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Caldeirão da Bolsa

A Crise Financeira, o Crash e os Baby Boomers.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Nyk » 13/10/2008 10:27

Governo britânico cria entidade para gerir participações nos bancos
O Governo britânico vai criar uma entidade para gerir as participações que adquiriu nos bancos em dificuldades. O Executivo anunciou esta manhã uma injecção de capital no valor de 37 mil milhões de libras em três dos maiores bancos do país.

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Ana Luísa Marques
anamarques@mediafin.pt


O Governo britânico vai criar uma entidade para gerir as participações que adquiriu nos bancos em dificuldades. O Executivo anunciou esta manhã uma injecção de capital no valor de 37 mil milhões de libras em três dos maiores bancos do país.

O Governo de Gordon Brown vai criar uma entidade para gerir as participações que adquiriu nos bancos com dificuldades financeiras. O Executivo assumiu o controlo do Royal Bank of Scotland e, caso a fusão do Lloyds com HBOS se concretize, ficará com uma participação de 43,5% na futura entidade.

“A nossa intenção não é deter ou gerir os bancos. A nossa intenção é estabilizar o sistema financeiro”, esclareceu o ministro das Finanças do Reino Unido, Alistair Darling, durante uma conferência de imprensa conjunta com Gordon Brown.

“O Governo não é um investidor permanente nos bancos britânicos”, acrescentou.
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por Nyk » 13/10/2008 10:26

154 mil milhões na sexta-feira
Depósitos da banca no BCE atingiram recorde em dia "negro" nas bolsas
Os bancos da Zona Euro voltaram a fixar um novo recorde nos montantes depositados junto do Banco Central Europeu (BCE). Foram mais de 154 mil os milhões de euros colocados nos "cofres" da autoridade monetária da Zona Euro na última sexta-feira, dia "negro" para os mercados accionistas mundiais.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


Os bancos da Zona Euro voltaram a fixar um novo recorde nos montantes depositados junto do Banco Central Europeu (BCE). Foram mais de 154 mil os milhões de euros colocados nos “cofres” da autoridade monetária da Zona Euro na última sexta-feira, dia “negro” para os mercados accionistas mundiais.

Num dia marcado por fortes quedas nas bolsas, e ainda antes de todas as medidas anunciadas durante o fim-de-semana para travar a crise financeira que bloqueou os mercados de crédito, os bancos voltaram a colocar milhares de milhões de euros à “guarda” da instituição liderada por Jean-Claude Trichet.

Segundo dados revelados hoje, citados pela Bloomberg, na sexta-feira os bancos entregaram 154,7 mil milhões ao BCE, uma soma recorde, o que representa um aumento face aos 64,4 mil milhões de euros depositados no dia anterior. O BCE remunera estes depósitos com uma taxa de 3,25%.

O depósito desta quantia recorde junto do BCE revela que no final da semana passada persistiam tensões elevadas nos mercados de crédito da Zona Euro. A falta de confiança entre as instituições financeiras levou-as a não emprestar dinheiro entre si, receando o não pagamento da dívida, optando assim por aplicar o excesso de liquidez em local seguro, como é o BCE.
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por Nyk » 13/10/2008 10:26

Analistas aplaudem garantia do governo ao sector financeiro português
Os analistas do BPI e do Espírito Santo Research (ESR) consideram "positivo" para o sector financeiro a garantia de 20 mil milhões de euros anunciada ontem pelo governo português. O ESR frisa, contudo, que "pode não ser suficiente para reactivar o mercado", como aconteceu noutros países.

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Raquel Godinho
rgodinho@mediafin.pt


Os analistas do BPI e do Espírito Santo Research (ESR) consideram “positivo” para o sector financeiro português a garantia de 20 mil milhões de euros anunciada ontem pelo governo português. O ESR frisa, contudo, que “pode não ser suficiente para reactivar o mercado”, como aconteceu noutros países.

O Governo anunciou ontem, após uma reunião extraordinária de Conselho de Ministros, o lançamento de uma linha de 20 mil milhões de euros de garantias às operações de financiamento entre bancos, que vai vigorar até 31 de Dezembro do próximo ano.

A equipa de research da ESR vê esta medida como “positiva para o sector, pois adiciona mais garantias ao fraco mercado interbancário”. O banco alerta, no entanto, para o facto de que “pode ser suficiente para reactivar o mercado como vimos antes com outras medidas governamentais anunciadas noutros países”.

O banco que acompanha o Banco Comercial Português (BCP) e o BPI, tem preços-alvos respectivos de 1,40 euros e 3,40 euros, sendo as recomendações de “neutral” e “comprar”, respectivamente.

Já o analista do BPI, Carlos Peixoto, adianta, no “Iberian Daily” de hoje, que esta notícia deverá ter um impacto “positivo” nos bancos nacionais. O banco de investimento destaca que esta garantia “deve ajudar os bancos portugueses a aceder aos mercados internacionais de dívida”. Por outro lado, o BPI acredita que esta medida deverá tornar mais fácil para os bancos a emissão de dívida de longo prazo.

