Off-Topic: Alunos expulsam ministra de Fafe
a razão está aqui
Os Professores e Educadores presentes na grandiosa Manifestação Nacional realizada em 8 de Novembro, movidos pelo superiores interesses da defesa da Escola Pública, da melhoria das aprendizagens dos seus alunos e da defesa da dignidade da profissão docente, declaram:
Agir para que, em cada uma das suas escolas, todos os professores se comprometam com a decisão de suspender a avaliação de desempenho e recusem concretizar qualquer actividade que conduza à instalação ou desenvolvimento do modelo imposto pelo ME, tornando pública a sua decisão;
Apoiar a decisão da Plataforma Sindical dos Professores de suspender a participação na comissão paritária de acompanhamento da aplicação da avaliação;
Apoiar a antecipação do processo negocial de alteração do modelo de avaliação do desempenho, que deverá ter lugar no âmbito de um processo mais amplo de revisão do ECD que garanta, entre outros objectivos:
Eliminar a divisão dos professores em categorias hierarquizadas, bem como todos os constrangimentos administrativos à progressão na carreira;
Acabar com a prova de ingresso na profissão;
Estabelecer regras pedagogicamente relevantes para organização dos horários dos professores;
Fixar regras excepcionais para a aposentação dos docentes, tendo em conta o elevado desgaste físico e psicológico provocado pelo exercício continuado da profissão;
Rejeitar as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação para revisão da legislação de concursos. Estas, a serem aprovadas, provocariam situações de ainda maior instabilidade dos docentes, para além de, não prevendo qualquer mecanismo para a vinculação dos professores, se destinarem a satisfazer necessidades permanentes das escolas recorrendo a professores contratados;
Exigir a correcção de todas as irregularidades e ilegalidades cometidas na elaboração dos horários de trabalho e o pagamento de serviço docente extraordinário em todas as situações em que, por impossibilidade comprovada, não seja possível respeitar o disposto na legislação em vigor;
Exigir, no âmbito de uma revisão da legislação relativa à direcção, gestão e administração das escolas, que se determinem condições que viabilizem a concretização dos princípios da autonomia, da participação e do funcionamento democrático dos órgãos;
Considerar inaceitáveis as medidas aprovadas pelo Governo que visam limitar a organização e o exercício da actividade sindical.
Face a este quadro tão negativo, os Professores e Educadores presentes na Manifestação de 8 de Novembro, que voltou a reunir em Lisboa mais de dois terços dos docentes portugueses, concordam envolver-se empenhadamente na concretização das seguintes iniciativas e acções de luta, caso o Ministério da Educação e o Governo mantenham, perante os Professores e a Escola Pública, a mesma atitude:
Novo protesto nacional, descentralizado pelas capitais de distrito, de acordo com o seguinte calendário:
25 de Novembro - Norte;
26 de Novembro - Centro;
27 de Novembro - Grande Lisboa;
28 de Novembro - Sul;
Aprovação, antes, ou após, cada reunião de conselho de turma, conselho de docentes ou de qualquer outra estrutura intermédia de gestão das escolas, de posições de exigência de mudança profunda do rumo da actual política educativa;
Distribuição, a todos os pais e encarregados de educação, de um texto que explique as razões da luta dos professores e as consequências extremamente negativas, para os alunos, das políticas educativas do Governo;
Encerramento de todas as escolas e jardins de infância no dia 19 de Janeiro de 2009, Dia Nacional de Luto dos Professores e Educadores Portugueses, em que se completam dois anos sobre a publicação do Estatuto da Carreira Docente, com a realização de uma Greve Nacional de todos os Professores e Educadores, em protesto contra o ECD do ME e pela sua imediata revisão.
Para além destas acções, os Professores e Educadores não excluem o recurso a outras formas de luta, ainda no primeiro período lectivo, designadamente o recurso à Greve, caso o Ministério da Educação não suspenda a aplicação da avaliação de desempenho e não recue em matéria de concursos.
Finalmente, os professores, disponibilizam-se para, ainda este ano lectivo, participarem numa Marcha Nacional pela Educação que envolva, para além dos professores, pessoal não docente das escolas, estudantes, pais e encarregados de educação, bem como todos os que considerem indispensável a profunda alteração do rumo da actual política educativa, para o que mandatam a Plataforma Sindical para desenvolver, desde já, os contactos necessários.
Os professores e educadores mandatam também a Plataforma Sindical dos Professores para solicitar reuniões a todos os Grupos Parlamentares e à Comissão Parlamentar de Educação e Ciência para que sejam expostas as razões dos professores e educadores e a necessidade de a Assembleia da República intervir neste processo suspendendo a avaliação, caso o governo não tome essa iniciativa.
