EUR/USD – a construção de um target
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Target do DX
Caro JN,
Penso que a sua opinião pode ter validade. No entanto, essa não é a minha visão da evolução do DX, quer sob o aspecto técnico quer fundamental.
A larga zona de suporte (e resistência!...), de muito longo prazo, a 98 - 102, bem definida, e visível no seu gráfico desde 1987, tem desempenhado um papel fundamental na evolução do DX.
Portanto, podemos admitir que a mais forte e “última” resistência num eventual rebound do DX será a 98.
Por outro lado, parece-me que o nível de 92 é também bastante decisivo e não vejo o de 90 com força suficiente para deter, caso lá cheguemos como prevejo, uma eventual força vendedora continuada.
Relativamente ao MACD vejo-o bastante bearish e não dou muita importância à pequena divergência encontrada. Realmente o RSI está oversold o que é relevante.
Mas concordo plenamente que é de esperar uma boa correcção algures no próximo futuro, seguida da conveniente consolidação, e isso até mais do que uma vez no período de 1 ano (prazo indicativo que escolhi só para me orientar melhor, em vez da referência ao médio ou longo prazo).
Um abraço
Comentador
Penso que a sua opinião pode ter validade. No entanto, essa não é a minha visão da evolução do DX, quer sob o aspecto técnico quer fundamental.
A larga zona de suporte (e resistência!...), de muito longo prazo, a 98 - 102, bem definida, e visível no seu gráfico desde 1987, tem desempenhado um papel fundamental na evolução do DX.
Portanto, podemos admitir que a mais forte e “última” resistência num eventual rebound do DX será a 98.
Por outro lado, parece-me que o nível de 92 é também bastante decisivo e não vejo o de 90 com força suficiente para deter, caso lá cheguemos como prevejo, uma eventual força vendedora continuada.
Relativamente ao MACD vejo-o bastante bearish e não dou muita importância à pequena divergência encontrada. Realmente o RSI está oversold o que é relevante.
Mas concordo plenamente que é de esperar uma boa correcção algures no próximo futuro, seguida da conveniente consolidação, e isso até mais do que uma vez no período de 1 ano (prazo indicativo que escolhi só para me orientar melhor, em vez da referência ao médio ou longo prazo).
Um abraço
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Taxas de câmbio
Caro Gonçalves,
As taxas de câmbio dos países ou uniões de países mais desenvolvidos (como os E.U.A. e a União Europeia), sobem ou descem por vários razões mas não por estarem em expansão ou recessão.
Tem um bom exemplo exactamente na taxa de câmbio EUR/USD. Enquanto nos últimos 12 meses a Europa tem vindo a ter mais dificuldades económicas do que os E.U.A. (há já vários países europeus em recessão técnica), o euro subiu fortemente em relação ao dólar. Realmente, não é por aí que se tem a solução do problema.
Simplificando, as razões principais são o diferencial entre as taxas de juro (quanto mais elevada for a taxa de juro, em termos relativos, maior será a valorização de uma divisa) e o diferencial entre as taxas de inflação esperadas (quando cresce a taxa de inflação de um país haverá tendência para a desvalorização da respectiva divisa).
Há já vários anos que se fala que o USD está sobreavaliado. Aliás, um país nesta situação tem normalmente défices internacionais crescentes. Pois é, desde há uns tempos a esta parte, o USD está a corrigir a situação e o processo parece ainda estar longe de terminar.
Um abraço
Comentador
As taxas de câmbio dos países ou uniões de países mais desenvolvidos (como os E.U.A. e a União Europeia), sobem ou descem por vários razões mas não por estarem em expansão ou recessão.
Tem um bom exemplo exactamente na taxa de câmbio EUR/USD. Enquanto nos últimos 12 meses a Europa tem vindo a ter mais dificuldades económicas do que os E.U.A. (há já vários países europeus em recessão técnica), o euro subiu fortemente em relação ao dólar. Realmente, não é por aí que se tem a solução do problema.
Simplificando, as razões principais são o diferencial entre as taxas de juro (quanto mais elevada for a taxa de juro, em termos relativos, maior será a valorização de uma divisa) e o diferencial entre as taxas de inflação esperadas (quando cresce a taxa de inflação de um país haverá tendência para a desvalorização da respectiva divisa).
Há já vários anos que se fala que o USD está sobreavaliado. Aliás, um país nesta situação tem normalmente défices internacionais crescentes. Pois é, desde há uns tempos a esta parte, o USD está a corrigir a situação e o processo parece ainda estar longe de terminar.
Um abraço
Comentador
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Só uma pergunta
Caro Comentador
A questão das moedas é hoje de primordial importância para quem anda nos mercado.Embora não perceba muito disso, não deixa de me interessar. A questão que ponho é a seguinte: sendo hoje defendida a hipótese da Europa entrar em recessão a breve prazo(ver Expresso) ,será que o comportamento do euro não pode variar ao contrário do que se está a prever? Ou seja; se a economia piora a moeda não tem tendência a desvalorizar?