Os bancos acompanham, na sessão de hoje, o sentimento de recuperação generalizado na bolsa nacional, que na semana passada viveu a sua pior semana de sempre. A contribuir para esta recuperação está também a garantia anunciada pelo governo nacional para o sector financeiro.

A liderar as subidas estava o BPI com um ganho de 9,49% para os 1,949 euros. As acções do BCP cotavam nos 1,008 euros, registando uma subida de 8,39% depois de ter chegado a apreciar mais de 11%, enquanto as do Banco Espírito Santo (BES) cotavam nos 8,27 euros, com uma valorização de 5,54%.

Os bancos nacionais acompanhavam, assim, o comportamento dos pares europeus, com o índice Dow Jones Stoxx para a banca a avançar 7,62%.
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por Nyk » 13/10/2008 10:25

FMI acredita que sistema financeiro pode ser reparado
O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que estão em marcha as estratégias e os instrumentos necessários para reparar o sistema financeiro. Em entrevista hoje publicada pelo Handelsblatt, Olivier Blanchard, economista-chefe da instituição, diz que "acreditamos que tudo pode ser reparado", mas "quando mais tempo levar (o processo), mas caro será".

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Eva Gaspar
egaspar@mediafin.pt


O Fundo Monetário Internacional (FMI) acredita que estão em marcha as estratégias e os instrumentos necessários para reparar o sistema financeiro.

Em entrevista hoje publicada pelo Handelsblatt, Olivier Blanchard, economista-chefe da instituição, diz que “acreditamos que tudo pode ser reparado”, mas “quando mais tempo levar (o processo), mas caro será”.

Blanchard volta ainda a sublinhar que as autoridades públicas, norte-americanas e europeais, devem estar dispostas a fazer uso de todos os instrumentos para socorrer o sistema financeiro, precisando que a saída para esta crise deverá passar por injecções de liquidez, compra de activos problemáticos e reforço dos capitais dos bancos.
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por Nyk » 13/10/2008 9:30

Soros aplaude resposta unida do líderes europeus contra a crise financeira
George Soros, reconhecido investidor e dono de uma das maiores fortunas do mundo, deu o seu "aval" ao plano de acção conjunto aprovado ontem pelos líderes europeus, classificando a medida de garantir linhas de crédito aos bancos de "positiva" e capaz de ajudar a estabilizar os mercados.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


George Soros, reconhecido investidor e dono de uma das maiores fortunas do mundo, deu o seu “aval” ao plano de acção conjunto aprovado ontem pelos líderes europeus, classificando a medida de garantir linhas de crédito aos bancos de “positiva” e capaz de ajudar a estabilizar os mercados.

“Nas últimas 72 horas, penso que os governos europeus perceberam que este é um problema sério”, afirmou Soros numa conferência de imprensa em Washington, nos EUA, citado pela Bloomberg. “As pessoas estão à procura de liderança e finalmente estão a tê-la”, sugerindo que há uma “boa possibilidade” de que o pior já tenha passado.

Os chefes de Estado e de Governo da Zona Euro reuniram-se ontem, Domingo, de emergência em Paris, convocados pela presidência francesa da União Europeia, para “definir um plano de acção conjunto” destinado a responder à actual crise financeira mundial.

Concordaram em garantir linhas de crédito aos bancos até ao final de 2009, autorizar os governos a comprarem acções preferenciais das instituições financeiras que enfrentem problemas, e em impedirem a falência de instituições financeiras relevantes através de medidas apropriadas de recapitalização, nas condições de mercado.

O multimilionário húngaro, naturalizado norte-americano, aplaude as medidas e salienta que as autoridades “norte-americanas têm sido reactivas em vez de pró-activas”, como as da União Europeia. “Têm ido constantemente atrás do problema” e não tentado evitar que o problema surja.
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por Nyk » 13/10/2008 9:30

Alemanha prepara plano de resgate da banca de 400 mil milhões
O Governo e o banco central alemão deverão hoje, ao início da tarde, anunciar um plano de estabilização do sector financeiro que poderá envolver 400 mil milhões de euros em garantias de Estado, injecção de capitais e cedência de liquidez.

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Eva Gaspar
egaspar@mediafin.pt


O Governo e o banco central alemão deverão hoje, ao início da tarde, anunciar um plano de estabilização do sector financeiro que poderá envolver 400 mil milhões de euros em garantias de Estado, injecção de capitais e cedência de liquidez.

Este valor foi adiantado à DPA, agência alemã de notícias, por Otto Fricke, presidente da comissão do Orçamento da câmara baixa do Parlamento, no rescaldo do acordo de ontem entre os líderes dos 15 países membros da Zona Euro sobre o enquadramento que será seguido na Europa nos planos de resgate da banca.

Ainda que cada país tenha liberdade para escolher o modelo de intervenção que considere melhor ajustado, o plano de acção acordado pelos líderes europeus inspira-se no exemplo britânico, em que foram activados todos os possíveis canais de suporte do Estado à banca: garantias sobre os depósitos, injecções de capitais por troca de participações estatais e garantias de Estado sobre os empréstimos concedidos aos bancos.