Agir para que, em cada uma das suas escolas, todos os professores se comprometam com a decisão de suspender a avaliação de desempenho e recusem concretizar qualquer actividade que conduza à instalação ou desenvolvimento do modelo imposto pelo ME, tornando pública a sua decisão;
Apoiar a decisão da Plataforma Sindical dos Professores de suspender a participação na comissão paritária de acompanhamento da aplicação da avaliação;
Apoiar a antecipação do processo negocial de alteração do modelo de avaliação do desempenho, que deverá ter lugar no âmbito de um processo mais amplo de revisão do ECD que garanta, entre outros objectivos:
Eliminar a divisão dos professores em categorias hierarquizadas, bem como todos os constrangimentos administrativos à progressão na carreira;
Acabar com a prova de ingresso na profissão;
Estabelecer regras pedagogicamente relevantes para organização dos horários dos professores;
Fixar regras excepcionais para a aposentação dos docentes, tendo em conta o elevado desgaste físico e psicológico provocado pelo exercício continuado da profissão;
Rejeitar as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação para revisão da legislação de concursos. Estas, a serem aprovadas, provocariam situações de ainda maior instabilidade dos docentes, para além de, não prevendo qualquer mecanismo para a vinculação dos professores, se destinarem a satisfazer necessidades permanentes das escolas recorrendo a professores contratados;
Exigir a correcção de todas as irregularidades e ilegalidades cometidas na elaboração dos horários de trabalho e o pagamento de serviço docente extraordinário em todas as situações em que, por impossibilidade comprovada, não seja possível respeitar o disposto na legislação em vigor;
Exigir, no âmbito de uma revisão da legislação relativa à direcção, gestão e administração das escolas, que se determinem condições que viabilizem a concretização dos princípios da autonomia, da participação e do funcionamento democrático dos órgãos;
Considerar inaceitáveis as medidas aprovadas pelo Governo que visam limitar a organização e o exercício da actividade sindical.
Face a este quadro tão negativo, os Professores e Educadores presentes na Manifestação de 8 de Novembro, que voltou a reunir em Lisboa mais de dois terços dos docentes portugueses, concordam envolver-se empenhadamente na concretização das seguintes iniciativas e acções de luta, caso o Ministério da Educação e o Governo mantenham, perante os Professores e a Escola Pública, a mesma atitude:
Novo protesto nacional, descentralizado pelas capitais de distrito, de acordo com o seguinte calendário:
25 de Novembro - Norte;
26 de Novembro - Centro;
27 de Novembro - Grande Lisboa;
28 de Novembro - Sul;
Aprovação, antes, ou após, cada reunião de conselho de turma, conselho de docentes ou de qualquer outra estrutura intermédia de gestão das escolas, de posições de exigência de mudança profunda do rumo da actual política educativa;
Distribuição, a todos os pais e encarregados de educação, de um texto que explique as razões da luta dos professores e as consequências extremamente negativas, para os alunos, das políticas educativas do Governo;
Encerramento de todas as escolas e jardins de infância no dia 19 de Janeiro de 2009, Dia Nacional de Luto dos Professores e Educadores Portugueses, em que se completam dois anos sobre a publicação do Estatuto da Carreira Docente, com a realização de uma Greve Nacional de todos os Professores e Educadores, em protesto contra o ECD do ME e pela sua imediata revisão.
Para além destas acções, os Professores e Educadores não excluem o recurso a outras formas de luta, ainda no primeiro período lectivo, designadamente o recurso à Greve, caso o Ministério da Educação não suspenda a aplicação da avaliação de desempenho e não recue em matéria de concursos.
Finalmente, os professores, disponibilizam-se para, ainda este ano lectivo, participarem numa Marcha Nacional pela Educação que envolva, para além dos professores, pessoal não docente das escolas, estudantes, pais e encarregados de educação, bem como todos os que considerem indispensável a profunda alteração do rumo da actual política educativa, para o que mandatam a Plataforma Sindical para desenvolver, desde já, os contactos necessários.
Os professores e educadores mandatam também a Plataforma Sindical dos Professores para solicitar reuniões a todos os Grupos Parlamentares e à Comissão Parlamentar de Educação e Ciência para que sejam expostas as razões dos professores e educadores e a necessidade de a Assembleia da República intervir neste processo suspendendo a avaliação, caso o governo não tome essa iniciativa.
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Ocorreu-me vir aqui para lhe dizer o seguinte:
concorra e pode ser que apanhe um horário de 35 horas.
