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Caldeirão da Bolsa

A propósito do topico dos alunos de Fafe

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 24/11/2008 16:05

Já agora, não sei se lestes um comentário anterior, mas eu já fui professor, conheço bem o meio, por isso não vale a pena perderes tempo a mandar-me areia para os olhos.

Acrescento para quem não está por dentro do assunto, que no 1º ano em que se dá aulas é realmente mais trabalhoso, a partir dai o trabalho de preparação das aulas é reduzidíssimo (caso seja uma pessoa organizada), já que os programas não mudam todos os anos e quando mudam são situações pontuais, salvo algumas excepções.

Para concluir, se é assim tão mau ser professor porque ainda o és? Vem cá para fora, para o mercado de trabalho para veres o que é bom.

Ou será que és um dos que se queixa com falta de tempo e depois de sair da escola ainda vai dar aulas no ensino privado?

Cumprimentos
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por silvaxico » 24/11/2008 14:53

mais_um Escreveu:
AikyFriu Escreveu:
Por mim acho que a próxima luta dos professores deveria ser um horário de trabalho de 40 horas na escola (eu sei que actualmente o horário oficial é "35"!).


Sim, também concordo, mas não esquecer que como todos os outros trabalhadores deviam só ter direito a 22 ou 25 dias uteis de férias. Assim deviam ir todos os dias à escola, mesmo na semana a seguir ao Natal, à Pascoa, Junho, Julho, etc

Um abraço


mais_um,

num dia em que tenhas um bocado de tempo livre tenta pensar em quanto tempo é necessário para corrigir um teste de avaliação, quanto tempo é necessário para preparar uma aula, quanto tempo é necessário para elaborar um teste de avaliação ou para preparar os powerpoints de apoio à aula.

depois faz as contas e ficas a perceber porque é que os professores até apoiariam a tua medida (e ficariam contentes por ter os tais 22 dias de férias)

Um abraço

ps. Entretanto encontrei o "tal email" (uma resposta a um comentário de alguém que acha que os professores têm tempo livre a mais)

Genial ironia do colega que se deu ao trabalho em fazer as contas e responder!
Deve ser lido por todos……os portugueses que opinam sem se informarem.

Caros colegas, boa resposta ao Caríssimo indignado que veio aos
jornais INDIGNAR-SE contra os professores.

Caro anónimo indignado com a indignação dos professores...

Caro anónimo indignado com a indignação dos professores, homens (e as
mulheres) não se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por
aquilo que afirmam, isto é, por saberem ou não saberem o que dizem e
do que falam.

O caro anónimo mostra-se indignado (apesar de não aceitar que os
professores também se possam indignar! Dualidade de critérios deste
nosso estimado anónimo... Mas passemos à frente) com o excesso de
descanso dos professores: afirma que descansamos no Natal, no
Carnaval, na Páscoa e no Verão, (esqueceu-se de mencionar que também
descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado anónimo insurge-se
veementemente contra tão desmesurada dose de descanso de que os
professores usufruem e de que, ao que parece, ninguém mais usufrui.

Ora vamos lá ver se o nosso atento e sagaz anónimo tem razão. Vai
perdoar-me, mas, nestas coisas, só lá vamos com contas.

O horário semanal de trabalho do professor é 35 horas. Dessas trinta e
cinco, 11 horas (em alguns casos até são apenas dez) são destinadas ao
seu trabalho individual, que cada um gere como entende. As outras 24
horas são passadas na escola, a leccionar, a dar apoio, em reuniões,
em aulas de substituição, em funções de direcção de turma, de
coordenação pedagógica, etc., etc.

Bom, centremo-nos naquelas 11 horas que estão destinadas ao trabalho
que é realizado pelo professor fora da escola (já que na escola não há
quaisquer condições de o realizar): preparação de aulas, elaboração de
testes, correcção de testes, correcção de trabalhos de casa, correcção
de trabalhos individuais e/ou de grupo, investigação e formação
contínua. Agora, vamos imaginar que um professor, a quem podemos
passar a chamar de Simplício, tem 5 turmas, 3 níveis de ensino, e que
cada turma tem 25 alunos (há casos de professores com mais turmas,
mais alunos e mais níveis de ensino e há casos com menos - ficamos por
uma situação média, se não se importar). Para sabermos o quanto este
professor trabalha ou descansa, temos de contar as suas horas de
trabalho.

Vamos lá, então, contar:

1. Preparação de aulas: considerando que tem duas vezes por semana
cada uma dessas turmas e que tem três níveis diferentes de ensino, o
professor Simplício precisa de preparar, no mínimo, 6 aulas por semana
(estou a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo nível são
exactamente iguais -- o que não acontece -- e que, por isso, quando
prepara para uma turma também já está a preparar para a outra turma do
mesmo nível). Vamos considerar que a preparação de cada aula demora 1
hora. Significa que, por semana, despende 6 horas para esse trabalho.
Se o período tiver 14 semanas, como é o caso do 1.º período do
presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84 horas nesta
tarefa.

2. Elaboração de testes: imaginemos que o prof. Simplício realiza, por
período, dois testes em cada turma. Significa que tem de elaborar dez
testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora para
preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado,
acredite), quer dizer que consome, num período, 10 horas neste
trabalho.