No que respeita a Portugal, o Governo anunciou que garantirá até 20 mil milhões de euros de empréstimos à banca e fez uma declaração política assegurando que a totalidade dos depósitos de particulares está salvaguardada, inclusive para além dos 50 mil euros em que foi, na semana passada, fixado o novo limite mínimo europeu de garantia.
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por Nyk » 13/10/2008 9:06

Início do fim da crise
Finalmente, vê-se luz ao fundo do túnel e esta pode ser, verdadeiramente, a semana do início do fim da crise. Da crise financeira porque, a seguir, vem a crise da economia real, à qual é preciso dar já respostas, muito concretas.

António Costa

Vamos por partes: quando as autoridades políticas e de mercado norte-americanas decidiram deixar a Lehman à sua sorte, estavam a assumir que este era o preço a pagar para poderem intervir numa crise financeira que já era pública e notória, mas para a qual ainda não existia uma percepção pública muito clara e, nessa medida, apoio político para uma acção directa sobre o mercado. Só que desvalorizavam a possibilidade de efeitos sistémicos de uma falência, o que acabou por suceder. Nas semanas seguintes, os norte-americanos foram rápidos e focados na resposta à crise, enquanto os europeus foram assobiando para o ar, na esperança de que a crise não atravessaria o Atlântico. Atravessou, e rapidamente.

A primeira reacção da Europa foi culpar o neoliberalismo norte-americano, como se os bancos europeus e alguns deles públicos não tivessem feito exactamente as mesmas operações financeiras ‘sem risco’. Depois, perceberam que seria necessário tomar medidas e alguns governos, nomeadamente o britânico, não esperaram sentados por uma acção concertada europeia que tardava. Ontem, a Europa do euro chegou a um acordo político, indispensável para o sistema financeiro europeu sair do buraco negro.

No caso português, depois de alguns analgésicos, chegou finalmente ontem a ‘mãe de todas as medidas’ para o sistema financeiro: o governo abriu uma linha de crédito de 20 mil milhões de euros para garantir os empréstimos interbancários, isto é, entre bancos. Porque é que é importante? Talvez o principal estrangulamento da banca internacional, e da portuguesa também, é a dificuldade em aceder a empréstimos de outros bancos, seja porque a liquidez não abunda, seja porque quem tem dinheiro não quer emprestá-lo a outros bancos porque desconfia da sua solvabilidade. Com esta medida, um banco sabe que está a emprestar a outro com uma garantia por trás, a do Estado português. E, nesta medida, os bancos podem voltar a fazer, com normalidade, a actividade que é suposto fazerem, que é financiar a economia.

Tudo isto é muito importante porque a economia real já está a ser afectada pela crise financeira e enquanto esta última não for resolvida, sem contemplações, não é possível resolver o problema seguinte. As empresas estão sem acesso a financiamento e as famílias estão a ser sufocados por uma diminuição do seu rendimento disponível.

Chegámos, então, ao Orçamento do Estado para 2009, que será entregue amanhã na Assembleia da República.

Ainda há um mês, a discussão situava-se em torno do eleitoralismo das opções do Governo para 2009. No que revela ser uma das contradições da democracia, foi necessária uma crise com esta escala para o orçamento ser lido e utilizado como deve ser, como instrumento anti-cíciclo, isto é, contra a corrente da economia real.

Ainda há um mês, ninguém teria dúvidas em afirmar que o Orçamento de 2009 seria o mais difícil da legislatura. Hoje, ninguém tem dúvidas em afirmar que será, também, o mais importante, da legislatura que passou e da que está para vir.
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por Fogueiro » 12/10/2008 22:42

Be my guess, Pata...

Um Bretton Woods 2 vinha a calhar!
...
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por Pata-Hari » 12/10/2008 21:12

Essa noticia é muito importante a meu ver. A garantia do crédito interbancário é uma morfina que acredito ser necessária a este paciente.

Fogueiro, espero que não te importes que eu crie um tópico novo com base nesta noticia que é crucial.
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por Fogueiro » 12/10/2008 21:02

Un plan de sauvetage européen pour les banques

...
Au-delà de ce plan d'action, qui sera soumis mercredi et jeudi à Bruxelles aux chefs d'Etat et de gouvernement des 27 pays de l'UE, les Européens veulent convaincre les Etats-Unis d'une refondation du système financier. «Puis nous irons convaincre nos amis américains de la nécessite d'un sommet international pour refonder le système financier international», a indiqué le président français.
...

http://tinyurl.com/4u69qq
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por Nyk » 12/10/2008 20:50

Líderes europeus aprovam resposta unida contra a crise financeira
Os líderes europeus chegaram a acordo relativamente à implementação de um plano de acção coordenado para enfrentar a maior crise financeira mundial desde a Grande Depressão. Num encontro de emergência, os chefes de Estado e de Governo da Zona Euro concordaram salvar os bancos mais importantes do seu país que enfrentem dificuldades.