Mas depois não se queixe. Se estiver a 3h de casa, tem que fazer as deslocações diárias ( faça contas aos combustiveis ). Mas se for casado, e no concurso ficar no Algarve, se for do Norte, alugue um quarto ou apartamento e vai ver que o divorcio lhe entra por casa dentro ( agora ainda são 3 anos e apartir de janeiro vai passar a ser 4 anos a estadia ). Informe-se bem pois já reparei que continua a dizer asneiradas.Quem lhe disse que os professores faziam as acções e "sendo gratificados no ano seguinte com progressões" ???? Muito mal informado!
Além disso, estes bons e excelentes que agora existem, são para 10% dos professores,(o tal engôdo, que a opinião publica come , pq os outros marcam passo.(modelo economicista, em que dois ou três bons, tem que atirar a moeda ao ar, ou haver critérios subjectivos, para ver quem progride).
Fiquemos por aqui.
Cumpr
concorra e pode ser que apanhe um horário de 35 horas.
Mas depois não se queixe. Se estiver a 3h de casa, tem que fazer as deslocações diárias ( faça contas aos combustiveis ). Mas se for casado, e no concurso ficar no Algarve, se for do Norte, alugue um quarto ou apartamento e vai ver que o divorcio lhe entra por casa dentro ( agora ainda são 3 anos e apartir de janeiro vai passar a ser 4 anos a estadia ). Informe-se bem pois já reparei que continua a dizer asneiradas.Quem lhe disse que os professores faziam as acções e "sendo gratificados no ano seguinte com progressões" ???? Muito mal informado!
Além disso, estes bons e excelentes que agora existem, são para 10% dos professores,(o tal engôdo, que a opinião publica come , pq os outros marcam passo.(modelo economicista, em que dois ou três bons, tem que atirar a moeda ao ar, ou haver critérios subjectivos, para ver quem progride).
Fiquemos por aqui.
Cumpr
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Tojo Escreveu:Além disso as notas depois do relatório critico,de vários anos, de acções de formação com aproveitam, etc em 99% dos cados nunca eram excelentes mas sim suficientes.
Agora não entendo. Se 99% das notas eram “Suficiente” e agora com o regime de quotas passam a existir 10% de “Excelentes” e 25% de “Muito Bom” este regime penaliza os docentes em quê?
Quanto ás famosas “acções de formação” sei de inúmeros docentes que apenas se inscreviam neles por causa das tais progressões, pois os cursos eram (pelo menos em 2005) uma completa fantochada. Até me soube de “acções de formação” baseadas em exoterismo (qualquer coisa como “Exoterismo e a Escola”). Mas era algo engraçado de ver: os professores lá iam apreender estes valiosos conteúdos sendo gratificados no ano seguinte com progressões, as escolas de formação recebiam o seu cash dos contribuintes e andávamos todos contentes e felizes.
Caro Canguru, vou ser rápido pq tenho duas reuniões de tarde e vou almoçar uma sopa e uma sande no bar.
Digo-lhe já que houve dois anos que fiquei retido no escalão devido ao falecimento do meu pai, passou-me insvrever-me numa acção formação e como tal, tive as devidas penalizações.Como vê não existe progressão automáica! Além disso as notas depois do relatório critico,de vários anos, de acções de formação com aproveitam, etc em 99% dos cados nunca eram excelentes mas sim suficientes.Se quisesse ter bom, tinha que ser por outra via muito mais complicada.
Fico por aqui, desculpe a pressa.
Fiquem bem
Digo-lhe já que houve dois anos que fiquei retido no escalão devido ao falecimento do meu pai, passou-me insvrever-me numa acção formação e como tal, tive as devidas penalizações.Como vê não existe progressão automáica! Além disso as notas depois do relatório critico,de vários anos, de acções de formação com aproveitam, etc em 99% dos cados nunca eram excelentes mas sim suficientes.Se quisesse ter bom, tinha que ser por outra via muito mais complicada.
Fico por aqui, desculpe a pressa.
Fiquem bem
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- Registado: 8/1/2004 13:14
Esquecendo as palavras desprovidas de qualquer conteúdo do tugatuga, voltemos à discussão.
Em primeiro lugar vou fazer um pequeno percurso histórico sobre aquilo que foi o nosso ensino nas últimas duas décadas.
Todos nos recordamos como eram os edifícios escolares na década de 80 e apercebemo-nos da brutal diferença (não só dos edifícios mas igualmente da forma como se vão apetrechamento em termos de isolamento térmico, confortabilidade, material multimédia, bibliotecas, etc). Lembremo-nos que algo tão básico mas tão, tão essencial como a rede pré-escolar só teve o seu início em 1995. Até essa data, pura e simplesmente não existia pré-escolar público em Portugal (Cavaco quando apela a uma maior aposta no ensino deve ter vergonha do que não foi feito nessa matéria nos golden years da CEE). Guterres teve aí, porventura um dos poucos ao longo do seu mandato, um papel fulcral.
