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Caldeirão da Bolsa

Preço Combustiveis

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Flying Turtle » 7/9/2008 21:12

Bzidroglio Escreveu:Expliquei-me mal...
Não. O livrete diz Gasolina/GPL foi a IPO especial e está legalizadíssimo. A utilização de gasolina é de 1% ou menos no consumo total do automóvel.
Se estamos a falar do antigo IA, os carros a GPL têm redução do mesmo, e por aí não há nada a comentar.
Estava-me a referir ao antigo dístico anual (vulgar selo) que passou a Imposto Municipal sobre veículos.
Para teres uma ideia, tinha um Honda CRV a GPL e pagava cerca de 130 euros/ano por ser considerado a gasolina e ter 2000 cc. Tenho também 1 Peugeot 2000 cc na mesma, a diesel e paga cerca de 30 euros...
Só dei o exemplo do gasto do kit de GPL para demonstrar que ninguém gasta 1500 euros para continuar a andar a gasolina. Só o nosso fisco porque lhe dá jeito considera essa aberração, e entende que a taxação é a gasolina. O normal de um País de bom senso seria: a diesel o carro não é, a gasolina é durante o arranque (nem é necessário, mas isso seria entrar na parte técnica) e deixa logo de ser. Então vamos taxa-lo na categoria "outros combustíveis" ou legislar nesse sentido.
" Se não diz, só tens de exigir que a tabela correcta seja aplicada" É isso que o Fisco não deixa pela sua interpretação, e que é sujeito a multa pesada.Não o seria, se houvesse um Loby poderoso que alterasse a lei como foi feito no escalão até 1750 cc (havia um motor de 1721 cc... de um determinado construtor)... Mas continuo a afirmar que o meu carro é a GPL em mais de 99% da utilização !
Cumprimentos


Bzidroglio, o problema tenderá a desaparecer com a renovação da frota e a consequente progressiva aplicação da tabela nova. Com o tempo será um "não problema".

Abraço
FT
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por Bzidroglio » 7/9/2008 16:57

Expliquei-me mal...
Não. O livrete diz Gasolina/GPL foi a IPO especial e está legalizadíssimo. A utilização de gasolina é de 1% ou menos no consumo total do automóvel.
Se estamos a falar do antigo IA, os carros a GPL têm redução do mesmo, e por aí não há nada a comentar.
Estava-me a referir ao antigo dístico anual (vulgar selo) que passou a Imposto Municipal sobre veículos.
Para teres uma ideia, tinha um Honda CRV a GPL e pagava cerca de 130 euros/ano por ser considerado a gasolina e ter 2000 cc. Tenho também 1 Peugeot 2000 cc na mesma, a diesel e paga cerca de 30 euros...
Só dei o exemplo do gasto do kit de GPL para demonstrar que ninguém gasta 1500 euros para continuar a andar a gasolina. Só o nosso fisco porque lhe dá jeito considera essa aberração, e entende que a taxação é a gasolina. O normal de um País de bom senso seria: a diesel o carro não é, a gasolina é durante o arranque (nem é necessário, mas isso seria entrar na parte técnica) e deixa logo de ser. Então vamos taxa-lo na categoria "outros combustíveis" ou legislar nesse sentido.
" Se não diz, só tens de exigir que a tabela correcta seja aplicada" É isso que o Fisco não deixa pela sua interpretação, e que é sujeito a multa pesada.Não o seria, se houvesse um Loby poderoso que alterasse a lei como foi feito no escalão até 1750 cc (havia um motor de 1721 cc... de um determinado construtor)... Mas continuo a afirmar que o meu carro é a GPL em mais de 99% da utilização !
Cumprimentos
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Re: Como dizia o saudoso F.Pessa: " E esta Hein ?"

por Flying Turtle » 7/9/2008 9:50

Bzidroglio Escreveu:Já agora, sabiam que os carros a GPL com kits modernos (menos poluentes que qualquer dos citados) pagam Imposto Municipal como se se tratassem de carros a gasolina ? As "nossas queridas" Finanças acham que alguém vai gastar mais de 1500 euros a transformar um carro, para depois continuar a andar a gasolina...
Embora nas tabelas exista uma opção "Outros" não é permitido taxar os carros a GPL nessa rubrica. Portugal no seu melhor !