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Maria João Soares
mjsoares@mediafin.pt


Os líderes europeus chegaram a acordo relativamente à implementação de um plano de acção coordenado para enfrentar a maior crise financeira mundial desde a Grande Depressão. Num encontro de emergência, os chefes de Estado e de Governo da Zona Euro concordaram salvar os bancos mais importantes do seu país que enfrentem dificuldades.

Os chefes de Estado e de Governo da Zona Euro reuniram hoje de emergência em Paris, convocados pela presidência francesa da UE, para "definir um plano de acção conjunto" destinado a responder à actual crise financeira.

"Precisamos de medidas concretas, precisamos de unidade, e foi isso que alcançámos hoje", disse Nicolas Sarkozy, presidente em exercício da UE, no final da reunião.

No comunicado emitido no final do encontro, os países presentes afirmam “o compromisso de actuarem juntos de um modo decisivo e alargado no sentido de restaurar a confiança e o funcionamento do sistema financeiro”.

Os representantes da Zona Euro concordaram em garantir linhas de crédito aos bancos até ao final de 2009, autorizar os governos a comprarem acções preferenciais das instituições financeiras que enfrentem problemas, e em impedirem a falência de instituições financeiras relevantes através de medidas apropriadas de recapitalização, nas condições de mercado.

"Não será um presente para os bancos", disse Sarkozy à saída do encontro

Além disso, os governantes acordaram assegurar “a flexibilidade suficiente na implementação das regaras contabilísticas dadas as condições excepcionais do mercado”.
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por Nyk » 12/10/2008 10:32

10h00 - 12/10/08 - Imobiliário é aposta de investimento em momento de instabilidade


Os receios quanto aos depósitos bancários e a "psicose do risco" estão a levar muitas pessoas com liquidez a investir no mercado imobiliário, que também atravessa uma forte procura pelo arrendamento, dizem fontes do sector.

"Estava a abrir-se uma janela de oportunidade para os arrendamentos - as pessoas não estavam a conseguir vender portanto a última solução que restava era arrendar - mas agora há muita gente a pegar nos depósitos bancários e a aplicar em casas", disse à Lusa Nuno Gomes, o vendedor nº1 da rede de imobiliárias Remax.

"Vendi quatro casas na semana passada e duas delas foi com esse fim. As pessoas pensam 'eu tenho este dinheiro aplicado e quero investir num imóvel', como sabem que o mercado está em baixo, então esta é a melhor altura para investir. E quando isto subir vão ganhar duplamente", explicou.

O director de comunicação da ERA Portugal, Jorge Garcia, diz que também as lojas desta promotora têm sentido no último mês a nova tendência, que considera surpreendente.

"É uma surpresa. Temos lojas no nosso universo que [no último mês] tiveram os melhores resultados de sempre", revelou Jorge Garcia, que, no entanto, não consegue identificar as zonas ou o tipo de casas que são mais procuradas por este tipo de investidor.

"Trata-se, sobretudo, de negócios baseados no preço, desde o Fogueteiro à Expo. Neste momento há oportunidades no mercado imobiliário como nunca houve" com casas "vendidas a preços abaixo de leilão", disse o responsável da ERA.

A tendência identificada pelo sector começou a intensificar-se desde há um mês, quando a crise financeira com origem nos Estados Unidos se alastrou às entidades financeiras europeias e entrou nos noticiários nacionais.

Jorge Garcia considera que "no meio de toda esta turbulência, com toda esta 'psicose' do risco, as pessoas sentem que uma casa é um bem seguro".

Uma opinião partilhada também por Nuno Gomes, da Remax. "Os investimentos em terra e tijolos, costuma-se dizer, normalmente são garantidos. Faz parte da nossa cultura", frisou.

Ainda assim, o movimento de fundo dos últimos meses tem sido o arrendamento.

"A procura do arrendamento disparou exponencialmente [nos últimos meses]. O problema é que a oferta não se consegue ajustar", referiu Jorge Garcia.

O director da ERA explicou que "até aqui a oferta estava vocacionada para nichos de mercados muito específicos - estudantes, quadros superiores estrangeiros - pessoas com necessidades de arrendamento de seis, oito meses a um ano, de curta duração".

Nos "arrendamentos de longa duração o mercado não existia", mas "agora que existe procura, não há oferta para satisfazê-la".

Jorge Garcia admite que o mercado português pode tomar o mesmo caminho que Espanha.

"Em Espanha os promotores que têm 'obra nova' e não conseguem vendê-la estão a arrendá-la", afirmou.

O director da revista Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães, disse à Lusa que o aumento da procura no mercado de arrendamento prende-se essencialmente com "as alterações nos critérios dos bancos, subidas das taxas de juro e dificuldade na obtenção de créditos".

"Tudo isto tornou mais difícil a compra de uma casa", frisou o director da revista que regularmente elabora um Índice Confidencial Imobiliário (ICI).