Agradecido
A questão das moedas é hoje de primordial importância para quem anda nos mercado.Embora não perceba muito disso, não deixa de me interessar. A questão que ponho é a seguinte: sendo hoje defendida a hipótese da Europa entrar em recessão a breve prazo(ver Expresso) ,será que o comportamento do euro não pode variar ao contrário do que se está a prever? Ou seja; se a economia piora a moeda não tem tendência a desvalorizar?
Agradecido
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Gonçalves
EUR/USD – a construção de um target
Este breve estudo pretende construir um cenário admissível para o nível a que poderá estar o EUR/USD dentro de cerca de um ano. Servirá, principalmente, para obter um termo de referência que nos ajude a perceber melhor a realidade, que será obviamente diferente de qualquer previsão.
O US Dollar Index (DX) representa a variação do USD em relação a um conjunto de 6 moedas (euro, iene, libra, dólar canadiano, coroa sueca e franco suíço), em que a ponderação de euro é, a grande distância, a maior com cerca de 58%.
Tecnicamente, a base fundamental é o “Head & Shoulders” plurianual efectuado pelo DX, com a “cabeça” nos 124 e o neckline nos 98, já quebrado em baixa no final de Abril, com o correspondente target apontado aos 72. Resta acrescentar que o nível de 98 correspondia também ao limite inferior de uma zona de suporte fortíssima de muito longo prazo, que também foi quebrada, o que constituiu nessa altura um mínimo de mais de 3 anos para o DX.
Antes de chegarmos à previsão específica do valor do euro em relação ao USD, vamos primeiro analisar a evolução das outras moedas “componentes do cabaz”.
Relativamente ao iene, nos últimos 2 anos e meio o cross USD/JPY nunca foi inferior aos 115, o que foi devido especialmente à política das autoridades japonesas de intervenção forte e imediata no mercado, não deixando que a sua moeda se valorize em relação ao USD. Essa política parece poder continuar com certo êxito, eventualmente em patamares de cada vez maior valor relativo do iene, podendo o cross USD/JPY estabilizar a médio/longo prazo a cerca de 105, após uma rápida incursão ao nível de 100. Como argumento técnico, pensamos que é suficiente, nesta fase, lembrarmo-nos que existe um H&S invertido com target a cerca de 101, embora a quebra do neckline (a 115) ainda não tenha sido conseguida.
Por outro lado e por simplificação, vamos pressupor que, no prazo de 1 ano, as restantes 4 moedas relacionadas com o US Dollar Index (DX) tenham todas valorizações de cerca de 15% em relação ao dólar americano.
Com base nestes dados, vou agora estabelecer uma previsão intermédia para o DX. Como estou a construir um target a uma ano, para além dos aspectos de análise técnica inicialmente referidos, podem e devem ser considerados também os elementos chave de análise fundamental. Desta forma, é necessário ter em conta que o valor do USD em relação às principais moedas (nomeadamente ao euro) tem a ver com um certo de número de factores:
a) Nível do Produto Interno Bruto americano, sendo certo que quanto mais elevado for maior será a procura de importações em relação ao dos outros países, influenciando a propensão ao consumo externo por parte dos Estados Unidos;
b) Défice comercial acumulado;
c) taxa de juro;
d) taxa de inflação;
Praticamente em relação a todos estes factores, excepto a inflação, a divisa americana terá tendência para descer e manter-se baixa. Aliás, o enorme défice comercial, que é coberto com empréstimos e compra de activos americanos (dívida - obrigações, acções, imóveis, etc.) por parte de entidades estrangeiras não residentes, tem o enorme perigo de ser redireccionado para activos de outros mercados, por vários motivos nomeadamente por os E.U.A. terem condições de taxas de juro desfavoráveis.
Existem mais dois factores, digamos laterais. Estou certo que as autoridades monetárias dos E.U.A. vão continuar a intervir no mercado em defesa do USD (como aconteceu na última 6ª. feira de manhã), mas unicamente para evitar quedas muito rápidas num curto espaço de tempo (a do princípio da tarde da 5ª. feira anterior, por exemplo). Mas também estou ciente que podem existir vendas de dólares por parte de países e organizações externas por motivos políticos e outros. Destes dois factores, o último é potencialmente o mais importante.
De acordo com estes elementos, é natural que o DX ultrapasse na sua queda vários níveis de suporte “natural”, podendo vir a situar-se próximo dos 84, num horizonte de mais ou menos 1 ano, sem prejuízo de sofrer entretanto vários períodos de correcções e lateralizações.