Não te estou a compreender Bzidroglio:

- Em primeiro lugar, porque não vejo por que razão os automóveis a GPL haveriam de ter tratamento diferenciado relativamente aos demais veículos: Para veículos adquiridos após 30/06/2007, o IUC contém duas parcelas, uma das quais respeitante à cilindrada e a outra em função das emissões de CO2: Se são menos poluentes, o valor do IUC reflectirá essa situação;

- Em segundo lugar, por que diabo gastar 1.500 euros na modificação haveria de ser argumento? Quem os gasta fá-lo em função da economia esperada nos gastos com combustível, dizer que vai continuar a andar a gasolina é um erro grosseiro - qual é o peso do IUC nos gastos anuais de utilização de um automóvel? E qual é a percentagem do IUC nos gastos anuais só de combustível?

Em contrapartida, estão totalmente isentos de IUC os veículos não motorizados, exclusivamente eléctricos ou movidos a energias renováveis não combustíveis. Não é o caso do GPL e, quanto a mim, muito bem.

Se por acaso te referias à tabela "antiga", aplicável a veículos adquiridos até 30/06/2007, que não tem componente associada às emissões de CO2, a tabela "outros produtos" refere-se, como o nome indica, a "outros" que não a gasolina. Das duas uma: Ou o livrete do teu carro diz que o combustível é gasolina ou não: Se diz, não tens de que te queixar. Se não diz, só tens de exigir que a tabela correcta seja aplicada. Pelo que contas, sou levado a acreditar que o livrete indica "gasolina", o que quer dizer que o veículo não foi submetido a homologação com outro combustível - e aí, de novo, não sei do que te queixas...

FT
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Como dizia o saudoso F.Pessa: " E esta Hein ?"

por Bzidroglio » 7/9/2008 1:43

Já agora, sabiam que os carros a GPL com kits modernos (menos poluentes que qualquer dos citados) pagam Imposto Municipal como se se tratassem de carros a gasolina ? As "nossas queridas" Finanças acham que alguém vai gastar mais de 1500 euros a transformar um carro, para depois continuar a andar a gasolina...
Embora nas tabelas exista uma opção "Outros" não é permitido taxar os carros a GPL nessa rubrica. Portugal no seu melhor !
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Re: golpadas

por Elias » 6/9/2008 1:15

silvaxico Escreveu:As benesses fiscais deveriam resumir-se a manter o ISP sobre o gasóleo como está para os profissionais e equipará-lo ao da gasolina para todos os restantes.


Não concordo nada com isso.

Acho que os dois combustíveis (gasolina + gasóleo) deviam pagar o mesmo imposto, independentemente do fim a que se destina,.

Não me parece que os "fins profissionais" justifiquem que se pague menos imposto. Afinal de contas as empresas (os ditos "profissionais") já pagam uma taxa de IRC muito menor que os particulares no seu IRS, ou seja já são bastante beneficiadas em termos fiscais. Porque é que hão-de também ser beneficiadas fiscalmente nos combustíveis?

1 abraço,
Elias
 
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por Duarte » 2/9/2008 12:50

silvaxico Escreveu:
Duarte Escreveu:
silvaxico Escreveu:
Duarte Escreveu:
Sim, considero. Mas, como mostra o post do Flying Turtle, isso não acontece.

Não concordo com discriminação baseada no combustível. Acho que (retirando eventuais efeitos ambientais) a taxa de imposto só deverá depender do fim para o qual se destina o combustível.


Desculpa Silvaxico, mas o quadro mostra exactamente que existe uma diferenciação no imposto dependendo do tipo de combustivel, com substancial penalização para o gasóleo.


Continuo a pensar o mesmo: qualquer diferenciação fiscal deve ser justificada. Viaturas usadas para fins particulares devem pagar o mesmo imposto (quer na aquisição quer em termos de combustível).

Só se justifica haver diferenciação (em utilizações semelhantes) no caso de um tipo de combustível ser mais poluente do que outro.


Ok. De acordo. Se o critério para a poluição é a emissão de CO2, tanto os veiculos a gasóleo como os veiculos a gasolina deviam pagar o mesmo imposto, o que manifestamente não acontece.

Presumo que ambos concordamos então que tanto o ISP como o ISV deveriam ser iguais para ambos os tipos de combustivel.


