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Caldeirão da Bolsa

Volatilidade dos mercados - explicação !!!!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por charles » 20/10/2008 22:51

Marco, excelente artigo :wink: .

Obrigado a ambos.

1Ab
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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Re: Volatilidade dos mercados - explicação !!!!

por sargotrons » 20/10/2008 18:35

Stock Manipulation Probe Launched After Prices Spike

Edgar Ortega and Jeff Kearns in Bloomberg, Oct. 20 Escreveu:U.S. regulators are investigating whether investors manipulated end-of-day stock prices to avoid being forced by their brokers to sell holdings.

These gaps, which caused the Dow Jones Industrial Average to swing as much as 104 points this month in the final minute of trading, suggest investment firms faced with client redemptions and plunging markets may be gaming the closing-auction system. The discrepancies spurred the Financial Industry Regulatory Authority, which oversees 5,000 brokerages, to look for evidence that investors are improperly swaying prices.

General Electric Co., McDonald's Corp. and the 28 other Dow companies swung 0.6 percent on average at the close the last two weeks, according to data compiled by Bloomberg. That's almost eight times greater than the average three months ago. Because of the swings, the New York Stock Exchange plans to distribute information on the closing auction more often to help mitigate volatility.

``Investors don't ever want to see manipulation because it shows that they are exposed to a different kind of risk than just the fundamentals of companies,'' said Peter Henning, a former federal prosecutor and Securities and Exchange Commission lawyer who now teaches at Wayne State University Law School in Detroit. ``That hurts trust in the market.''

`Inflated Price'

The final minute of stock trading is the busiest at U.S. exchanges after the open. The NYSE and Nasdaq Stock Market hold special auctions that intensify 20 minutes before the 4 p.m. close to collect orders and smooth out price changes. Nasdaq tells brokers as frequently as every 5 seconds whether there are more buyers than sellers and broadcasts a likely range for the closing price. At the NYSE, traders known as specialists manage the process.

Brokers are barred from canceling orders as the auction approaches. Still, traders could send small buy orders leading up to the close to prop up the price, only to place a larger sell order in the final trade.

``If you push the price up by buying 100 shares to sell 10,000, the people who get hurt are the ones who buy at an inflated price,'' said John Coffee, a securities law professor at Columbia University in New York.

Investors pulled a record $43 billion from hedge funds in September, according to TrimTabs Investment Research. In the week ended Oct. 8, an all-time high of $43.3 billion was removed from stock mutual funds as the Standard & Poor's 500 Index headed for the steepest weekly drop since the 1930s, data compiled by the Sausalito, California-based firm show.

`Mark Up the Close'

``If markets are declining, people are going to try to mark up the close,'' said Thomas Gira, executive vice president for market regulation at Finra in Washington. ``We want to make sure that closing prices are not artificial prices.''

Closing prices are often used as benchmarks to value the collateral a client has set aside to guarantee a loan to invest in stock. They also influence the settlement of options and futures contracts, executive pay and the price of takeovers. Funds that track benchmark stock indexes typically rely on the exchange's closing auctions to complete trades.

In the past month, the NYSE delayed the close of several stocks to damp price swings and made it easier for floor brokers to submit late orders that narrow imbalances.

Aggregating Liquidity

``The goal is to aggregate as much liquidity as possible to reduce price dislocations,'' Joseph Mecane, head of U.S. markets for NYSE Euronext, said in an Oct. 17 interview at the Security Traders Association conference in Boca Raton, Florida. ``This is definitely something on our project list.''

The SEC settled a lawsuit last week with San Francisco-based hedge fund MedCap Management & Research LLC for driving up the value of a stock to mask losses in 2006. In May, the NYSE's regulatory unit opened a review of brokerages' procedures for handling large orders at the close that could have an ``adverse, manipulative effect,'' according to a letter sent to firms.

Manipulating prices for anything but small companies that trade infrequently would be too costly and difficult, said Richard Parker, director of institutional trading at New York- based Stanford Group Co.

``It would be a big task to move names that are very liquid, and it would leave fingerprints,'' he said. ``You could be better off banging your head against the wall.''

Stock hedge funds fell an average 8.6 percent in September, the biggest one-month loss since Chicago-based Hedge Fund Research Inc. began collecting the data in 1990.

Hedge Fund Redemptions

``Hedge funds are liquidating to meet redemptions and some stocks are being sold on a distressed basis to meet margin calls,'' Byron Wien, a former Morgan Stanley strategist who now helps oversee $7 billion at Westport, Connecticut-based Pequot Capital Management Inc., wrote in an Oct. 15 report.

Fairfield, Connecticut-based GE, the world's fifth-biggest company by market value, closed at $21.50 on Oct. 10, up 4.3 percent from the midpoint of the last bid and ask quotes. Before 2008, the stock hadn't gained or lost that much in a full day of trading since March 2003, according to Bloomberg data.