3. Correcção de testes: o prof. Simplício tem, como vimos, 125 alunos,
isto implica que ele corrige, por período, 250 testes. Vamos imaginar
que ele consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas
disciplinas, seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que é
possível corrigir em tão pouco tempo), demora mais de 104 horas para
conseguir corrigir todos os testes, durante um período.

4. Correcção de trabalhos de casa: consideremos que o prof. Simplício só manda realizar trabalhos para casa uma vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total são mais de 20 horas (isto é, 125 alunos x 10
minutos) por semana. Como o período tem 14 semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas.

5. Correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que
o prof. Simplício manda realizar apenas um trabalho de grupo, por
período, e que cada grupo é composto por 3 alunos; terá de corrigir
cerca de 41 trabalhos. Vamos também imaginar que demora apenas 1 hora
a corrigir cada um deles (os meus colegas até gargalham, ao verem
estes números tão minguados), dá um total de 41 horas.

6. Investigação: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas
por semana a investigar, dá, no período, 28 horas (2h x 14 semanas).

7. Acções de formação contínua: para não atrapalhar as contas, nem vou
considerar este tempo.

Vamos, então, somar isto tudo:

84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas.

Multipliquemos, agora, as 11horas semanais que o professor tem para
estes trabalhos pelas 14 semanas do período: 11hx14= 154 horas.

Ora 547h-154h=393 horas. Significa isto que o professor trabalhou, no
período, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido
destinadas para o efeito.

Vamos ver, de seguida, quantos dias úteis de descanso tem o professor no Natal.

No próximo Natal, por exemplo, as aulas terminam no dia 18 de
Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 serão para realizar Conselhos de Turma,
portanto, terá descanso nos seguintes dias úteis: 24, 26, 29 30 e 31
de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias úteis. Ora 6 dias
vezes 7 horas de trabalho por dia dá 42 horas. Então, vamos subtrair
às 393 horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso
que teve no Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor
trabalhou a mais 351 horas!! Isto em dias de trabalho, de 7 horas
diárias, corresponde a 50 dias!!! O professor Simplício tem um crédito
sobre o Estado de 50 dias de trabalho. Por outras palavras, o Estado
tem um calote de 50 dias para com o prof. Simplício.

Pois é, não parecia, pois não, caro anónimo? Mas é isso que o Estado
deve, em média, a cada professor no final de cada período escolar.

Ora, como o Estado somos todos nós, onde se inclui, naturalmente, o
nosso prezado anónimo, (pressupondo que, como nós, tem os impostos em
dia) significa que o estimado anónimo, afinal, está em dívida para com
o prof. Simplício. E ao contrário daquilo que o nosso simpático
anónimo afirmava, os professores não descansam muito, descansam pouco!

Veja lá os trabalhos que arranjou: sai daqui a dever dinheiro a um
professor. Mas, não se incomode, pode ser que um dia se encontrem e,
nessa altura, o amigo paga o que deve.
 
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por mais_um » 24/11/2008 13:24

AikyFriu Escreveu:
Por mim acho que a próxima luta dos professores deveria ser um horário de trabalho de 40 horas na escola (eu sei que actualmente o horário oficial é "35"!).


Sim, também concordo, mas não esquecer que como todos os outros trabalhadores deviam só ter direito a 22 ou 25 dias uteis de férias. Assim deviam ir todos os dias à escola, mesmo na semana a seguir ao Natal, à Pascoa, Junho, Julho, etc

Um abraço
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por mais_um » 24/11/2008 13:18

AikyFriu Escreveu:Claro que tu tens números para provar o que afirmas, ou é só palpite?
Eu estou na carreira desde 85, conheço centenas de professores e não conheço nenhum a quem essa prova tenha impedido de chegar ao 8º escalão. Essa é mais uma afirmação falsa....


Prova-me que é falsa, sou todo olhos....

AikyFriu Escreveu:Mais uma inverdade... nessa semana havia um feriado e haviam as reuniões intercalares... nenhum professor tinha mais do que 1 ou 2 dias sem ir à escola. Normalmente esses dias eram utilizados para preparar aulas, corrigir/fazer testes, etc... Para os alunos era uma óptima altura para recarregar baterias.

Sinceramente, deves andar confuso.

Despacho Normativo n.º 24/2000

Artigo 3.º
Desenvolvimento do calendário escolar
Na fixação em despacho ministerial do calendário escolar para cada ano de actividades são tidos em conta, para os ensinos básico e secundário, os seguintes princípios:
a) As actividades escolares têm a duração de 180 dias, nos termos do Decreto-Lei n.º 286/89, de 29 de Agosto, e decorrem em três períodos;
b) Cada período tem uma duração de, aproximadamente, três meses, seguido de, pelo menos, uma semana de interrupção de actividades lectivas;
c) O 1.º período inicia-se durante a 1.ª quinzena de Setembro;
d) No decurso do 1.º período tem lugar uma interrupção das actividades lectivas, com a duração de até uma semana, a qual coincide com os dias 1 e 2 de Novembro

Para demosntrar que o que afirmas é falso, temos:

http://www.esec-tomas-cabreira.rcts.pt/calen.htm

Podes verificar que as pausas em questão tinham a duração de 1 semana, tendo 4 dia uteis só quando o 1º de Novembro era durante a semana.