Sim, deveriam ser iguais (na minha opinião) tendo em conta os níveis de poluição (que não se limita a CO2, e que, com os últimos avanços tecnológicos, até pode ser favorável aos motores diesel).


Acredito que os niveis de poluição não se limitem ao nivel de CO2, mas é esse o critério (bem ou mal utilizado).

Eu só escrevi neste post porque foi dito aqui que andava o "pessoal" da gasolina a pagar para o "pessoal" do gasóleo, o que fazendo bem as contas, no final não é isso que se passa.

Eu estou à vontade porque tenho um a gasolina e outro a gasóleo.
 
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por silvaxico » 2/9/2008 12:15

Duarte Escreveu:
silvaxico Escreveu:
Duarte Escreveu:
Sim, considero. Mas, como mostra o post do Flying Turtle, isso não acontece.

Não concordo com discriminação baseada no combustível. Acho que (retirando eventuais efeitos ambientais) a taxa de imposto só deverá depender do fim para o qual se destina o combustível.


Desculpa Silvaxico, mas o quadro mostra exactamente que existe uma diferenciação no imposto dependendo do tipo de combustivel, com substancial penalização para o gasóleo.


Continuo a pensar o mesmo: qualquer diferenciação fiscal deve ser justificada. Viaturas usadas para fins particulares devem pagar o mesmo imposto (quer na aquisição quer em termos de combustível).

Só se justifica haver diferenciação (em utilizações semelhantes) no caso de um tipo de combustível ser mais poluente do que outro.


Ok. De acordo. Se o critério para a poluição é a emissão de CO2, tanto os veiculos a gasóleo como os veiculos a gasolina deviam pagar o mesmo imposto, o que manifestamente não acontece.

Presumo que ambos concordamos então que tanto o ISP como o ISV deveriam ser iguais para ambos os tipos de combustivel.


Sim, deveriam ser iguais (na minha opinião) tendo em conta os níveis de poluição (que não se limita a CO2, e que, com os últimos avanços tecnológicos, até pode ser favorável aos motores diesel).
 
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por Flying Turtle » 2/9/2008 12:13

Encontrei entretanto este texto em http://novaenergia.net/forum/viewtopic.php?f=29&t=6938, por cuja idoneidade não respondo embora conheça bem uma das entidades no mesmo várias vezes citada (os sublinhados são todos meus):

Gasolina e gasóleo, qual o mais “verde”?

Combustíveis estão praticamente empatados em termos ambientais
Por comparação com a gasolina, o gasóleo é uma boa opção em termos ambientais se os veículos estiverem equipados com filtros de partículas, mas há um dado raramente referido: a produção de gasóleo consome mais 25 por cento de petróleo.

"O gasóleo é uma boa opção se o veículo tiver filtro de partículas, para o qual já há um incentivo fiscal de 500 euros. Há marcas que já têm todos os veículos a gasóleo com filtro de partículas, outras ainda não", disse à agência Lusa o dirigente da Quercus, Francisco Ferreira.

Recordando que as partículas emitidas pelos diesel são um problema de saúde, e não para o aquecimento global do planeta, Francisco Ferreira disse que o gasóleo está a aproximar-se da gasolina quanto ao nível de emissões de algumas substâncias.

"O gasóleo era muito pior quanto à emissão de enxofre, mas neste momento é idêntico à gasolina", afirmou, adiantando que, embora o gasóleo emita mais 20 por cento de CO2 (dióxido de carbono) por litro, os motores diesel compensam esse facto com um menor consumo do que os equivalentes a gasolina.

O INTELI considera que neste aspecto a questão das diferenças entre gasóleo e gasolina "tenderá a ser cada vez menos relevante" e sublinha que os "principais poluentes" são o CO2, o CO (monóxido de carbono), os óxidos de azoto (Nox), os hidrocarbonetos (HC) e as partículas (MP).

"Como os motores a gasolina e a gasóleo apresentam diferentes níveis de emissões destes poluentes, nuns casos com vantagem para a gasolina noutros para o gasóleo, acaba por ser uma questão de quais os poluentes mais prejudiciais ao ambiente", frisou à Lusa este centro de investigação de políticas industriais.

Defendendo que esta não é "uma questão essencial" na opção entre gasóleo e gasolina, o INTELI diz que a avaliação sobre os poluentes mais prejudiciais "não reúne consenso entre os especialistas", lembrando o facto de nos Estados Unidos se dar um "muito maior peso" às partículas do que na Europa.