Actualmente, o nosso problema não está nos escassos recursos destinados a este ministério. Desde o OE de 1995 que o peso da Educação tem aumentado (para 2009 o OE vai aumentar em 10,8% as despesas de funcionamento e as de investimento crescer 3,4% (Fonte: Diário Económico)). A par da educação também a pasta da Ciência Tecnologia e Ensino Superior vai ser brindada com fartos aumentos. A meu ver os governantes não podem aumentar a contribuição (exigindo maior sacrifício aos contribuintes ou privando outras pastas) para este ou aquele sector sem exigir mais a quem lá trabalha. Nesse âmbito foi extremamente acertivo a introdução de aulas de substituição, passando parte do desleixo notório e propositado de uns a passar a ter consequências na escola!
Centro-me agora na discussão da avaliação dos docentes:
Tojo, desde quando é que as notas excelentes a toda a gente com a consequente progressão automática na carreira é um sistema de avaliação minimamente credível?
Pois bem, se os professores querem ser avaliados (já agora de uma maneira séria que permita distinguir os bons profissionais dos de mais) porque razão estamos à 34 anos em liberdade sem um sistema eficaz de desempenho? Já agora pergunto-te quantas vezes foram os professores para a rua em prol de um sistema de avaliação? Onde estiveram as suas propostas? Já agora pergunto-te quantas vezes se indignaram e foram para a rua lembrado um número que simboliza a nossa maior vergonha enquanto pais: 38% de abandono escolar! (http://dn.sapo.pt/2007/09/05/sociedade/abandono_escolar_agravouse_2006.html)
Em relação a isso, depois da célebre manifestação de Março foi lançada uma proposta de entendimento Governo - Sindicatos que foi quebrado pelos próprios sindicatos! Se alguém aqui mostra arrogância e inflexibilidade são os sindicatos.
Esperavas que a brincadeira das progressões automáticas (também válidas na função pública) que perdura há anos continuasse válida num país que em que a produtividade e a consequente criação de riqueza é das piores de UE a 27 e se discute se 450€ é ou não um valor justo para salário mínimo?
Em primeiro lugar vou fazer um pequeno percurso histórico sobre aquilo que foi o nosso ensino nas últimas duas décadas.
Todos nos recordamos como eram os edifícios escolares na década de 80 e apercebemo-nos da brutal diferença (não só dos edifícios mas igualmente da forma como se vão apetrechamento em termos de isolamento térmico, confortabilidade, material multimédia, bibliotecas, etc). Lembremo-nos que algo tão básico mas tão, tão essencial como a rede pré-escolar só teve o seu início em 1995. Até essa data, pura e simplesmente não existia pré-escolar público em Portugal (Cavaco quando apela a uma maior aposta no ensino deve ter vergonha do que não foi feito nessa matéria nos golden years da CEE). Guterres teve aí, porventura um dos poucos ao longo do seu mandato, um papel fulcral.
Actualmente, o nosso problema não está nos escassos recursos destinados a este ministério. Desde o OE de 1995 que o peso da Educação tem aumentado (para 2009 o OE vai aumentar em 10,8% as despesas de funcionamento e as de investimento crescer 3,4% (Fonte: Diário Económico)). A par da educação também a pasta da Ciência Tecnologia e Ensino Superior vai ser brindada com fartos aumentos. A meu ver os governantes não podem aumentar a contribuição (exigindo maior sacrifício aos contribuintes ou privando outras pastas) para este ou aquele sector sem exigir mais a quem lá trabalha. Nesse âmbito foi extremamente acertivo a introdução de aulas de substituição, passando parte do desleixo notório e propositado de uns a passar a ter consequências na escola!
Centro-me agora na discussão da avaliação dos docentes:
Tojo Escreveu:Os professores SEMPRE FORAM AVALIADOS
Tojo, desde quando é que as notas excelentes a toda a gente com a consequente progressão automática na carreira é um sistema de avaliação minimamente credível?
Pois bem, se os professores querem ser avaliados (já agora de uma maneira séria que permita distinguir os bons profissionais dos de mais) porque razão estamos à 34 anos em liberdade sem um sistema eficaz de desempenho? Já agora pergunto-te quantas vezes foram os professores para a rua em prol de um sistema de avaliação? Onde estiveram as suas propostas? Já agora pergunto-te quantas vezes se indignaram e foram para a rua lembrado um número que simboliza a nossa maior vergonha enquanto pais: 38% de abandono escolar! (http://dn.sapo.pt/2007/09/05/sociedade/abandono_escolar_agravouse_2006.html)
Tojo Escreveu:(Os professores) querem ser avaliados
Em relação a isso, depois da célebre manifestação de Março foi lançada uma proposta de entendimento Governo - Sindicatos que foi quebrado pelos próprios sindicatos! Se alguém aqui mostra arrogância e inflexibilidade são os sindicatos.