De acordo com o meu modelo de cálculo, e introduzindo todos os dados acima explicitados, vou chegar a um valor para o EUR/USD na zona de 1,26.
Este é um exercício a ser necessariamente corrigido ao longo do tempo, mas que dará uma aproxiomação do que pode vir a acontecer. Se as coisas se passarem doutro modo, saberemos porquê e mais facilmente reorientaremos os investimentos em conformidade.
Como é óbvio esta é uma opinião meramente pessoal, que não constitui qualquer tipo de conselho de investimento.
Um abraço e bons negócios
Comentador
O US Dollar Index (DX) representa a variação do USD em relação a um conjunto de 6 moedas (euro, iene, libra, dólar canadiano, coroa sueca e franco suíço), em que a ponderação de euro é, a grande distância, a maior com cerca de 58%.
Tecnicamente, a base fundamental é o “Head & Shoulders” plurianual efectuado pelo DX, com a “cabeça” nos 124 e o neckline nos 98, já quebrado em baixa no final de Abril, com o correspondente target apontado aos 72. Resta acrescentar que o nível de 98 correspondia também ao limite inferior de uma zona de suporte fortíssima de muito longo prazo, que também foi quebrada, o que constituiu nessa altura um mínimo de mais de 3 anos para o DX.
Antes de chegarmos à previsão específica do valor do euro em relação ao USD, vamos primeiro analisar a evolução das outras moedas “componentes do cabaz”.
Relativamente ao iene, nos últimos 2 anos e meio o cross USD/JPY nunca foi inferior aos 115, o que foi devido especialmente à política das autoridades japonesas de intervenção forte e imediata no mercado, não deixando que a sua moeda se valorize em relação ao USD. Essa política parece poder continuar com certo êxito, eventualmente em patamares de cada vez maior valor relativo do iene, podendo o cross USD/JPY estabilizar a médio/longo prazo a cerca de 105, após uma rápida incursão ao nível de 100. Como argumento técnico, pensamos que é suficiente, nesta fase, lembrarmo-nos que existe um H&S invertido com target a cerca de 101, embora a quebra do neckline (a 115) ainda não tenha sido conseguida.
Por outro lado e por simplificação, vamos pressupor que, no prazo de 1 ano, as restantes 4 moedas relacionadas com o US Dollar Index (DX) tenham todas valorizações de cerca de 15% em relação ao dólar americano.
Com base nestes dados, vou agora estabelecer uma previsão intermédia para o DX. Como estou a construir um target a uma ano, para além dos aspectos de análise técnica inicialmente referidos, podem e devem ser considerados também os elementos chave de análise fundamental. Desta forma, é necessário ter em conta que o valor do USD em relação às principais moedas (nomeadamente ao euro) tem a ver com um certo de número de factores:
a) Nível do Produto Interno Bruto americano, sendo certo que quanto mais elevado for maior será a procura de importações em relação ao dos outros países, influenciando a propensão ao consumo externo por parte dos Estados Unidos;
b) Défice comercial acumulado;
c) taxa de juro;
d) taxa de inflação;
Praticamente em relação a todos estes factores, excepto a inflação, a divisa americana terá tendência para descer e manter-se baixa. Aliás, o enorme défice comercial, que é coberto com empréstimos e compra de activos americanos (dívida - obrigações, acções, imóveis, etc.) por parte de entidades estrangeiras não residentes, tem o enorme perigo de ser redireccionado para activos de outros mercados, por vários motivos nomeadamente por os E.U.A. terem condições de taxas de juro desfavoráveis.
Existem mais dois factores, digamos laterais. Estou certo que as autoridades monetárias dos E.U.A. vão continuar a intervir no mercado em defesa do USD (como aconteceu na última 6ª. feira de manhã), mas unicamente para evitar quedas muito rápidas num curto espaço de tempo (a do princípio da tarde da 5ª. feira anterior, por exemplo). Mas também estou ciente que podem existir vendas de dólares por parte de países e organizações externas por motivos políticos e outros. Destes dois factores, o último é potencialmente o mais importante.
De acordo com estes elementos, é natural que o DX ultrapasse na sua queda vários níveis de suporte “natural”, podendo vir a situar-se próximo dos 84, num horizonte de mais ou menos 1 ano, sem prejuízo de sofrer entretanto vários períodos de correcções e lateralizações.
De acordo com o meu modelo de cálculo, e introduzindo todos os dados acima explicitados, vou chegar a um valor para o EUR/USD na zona de 1,26.
Este é um exercício a ser necessariamente corrigido ao longo do tempo, mas que dará uma aproxiomação do que pode vir a acontecer. Se as coisas se passarem doutro modo, saberemos porquê e mais facilmente reorientaremos os investimentos em conformidade.
Como é óbvio esta é uma opinião meramente pessoal, que não constitui qualquer tipo de conselho de investimento.
Um abraço e bons negócios
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