O ICI utiliza como amostra a base de dados do site imobiliário LardoceLar.com, que reúne a oferta de mais de 450 mil fogos de 1.400 empresas de mediação e promoção imobiliária.

"Ainda assim, apesar de um maior dinamismo no mercado do arrendamento, não observamos uma grande variação no valor médio das rendas", ressalvou.

De acordo com os dados mais recentes da Confidencial Imobiliário, relativos

o segundo trimestre do ano, o valor médio das rendas em Lisboa subiu 2 por cento, com algumas freguesias - Alto do Pina (+9 por cento), Benfica (+8 por cento), Anjos, Nossa Senhora de Fátima, São Francisco Xavier e São João (todas +7 por cento) a liderarem as subidas.

São João de Brito (uma descida de 9 por cento) e Encarnação (quebra de 6 por cento) foram as freguesias lisboetas onde as rendas mais desceram no segundo trimestre.

Já no Porto, o valor médio do arrendamento caiu 3 por cento.

Para o presidente do Instituto da Construção e Imobiliário (InCI), Hipólito Ponce de Leão, "o único problema do mercado do arrendamento em Portugal hoje em dia é que precisa de arrancar e de se desenvolver".

A concorrência, reforçou Ponce de Leão, depois fará com que o valor das rendas comece a competir com as prestações que banca pede por um crédito à habitação.
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por Nyk » 12/10/2008 10:31

08h45 - 12/10/08 - Austrália garantirá todos os depósitos durante três anos
O governo australiano garantirá todos os depósitos bancários durante os três próximos anos, anunciou hoje o primeiro-ministro trabalhista, Kevin Rudd.

"O governo australiano vai garantir todos os depósitos, independentemente do seu valor em todas as instituições bancárias australianas durante três anos", declarou Rudd à imprensa em Camberra.

As autoridades de Sydney tomaram igualmente a decisão de proceder a uma nova injecção de 4 mil milhões de dólares australianos (2,6 mil milhões de dólares norte-americanos) para fazer face aos efeitos da crise financeira mundial.

O banco central da Austrália já anunciara na quinta-feira a injecção de 3,49 mil milhões de dólares australianos (2,33 mil milhões de dólares norte-americanos) no sistema bancário do país para fazer face à falta de liquidez.

Estas medidas visam "desentupir as artérias do sistema financeiro mundial", declarou Kevin Rudd.

"A crise financeira entrou numa nova e perigosa fase com sérias consequências para o crescimento, para o emprego e por conseguinte para a futuro", advertiu o primeiro-ministro australiano.
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por Nyk » 12/10/2008 10:30

00h44- 12/10/08 - FMI apoia plano de acção do G7 e garante que ajudará países em dificuldades
O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou sábado à noite que "apoia fortemente" o plano de acção anunciado pelas grandes economias para combater a crise financeira mundial e garantiu que disponibilizará recursos para os países mais afectados.

No final de uma reunião do Comité Monetário e Financeiro Internacional, a instituição afirmou dar "o maior apoio" ao plano aprovado sexta-feira pelo G7 e apelou à "máxima vigilância e coordenação" entre os países ricos e os países pobres.

"Estamos todos comprometidos com este plano de acção", disse o ministro egípcio que presidiu a reunião.

Os países do G7 decidiram esta sexta-feira tomar todos os passos necessários para recuperar os mercados financeiros e assegurar a liquidez dos bancos, mas não apresentaram uma acção colectiva para evitar uma profunda recessão global.

Em conferência de imprensa, o director executivo do FMI, Dominique Strauus-Kahn frisou que a cooperação internacional é fundamental no actual contexto e assegurou que o fundo estará prestes a disponibilizar recursos para ajudar qualquer país que se encontre em dificuldade devido à crise financeira.

Segundo o responsável, são necessárias medidas suplementares para restabelecer a situação uma vez que o sistema financeiro internacional se encontra "à beira da implosão".

As autoridades americanas e europeias tomaram medidas "sem precedentes, nomeadamente injecções massivas de liquidez, intervenções para ajudar as instituições mais expostas e as extensões de garantia", sublinhou.

"Mas estas medidas ainda não tiveram o efeito de estabilizar os mercados e restabelecer a confiança", notou Strauus-Kahn, referindo que será por isso necessário no próximo mês estudar outras iniciativas.

É que, explicou o responsável, o FMI teme que o sector privado continue em dificuldades e a situação dos mercados financeiros acabe por afectar a economia em geral.
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Re: A Crise Financeira, o Crash e os Baby Boomers.

por EuroVerde » 12/10/2008 1:52

Fogueiro Escreveu:Perante tudo isto, vem aí um crash?

Claro que não.

Estamos agora numa economia global que acrescenta centenas de milhões de novos consumidores todos os anos. Eles vão absorver a crise financeira – e financiar, nos próximos meses, mais do que os $200 mil milhões que as private equity precisam para ir às compras já planeadas.

Por isso defendo que não devemos comparar esta crise com as crises históricas que referi acima.


