GALP/combustiveis - Desmontando o mito (analise semanal)
Acompanho este tópico desde há muito e em geral concordo com a análise do Marco Antonio. É perfeitamente visivel nos gráficos o lag entre as oscilações do preço da materia prima e dos produtos refinados, seja nas subidas seja nas descidas.
A mim o que me mete mais confusão (nem sei se isto deveria ser escrito neste topico se no das gaffes da TV) é ouvir e ler em toda a comunicação social dizerem que o petroleo "desceu" ou "subiu" sem sequer fazerem referencia à oscilação do cambio EUR/USD. É que muitas vezes dizem que desceu de um dia para o outro mas como o Euro também desvalorizou face ao dólar o valor em euros é precisamente o mesmo.
A quem interessa este tipo de "desinformação" camuflada? Ou será apenas incompetencia jornalistica para "incendiar" mais a opnião publica contra a Galp desviando a atenção sobre o verdadeiro motivo que encarece os combustiveis? OS IMPOSTOS.
É que por cada 6 centimos de combustivel, 1 é de IVA, que incidiu sobre o valor base + ISP.
Acho que os jornalistas deveriam começar a noticiar sempre os valores do Crude em EUROS. Mesmo no Jornal de negocios, as noticias são sempre em dollars, e embora se pudesse supor que os leitores deste jornal seriam pessoas economicamente informadas (ao contrario de mim, que acompanho este forum regularmente à anos mas poucas mensagens escrevo) ao ler este topico e ao ver alguns dos posts aqui colocados, tenho serias duvidas que o sejam.
Assim em jeito de conclusão das noticias os jornalistas deveriam sempre referir os valores em EUR com a respectiva analise da variação em função desta moeda que é a que nos interessa a nós.
PS- Parabéns Marco pelas análises e pela paciencia perante algumas opiniões de quem aparenta apenas querer criar "flames" neste tópico.
A mim o que me mete mais confusão (nem sei se isto deveria ser escrito neste topico se no das gaffes da TV) é ouvir e ler em toda a comunicação social dizerem que o petroleo "desceu" ou "subiu" sem sequer fazerem referencia à oscilação do cambio EUR/USD. É que muitas vezes dizem que desceu de um dia para o outro mas como o Euro também desvalorizou face ao dólar o valor em euros é precisamente o mesmo.
A quem interessa este tipo de "desinformação" camuflada? Ou será apenas incompetencia jornalistica para "incendiar" mais a opnião publica contra a Galp desviando a atenção sobre o verdadeiro motivo que encarece os combustiveis? OS IMPOSTOS.
É que por cada 6 centimos de combustivel, 1 é de IVA, que incidiu sobre o valor base + ISP.
Acho que os jornalistas deveriam começar a noticiar sempre os valores do Crude em EUROS. Mesmo no Jornal de negocios, as noticias são sempre em dollars, e embora se pudesse supor que os leitores deste jornal seriam pessoas economicamente informadas (ao contrario de mim, que acompanho este forum regularmente à anos mas poucas mensagens escrevo) ao ler este topico e ao ver alguns dos posts aqui colocados, tenho serias duvidas que o sejam.
Assim em jeito de conclusão das noticias os jornalistas deveriam sempre referir os valores em EUR com a respectiva analise da variação em função desta moeda que é a que nos interessa a nós.
PS- Parabéns Marco pelas análises e pela paciencia perante algumas opiniões de quem aparenta apenas querer criar "flames" neste tópico.
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O problema não está em entrar no mercado, está a montante(distribuição) e no modelo de funcionamento dos postos que mais não são que "Franchises".
Se aos postos fosse permitido mexer nos preços (embora apenas comprando a marca do mesmo claro) talvez tivessemos uma melhor concorrência.
Se aos postos fosse permitido mexer nos preços (embora apenas comprando a marca do mesmo claro) talvez tivessemos uma melhor concorrência.
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jfr2006 Escreveu:Enganaste-te..querias dizer a autoridade da incompetência....![]()
Qual é a base da tua afirmação?
jfr2006 Escreveu:Pois claro..com um monopólio de uns Grandes Aldrabões e Ladrões de Portugal protegidos ainda por cima por uns políticos corruptos e interesseiros, a quem é que interessa ficar nesta amostra de país
Então o que é que estás cá a fazer?