AikyFriu Escreveu:Mas penso que tu tocaste no ponto sensível... o pânico dos pais... um dos problemas do ensino é que as escolas se tornaram armazéns de alunos e não locais de ensino (por alguma coisa a carga horária semanal dos nossos alunos não têm paralelo na europa)...


Mais uma vez estás equivocado, só gostava de saber se o fazes por falta de rigor ou se estás atentar passar fazer passar por parvos quem lê os teus comentários.

http://ocde.p4.siteinternet.com/publica ... P1G023.xls



AikyFriu Escreveu:Aumentou os custos? como? não aumentou os resultados dos alunos? fizeste um estudo ou foi a olho?


Mais uma vez as estatisticas estão disponiveis no Eurostat e na OCDE

AikyFriu Escreveu:Porquê o ordenado do professor é para aqui chamado?


Quando os professores falam da progressão na carreira, estão a falar unica e exclusivamente de dinheiro.


AikyFriu Escreveu:Como já te disse n vezes, é exactamente o contrário... os professores são os únicos que se preocupam com o sistema de ensino.


Até pode ser verdade mas se estão precocupados não se nota, sou todo olhos para ler as tuas propostas para resolver os problemas do nosso sistema de ensino

Já agora, não sei se lestes um comentário anterior, mas eu já fui professor, conheço bem o meio, por isso não vale a pena perderes tempo a mandar-me areia para os olhos.

Também agradeço que quando fizeres uma afirmação a fundamentes devidamente.

Um abraço
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por AikyFriu » 24/11/2008 11:33

Thunder Escreveu:Quando começam a ser invocadas questões como excesso de horário de trabalho e questões salariais, acho que a muita gente "torce o nariz" e pondera quais são os principais motivos que geram toda esta polémica.

Queres dizer que toda a gente tem direito a um horario de trabalho, menos os professores? se calhar também achas que os professores trabalham pouco...

Por mim acho que a próxima luta dos professores deveria ser um horário de trabalho de 40 horas na escola (eu sei que actualmente o horário oficial é "35"!). Quando o professor saisse da escola estaria "proibido" de trabalhar na sua profissão, como qualquer outra profissão (as excepções fazem-se pagar).
Já agora, as acções de formação também seriam nessas horas, tal como a correcção de exames, etc.
Talvez assim se acabasse com o mito de que os professores trabalham pouco e pouparia muito dinheiro ao fim do ano (livros, material informático), para além de ter tempo para a minha familia.

Quanto ao salário, apesar de estarmos a perder poder de compra, comparado com as outras profissões, não seria a minha luta (seria sim a progressão: não faz sentido que quem inicia a carreira agora necessite de cerca da 30 anos para chegar ao topo, e em casos como o meu necessite de 34, apesar de ter passado a titular no 1º concurso)

Um abraço
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Re: Já basta...........

por AikyFriu » 24/11/2008 11:16

rufa Escreveu:Não te chamei mentiroso. DEsculpa mas interpretas-te mal, não era essa a intenção. A minha avaliação terminou a 31 de Agosto e mudei de escalão a 1 de Outubro.. Cumps.


OK... amigos como dantes... se calhar também me exaltei sem razão

Um abraço

PS: claro que qualquer conselho executivo apressará/antecipará a avaliação de um professor que necessite dela, quer seja para mudar de escalão (sortudo!), quer seja para concorrer,
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Re: Já basta...........

por rufa » 24/11/2008 10:04

AikyFriu Escreveu:
rufa Escreveu:Isto é mentira a avaliação 2007/2009 termina em 31 de Agosto. Que confusões andam por aí. :(

Cumps.


Antes de dizeres que é mentira informa-te...

Aliás, basta pensares... na avaliação dos profs entra/entrava os resultados dos exames cujos resultados são afixados fins de Julho/inicio de Agosto. Se em Agosto os professores estão de férias (é o único em que podem marcar férias) como é que podem entregar a avaliação? e o Conselho Executivo avaliar? e depois ter uma entrevista? e o periodo de reclamações?

Não é preciso pensar muito para ver que é impossível estar terminado em 31 de Agosto... torno a repetir o prazo para a avaliação estar concluida é em 31 Dezembro...

Lê o artigo 14º do decreto regulamentar nº. 2 /2008
Artigo 14.º
Calendarização do processo de avaliação
1 — A avaliação de desempenho realiza -se até ao termo
do ano civil em que se completar o módulo de tempo de
serviço a que se refere o artigo 5.º



Fico à espera de um pedido de desculpa por me teres chamado mentiroso (se não fores suficientemente humilde para isso também não faz mal)

Um abraço


Não te chamei mentiroso. DEsculpa mas interpretas-te mal, não era essa a intenção. A minha avaliação terminou a 31 de Agosto e mudei de escalão a 1 de Outubro..

Cumps.
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por artista_ » 24/11/2008 9:43

Thunder Escreveu:Quando começam a ser invocadas questões como excesso de horário de trabalho e questões salariais, acho que a muita gente "torce o nariz" e pondera quais são os principais motivos que geram toda esta polémica.


