opinião, temos que ter um por estes lados. Os preços são caríssimos, sobretudo quando compararmos com dois factores: o nível de vida e a qualidade de construção. Neste último aspecto, a construção por cá é horrível, e basta ver como a maioria das casas se comportou com uma semana de frio...

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Cá está! Volto outra vez ao mesmo: prever um prazo de permanência curto e decidir comprar... o problema não é do mercado, é da decisão! Foi errada!

O imobiliário tem ciclos, como qualquer outro activo. E este ciclo bear ainda mal se iniciou porque o imobiliário é um activo muito mais rígido e demora mais tempo a responder.

Hoje são poucas as pessoas que vão ficar numa casa para o resto da vida. O meu amigo de Madrid tem duas casas: uma cá e outra lá. Mas porque comprou a de Madrid e não a alugou? Porque tinha a ideia que ia sempre valorizar...
Depois, já alguém do fórum pensou em comprar uma casa com 30 anos? Porquê? A maioria porque está velha... É assim que estarão as nossas casas quando a maioria as acabar de pagar...
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por Bocciardi » 4/12/2008 16:46

Celeste Escreveu:
Quanto a qualidade de construção, diz o roto ao nú: os americanos ficam sem casa sempre que vem uma rabanada de vento! É tudo pré-fabricado e com qualidade questionável. O que vale mesmo é a terra.

Os americanos são sempre os americanos... Mas já estive em alguns locais da américa do norte e prefiro as casinhas deles, e sobretudo os quintais :lol: Se viessem umas rabanadas daquelas por Portugal, nem quero saber como ficariam muitas casinhas por aí...
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por Rockerduck » 4/12/2008 16:44

O arrendamento numa sociedade onde há uma maior mobilidade das famílias (principalmente nas recem-formadas) é a atitude mais correcta no início de vida profissional. Se a isso adicionarmos os menores rendimentos do início de carreira, ainda faz mais sentido.

O tradicional por esses países desenvolvidos fora é que se saia cedo de casa (não como aqui que é aos trintas) e se realize o arrendamento da habitação. A partir da altura em que existe uma certa estabilidade laboral e financeira parte-se para a compra... e normalmente a entrada inicial seria um valor substancial da habitação. Conseguir-se-á assim criar uma qualidade de vida razoável que caminhe em crescendo ao longo da vida.


Como se disse aqui é uma decisão que deve ser contextualizada em diversos factores que orbitam à volta da pessoa que a vai tomar, como por exemplo:

- Se o trabalho é estável ou precário (agora já começam a ser todos)
- Se a carreira vai obrigar a mudar de residência diversas vezes - é mais fácil largar uma habitação arrendada do que uma comprada



Uma compra se for realizada num período de taxas de juro baixas, como já se viveu há poucos anos e prevê-se que venhamos a ter daqui a um ano e pico, deveria ser feita com taxa fixa. Assim, apesar de a taxa a contratar vir a ser maior que a existente na altura, garante uma estabilidade nas alturas em que elas disparam evitando-se o cenário vivido por muitas famílias este ano.


Este é um assunto que tem pano para mangas... ficam assim estas minhas notas.

cumps
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por Bocciardi » 4/12/2008 16:42

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Está inerente então... a crise terminou!!!

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por Celeste » 4/12/2008 16:42

Quanto a qualidade de construção, diz o roto ao nú: os americanos ficam sem casa sempre que vem uma rabanada de vento! É tudo pré-fabricado e com qualidade questionável. O que vale mesmo é a terra.

Os americanos são sempre os americanos... Mas já estive em alguns locais da américa do norte e prefiro as casinhas deles, e sobretudo os quintais :lol: Se viessem umas rabanadas daquelas por Portugal, nem quero saber como ficariam muitas casinhas por aí...
Celeste
 
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