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A "malta" ali do café não diria melhor...
JFR, números não discutes tu. Mandas assim umas bocas mas números, está quieto!
Aliás, posts mais fraquinhos que os teus é um bocado difícil imaginar.

JFR, números não discutes tu. Mandas assim umas bocas mas números, está quieto!
Aliás, posts mais fraquinhos que os teus é um bocado difícil imaginar.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:AlanTejano Escreveu:-> Ausência de tacticas de cartel.
A Autoridade da Concorrência investigou e não conseguiu demonstrar que exista cartel.
É certo que existe a convicção generalizada que existe cartel, mas não passa disso mesmo (uma convicção, que espelha a frustração das pessoas com o aumento do preço dos combustíveis).
Enganaste-te..querias dizer a autoridade da incompetência....

AlanTejano Escreveu:-> Ausência de barreiras à entrada de novos competidores (em tempo útil). (para mim a mais importante)
Mas será assim tão complicado entrar neste mercado?
Eu acho é que não há interessados em entrar (a Shell até se foi embora).
Pois claro..com um monopólio de uns Grandes Aldrabões e Ladrões de Portugal protegidos ainda por cima por uns políticos corruptos e interesseiros, a quem é que interessa ficar nesta amostra de país

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Pergunta de newbie
E se fosse feito com a Galp o mesmo que foi feito com a AT&T ou a PT Multimedia?
Ou seja, separar os negócios de refinação, distribuição e venda (ou outra variante qualquer).
Claro que uma empresa ter controlo sobre toda a cadeia de valor da uma flexibilidade e possibilidade de redução de custos enorme. Além de que, pelo que sei, as outras empresas (BP, Repsol, etc) também tem a mesma estrutura.
Mas pelo menos assim ninguém poderia dizer que a Galp estaria a monopolizar o que quer que fosse.
Opiniões?

E se fosse feito com a Galp o mesmo que foi feito com a AT&T ou a PT Multimedia?
Ou seja, separar os negócios de refinação, distribuição e venda (ou outra variante qualquer).
Claro que uma empresa ter controlo sobre toda a cadeia de valor da uma flexibilidade e possibilidade de redução de custos enorme. Além de que, pelo que sei, as outras empresas (BP, Repsol, etc) também tem a mesma estrutura.
Mas pelo menos assim ninguém poderia dizer que a Galp estaria a monopolizar o que quer que fosse.
Opiniões?
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carissimos!!!
Em relação aos preços da gasolina e gasoleo eu reslovi a questão.
Passei a atestar nos intermarche que é combustivél GALP na mesma e com descontos até 10 cêntimos.
Em relação a outras de gasolineiras de linha branca...Terei muito a dizer..mais para a frente.
A refinação é uma gota de agua no oceano das margens do negocio.
Andam todos a questionar os preços, mas ninguem poupa nada!!! Eu cá passei a ir a reuniões de quadros de comboio,passei a orientar os jantares com o pessoal apenas num carro...e ganhei $.
...novo a postar...
Passei a atestar nos intermarche que é combustivél GALP na mesma e com descontos até 10 cêntimos.
Em relação a outras de gasolineiras de linha branca...Terei muito a dizer..mais para a frente.
A refinação é uma gota de agua no oceano das margens do negocio.
Andam todos a questionar os preços, mas ninguem poupa nada!!! Eu cá passei a ir a reuniões de quadros de comboio,passei a orientar os jantares com o pessoal apenas num carro...e ganhei $.
...novo a postar...
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AlanTejano Escreveu:Elias Escreveu:AlanTejano Escreveu:Só concordaria com esta ideia num produto de consumo facultativo e em que exista concorrência plena e efectiva.
O que é para ti concorrência plena e efectiva?
-> Ausência de tacticas de cartel.
-> Ausência de barreiras à entrada de novos competidores (em tempo útil). (para mim a mais importante)
-> Ausência de práticas de Dumping.
-> Concorrencia leal em que todos cumprem as mesmas regras com penalizações dissuasoras de quebra das mesmas (isto é: não pode valer a pena prevaricar).
Não sendo um entendido na matéria nem um profundo conhecedor de economia gostaria que alguem me esclarecesse sobre uma dúvida:
O sector da refinação e distribuição de combustiveis em Portugal é, tecnicamente, um mercado livre?