Aí está o crash! :oops:
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por Nyk » 11/10/2008 11:11

Membro do BCE
"Bancos centrais estão prontos a agir a qualquer momento"
O governador do Banco de França, Christian Noyer, afirmou sexta-feira que os bancos centrais estão "prontos a agir a qualquer momento", recusando dizer se tencionam adoptar novas acções coordenadas ou baixar as suas taxas.

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Jornal de Negócios com Lusa



O governador do Banco de França, Christian Noyer, afirmou sexta-feira que os bancos centrais estão "prontos a agir a qualquer momento", recusando dizer se tencionam adoptar novas acções coordenadas ou baixar as suas taxas.

As taxas de juro "não são uma coisa que se aborda nas reuniões do G7, porque os bancos centrais fazem a qualquer momento aquilo que consideram necessário", afirmou Noyer, durante uma conferência de imprensa, citado pela Lusa.

"Se considerarmos que é necessário fazer algo mais em determinado momento vamos fazê-lo", acrescentou Noyer, referindo-se à baixa coordenada das taxas efectuada por seis grandes bancos centrais durante esta semana.

"Estaremos sempre prontos a fazer o que for necessário a qualquer momento", mesmo fora das reuniões previstas, disse.

Os governadores dos bancos centrais são "capazes de tomar decisões, de realizar teleconferências, mesmo durante a noite", indicou.

Questionado sobre eventuais medidas suplementares para impulsionar o mercado do crédito, o governador do Banco de França sublinhou que cabe aos bancos centrais assegurar o "refinanciamento de todos os bancos em condições óptimas", e que será feito "tudo o que for necessário".

Noyer sublinhou que os bancos centrais, entre os quais a Reserva Federal e o Banco Central Europeu, tomaram decisões "extremamente fortes", nomeadamente a de "passar para um sistema de refinanciamento semanal com uma taxa fixa e uma locação ilimitada".

Graças a essa medida, "os bancos estão seguros de que por três ou quatro meses no mínimo vão beneficiar de uma taxa de refinanciamento que vai baixar fortemente", referiu.
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por Nyk » 11/10/2008 11:10

Strauss-Khan apela a mais trabalho conjunto
Aumenta pressão para concertação na Europa
As pressões para a Europa dar uma resposta concertada à crise financeira são cada vez maiores. O director-geral do FMI afirma mesmo que "não existe uma solução doméstica para uma crise como esta". Um alerta para que a reunião de emergência dos líderes europeus deste domingo seja diferente das anteriores.

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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt


Por Rui Peres Jorge, enviado especial a Washington


As pressões para a Europa dar uma resposta concertada à crise financeira são cada vez maiores. O director-geral do FMI afirma mesmo que “não existe uma solução doméstica para uma crise como esta”. Um alerta para que a reunião de emergência dos líderes europeus deste domingo seja diferente das anteriores.

Dominique Strauss-Khan, director geral do FMI, Nicolas Verón, economista sénior do Bruegel, um dos mais importantes “think-tanks” europeus, Paul De Grauwe e Daniel Gros, líderes no Center for Economic Policy Research: todos defenderam nos últimos dias a importância de mais coordenação na Europa no ataque à crise financeira. E se a pressão não fosse suficiente, o abaixo-assinado promovido pelos economistas do CEPR conta já com mais de 300 assinaturas a favor de maior concertação na Europa. Ainda assim, não há sinais que evoluções significativas.


Por enquanto, os líderes europeus ficaram-se pela promessa dada após o Ecofin desta semana de que nenhum banco importante do ponto de vista sistémico irá cair e pelo estabelecimento de uma garantia mínima sobre os depósitos de 50 mil euros. É pouco, avisou ontem Strauss Khan, numa sessão organizada pelo Bruegel e pelo Peterson Institute em Washington, para comemorar os 10 anos da moeda única.


O presidente do FMI escolheu estar entre europeus para afirmar que, apesar da coordenação conseguida no Ecofin desta semana, "precisamos de mais", acrescentando: "Apelo especialmente aos países europeus para trabalharem juntos. Não existe uma solução doméstica para uma crise como esta. Eu sei – tendo sido ministro das Finanças do meu país – como é difícil na União Europeia chegar a consensos e tomar decisões. Não subestimo as dificuldades. No entanto, cooperação e coordenação são o preço do sucesso tanto a nível europeu como global".


O Presidente do FMI defendeu que as reuniões deste fim de semana serão uma boa oportunidade para se trabalhar mais neste sentido. Este ano nem o ministro das Finanças português, Teixeira dos Santos, nem o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, se deslocaram a Washington.

Na Europa a ideia de um plano coordenado dos vários planos europeus continua sem aparecer, apesar de pressões crescentes de economistas e do FMI. Os líderes da Zona Euro, o presidente da Comissão Europeia e o presidente do BCE reúnem de emergência este Domingo para tomar medidas contra a crise.
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por Nyk » 11/10/2008 11:09

Sete mais desenvolvidos decidem "plano agressivo"
G-7 defende a importância de nacionalizações
O grupo dos sete mais industrializados do mundo reuniu em Washington para decidir o que fazer de forma a controlar o caos em que se transformou a economia mundial. Os líderes do G-7 desenharam um conjunto de princípios de ataque à crise que esta semana ficou marcada por quedas generalizadas das principais bolsas do mundo. Um "plano agressivo", garantiu Henry Paulson, o qual inclui a nacionalização, mesmo que temporária e parcial, de instituições financeiras com problemas.