Esperavas que a brincadeira das progressões automáticas (também válidas na função pública) que perdura há anos continuasse válida num país que em que a produtividade e a consequente criação de riqueza é das piores de UE a 27 e se discute se 450€ é ou não um valor justo para salário mínimo?
mestres do Engº Pinto de Sousa
caro tio patinhas
artigo muito interessante em
http://dn.sapo.pt/2005/01/23/tema/a_bib ... ibida.html
Domingo, 23 de Janeiro de 2005 Diario de Notícias
a biblioteca proibida
abraço
mcarvalho
artigo muito interessante em
http://dn.sapo.pt/2005/01/23/tema/a_bib ... ibida.html
Domingo, 23 de Janeiro de 2005 Diario de Notícias
a biblioteca proibida
abraço
mcarvalho
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TRSM Escreveu:Para o Português, como eu, que apenas acompanho o problema através da comunicação social, gostaria que algum professor me explicasse pq razão em Abril os sindicatos assinaram com o ME este memorando, mas pelos visto agora não presta... difícil de entender para quem está deste lado
Eu tenho vivido esta questão toda de perto (a minha esposa é professora do secundário).
O que se passou em Abril foi que os sindicatos assinaram o acordo, mas um enorme número de professores não queria aquele acordo (e até disseram na altura que os sindicatos se venderam). Ao que parece o ministério ofereceu mais umas benesses para os professores dos últimos escalões (onde estão os dirigentes sindicais) e foi graças a isso que os sindicatos assinaram o acordo.
Agora, os professores nunca estiveram contentes com esse acordo e, por isso, tinham marcada uma grande manifestação para o próximo dia 15. Seria uma bela manifestação porque era livre de influências dos sindicatos, seria apenas de professores.
A questão é que os sindicatos viram que estavam a ser colocados à margem do processo e reagiram. Daí a manifestação passar para dia 8... e provavelmente daí também a atitude de rejeitar o acordo (que os sindicatos aceitaram, mas os professores nunca quizeram).
Resumindo, a grande razão para o que se está a passar é que falta representatividade aos sindicatos. São demasiados e demasiado preocupados com os seus interesses (dos sindicatos, não dos professores).
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tiopatinhas Escreveu:Este governo tem por intensão mudar o menos possível em ministros. Tivemos apenas o caso da Saúde que estava a tomar proporções desmedidas com revolta popular.
tiopatinhas,
Independentemente do tema, só para relembrar que para além da saúde houve a substituição do Ministro das Finanças Campos e Cunha por Fernando Tavares; o MNE foi Freitas do Amaral que se demitiu e foi substituído por Luís Amado e o Min da Adminustração Interna foi António Costa que é agora prsidente da CML tendo sido substituído por Severiano Teixeira.

Um abraço aí para a Egitânia.
Jiboia
Este governo tem por intensão mudar o menos possível em ministros. Tivemos apenas o caso da Saúde que estava a tomar proporções desmedidas com revolta popular.
Na educação, está a passar-se o mesmo
. O governo que tome juízo (pois estão inflexiveis)pois a proxima manifestação pode tomar proporções imensas...
eu não sou prof mas também lá vou.
Socrates é inflexível
. Tem uma personalidade que lhe permite ouvir os outros de vez em quando mas faz sempre o que tem na cabeça. Irritante e mediocre...Este senhor, parece que nunca teve uma profissão, e é apeas um politico de carreira... Por sinal, não dá ouvidos aos seus antigos professores (Mário Soares e Manuel Alegre). È um tipo de aluno irreverente e ingrato
.
Na educação, está a passar-se o mesmo


Socrates é inflexível



Ulisses Pereira Escreveu:tugatuga, ou intervéns na discussão com argumentos ou, de outra forma, dás a entender que estás na discussão só para criar confusão.
Ok Ulisses.
Não é para criar confusão mas acabo aqui a minha intervenção. Já perceberam que vou votar no PS, estou de acordo com 90% das politicas deste governo e acho que os professores não devem ser mais que os outros. Se somos todos avaliados eles que também o sejam. Assinaram o acordo e agora rasgam o mesmo acordo?
Concluido e cumprimentos.
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tugatuga111 Escreveu:Elias Escreveu:tugatuga111 Escreveu:Tambem quero trabalhar 35 horas e ganhar o mesmo que os professores!
Vida boa!