Caro colega o mercado de combustíveis é aberto a qualquer interessado. Não existem barreiras à entrada. Se quiser abrir um posto de combustível ninguém o impede. Se quiser construir uma refinaria ninguém o impede.
Aliás, aqui há tempos o empresário Patrick Monteiro de Barros chegou a ponderar construir uma refinaria em Sines. Não avançou porque provavelmente queria que o Estado entrasse com 50% do capital. Fundos comunitários não faltariam para apoiar esse projecto.
Se não há mais operadores no mercado é porque não há interesse. Um exemplo já aqui referido, a Shell desinvestiu e saiu do nosso país. E porque não há interesse? Em primeiro lugar porque este mercado tem margens muito reduzidas. Aliás, não é segredo que a GALP operou com margens de refinação negativas durante alguns meses este ano. Significa isto que este mercado é pouco interessante economicamente. A taxa de retorno não compensa os investimento avultados e necessidades de capital exigidas.

"I'm not normally a religious man, but if you're up there, save me, Superman!" (Homer Simpson)
Esses dados podem ser confirmados na "factura energética" que está disponível no site da DGEG...
Tem lá as quantidades e os montantes das importações, quer de petróleo quer dos refinados.
Também dá para perceber que a maior parte do importado é Gasóleo. Mas também se importa alguma gasolina, nem tudo o que se consome é refinado cá (pela GALP).
Tem lá as quantidades e os montantes das importações, quer de petróleo quer dos refinados.
Também dá para perceber que a maior parte do importado é Gasóleo. Mas também se importa alguma gasolina, nem tudo o que se consome é refinado cá (pela GALP).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Quanto às barreiras à entrada de novos competidores, segundo o estudo feito pelo ACP, "A importação de combustíveis líquidos refinados
(gasolina e gasóleo) correspondia em 2004 a apenas cerca de 10% no total do consumo destes combustíveis, representando o gasóleo 90% do total de produtos importados".
Acho que é possível inferir que não há impedimento à entrada de outros fornecedores no mercado. Agora se há interesse destes em entrar, aí já é outra história.
(gasolina e gasóleo) correspondia em 2004 a apenas cerca de 10% no total do consumo destes combustíveis, representando o gasóleo 90% do total de produtos importados".
Acho que é possível inferir que não há impedimento à entrada de outros fornecedores no mercado. Agora se há interesse destes em entrar, aí já é outra história.
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AlanTejano Escreveu:-> Ausência de tacticas de cartel.
A Autoridade da Concorrência investigou e não conseguiu demonstrar que exista cartel.
É certo que existe a convicção generalizada que existe cartel, mas não passa disso mesmo (uma convicção, que espelha a frustração das pessoas com o aumento do preço dos combustíveis).
AlanTejano Escreveu:-> Ausência de barreiras à entrada de novos competidores (em tempo útil). (para mim a mais importante)
Mas será assim tão complicado entrar neste mercado?
Eu acho é que não há interessados em entrar (a Shell até se foi embora).
AlanTejano Escreveu:-> Ausência de práticas de Dumping.
Onde existe o dumping?
AlanTejano Escreveu:-> Concorrencia leal em que todos cumprem as mesmas regras com penalizações dissuasoras de quebra das mesmas (isto é: não pode valer a pena prevaricar).
Que regras não estão a ser cumpridas?
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Elias Escreveu:AlanTejano Escreveu:Só concordaria com esta ideia num produto de consumo facultativo e em que exista concorrência plena e efectiva.
O que é para ti concorrência plena e efectiva?
-> Ausência de tacticas de cartel.
-> Ausência de barreiras à entrada de novos competidores (em tempo útil). (para mim a mais importante)
-> Ausência de práticas de Dumping.
-> Concorrencia leal em que todos cumprem as mesmas regras com penalizações dissuasoras de quebra das mesmas (isto é: não pode valer a pena prevaricar).
Não sendo um entendido na matéria nem um profundo conhecedor de economia gostaria que alguem me esclarecesse sobre uma dúvida:
O sector da refinação e distribuição de combustiveis em Portugal é, tecnicamente, um mercado livre?
I love this game!