Mas alerta para uma análise "raramente" feita: a produção de gasóleo "consome mais 25 por cento de petróleo" do que a da gasolina, pelo que, "considerando que a actividade das refinarias não é exactamente a mais 'limpa'", é "essencial" não limitar as comparações "à fase de consumo".

"A falta de uma análise a todo o ciclo de vida dos produtos pode contribuir para situações semelhantes à recentemente verificada com os biocombustíveis, em que uma solução que durante anos foi apresentada como uma aposta para o futuro é posta em causa", sublinha o centro.

Para Francisco Ferreira, "o futuro passa por um aumento muito grande da eficiência a todos os níveis" e "o objectivo da União Europeia de conseguir emissões de CO2 de 120 gramas por quilómetro em 2012 atinge-se jogando com motores, pneus, ares condicionados e biocombustíveis".


A ser correcta a informação aqui veiculada, retiro deste texto que há razões técnicas para tributar mais as emissões do gasóleo do que as da gasolina, designadamente porque:

- A produção do gasóleo é ela mesma mais poluente (embora, para sermos correctos, esta questão devesse ser fiscalmente tratada ao nível do ISP e não do ISV);

- Para um mesmo consumo, existe uma maior emissão de CO2 no gasóleo do que na gasolina. Ao reduzir nas tabelas do ISV a componente ligada à cilindrada, querendo o Estado manter as alterações à tributação automóvel mais ou menos neutras em termos de receita fiscal e consumindo os veículos a gasóleo menos do que os a gasolina, a única solução seria taxar mais as emisoes de CO2 no caso do gasóleo do que no da gasolina. Mas atenção, este argumento é um bocado rebuscado e sustenta-se exclusivamente na intenção (se bem me lembro na altura declarada) de manter a neutralidade da passagem do IA + IMSV para o ISV + IUC em termos der receita fiscal global...

De qualquer forma, não encontrei (ainda) uma justificação concreta dada oficialmente pelo Estado (neste caso a AR, sob proposta do Governo) para a diferença existente.

FT
Editado pela última vez por Flying Turtle em 2/9/2008 12:15, num total de 1 vez.
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por Duarte » 2/9/2008 12:11

silvaxico Escreveu:
Duarte Escreveu:
Sim, considero. Mas, como mostra o post do Flying Turtle, isso não acontece.

Não concordo com discriminação baseada no combustível. Acho que (retirando eventuais efeitos ambientais) a taxa de imposto só deverá depender do fim para o qual se destina o combustível.


Desculpa Silvaxico, mas o quadro mostra exactamente que existe uma diferenciação no imposto dependendo do tipo de combustivel, com substancial penalização para o gasóleo.


Continuo a pensar o mesmo: qualquer diferenciação fiscal deve ser justificada. Viaturas usadas para fins particulares devem pagar o mesmo imposto (quer na aquisição quer em termos de combustível).

Só se justifica haver diferenciação (em utilizações semelhantes) no caso de um tipo de combustível ser mais poluente do que outro.


Ok. De acordo. Se o critério para a poluição é a emissão de CO2, tanto os veiculos a gasóleo como os veiculos a gasolina deviam pagar o mesmo imposto, o que manifestamente não acontece.

Presumo que ambos concordamos então que tanto o ISP como o ISV deveriam ser iguais para ambos os tipos de combustivel.
 
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por silvaxico » 2/9/2008 12:06

Duarte Escreveu:
Sim, considero. Mas, como mostra o post do Flying Turtle, isso não acontece.

Não concordo com discriminação baseada no combustível. Acho que (retirando eventuais efeitos ambientais) a taxa de imposto só deverá depender do fim para o qual se destina o combustível.


Desculpa Silvaxico, mas o quadro mostra exactamente que existe uma diferenciação no imposto dependendo do tipo de combustivel, com substancial penalização para o gasóleo.


Continuo a pensar o mesmo: qualquer diferenciação fiscal deve ser justificada. Viaturas usadas para fins particulares devem pagar o mesmo imposto (quer na aquisição quer em termos de combustível).

Só se justifica haver diferenciação (em utilizações semelhantes) no caso de um tipo de combustível ser mais poluente do que outro.
 