Also on Oct. 10, Oak Brook, Illinois-based McDonald's rallied 14 percent in the final hour of trading, climbing from $50.55 to peak at $57.78 as orders poured into the NYSE's closing auction. Even though the stock was last quoted at about $55.55, the shares fell in the final trade to close at $53.35 for a daily gain of 2.4 percent.

``If you see unstable prices, it makes you not want to invest,'' said Barry Savitz, senior managing partner at Stamford, Connecticut-based Greenwich Prime Trading Group, which trades for hedge funds. ``That's not investing, it's gambling.''


Claro que não é a razão mas está dentro do tema...
Cheers,
Não faz mal!...
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por MarcoAntonio » 20/10/2008 16:33

Vou recuperar um texto que tinha no "antigo" Caldeirão de Bolsa precisamente sobre este assunto:



MarcoAntonio Escreveu:Volatilidade - A soma de todos os medos...

Indicadores como o VIX, VXN e VDAX por vezes interpretados genericamente como indicadores de volatilidade, consistem na realidade mais precisamente em indicadores de sentimento de mercado. A razão de ocasionalmente serem mal interpretados reside no seu próprio nome. O termo volatility que surge no nome destes indicadores não se refere à volatilidade como medida estatística e objectiva, como normalmente é entendida mas a um outro conceito associado. Isto porque existem dois tipos distintos de volatilidade: a volatilidade histórica e a volatilidade ímplicita.

Enquanto a primeira pode ser aplicada a qualquer activo e medida/analisada graficamente através de indicadores técnicos como o desvio padrão (standard deviation), o ATR (average true range) ou as Bandas de Bollinger, a segundo surge apenas nos activos para os quais existem opções, warrants ou futuros associados. Uma outra consequência e que deriva dos métodos utilizados para o seu cálculo e respectivos pressupostos é a de que este indicador/parâmetro é considerado fiável apenas em mercados/activos bastante líquidos. Passo a estabelecer as diferenças entre os dois tipos de volatilidade:

> A volatilidade histórica é um conceito simples e objectivo: é entendido como sendo a variabilidade - amplitude de variação - do preço de uma activo num dado lapso de tempo. O método de cálculo mais simples é o do desvio padrão que consiste basicamente em calcular o desvio médio da variável em relação a uma sua média móvel ao longo de um determinado período de tempo. Assim sendo, o desvio padrão tem tendência a aumentar com a amplitude dos desvios para o mesmo lapso de tempo o que está de acordo com o conceito de volatilidade atrás descrito.

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> A volatilidade implícita é entendida como sendo a forma como o mercado avalia e percepciona a volatilidade histórica e o respectivo risco inerente (sendo ainda defendido que possa incorporar outros tipos de riscos). A volatilidade histórica tende a ser elevada quer nos momentos de euforia quer nos momentos de pânico, no entanto, o mercado não avalia no primeiro caso a volatilidade como um (grande) risco o que é traduzido por valores baixos de volatilidade implícita; já no segundo caso, o mercado avalia a volatilidade implícita como sendo um factor de alto risco. O primeiro sentimento assenta obviamente num excesso de optimismo; o segundo num excesso de pessimismo. O cálculo da volatilidade ímplicita é mais complexo que o da volatilidade histórica e depende de várias variáveis como a maturidade, o strike, o valor do subjacente, etc...

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Ora, tomando com exemplo o VIX que consiste numa média de volatilidades implícitas de um basket de opções de títulos muito líquidos do S&P500, obtemos um indicador de sentimento de mercado, capaz de quantificar o nível de optimismo/pessimismo existente no mercado. Sendo óbvio que o optimismo impera no bull market e o pessimismo no bear market, para que necessitamos nós de um indicador que nos diga que estamos optimista se vemos à vista desarmada que o mercado sobe e que estamos tão mais optimistas quanto mais o mercado sobe?

A utilidade é simples e para a explicar há que recorrer ao Pensamento Contrário (Contrarian Theory), ao qual o VIX e seus semelhantes assentam como uma luva. O Pensamento Contrário afirma que nos momentos de inversão (picos e fundos) o mercado encontra-se errado no seu sentimento/opinião: no auge do bull a euforia encontra-se ela igualmente no auge e o sentimento bull domina a generalidade dos investidores o que sem grande exercício mental nos leva a concluir que essa generalidade de investidores está errada pois daí para a frente o que o mercado terá são descidas; e no «fundo do poço» o mercado encontra-se num pico de pessimismo - a generalidade dos investidores está bear - o que mais uma vez e recorrendo à mesma linha de raciocínio nos leva a concluir que mais uma vez a maioria está errada pois esse é o melhor momento para investir: daí para a frente o que o mercado verá a dominar são as subidas.