Tens bom remédio: concorre.
Prefiro ser um analista de forum.
Já não percebo nada.
Se queres ser analista de forum, então não escrevas que queres trabalhar 35 horas.
Afinal tu sabes o que queres ou não?
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tugatuga111 Escreveu:Tambem quero trabalhar 35 horas e ganhar o mesmo que os professores!
Vida boa!
Perdeste uma excelente oportunidade de estar calado... ao menos podias ter lido o post que te antecedeu, rebatê-lo, e no fim então colocar essa tua opinião, fundamentada! Mas ainda o podes fazer, tenta lá... mostra que os números estão errados (por excesso) e que os professores são uns grandes malandros.
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TRSM Escreveu:5. Durante os meses de Junho e Julho de 2009 terá lugar um processo negocial com as organizações sindicais, com vista à introdução de eventuais modificações ou alterações, que tomará em consideração a avaliação do modelo, os elementos obtidos até então no processo de acompanhamento, avaliação e monitorização de primeiro ciclo de aplicação, bem como as propostas sindicais.
Este ministério é realmente um excelente manipulador da opinião pública... eu tenho de sair mas em termos gerais, o memorando previa a reflexão e negociação de alterações ao modelo, e o que é que o ME fez?! absolutamente nada, foram apresentadas várias propostas e identificados vários problemas deste modelo mas a ministra e os secretários de estado não quiseram, nem estiveram disponiveis sequer para analisar alterações...
Mas isto tudo são coisas que os sindicatos já referiram, só que a idéia que passa vezes sem fim nas notícias é essa de que foi assinado um "acordo" que os sindicatos não estão a cumprir... treta!
Outra coisa que se está a fazer é tentar politizar estas manifestações... felizmente ainda há pessoas integras e conscientes que percebem que não há partidos políticos ou organizações sindicais capazes de organizar manifestações daquele género! Eu nunca fiz greve nem tinha ido a uma manifestação... até 8 de Março de 2008!
abraços
artista
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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Já agora, para quem quiser saber o tempo que um professor trabalha, aqui vai. isto surgiu, pq um senhor indignado, escreveu para um jornal, a dizer que os professores trabalham pouco. Leiam:
boa resposta ao Caríssimo indignado que veio aos jornais INDIGNAR-SE contra os professores, deve ser um daqueles ressabiados contra o prof. que lhe deu nega por se ter 'baldado' às aulas.
Acho que é mesmo de ler. Nunca tinha pensado nisto desta forma. Incrível como trabalhamos tanto e nem damos por ela.
Caro anónimo indignado com a indignação dos professores...
Caro anónimo indignado com a indignação dos professores, homens (e as mulheres) não se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por aquilo que afirmam, isto é, por saberem ou não saberem o que dizem e do que falam.
O caro anónimo mostra-se indignado (apesar de não aceitar que os professores também se possam indignar! Dualidade de critérios deste nosso estimado anónimo... Mas passemos à frente) com o excesso de descanso dos professores: afirma que descansamos no Natal, no Carnaval, na Páscoa e no Verão, (esqueceu-se de mencionar que também descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado anónimo insurge-se veementemente contra tão desmesurada dose de descanso de que os professores usufruem e de que, ao que parece, ninguém mais usufrui.
Ora vamos lá ver se o nosso atento e sagaz anónimo tem razão. Vai perdoar-me, mas, nestas coisas, só lá vamos com contas.
O horário semanal de trabalho do professor é 35 horas. Dessas trinta e cinco, 11 horas (em alguns casos até são apenas dez) são destinadas ao seu trabalho individual, que cada um gere como entende. As outras 24 horas são passadas na escola, a leccionar, a dar apoio, em reuniões, em aulas de substituição, em funções de direcção de turma, de coordenação pedagógica, etc., etc.
Bom, centremo-nos naquelas 11 horas que estão destinadas ao trabalho que é realizado pelo professor fora da escola (já que na escola não há quaisquer condições de o realizar): preparação de aulas, elaboração de testes, correcção de testes, correcção de trabalhos de casa, correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo, investigação e formação contínua. Agora, vamos imaginar que um professor, a quem podemos passar a chamar de Simplício, tem 5 turmas, 3 níveis de ensino, e que cada turma tem 25 alunos (há casos de professores com mais turmas, mais alunos e mais níveis de ensino e há casos com menos - ficamos por uma situação média, se não se importar). Para sabermos o quanto este professor trabalha ou descansa, temos de contar as suas horas de trabalho.