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por Duarte » 2/9/2008 12:01

Flying Turtle Escreveu:
Duarte Escreveu:
exemplo, o BMW 320i emite 146g/km de CO2, enquanto que o 320d emite 128 g/km (Fonte: http://www.dgv.pt/veiculos/guia_pesquisa.asp#). O ISV do primeiro é de 4.604,25€ e do segundo é 4.861,25€, ou seja, praticamente a mesma coisa (Fonte: http://autos.acp.pt/?&MIT=3759).


Repara que só me dás razão com esse exemplo. Então um automóvel a gasóleo que emite menos CO2 que um automóvel a gasolina paga mais de imposto. Achas isso justo?


Não creio que te dê razão porque a diferença entre os dois modelos é absolutamente marginal. Segundo li no blog http://impostoautomovel.blogspot.com/, o BMW 320d viu o seu imposto baixar em 2.500€ com a introdução do ISV, tendo voltado a baixar com a tabela para 2008, pelo que o teu argumento era certamente mais válido no tempo do IA do que no do ISV.

No entanto, não conheço também a razão para que haja diferenciação na tributação das emissões, até porque essa diferença não existe no IUC (imposto único de circulação). Admito, no entanto, que se essa diferença existe não é só "porque sim", isto é, pode haver alguma razão técnica para que o mesmo nível de emissão de CO2 seja considerado mais prejudicial para o ambiente no gasóleo do que na gasolina, por exemplo devido a poderem estar associadas emissões de outras partículas ou gases mais nocivos num caso do que noutro. Quando tiver tempo e oportunidade procurarei investigar melhor o assunto.

FT


Não creio que seja assim tão marginal. Um emite 146 o outro 128 g/km. Se fizeres as contas a um carro a gasóleo que emita os mesmo 146 g/km, verifica a diferença abismal que existe.

Mas provavelmente, e como tu dizes, poderá existir uma justificação para essa situação.

Mas penso que tu deves achar esta situação muito injusta, tal como achas a situação do ISP injusta.
 
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por Flying Turtle » 2/9/2008 11:50

Duarte Escreveu:
exemplo, o BMW 320i emite 146g/km de CO2, enquanto que o 320d emite 128 g/km (Fonte: http://www.dgv.pt/veiculos/guia_pesquisa.asp#). O ISV do primeiro é de 4.604,25€ e do segundo é 4.861,25€, ou seja, praticamente a mesma coisa (Fonte: http://autos.acp.pt/?&MIT=3759).


Repara que só me dás razão com esse exemplo. Então um automóvel a gasóleo que emite menos CO2 que um automóvel a gasolina paga mais de imposto. Achas isso justo?


Não creio que te dê razão porque a diferença entre os dois modelos é absolutamente marginal. Segundo li no blog http://impostoautomovel.blogspot.com/, o BMW 320d viu o seu imposto baixar em 2.500€ com a introdução do ISV, tendo voltado a baixar com a tabela para 2008, pelo que o teu argumento era certamente mais válido no tempo do IA do que no do ISV.

No entanto, não conheço também a razão para que haja diferenciação na tributação das emissões, até porque essa diferença não existe no IUC (imposto único de circulação). Admito, no entanto, que se essa diferença existe não é só "porque sim", isto é, pode haver alguma razão técnica para que o mesmo nível de emissão de CO2 seja considerado mais prejudicial para o ambiente no gasóleo do que na gasolina, por exemplo devido a poderem estar associadas emissões de outras partículas ou gases mais nocivos num caso do que noutro. Quando tiver tempo e oportunidade procurarei investigar melhor o assunto.

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por Duarte » 2/9/2008 11:29

Sim, considero. Mas, como mostra o post do Flying Turtle, isso não acontece.

Não concordo com discriminação baseada no combustível. Acho que (retirando eventuais efeitos ambientais) a taxa de imposto só deverá depender do fim para o qual se destina o combustível.


Desculpa Silvaxico, mas o quadro mostra exactamente que existe uma diferenciação no imposto dependendo do tipo de combustivel, com substancial penalização para o gasóleo.
 