O principal motivo foi sem dúvida o quererem impor um sistema de avaliação impraticável... de qualquer forma penso que é normal que uma classe não goste e se manifeste quando lhe tiram regalias e os obriguem a trabalhar mais, conheces alguma que gostasse?! :)

Diz-me uma coisa, não apoias os professores se lutarem para repor o que lhes tiraram, mas estás contra ou é-te indiferente?! De qualquer forma penso que as motivações não tiveram nada a ver com isso, embora isso agora tenha acabado por aparecer também porque está tudo relacionado... no meu caso podes ter a certeza que não foi, mas eu nem estou na carreira docente!

abraço

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por Thunder » 24/11/2008 8:54

Na minha opinião enquanto os professores estiverem a pedir:

- Melhores condições de trabalho nas escolas (quer do edifício em si, quer de materiais de trabalho e condições de conforto), mais responsabilização dos alunos (quer a nível de faltas, quer a nível de actos de indisciplina que cometam na escola), menor facilitismo nas avaliações (dos alunos), menos burocracia no seu trabalho para que possam dedicar o seu tempo a ensinar.
- Condições que voltem a trazer o respeito e autoridade pela figura do professor.

Enquanto forem estas as exigências penso que a maioria da população estará do lado dos professores .... eu pelo menos estarei

Quando começam a ser invocadas questões como excesso de horário de trabalho e questões salariais, acho que a muita gente "torce o nariz" e pondera quais são os principais motivos que geram toda esta polémica.

Um abraço a todos 8-)
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por antsantos » 24/11/2008 2:25

Ja muitas vezes nestes debates vários participantes foram convidados a ser professores, até por alguma inveja que manifestam, tenho reparado, através da comunicação social e não pelos números que desconheço, que muitos professores, estão a recorrer à reforma, até com grande penalização para fugir? a esta maravilhosa avaliação de que tanto de fala, penso que de alguma forma, gratuitamente, fica aberta uma boa opurtunidade para se abraçar uma carreira no ensino, pois se alguns só veem benesses nestes últimos anos, vou pensar no assunto, no entanto;

Esta semana fui convidado a assistis a uma reunião de pais, tema: indisciplina dos 29 alunos que compoem aquela turma, faixa etária 12-13 anos.

O que ouvi, dos professores e representante dos alunos é de colocar a cada um os cabelos bem em pé, e sai de lá com pena daqueles coitados dos professores que compoem o conselho de turma, engraçado, tenho lido nestes dias sem dizer qq coisa, mas tenho pensado muito naquela reunião.

Vistam a pele de um professor, coloquem a cor politica na gaveta e pensem na tortura que é nos dias de hoje entrar numa escola e ensinar, era bom que se falasse nisso, e não na politica e mais politica, esta ultima parte é cansativa.

TRSM achei incoveniente neste tópico o associar o PCP à luta de professores e alunos, tenho visto neste processo todo, é muitos professores a mostrarem o cartão do PS e com vontade de rasga-lo os outros até não tem aparecido, e olha que há de todos os lados, e penso até que a maioria não tem partido nenhum.
 
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por artista_ » 24/11/2008 2:00

mais_um Escreveu:Penso que não me esqueci de responder a nenhuma pergunta tua, mas se o fiz, pergunta novamente que eu respondo. :?


Acabaste de não responder a uma, o que queres dizer com "os professores têm aversão a cargos de responsabilidade"? :)

Em relação ao resto não te saberia responder a algumas, por exemplo, nunca estive no ensino com semana de interrupção...

No resto subscrevo o que o AikyFriu escrevu...

abraços

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por AikyFriu » 24/11/2008 1:42

mais_um Escreveu:Em relação à minha 1ª pergunta quero dizer que antes da "paixão" do Guterres, os professores não subiam todos ao topo da carreira, ficavam a maior parte deles no 7º escalão, para passar para o 8º e seguintes era bastante dificil, o decreto lei que eu referi veio acabar com isso, ou seja, os professores, como seria normal não chegavam todos ao topo de carreira como alguns alegam.

Claro que tu tens números para provar o que afirmas, ou é só palpite?
Eu estou na carreira desde 85, conheço centenas de professores e não conheço nenhum a quem essa prova tenha impedido de chegar ao 8º escalão. Essa é mais uma afirmação falsa....

mais_um Escreveu:Outra medida da "paixão" do Guterres foi a famosa semana de reflexão no principio de Novembro, em que as aulas eram interrompidas para panico dos pais, para os professores reflectirem sobre o ensino, etc...o que é certo é que as escolas ficavam vazias nessa semana, já que os professores iam reflectir para outro lado, se o tempo estivesse bom, tipicamente iam reflectir para o Algarve.

Mais uma inverdade... nessa semana havia um feriado e haviam as reuniões intercalares... nenhum professor tinha mais do que 1 ou 2 dias sem ir à escola. Normalmente esses dias eram utilizados para preparar aulas, corrigir/fazer testes, etc... Para os alunos era uma óptima altura para recarregar baterias.
Para tua informação digo-te que em França existe uma semana de pausa em todos os períodos.

Mas penso que tu tocaste no ponto sensível... o pânico dos pais... um dos problemas do ensino é que as escolas se tornaram armazéns de alunos e não locais de ensino (por alguma coisa a carga horária semanal dos nossos alunos não têm paralelo na europa)...

mais_um Escreveu:Ou seja a "paixão" do Guterres, deu mais dinheiro e mais tempo aos professores, no entanto nada disso melhorou os resultados escolares, apenas aumentou os custos com os professores.