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Por Rui Peres Jorge, enviado especial a Washington


O grupo dos sete mais industrializados do mundo reuniu em Washington para decidir o que fazer de forma a controlar o caos em que se transformou a economia mundial. Os líderes do G-7 desenharam um conjunto de princípios de ataque à crise que esta semana ficou marcada por quedas generalizadas das principais bolsas do mundo. Um "plano agressivo", garantiu Henry Paulson, o qual inclui a nacionalização, mesmo que temporária e parcial, de instituições financeiras com problemas.


A recapitalização de bancos com capital publico e privado faz já parte do plano apresentado pelo Reino Unido na semana passada, mas é uma viragem na posição dos EUA, que aprovaram o plano Paulson, com o valor de 700 mil milhões de dólares, que tem como objectivo apenas a compra de activos tóxicos das instituições financeiras.


O secretário do Tesouro dos EUA reconheceu ontem à noite que o agravar da situação financeira na última semana transformou a sua percepção dos problemas nos EUA, afirmando que " para além da compra de activos ilíquidos, podemos usar o dinheiro dos contribuintes, de forma mais eficaz, mais eficiente, e eles receberão mais dos seus dólares e mais protecção se desenvolvermos um plano de compra de capital" nas instituições financeiras.


A Alemanha, que já tinha sinalizado a intenção de uma medida semelhante, dá assim um sinal de que irá avançar nesse sentido. Os restantes quatro países (Canadá, Itália, Japão e França) admitem poder fazê-lo se necessário.


Além da garantia de recapitalização das instituições em apuros, o plano inclui quatro outros pontos que visam a "cedência de liquidez, o fortalecimento das instituições financeiras, a protecção dos aforradores e a protecção dos investidores", afirmou Paulson.


Um dos pontos mais importantes foi a garantia de que nenhum dos países deixará cair uma instituição financeira que seja sistematicamente importante. Este ponto ganha importância nos EUA pois a decisão de deixar cair a Lehman Brothers é hoje vista como a espoleta para a tensão dos últimos dias.


"Os desenvolvimentos recentes demonstraram que a turbulência dos mercados é um evento global", disse Paulson que reforçou a importância de que os líderes continuem a "trabalhar juntos para que as acções de um país não sejam feitas às custas de outros ou da estabilidade do sistema como um todo", afirmou, acrescentando: "estamos totalmente determinados na necessidade imediata de restaurar a liquidez e recuperar a estabilidade do nosso sistema financeiro".


Os restantes três pontos do plano são a cedência de toda a liquidez que as instituições necessitem, o aperfeiçoamento dos sistemas de garantias aos aforradores - de forma a evitar corridas aos bancos – e o aumento das garantias dadas aos investidores, com o objectivo de recuperar o funcionamento dos mercados secundários de hipotecas e de outros activos titularizados.


A declaração do G-7 não entrou em aspectos específicos do plano, mas apenas neste conjuntos de princípios de acção que cada país poderá implementar como melhor entender. Fica a dúvida sobre qual será a reacção dos mercados na segunda-feira, mas tudo indica que o facto de Paulson ter defendido a agressividade da comunicação conjunta não evitará que continue a volatilidade que marcou o final desta semana nos mercados de capitais mundiais.


Na Europa a ideia de um plano coordenado dos vários planos europeus continua sem aparecer, apesar de pressões crescentes de economistas e do FMI. Os líderes da Zona Euro, o presidente da Comissão Europeia e o presidente do BCE reúnem de emergência este Domingo para tomar medidas contra a crise.
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por Fogueiro » 11/10/2008 3:36

Comentário semanal

Recentemente houve dois períodos de capitulação – de que os investidores, que tenham estado no mercado há mais de 20 anos, se recordam: a súbita correcção em Outubro de 1987 e o forte sell-off de Julho de 2002 seguido pelo de Outubro de 2002 – o do 11 de Setembro – que marcou o fundo principal, a partir do qual começou um Bull Market de 5 anos.

Será que estamos no final da capitulação?

Não vou adivinhar, mas com tanta negatividade nas TVs, Jornais, Fóruns e um pouco por todo o lado – a pior semana desde 1970, o record absoluto do VIX e do NYLOW, etc., etc., etc. – vou referir hoje só coisas positivas.

Corro esse risco pois há mais de um ano que me deixaram de chamar perma-bull aqui no Fórum... ;)

A liquidez no Money Market e debaixo do colchão não tem parado de aumentar. Deve andar agora pelos $4 triliões.
Ainda por cima, muita dela provem de repatriamentos para os EEUU, e assim continuará.
O USD está a valorizar-se contra muitas moedas, nomeadamente o EUR, e assim continuará.
Os EEUU são o melhor país do Mundo para investir.