Vamos lá, então, contar:
1. Preparação de aulas: considerando que tem duas vezes por semana cada uma dessas turmas e que tem três níveis diferentes de ensino, o professor Simplício precisa de preparar, no mínimo, 6 aulas por semana (estou a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo nível são exactamente iguais -- o que não acontece -- e que, por isso, quando prepara para uma turma também já está a preparar para a outra turma do mesmo nível). Vamos considerar que a preparação de cada aula demora 1 hora. Significa que, por semana, despende 6 horas para esse trabalho. Se o período tiver 14 semanas, como é o caso do 1.º período do presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84 horas nesta tarefa.
2. Elaboração de testes: imaginemos que o prof. Simplício realiza, por período, dois testes em cada turma. Significa que tem de elaborar dez testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora para preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado, acredite), quer dizer que consome, num período, 10 horas neste trabalho.
3. Correcção de testes: o prof. Simplício tem, como vimos, 125 alunos, isto implica que ele corrige, por período, 250 testes. Vamos imaginar que ele consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas disciplinas, seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que é possível corrigir em tão pouco tempo), demora mais de 104 horas para conseguir corrigir todos os testes, durante um período.4. Correcção de trabalhos de casa: consideremos que o prof. Simplício só manda realizar trabalhos para casa uma vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total são mais de 20 horas (isto é, 125 alunos x 10 minutos) por semana. Como o período tem 14 semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas.
5. Correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que o prof. Simplício manda realizar apenas um trabalho de grupo, por período, e que cada grupo é composto por 3 alunos; terá de corrigir cerca de 41 trabalhos. Vamos também imaginar que demora apenas 1 hora a corrigir cada um deles (os meus colegas até gargalham, ao verem estes números tão minguados), dá um total de 41 horas.
6. Investigação: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas por semana a investigar, dá, no período, 28 horas (2h x 14 semanas).
7. Acções de formação contínua: para não atrapalhar as contas, nem vou considerar este tempo.
Vamos, então, somar isto tudo:
84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas.
Multipliquemos, agora, as 11horas semanais que o professor tem para estes trabalhos pelas 14 semanas do período: 11hx14= 154 horas.
Ora 547h-154h=393 horas. Significa isto que o professor trabalhou, no período, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido destinadas para o efeito.
Vamos ver, de seguida, quantos dias úteis de descanso tem o professor no Natal.
No próximo Natal, por exemplo, as aulas terminam no dia 18 de Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 serão para realizar Conselhos de Turma, portanto, terá descanso nos seguintes dias úteis: 24, 26, 29 30 e 31 de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias úteis. Ora 6 dias vezes 7 horas de trabalho por dia dá 42 horas. Então, vamos subtrair às 393 horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso que teve no Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor trabalhou a mais 351 horas!! Isto em dias de trabalho, de 7 horas diárias, corresponde a 50 dias!!! O professor Simplício tem um crédito sobre o Estado de 50 dias de trabalho. Por outras palavras, o Estado tem um calote de 50 dias para com o prof. Simplício.
Pois é, não parecia, pois não, caro anónimo? Mas é isso que o Estado deve, em média, a cada professor no final de cada período escolar.
Ora, como o Estado somos todos nós, onde se inclui, naturalmente, o nosso prezado anónimo, (pressupondo que, como nós, tem os impostos em dia) significa que o estimado anónimo, afinal, está em dívida para com o prof. Simplício. E ao contrário daquilo que o nosso simpático anónimo afirmava, os professores não descansam muito, descansam pouco!
Veja lá os trabalhos que arranjou: sai daqui a dever dinheiro a um professor. Mas, não se incomode, pode ser que um dia se encontrem e, nessa altura, o amigo paga o que deve.
boa resposta ao Caríssimo indignado que veio aos jornais INDIGNAR-SE contra os professores, deve ser um daqueles ressabiados contra o prof. que lhe deu nega por se ter 'baldado' às aulas.
Acho que é mesmo de ler. Nunca tinha pensado nisto desta forma. Incrível como trabalhamos tanto e nem damos por ela.
Caro anónimo indignado com a indignação dos professores...
Caro anónimo indignado com a indignação dos professores, homens (e as mulheres) não se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por aquilo que afirmam, isto é, por saberem ou não saberem o que dizem e do que falam.
O caro anónimo mostra-se indignado (apesar de não aceitar que os professores também se possam indignar! Dualidade de critérios deste nosso estimado anónimo... Mas passemos à frente) com o excesso de descanso dos professores: afirma que descansamos no Natal, no Carnaval, na Páscoa e no Verão, (esqueceu-se de mencionar que também descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado anónimo insurge-se veementemente contra tão desmesurada dose de descanso de que os professores usufruem e de que, ao que parece, ninguém mais usufrui.
Ora vamos lá ver se o nosso atento e sagaz anónimo tem razão. Vai perdoar-me, mas, nestas coisas, só lá vamos com contas.