Aumentou os custos? como? não aumentou os resultados dos alunos? fizeste um estudo ou foi a olho?

mais_um Escreveu:Por isso , os professores podiam ganhar até 5000€/mês que continuariamos a ter o mesmo problema.

Porquê o ordenado do professor é para aqui chamado?

mais_um Escreveu:O problema do nosso sistema de ensino não são os professores, embora eles também façam parte do problema e tem que fazer parte da solução, só que nunca se preocuparam com isso, só se preocupam quando são atingidos nas suas regalias.

Como já te disse n vezes, é exactamente o contrário... os professores são os únicos que se preocupam com o sistema de ensino.


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por mais_um » 24/11/2008 1:07

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Boas!

Deixo algumas perguntas aos professores:

Como era feita a progressão na carreira antes da publicação do decreto-lei 1/98?

Sobre os professores, como já disse aqui há bons, assim-assim e maus, como em todas as profissões, no entanto há algo de estranho, ao contrario de todas as outras profissões, os professores são a unica profissão onde eu encontro numa percentagem muita elevada, uma aversão a cargos de responsabilidade. Será que algum pode explicar o motivo?

Já agora qual é o objectivo de um sistema de ensino? Será que os professores também podem responder a esta minha pergunta?



Tu também perguntas muito e respondes pouco!

Ainda por cima perguntas uma coisa baseada em algo que só tu deves conhecer... porque dizes que os professores têm aversão a cargos de responsabilidade?! Se há profissão em que a responsabilidade é uma exigência premanente é a de professor e, muitos têm ainda cargos em que a responsabilidade é ainda maior, os que fazem parte dos conselhos executivos por exemplo...

Em relação à primeira pergunta não te sei responder...

A última... enfim todos sabemos, deve estar na wikipédia e coisas do género!

abraço

artista


Boas!

Penso que não me esqueci de responder a nenhuma pergunta tua, mas se o fiz, pergunta novamente que eu respondo. :?

Em relação à minha 1ª pergunta quero dizer que antes da "paixão" do Guterres, os professores não subiam todos ao topo da carreira, ficavam a maior parte deles no 7º escalão, para passar para o 8º e seguintes era bastante dificil, o decreto lei que eu referi veio acabar com isso, ou seja, os professores, como seria normal não chegavam todos ao topo de carreira como alguns alegam. Outra medida da "paixão" do Guterres foi a famosa semana de reflexão no principio de Novembro, em que as aulas eram interrompidas para panico dos pais, para os professores reflectirem sobre o ensino, etc...o que é certo é que as escolas ficavam vazias nessa semana, já que os professores iam reflectir para outro lado, se o tempo estivesse bom, tipicamente iam reflectir para o Algarve.

Ou seja a "paixão" do Guterres, deu mais dinheiro e mais tempo aos professores, no entanto nada disso melhorou os resultados escolares, apenas aumentou os custos com os professores.

Por isso , os professores podiam ganhar até 5000€/mês que continuariamos a ter o mesmo problema. O problema do nosso sistema de ensino não são os professores, embora eles também façam parte do problema e tem que fazer parte da solução, só que nunca se preocuparam com isso, só se preocupam quando são atingidos nas suas regalias.

Sobre as outras 2 perguntas, manifesto-me mais tarde, quando tiver tempo.

Um abraço
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por keijas » 24/11/2008 0:45

[quote="AikyFriu"

Keijas, que confusão vai por aí... os sindicatos não são os professores.[/quote]

Esta é mesmo boa!!!
Onde vai a confusão?
O sr Nogueira sempre que fala para os orgãos de comunicação social, neste assunto lava sempre as mãos,,, vinca sempre -É UMA DECISÂO DOS PROFESSORES,
nunca veio dizer que era uma posição sua ou do sindicato,como convém, é sempre dos professores.
São estas que confirmam o que disse:

--"Na contenda aparecem outros peões, nalgumas entrevistas nas tves, não têm pudor em confirmar o apoio que tinham recebido e de onde tinha vindo.
Hoje temos uma novidade, o sindicato tem uma proposta,mas atenção, é uma proposta que só aceitam como tal,da anterior nada pode ser aproveitado.
A face da democracia é-nos apresentada pelo sr. Nogueira da Fenprofno no seu melhor. Aliás são as ambições pessoais/partidárias que comandam tudo, o lugar de secretário geral da CGTP está em disputa e dentro do PC há que incentivar um militante seu para que a direcção da cental sindical não fuja ao seu control partidário, é o val tudo.
Quem paga a factura?
Os nossos filhos.--"

cumprimentos
keijas
 
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por artista_ » 24/11/2008 0:17

mais_um Escreveu:Boas!

Deixo algumas perguntas aos professores:

Como era feita a progressão na carreira antes da publicação do decreto-lei 1/98?

Sobre os professores, como já disse aqui há bons, assim-assim e maus, como em todas as profissões, no entanto há algo de estranho, ao contrario de todas as outras profissões, os professores são a unica profissão onde eu encontro numa percentagem muita elevada, uma aversão a cargos de responsabilidade. Será que algum pode explicar o motivo?