Ora como pessimismo, optimismo e demais sentimentos associados (euforia, frustração, etc) padecem de carácter subjectivo e de difícil quantificação, se disposermos de um indicador que nos seja capaz de quantificar esse sentimento e de estabelecer paralelismos entre diferentes momentos e respectivos sentimentos, então dispomos de uma ferramenta extremamente útil para a aplicação prática do Pensamento Contrário.


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Nota: inseri o ATR junto do gráfico do SPX para que se possa comparar as diferentes leituras do indicador de volatilidade histórica (ATR neste caso) e o VIX (no gráfico anterior) no mesmo período. Chamo especial atenção para a quebra brusca do VIX após o «fundo» da semana passada quando a volatilidade histórica continua sensivelmente ao mesmo nível. A volatilidade é sensivelmente a mesma, o que mudou bruscamente foi o sentimento dos investidores!
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Pois claro que o início do bull não é anunciado nos mídia ou pelas casas de investimento, nem a generalidade dos investidores se dá conta da oportunidade do momento (até porque o mercado encontra-se nessa altura desacreditado). Mas os indicadores de sentimento «podem» anunciar...

O recurso ao «podem» não é inocente: digo «podem» porque sendo um indicador de sentimento, exige cautela na avaliação do que é o «extremamente» ou o «demasiado»: valores superiores a 30/40 são por norma considerados nestes indicadores como sendo reveladores de excesso de optimismo. No entanto, o indicador, em picos de pessimismo tanto pode atingir níveis na casa dos 50/60 pontos (como no crash de 1997 ou em Setembro de 2001) como pode ultrapassar os 100 pontos, caso do VIX no crash de 1987 - aproveito para referir que naquela data o VIX não existia pois só foi criado em 1993.

São estes aspectos que estão na base destes indicadores virem a ser referidos recorrentemente: acontece que o VIX por exemplo, atingiu nos últimos 15 dias valores da ordem dos 50 pontos, valores esses equiparáveis aos do crash de 1997 ou aos de Setembro de 2001 como já antes referido traduzindo assim um excesso de pessimismo o que seria propício a uma forte correcção técnica, possivelmente a uma inversão de médio-prazo. O pico do VIX acaba por coincidir com os sinais de exaustão que descrevi no meu artigo da semana passada.

Convém no entanto ressalvar que o facto do pico do VIX coincidir com essa sessão, não estamos perante o Santo-Graal! O pico do VIX é quase tão imprevisível quanto o fundo do índice. O indicador pode atingir sempre valores mais elevados tal como o mercado pode atingir sempre valores mais baixos. A utilidade reside no facto de, com este indicador, conseguirmos estabelecer um paralelismo no sentimento e condições de mercado apesar do índice se encontrar a valores hipoteticamente diferentes dos do momento que serve de comparação.

Por outro lado e visto noutra perspectiva, para aqueles que têm acesso a posições curtas ou equivalente (warrants put, por exemplo), altos valores do VIX revelam um alto risco em deter posições curtas que poderá estar a ser descurado (probabilidade elevada de ocorrer um panic-buy, um rallye de short-covering, etc.) da mesma forma que um excesso de euforia num bull market pode levar o investidor a descurar o risco inerente (o perigo de um crash ou de uma forte correcção técnica, por exemplo).

Uma outra leitura que poderá ser considerada neste indicador de sentimento de mercado relaciona-se com o alcance da inversão: os grandes picos tendem a reflectir-se em inversões de longo-prazo; os picos mais modestos, de médio-prazo; e assim sucessivamente. Quanto mais elevado o pico, provavelmente mais radical e prolongada será a viragem.

Por Marco António


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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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Volatilidade dos mercados - explicação !!!!

por charles » 20/10/2008 16:20

Resolvi abrir este tópico pois ouve-se falar em volatilidade e técnicamente penso que no geral nós pequenos investidores ficamos sem a perceber bem, sabendo unicamente que os indices andam para cima e para baixo muitos pontos e muito depressa, ou seja em segundos.

Qual o motivo da volatilidade:

- Muito volume de vendas ou compras de acções?
- São movimentações nos futuros?
- O tal gráfico (vix) da volatilidade tantas vezes falado, qual é a leitura que se deve fazer desse gráfico?

Pede-se comentários e uma explicação mais técnica dos experts do CB.

P.S. Já agora só um desabafo, tou irritado com a volatilidade :twisted: não me deixou vender o call a 0,60, quando lá tocava e eu pedia preço já o call estava no segundo seguinte a 0,55, isto não se aguenta assim :lol: , tive de vender a 0,57 ao preço que comprei :lol:, mas não está mau de todo pois tive de aguentá-lo quando a volatilidade de repente fazia descer os indices 1% para cima 1% para baixo, assim ninguem aguenta a volatilidade :evil: :lol: !

Cumpt
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