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por Duarte » 2/9/2008 11:25

exemplo, o BMW 320i emite 146g/km de CO2, enquanto que o 320d emite 128 g/km (Fonte: http://www.dgv.pt/veiculos/guia_pesquisa.asp#). O ISV do primeiro é de 4.604,25€ e do segundo é 4.861,25€, ou seja, praticamente a mesma coisa (Fonte: http://autos.acp.pt/?&MIT=3759).


Repara que só me dás razão com esse exemplo. Então um automóvel a gasóleo que emite menos CO2 que um automóvel a gasolina paga mais de imposto. Achas isso justo?
 
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por barnabe447 » 1/9/2008 17:53

Referia-me concretamente à escumalha do tunning.
Não me venham com histórias que isso é street racing ou não-sei-qûe.. para mim é tudo a mesma gentalha que conduz perigosamente em carripanas de péssimo mau gosto a cair de podre. Faziam um favor de todos se passassem a andar de transportes públicos. Já por inúmeras vezes se iam matando à minha frente, ou em outras ocasiões causando acidentes gravíssimos. São piores que muitos condutores bêbados. Infelizmente as autoridades parecem muito pouco interessadas em acabar com eles. Bastariam uns quantos carros descaracterizados..

FT: Vou pedir os dados do Excel para demonstrar a correlação.

Notícias do brasil:
http://portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN=69585
http://www.diarioon.com.br/arquivo/3163 ... al-317.htm
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por Martins_Braz » 1/9/2008 17:37

barnabe447 Escreveu:Até acho que deviam subir ainda mais ver se tiravam algumas bestas da estrada :)


Não entendi... só conduz bem quem pode pagar valores altos pelo combustível? É isso?
 
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por Flying Turtle » 1/9/2008 17:34

barnabe447 Escreveu:Flying Turtle:

O combustível é um produto que pesa no orçamento familiar.. O preço que o cidadão paga por um litro de combustível influencia entre outras coisas o seu estado de espírito. Quando preço é elevado, ainda que injustamente, gera um sentimento de revolta face aos intermediários e até contra o governo que lança os impostos. No dia de eleições, isso faz com que uma percentagem não desprezável de indivíduos, pratique um voto de protesto. A classe política sabe disto e por isso não arrisca. Os preços acabam por ser reflectidos.. simplesmente com um timing diferente - na prática após a votação. Esse atraso não fica patente em gráficos com intervalos tão amplos.

O que não me agrada nesta situação é a existência de "arranjinhos" entre o governo e grupos económicos com o objectivo de manipular a opinião pública. Para eles não passamos de ovelhas.
Estes canais estão alias muito bem oleados. Basta ver como é composta a administração das empresas do sector. Faz-me pensar que em Inglaterra um ministro caiu por ter oferecido bilhetes de teatro a uma amante.. Aqui permite-se quase tudo.

Fiquem atentos nas próximas eleições e verão se não tenho razão..


barnabe, sugeria que sustentasses as tuas afirmações com dados concretos. Assim no ar, tudo é passível de ser dito e contradito sem que algo de novo de facto consigamos apurar.

barnabe447 Escreveu:PS: Estes aumentos não me afectam pessoalmente. Até acho que deviam subir ainda mais ver se tiravam algumas bestas da estrada :)


Duvido muito da eficácia do aumento dos preços dos combustíveis no combate à sinistralidade rodoviária, embora não possa deixar de admitir que se andarem menos viaturas nas estradas e estas circularem menos depressa acabará por haver um efeito positivo em termos do número de acidentes.

Está estatisticamente demonstrado que a grande, a esmagadora maioria mesmo, dos condutores considera que a responsabilidade pelos acidentes é apenas dos outros, ou seja, das bestas...

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por barnabe447 » 1/9/2008 16:56

Flying Turtle:

O combustível é um produto que pesa no orçamento familiar.. O preço que o cidadão paga por um litro de combustível influencia entre outras coisas o seu estado de espírito. Quando preço é elevado, ainda que injustamente, gera um sentimento de revolta face aos intermediários e até contra o governo que lança os impostos. No dia de eleições, isso faz com que uma percentagem não desprezável de indivíduos, pratique um voto de protesto. A classe política sabe disto e por isso não arrisca. Os preços acabam por ser reflectidos.. simplesmente com um timing diferente - na prática após a votação. Esse atraso não fica patente em gráficos com intervalos tão amplos.