Comecei por referir as capitulações anteriores, que vivi, pois em todas elas foi a bolsa americana a primeira a recuperar.

Aqueles triliões apenas aguardam um sinal de confiança – redução da taxa LIBOR, por exemplo – para reentrar no Mercado.

E temos aqui outro máximo absoluto, mas pela positiva:

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A estabilização levará tempo, e mesmo que haja um fundo em breve, ele deverá ser testado uma ou mais vezes.

A tentação é grande pelas chamadas pechinchas, e os números de ontem da American Association of Individual Investors (AAII), um Indicador contrário, revelam 60,84% de bearish, contra 54,8% no fundo de 2002.

Vamos ver se os políticos do G7 dão uma ajuda neste fim-de-semana.

Pelo sim ou pelo não, aumentei a liquidez da Carteira NY para 90%.
Depois de ter atingido um ganho acima dos 70%, este ano, não preciso de mais capital a trabalhar, e assim está preparada para uma eventual inversão.
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por Fogueiro » 10/10/2008 13:39

Nobel da Economia 2008
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por Valkyrie » 6/10/2008 0:28

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<i>Enviado por <a href="http://www.dailymotion.com/erioluk">erioluk</a></i></div>

Acho que está muito bom... :P

Valkyrie
Cumprimentos,
Valkyrie

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por Fogueiro » 4/10/2008 3:31

Obrigado, Tojo.

Comentário semanal

O chamado “bailout” passou, com algumas alterações que permitem que mais congressistas sejam reeleitos: a subida da garantia do FDIC de $100mil para $250mil, cortes em alguns impostos (em coisas tão exóticas como o fabrico de setas de madeira…), a limitação das remunerações dos CEOs, e uma supervisão maior sobre Wall Street e o próprio Tesouro.

Agora o Mercado, que só tem olhado para a política, pode voltar-se para a economia.
E o que vê não é agradável, até pela reacção à aprovação (o DJ caiu 300 pontos após o anúncio).

Diria que a boa notícia é que a economia está mal, e a má notícia é que vai piorar… :evil:

O Governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger, numa carta para o Secretário do Tesouro Henry Paulson, informou-o que precisava de um empréstimo de emergência de $7 bn para ajudar a pagar as dívidas do Estado, devido à queda brutal na cobrança de impostos. Outros Estados devem estar a enfrentar o mesmo problema.

Quanto a fundos, não sei.

Vou gerindo a Carteira NY com as informações que o Mercado vai dando, mas sobretudo, com os fundamentais das empresas.
Tem sido uma estratégia ganhadora. Esta semana ultrapassou os 62% de ganho desde o princípio do ano e, mesmo que todas as posições abertas valessem zero, o ganho anual seria superior a 25%.

No Mercado em geral, nas 21 sessões de Setembro o DJ teve 8 com variações acima de 300 pontos. O ano passado teve uma.

Isto mostra bem que o Mercado anda baralhado, sem saber que direcção tomar, o que é característico dos fundos.
Mas os Indicadores da Toolbox continuam a apontar para mais quedas.

Quanto ao Sector Financeiro, teremos que aguardar pelos primeiros leilões do Tesouro, na sequência da legislação hoje aprovada.
Como será? Ao par? A 50%?.
Aos actuais “market values” seriam 22 cents por dólar. Hoje falava-se em qualquer coisa entre 65 cents e o par.
Ontem o SEC, com um timing perfeito, anunciou que vai haver novas regras contabilísticas – isso deverá permitir aos bancos disfarçar melhor os seus balanços.
Penso que os leilões, que agora têm de ser já a seguir, serão o mais parecido que teremos com a hora da verdade.

Haverá, provavelmente, o habitual rally pós eleitoral, mas receio que seja de pouca duração.
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por Fogueiro » 2/10/2008 23:42

Caro Tojo,

Como referi, o Resolution Trust Corporation (RTC) está fora do time-frame do teu gráfico.

Podes confirmar aqui:

http://en.wikipedia.org/wiki/Savings_and_loan_crisis

e aqui:

http://tinyurl.com/6hezt6

Peço-te, pois, para o retirar com vista a não estabelecer confusão.

Caso queiras meter um outro com o time-frame correspondente a esse evento, utiliza uma tamanho mais estreito, para não dificultar a leitura dos textos.

Antecipadamente grato.
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por Fogueiro » 29/9/2008 1:01

Caro Tojo,

O RTC só foi criado pelo Financial Institutions Reform Recovery and Enforcement Act (FIRREA), em 1989
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por Tojo » 28/9/2008 23:40

Consegui aceder ao gráf de 1980 no SP e a reacção a seguir ao acordo RTC1 foi de queda durante 21 meses sensivelmente.O gráf está em escala semanal.
Cumpr
Editado pela última vez por Tojo em 2/10/2008 23:50, num total de 1 vez.
 
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