MarcoAntonio Escreveu:Esqueceste-te da comparação do preço do iogurte líquido no Jumbo e no Continente, bem como o preço do leite gordo no Lidl...
Pois tens razão... na verdade eu só dei exemplos da área dos combustíveis, mas talvez venha aí o modelo de carro movido a iogurte líquido

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Esqueceste-te da comparação do preço do iogurte líquido no Jumbo e no Continente, bem como o preço do leite gordo no Lidl...


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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Merceeiro Escreveu:O que é para si matéria de notícia?
Para mim matéria de notícia (neste domínio) serão coisas que não acontecem todos os dias e que trazem algo de novo ao nosso conhecimento sobre o mercado. Exemplos de possível notícias:
- um novo tipo de combustível (gasolina 105 octanas, por exemplo)
- um novo tipo de veículo movido a electricidade ou a hidrogénio ou a vinho tinho
- problemas no abastecimento normal de combustíveis devido a uma greve ou a um boicote
- o Alberto João decidir que quem fixa os preços é o governo regional
- o Estado decidir alterar o ISP (para cima ou para baixo), o que só acontece de 2 em 2 anos aproximadamente
- a DECO organizar um boicote
Para mim não é matéria de notícia saber de variações de preços que fazem o dia-a-dia do mercado. Exemplos de "não-notícias":
- hoje a GALP baixou 3 cêntimos
- ontem a BP tinha descido 4 cêntimos
- na semana passada a CEPSA estava 0,5 cêntimos mais cara que a REPSOL
- esta semana o gasóleo está 0,1 cêntimos mais barato na GALP que na BP
- a BP desceu ontem os preços e hoje a GALP também desceu, mas a REPSOL manteve os preços
- os hipermercados estão a vender a gasolina 8 cêntimos mais barato (isto não é notícia porque é assim há vários ANOS)
Acho que estes exemplos ilustram o meu conceito de notícia.
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rmachado Escreveu:Marco... Eu estava a ser irónico, deduzo que tenhas percebido.
Claro Elias, enquanto existir quem compre... o preço "é o justo".
Por acaso, pensei que estavas a sério (lol). Desculpa lá o testamento então...
Mas já agora, aproveito para deixar uma comentário sobre algo que me faz alguma confusão: tenho ouvido comentadores, economistas, analistas dizerem que não há margem de manobra orçamental para baixar o ISP, que o Estado não pode baixar o ISP. Bom, mas há margem de manobra para disponibilizar 20 mil milhões de euros para a Banca?
Confesso que me faz confusão...
Os combustíveis a preços elevados estão a prejudicar toda a gente. As pessoas individuais, os transportes, o comércio, a industria... e muito especialmente os postos e comércio mais próximos da fronteira.
Eu questiono-me até que ponto não era benéfico (para a Economia Nacional) baixar o ISP e inclusivamente questiono-me se no final a receita do Estado realmente baixaria ou se não seria compensada noutras receitas que entretanto aumentariam (aumento do consumo e diminuição da "fuga" para Espanha, aumento das receitas indirectas em sede de IVA, IRS e IRC, etc, etc).
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Obviamente o "ninguém" e o "toda a gente" do post anterior é usado num sentido figurado, refiro-me naturalmente a um comportamento de massas. Individualmente há outras pessoas a apontar as mesmas questões que eu aponto...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
rmachado Escreveu:Mas no entanto quem enche os bolsos são as gasolineiras..
A ordem de grandeza da receita para as Petrolíferas e para o Estado não têm comparação possível.
As receitas das petrolíferas (que são quem explora, investe e serve no sector... sem elas não terias gasolina nos postos para abastecer o teu automóvel) anda na casa dos 10 centimos provavelmente. Qualquer coisa à roda disso, mais centimos menos centimos. O estado cobra 60/80 centimos a título de imposto. Não presta qualquer serviço no sector, não explora o sector, não serve ninguém no sector, apenas cobra e ponto final. É tudo "dinheiro em caixa", sem qualquer risco...
Portanto não há comparação possível no que diz respeito a quem "enche o bolso" com combustíveis.