O que não me agrada nesta situação é a existência de "arranjinhos" entre o governo e grupos económicos com o objectivo de manipular a opinião pública. Para eles não passamos de ovelhas.
Estes canais estão alias muito bem oleados. Basta ver como é composta a administração das empresas do sector. Faz-me pensar que em Inglaterra um ministro caiu por ter oferecido bilhetes de teatro a uma amante.. Aqui permite-se quase tudo.

Fiquem atentos nas próximas eleições e verão se não tenho razão..

Martins_Braz: a história do bidão era uma brincadeira. Não suporto o cheiro a gasolina e o meu carro devora 100L num instantinho..
Estes aumentos não me afectam pessoalmente. Até acho que deviam subir ainda mais ver se tiravam algumas bestas da estrada :)
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por Martins_Braz » 1/9/2008 16:06

barnabe447 Escreveu:Conclusão: Vou tratar de arranjar um bidão de 100+ litros e o meu carro vai passar a pagar imposto em espanha :)


E o armazenamento... cumpres a legislação em vigor?
E o transporte... vais identificar o teu veículo transportador como veículo que transporta materias inflamaváveis ou explosivas?
 
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por Flying Turtle » 1/9/2008 16:01

barnabe447 Escreveu:As gasolineiras entretanto já perceberam que quando se mexe no gasóleo o governo assusta-se (camionistas, pescadores, taxistas, ui ui) .. quando se mexe na gasolina não acontece nada :)

A actual lógica é: Se não podemos esfolar os do gasóleo, esfolamos os da gasolina!

Acredito perfeitamente que existam reuniões secretas onde representantes do governo e as gasolineiras coordenem estas políticas. Alias, para quem tiver boa memória, durante as autárquicas o preço dos combustíveis esteve estranhamente estável... indiferente às oscilações dos futuros..
Querem apostar que vai acontecer o mesmo nas legislativas? Enfim, os políticos são mais espertos que os eleitores..


Isso também não corresponde necessariamente à verdade e está aliás amplamente desmentido aqui. Basta ver os gráficos colocados pelo MarcoAntonio, incluindo aqueles reflectindo a evolução dos preços dos combustíveis nos mercados internacionais. Já chega de bater no ceguinho...

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por barnabe447 » 1/9/2008 15:12

Tratando-se de uma matéria explosiva e de difícil manuseamento.. é muito pouco aconselhável que o comum dos cidadãos ande por aí com bidões..

No entanto, perante a gritante diferença de preços vão-se multiplicar os esquemas de venda paralela e o armazenamento clandestino de combustível..

As gasolineiras entretanto já perceberam que quando se mexe no gasóleo o governo assusta-se (camionistas, pescadores, taxistas, ui ui) .. quando se mexe na gasolina não acontece nada :)

A actual lógica é: Se não podemos esfolar os do gasóleo, esfolamos os da gasolina!

Acredito perfeitamente que existam reuniões secretas onde representantes do governo e as gasolineiras coordenem estas políticas. Alias, para quem tiver boa memória, durante as autárquicas o preço dos combustíveis esteve estranhamente estável... indiferente às oscilações dos futuros..
Querem apostar que vai acontecer o mesmo nas legislativas? Enfim, os políticos são mais espertos que os eleitores..

Conclusão: Vou tratar de arranjar um bidão de 100+ litros e o meu carro vai passar a pagar imposto em espanha :)
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por Lion_Heart » 1/9/2008 14:55

barnabe447 Escreveu:É legal encher um bidão de 1000 litros em espanha e transportá-lo para Portugal para consumo próprio?


Duvido, pois teria que provar que era para consumo própio e tinha que ter facturas , guias de transporte e etc(penso eu), mas na bomba onde estive ontem vendiam bidões para 20 litros a 15 euros cada, era só pessoal a comprar.
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por barnabe447 » 1/9/2008 14:51

É legal encher um bidão de 1000 litros em espanha e transportá-lo para Portugal para consumo próprio?
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por Lion_Heart » 1/9/2008 14:11

Las gasolinas suben sin parar por la escalada del precio del petróleo. Pero antes de que acabe la legislatura subirán por otro motivo: la fiscalidad. Hacienda va a aumentar un 9,3% los impuestos indirectos de hidrocarburos, que gravan, junto con el IVA, el consumo de estos productos. La Unión Europea obliga a hacerlo antes del 1 de enero de 2012 y el Gobierno aguardará previsiblemente hasta casi agotar los plazos para cumplir con la directiva. Con el litro de gasolina a más de un euro, argumentan fuentes del ministerio, quizá no sea éste el momento más propicio. La duda es si habrá alguna tregua en el alza del crudo, que esta semana ha superado los 130 dólares por barril.