Já agora qual é o objectivo de um sistema de ensino? Será que os professores também podem responder a esta minha pergunta?



Tu também perguntas muito e respondes pouco!

Ainda por cima perguntas uma coisa baseada em algo que só tu deves conhecer... porque dizes que os professores têm aversão a cargos de responsabilidade?! Se há profissão em que a responsabilidade é uma exigência premanente é a de professor e, muitos têm ainda cargos em que a responsabilidade é ainda maior, os que fazem parte dos conselhos executivos por exemplo...

Em relação à primeira pergunta não te sei responder...

A última... enfim todos sabemos, deve estar na wikipédia e coisas do género!

abraço

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por AikyFriu » 24/11/2008 0:15

keijas Escreveu:Toda a confusão criada no sistema de ensino, primeiro
com o sindicato dos professores que assinam e depois,
por andarem tão atarefados com a preparação e consumação das aulas, esqueceram-se que já tinham chegado a um acordo com a entidade patronal,voltam
para dizer que o que assinaram não era o que queriam,
veja-se... professores que não leram bem o que assinaram.... oh professores!!!


Keijas, que confusão vai por aí... os sindicatos não são os professores.
Como já referi, os sindicatos até podem ter assinado o memorando, mas os professores nunca o aceitaram...

Para além disso quem o desrespeitou em primeiro lugar foi a Ministra, que apesar do memorando prever negociações nunca quiz negociar...


Se leres os post que aqui foram colocados ficarás melhor informado (não sei é se é isso que tu queres...)


Um abraço
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por AikyFriu » 24/11/2008 0:04

mais_um Escreveu:Boas!

Deixo algumas perguntas aos professores:

Como era feita a progressão na carreira antes da publicação do decreto-lei 1/98?

O anterior sistema de avaliação está em vigor desde 92. O DL 1/98 apenas veio regulamentar algumas coisas que foram esquecidas (avaliação extraordinária) e abolir a prova de passagem do 7º para o 8º escalão. Acho que é isso mas não tenho muita certeza do que diz o 1/98.

mais_um Escreveu:Sobre os professores, como já disse aqui há bons, assim-assim e maus, como em todas as profissões, no entanto há algo de estranho, ao contrario de todas as outras profissões, os professores são a unica profissão onde eu encontro numa percentagem muita elevada, uma aversão a cargos de responsabilidade. Será que algum pode explicar o motivo?

Não percebo... que cargos? que eu saiba todos os cargos na escola são preenchidos por professores...
de qualquer modo é normal quem nem todos os professores queiram cargos de gestão, por dois motivos:
- falta de formação;
- estes cargos dão muito trabalho, ocupam muito tempo e são de muita responsabilidade em relação ao que oferecem.

Já reparaste que, em qualquer empresa, os cargos de responsabilidade são muito bem pagos... no ensino só dão chatices.

mais_um Escreveu:Já agora qual é o objectivo de um sistema de ensino? Será que os professores também podem responder a esta minha pergunta?

Depende do sistema de ensino... pode ser a melhoria das aprendizagens, pode ser poupar dinheiro, pode ser entreter os meninos... é só escolher.

Um abraço
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por stressado » 23/11/2008 23:51

Já agora qual é o objectivo de um sistema de ensino? Será que os professores também podem responder a esta minha pergunta?

Eu n acredito nisto!!
Olha eu sou professor e não te posso responder.
Porque n perguntas ao carteiro?
Ou ao merceeiro?
Ou então n perguntes e fica com a tua! Assim como assim n irias mudar de opinião.
xau
 
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por keijas » 23/11/2008 23:45

TRSM Escreveu:Estes são os mesmos comunistas que conheci em 1975, puros e duros leninistas, eles estão de volta.


Toda a confusão criada no sistema de ensino, primeiro
com o sindicato dos professores que assinam e depois,
por andarem tão atarefados com a preparação e consumação das aulas, esqueceram-se que já tinham chegado a um acordo com a entidade patronal,voltam
para dizer que o que assinaram não era o que queriam,
veja-se... professores que não leram bem o que assinaram.... oh professores!!!
Na contenda aparecem outros peões, nalgumas entrevistas nas tves, não têm pudor em confirmar o apoio que tinham recebido e de onde tinha vindo.
Hoje temos uma novidade, o sindicato tem uma proposta,mas atenção, é uma proposta que só aceitam como tal,da anterior nada pode ser aproveitado.
A face da democracia é-nos apresentada pelo sr. Nogueira da Fenprofno no seu melhor. Aliás são as ambições pessoais/partidárias que comandam tudo, o lugar de secretário geral da CGTP está em disputa e dentro do PC há que incentivar um militante seu para que a direcção da cental sindical não fuja ao seu control partidário, é o val tudo.
Quem paga a factura?
Os nossos filhos.
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por artista_ » 23/11/2008 23:33

AikyFriu Escreveu:...mas aceitaria ser avaliado pelos meus alunos


Engraçado que eu também não me importava, mas acredito que isso devesse ter uma fase experimental porque tenho algumas dúvidas do efeito do mesmo e não sei até que ponto seria justo?!

Abraços

artista

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por mais_um » 23/11/2008 23:33

Boas!