Quanto às petrolíferas, tratam-se de empresas privadas e não da Santa Casa da Mesericórdia. Outras empresas trabalham noutros sectores (Bancos, Distribuição, Centros Comerciais, etc, etc, etc) e ninguém anda a discutir se enchem os bolsos ou deixam de encher, são as empresas que actuam nesses sectores, têm por vista o lucro e, por arrasto, o desenvolvimento económico, o progresso e a criação de riqueza. Quem achar que as petrolíferas (ou outra empresa doutro sector) enche os bolsos pode sempre investir em acções. Este discurso que eu estou a apresentar não podia ter espaço mais adequado do que um Forum de Bolsa!
Simplesmente acho completamente incorrecto e "desviante" estar a dizer que as petrolíferas "enchem os bolsos"...
Eu aqui, insisto pela enésima vez, acho que a única coisa a discutir é se o comportamento da evolução do preço é correcto ou se de alguma forma é desonesto. E não se as empresas têm altos ou baixos lucros...
Se as petrolíferas têm altos lucros, como portugueses só faz sentido desejar que a GALP esteja em linha com as demais petrolíferas. Ou queremos uma GALP pobrezinha e perdedora num sector onde "supostamente" as outras petrolíferas ganham? Isso faz algum sentido? Está-se a defender o quê? Que a GALP devia deixar de investir em refinarias, em exploração de novos poços, em montar postos em qualquer lado e cingir-se a postos junto a super-mercados vendendo baratinho? Que fosse engolida por uma gigante multinacional ou fosse uma petrolífera ou grupo de postos do tipo "familiar"? Ao certo o que é que se está a defender?
Isso numa lógica empresarial simplesmente não faz sentido nenhum. São comentários feitos na "lógica do consumidor" que só "vê" o preço que paga pelas coisas e constrói uma lógica em torno desse valor...
Eu já chamei a atenção para isto várias vezes aqui no tópico. Esse discurso simplesmente não faz sentido. A GALP é uma empresa que compete com as outras empresas do sector e luta com as armas que tem.
E neste contexto, só podemos dizer que a evolução dos preços tem sido.... correctíssima!
Acompanham o preço da matéria-prima de forma praticamente perfeita, seja nas subidas seja nas descidas. As pessoas não têm realmente nada de que se queixar (a não ser lamentarem-se dos preços do petróleo nos últimos anos, coisa que a GALP não controla).
Quanto aos impostos, a razão porque tenho frequentemente introduzido na discussão é porque são uma componente importantíssima na formação do preço final e um factor de distorção na evolução dos preços. Onde inclusivamente a evolução em Portugal tem-nos "prejudicado". Contudo, "toda a gente" fala da GALP e praticamente ninguém fala dos impostos, a não ser uma vez ou outra aqui e acolá de forma relativamente discreta...
Fazem-se protestos e boicotes contra as petrolíferas (com base em pressupostos completamente falsos!) e quanto aos impostos está tudo calado. Parece que ninguém se importa com os 80 centimos que o Estado cobra por litro de gasolina mas estão muito preocupados com 1 ou 2 centimos que a GALP ou outra petrolífera possa eventualmente baixar no preço...
É incoerente (para não dizer irracional) e por isso tenho frequentemente colocado a questão. Especialmente quando o próprio estado vem dizer no pico dos protestos que "é desejável que os combustíveis baixem" e porém não baixa nem um centimozinho nos 60/80 centimos que cobra por litro, valores que estão inclusivamente acima da média europeia.
Por isso, considero relevante colocar esses valores aqui em análise, para que esta seja completa e o mais objectiva possível e para sabermos porque pagamos x por cada litro de combustível e os "outros" pagam y.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:Nas últimas semanas tenho reparado que de cada vez que a gasolina sobe ou baixa de preço (nem que seja um ou dois cêntimos), o facto é notícia em todos os telejornais.
Interrogo-me se isto é de facto matéria de notícia...![]()
O que é para si matéria de notícia?
A mercearia de valores não faz fiado
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rmachado Escreveu:Mas no entanto quem enche os bolsos são as gasolineiras..
Porque o pessoal parece continuar disposto a comprar.
Protesta mas vai comprando.
No dia em que passarem dos protestos à acção (isto é, quando deixarem de comprar), o preço cai.
rmachado, não estou a dissertar sobre se existem ou não alternativas, isso é outra discussão que já aqui tivemos - estou apenas a constatar o óbvio: o pessoal continua a consumir aos preços actuais.
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