El Ejecutivo abre la puerta a un alza de impuestos sobre el tabaco en el futuro
La subida afectará al combustible con mayor impacto: el gasóleo. Los vehículos que se nutren de él superan ya a los de gasolina (siete de cada 10 nuevos automóviles emplean diésel). En principio no es necesario gravar más el resto de carburantes, pues la fiscalidad sobre las gasolinas ya es hoy superior al mínimo que impone Bruselas. España está más retrasada en diésel, por lo que le fue concedida una demora de dos años (hasta 2012) para adoptar unos impuestos mínimos. La mayoría de los socios comunitarios tendrá que haberlos aplicado ya en enero de 2010.

Los impuestos sobre hidrocarburos -que ahora alcanzan los 302 euros por cada 1.000 litros de gasóleo- ascenderán hasta los 330 euros para el gasóleo a final de la legislatura. La cifra será superior en las comunidades donde está vigente el llamado céntimo sanitario, un recargo que aplican Madrid, Galicia, Asturias, Cataluña, Valencia y Castilla-La Mancha para financiar la sanidad, aunque el futuro de esta figura impositiva es difuso tras las objeciones planteadas por Bruselas.

El impacto en el precio final del diésel será importante, puesto que la fiscalidad en España representa aproximadamente la mitad del coste del combustible, según datos del Ministerio de Industria. Dentro de esa carga fiscal, los impuestos indirectos (hidrocarburos y ventas minoristas) son los más voluminosos. El IVA (16%) tiene menos peso en el total, aunque, al fijarse como porcentaje, este impuesto aumenta a medida que lo hacen los carburantes.

El motivo de elevar la carga fiscal sobre esos productos es medioambiental más que recaudatorio, argumenta Hacienda. Europa obliga a alcanzar unos determinados niveles a los que España aún no llega. Llenar el depósito es aquí más barato que en otros países principalmente por los impuestos, pues el coste de la materia prima es similar. Sólo Bulgaria, Eslovenia y Rumania tienen un precio final de las gasolinas inferior al español.

Aunque el propósito inicial no sea recaudatorio, la medida mejorará las cuentas de la Administración central y, en gran medida, las de las comunidades autónomas, que reciben el 40% del impuesto de hidrocarburos y el 100% del de ventas minoristas de esos productos.

Junto a los carburantes, el Gobierno abre la puerta a aumentar la fiscalidad sobre el tabaco. "A corto plazo, no", matizan fuentes de Hacienda, que siempre han defendido el carácter disuasorio para el consumo que pueda ejercer este impuesto. El Gobierno se plantea adoptar otras medidas fiscales ligadas al medio ambiente, aunque con cautela: "No se puede forzar a los ciudadanos ni a las empresas a reajustar sus parámetros cada poco tiempo".

Además de encarecer las gasolinas, Hacienda tiene otros planes para la legislatura. En la lucha contra el fraude, el ministerio presentará a finales de junio el segundo plan de prevención. El Gobierno considera que el primer plan ha servido para controlar mejor las transacciones inmobiliarias, los alquileres y para aumentar la transparencia informativa. Ahora se plantea "una redefinición" del proyecto. "La gran conclusión del primer plan es que cuando eres más activo en un área, afloran las cosas. Algunos casos mediáticos de corrupción de estos últimos años han tenido su origen en datos que hemos aportado nosotros", aseguran en el ministerio.

(atenção: a noticia é de Maio)

Fonte: ElPais.com
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por silvaxico » 1/9/2008 12:59

Duarte Escreveu:
A aberração está no ISP mais baixo para o gasóleo para fins particulares.


Por essa ordem de ideias, presumo que penses também, que é uma aberração os veiculos a gasóleo pagarem mais IA do que os a gasolina.


Sim, considero. Mas, como mostra o post do Flying Turtle, isso não acontece.

Não concordo com discriminação baseada no combustível. Acho que (retirando eventuais efeitos ambientais) a taxa de imposto só deverá depender do fim para o qual se destina o combustível.
 
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