Deixo algumas perguntas aos professores:

Como era feita a progressão na carreira antes da publicação do decreto-lei 1/98?

Sobre os professores, como já disse aqui há bons, assim-assim e maus, como em todas as profissões, no entanto há algo de estranho, ao contrario de todas as outras profissões, os professores são a unica profissão onde eu encontro numa percentagem muita elevada, uma aversão a cargos de responsabilidade. Será que algum pode explicar o motivo?

Já agora qual é o objectivo de um sistema de ensino? Será que os professores também podem responder a esta minha pergunta?


Um abraço
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por TRSM » 23/11/2008 22:58

AikyFriu Escreveu:Famos lá falar com calma para isto não descambar... calma stressado... calma TRSM...

TRSM Escreveu:É perfeitamente natural que não estejamos de acordo no que diz respeito à avaliação, já que tu estás do lado de dentro e eu estou do lado de cá. Mas se no sector privado em qq ramo de actividade somos confrontados com a avaliação constante pelos superiores hierárquicos , e ainda temos o espectro de despedimento ou falência sobre a nossa cabeça, pq razão no sector público não pode acontecer o mesmo?. E aqui a falência é uma miragem e o despedimento só mesmo por algo muito grave.

Em minha opinião, não tens muitas profissão onde o trabalhador esteja mais exposto à avaliação. Diariamente temos dezenas de pais a nos avaliar, com a agravante que apenas é (des)valorizado o que for feito mal...
quem é Encarregado de Educação diga-me quantas vezes foi (ou pensou ir) à escola "protestar" contra um professor e quantas vezes pensou que ir à escola elogiar algo que este tenha feito?
... é por isto que eu não aceito que os pais dos meus alunos me avaliem, pois sei que apenas se ouviriam as vozes contra (mas aceitaria ser avaliado pelos meus alunos).
De qualquer modo nunca ouviste nenhum professor dizer que não quer ser avaliado, antes pelo contrário. Já referi várias vezes que este modelo é favorável aos maus professores, pois é uma avaliação de aparências e não de realidades (costumo dizer que os maus professores terão tempo para preparar a sua avaliação e terão todos Muito Bom, os professores que se preocuparem com os alunos não têm tempo para a sua avaliação e terão Bom :evil: ).

Concordo que os professores não têm que se preocupar com falências nem com despedimentos... mas, e que dizes do caso do Artista e de todos os artistas do nosso ensino? 10 anos de ensino e ainda nem na carreira está! continua a ser totalmente descartável! em quantas profissões é permitido 10, 15, 20 contratos a prazo?

Qual o teu comentário ao facto de um alunos tirar um curso de 5 anos e depois ter que fazer 2 exames onde se, por alguma razão, tirar nota inferior a 13 será todo o curso valerá ZERO?

TRSM Escreveu:Não tenho nada contra os professores, bem pelo contrário, reconheço que é uma classe mal remunerada , mas já não concordo com algumas reformas principescas, penso que a lógica seria serem bem mais remunerados enquanto exercem a vossa actividade e menos quando se reformam.

Achas que 2600€ (valor máximo dessa lista) é uma reforma princispesca? em que outra profissão um licenciado se reforma com valores inferiores? (não vale falar daqueles que apenas declaram o ordenado minimo e depois ficam surpreendidos com a reforma pequena).

Só mais uma nota sobre as reformas aos 50 anos, que é mais um dos mitos da profissão. Fazendo as contas: a maioria dos profs sãolicenciados, logo acabaram os cursos com aproximadamente 24 anos, como necessitavam 36 anos de serviço, iriam reformar-se aos 60 anos (58 numa perpectiva optimista), nunca aos 50... acontece que muitos profs estiveram no na guerra do ultramar e aí cada ano contava por dois. Outra excepção scontecia no ensino primário em que o curso (magistério primário) equivalia ao actual 12º anos.

TRSM Escreveu:Por fim e aquilo que mais me revolta sobre este assunto é o modo como tudo tem sido politizado pela FENPROF e a quem estes senhores estão ligados.

Porque é que dizes que o assunto tem sido politizado? não me parece... o que tem acontecido são os sindicatos a tentarem não serem excluidos deste processo. O exemplo é o timing das manifestações do dia 8... para quem não sabe os sindicatos foram apanhados de surpresa pela manifestação nesta altura do ano e para não perderem o comboio marcaram a do dia 8.

TRSM Escreveu:Por mero acaso um dia destes fiz uma visita ao site e vi algo sobre um concurso, cujo prémio era uma viagem a CUBA, está tudo dito :wink:

Esta não percebi... o problema era o prémio (já ouviste falar em patrocinios?) ou o local (eu não me importava de lá ir de férias, mas falta-me o $$$)

stressado Escreveu:E o q se pretende c essa avaliação?
Melhorar os resultados dos alunos?

Acho que esse é um dos objectivos... melhores classificações ficam sempre bem nas estatisticas. Se essas classificações são reais não interessa.

um abraço


Gostava de rebater um ou outro seu comentário, mas vou ter que sair, de qq modo gostaria de deixar aqui o meu apreço pela elevação das suas respostas.

cumprimentos
 
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por AikyFriu » 23/11/2008 22:45

Famos lá falar com calma para isto não descambar... calma stressado... calma TRSM...