O horário semanal de trabalho do professor é 35 horas. Dessas trinta e cinco, 11 horas (em alguns casos até são apenas dez) são destinadas ao seu trabalho individual, que cada um gere como entende. As outras 24 horas são passadas na escola, a leccionar, a dar apoio, em reuniões, em aulas de substituição, em funções de direcção de turma, de coordenação pedagógica, etc., etc.
Bom, centremo-nos naquelas 11 horas que estão destinadas ao trabalho que é realizado pelo professor fora da escola (já que na escola não há quaisquer condições de o realizar): preparação de aulas, elaboração de testes, correcção de testes, correcção de trabalhos de casa, correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo, investigação e formação contínua. Agora, vamos imaginar que um professor, a quem podemos passar a chamar de Simplício, tem 5 turmas, 3 níveis de ensino, e que cada turma tem 25 alunos (há casos de professores com mais turmas, mais alunos e mais níveis de ensino e há casos com menos - ficamos por uma situação média, se não se importar). Para sabermos o quanto este professor trabalha ou descansa, temos de contar as suas horas de trabalho.
Vamos lá, então, contar:
1. Preparação de aulas: considerando que tem duas vezes por semana cada uma dessas turmas e que tem três níveis diferentes de ensino, o professor Simplício precisa de preparar, no mínimo, 6 aulas por semana (estou a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo nível são exactamente iguais -- o que não acontece -- e que, por isso, quando prepara para uma turma também já está a preparar para a outra turma do mesmo nível). Vamos considerar que a preparação de cada aula demora 1 hora. Significa que, por semana, despende 6 horas para esse trabalho. Se o período tiver 14 semanas, como é o caso do 1.º período do presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84 horas nesta tarefa.
2. Elaboração de testes: imaginemos que o prof. Simplício realiza, por período, dois testes em cada turma. Significa que tem de elaborar dez testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora para preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado, acredite), quer dizer que consome, num período, 10 horas neste trabalho.
3. Correcção de testes: o prof. Simplício tem, como vimos, 125 alunos, isto implica que ele corrige, por período, 250 testes. Vamos imaginar que ele consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas disciplinas, seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que é possível corrigir em tão pouco tempo), demora mais de 104 horas para conseguir corrigir todos os testes, durante um período.4. Correcção de trabalhos de casa: consideremos que o prof. Simplício só manda realizar trabalhos para casa uma vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total são mais de 20 horas (isto é, 125 alunos x 10 minutos) por semana. Como o período tem 14 semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas.
5. Correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que o prof. Simplício manda realizar apenas um trabalho de grupo, por período, e que cada grupo é composto por 3 alunos; terá de corrigir cerca de 41 trabalhos. Vamos também imaginar que demora apenas 1 hora a corrigir cada um deles (os meus colegas até gargalham, ao verem estes números tão minguados), dá um total de 41 horas.
6. Investigação: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas por semana a investigar, dá, no período, 28 horas (2h x 14 semanas).
7. Acções de formação contínua: para não atrapalhar as contas, nem vou considerar este tempo.
Vamos, então, somar isto tudo:
84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas.
Multipliquemos, agora, as 11horas semanais que o professor tem para estes trabalhos pelas 14 semanas do período: 11hx14= 154 horas.
Ora 547h-154h=393 horas. Significa isto que o professor trabalhou, no período, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido destinadas para o efeito.
Vamos ver, de seguida, quantos dias úteis de descanso tem o professor no Natal.
No próximo Natal, por exemplo, as aulas terminam no dia 18 de Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 serão para realizar Conselhos de Turma, portanto, terá descanso nos seguintes dias úteis: 24, 26, 29 30 e 31 de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias úteis. Ora 6 dias vezes 7 horas de trabalho por dia dá 42 horas. Então, vamos subtrair às 393 horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso que teve no Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor trabalhou a mais 351 horas!! Isto em dias de trabalho, de 7 horas diárias, corresponde a 50 dias!!! O professor Simplício tem um crédito sobre o Estado de 50 dias de trabalho. Por outras palavras, o Estado tem um calote de 50 dias para com o prof. Simplício.
Pois é, não parecia, pois não, caro anónimo? Mas é isso que o Estado deve, em média, a cada professor no final de cada período escolar.
Ora, como o Estado somos todos nós, onde se inclui, naturalmente, o nosso prezado anónimo, (pressupondo que, como nós, tem os impostos em dia) significa que o estimado anónimo, afinal, está em dívida para com o prof. Simplício. E ao contrário daquilo que o nosso simpático anónimo afirmava, os professores não descansam muito, descansam pouco!
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