TRSM Escreveu:É perfeitamente natural que não estejamos de acordo no que diz respeito à avaliação, já que tu estás do lado de dentro e eu estou do lado de cá. Mas se no sector privado em qq ramo de actividade somos confrontados com a avaliação constante pelos superiores hierárquicos , e ainda temos o espectro de despedimento ou falência sobre a nossa cabeça, pq razão no sector público não pode acontecer o mesmo?. E aqui a falência é uma miragem e o despedimento só mesmo por algo muito grave.

Em minha opinião, não tens muitas profissão onde o trabalhador esteja mais exposto à avaliação. Diariamente temos dezenas de pais a nos avaliar, com a agravante que apenas é (des)valorizado o que for feito mal...
quem é Encarregado de Educação diga-me quantas vezes foi (ou pensou ir) à escola "protestar" contra um professor e quantas vezes pensou que ir à escola elogiar algo que este tenha feito?
... é por isto que eu não aceito que os pais dos meus alunos me avaliem, pois sei que apenas se ouviriam as vozes contra (mas aceitaria ser avaliado pelos meus alunos).
De qualquer modo nunca ouviste nenhum professor dizer que não quer ser avaliado, antes pelo contrário. Já referi várias vezes que este modelo é favorável aos maus professores, pois é uma avaliação de aparências e não de realidades (costumo dizer que os maus professores terão tempo para preparar a sua avaliação e terão todos Muito Bom, os professores que se preocuparem com os alunos não têm tempo para a sua avaliação e terão Bom :evil: ).

Concordo que os professores não têm que se preocupar com falências nem com despedimentos... mas, e que dizes do caso do Artista e de todos os artistas do nosso ensino? 10 anos de ensino e ainda nem na carreira está! continua a ser totalmente descartável! em quantas profissões é permitido 10, 15, 20 contratos a prazo?

Qual o teu comentário ao facto de um alunos tirar um curso de 5 anos e depois ter que fazer 2 exames onde se, por alguma razão, tirar nota inferior a 13 será todo o curso valerá ZERO?

TRSM Escreveu:Não tenho nada contra os professores, bem pelo contrário, reconheço que é uma classe mal remunerada , mas já não concordo com algumas reformas principescas, penso que a lógica seria serem bem mais remunerados enquanto exercem a vossa actividade e menos quando se reformam.

Achas que 2600€ (valor máximo dessa lista) é uma reforma princispesca? em que outra profissão um licenciado se reforma com valores inferiores? (não vale falar daqueles que apenas declaram o ordenado minimo e depois ficam surpreendidos com a reforma pequena).

Só mais uma nota sobre as reformas aos 50 anos, que é mais um dos mitos da profissão. Fazendo as contas: a maioria dos profs sãolicenciados, logo acabaram os cursos com aproximadamente 24 anos, como necessitavam 36 anos de serviço, iriam reformar-se aos 60 anos (58 numa perpectiva optimista), nunca aos 50... acontece que muitos profs estiveram no na guerra do ultramar e aí cada ano contava por dois. Outra excepção scontecia no ensino primário em que o curso (magistério primário) equivalia ao actual 12º anos.

TRSM Escreveu:Por fim e aquilo que mais me revolta sobre este assunto é o modo como tudo tem sido politizado pela FENPROF e a quem estes senhores estão ligados.

Porque é que dizes que o assunto tem sido politizado? não me parece... o que tem acontecido são os sindicatos a tentarem não serem excluidos deste processo. O exemplo é o timing das manifestações do dia 8... para quem não sabe os sindicatos foram apanhados de surpresa pela manifestação nesta altura do ano e para não perderem o comboio marcaram a do dia 8.

TRSM Escreveu:Por mero acaso um dia destes fiz uma visita ao site e vi algo sobre um concurso, cujo prémio era uma viagem a CUBA, está tudo dito :wink:

Esta não percebi... o problema era o prémio (já ouviste falar em patrocinios?) ou o local (eu não me importava de lá ir de férias, mas falta-me o $$$)

stressado Escreveu:E o q se pretende c essa avaliação?
Melhorar os resultados dos alunos?

Acho que esse é um dos objectivos... melhores classificações ficam sempre bem nas estatisticas. Se essas classificações são reais não interessa.

um abraço
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por stressado » 23/11/2008 22:19

Ignorante é você senhor professor, eu sei do que falo ao contrário do senhor, em 1976 já fazia parte da UEC e já conhecia os cantos todos da DORN, por isso conheço bem algumas caras que hoje você se curva e aplaude. Mas eles não têm culpa, culpa tem quem lhes dá apoio

Eu cá de DORN, UEC e essas tretas n percebo nada, mas gostaria q n fizesse juizos de valor e ainda por cima errados!! Perante quem eu me curvo e / ou aplaudo n sabes tu nada, por isso n digas isso.
Estás a ver? Era a isto q me referia anteriormente, toda a gente diz tudo, comenta tudo, tem certezas sobre tudo o q conheçe e desconheçe e tu, pelos vistos, és mais um!!
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por stressado » 23/11/2008 22:12

Mais_UM
Quem diz é q é!!!
BUUUUUÈÈÈÈ!!
 
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