BPI diz candidatos à Portucel são fortes; reestruturação da
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BPI diz candidatos à Portucel são fortes; reestruturação da
BPI diz candidatos à Portucel são fortes; reestruturação da Sonae comprometida
Quinta, 5 Jun 2003 11:07
O BPI diz que os dois candidatos que se apresentaram à Portucel são fortes, o que é «positivo» para a empresa. Sem o controlo da Portucel, o «spin-off» da Sonae Indústria poderá ficar comprometido. O Santander espera uma correcção da Sonae SGPS a curto prazo.
Os dois grupo que se apresentaram ontem ao processo de privatização da Portucel [Cot, Not, P.Target] foram a finlandesa M-Real e o consórcio entre a Cofina [Cot, Not, P.Target] (62%) e a Lecta (38%).
Segundo os analistas do BPI, «estas são notícias bastante positivas para a Portucel».
De acordo com Teresa Pinto Leite, a M-Real está bem posicionada na Europa Central, o mercado alvo para a expansão da Portucel. O outro consórcio, por seu lado, tem um investidor nacional «um factor que deverá pesar positivamente na futura atribuição».
«A Lecta com carência de activos de pasta em Espanha, encaixa bem na Portucel, que continua a ser parcialmente um ‘player’ no mercado de pasta», com o BPI a enaltecer também «as poupanças de custos em termos de transporte».
Esta segunda fase de privatização contempla 255.833.000 novas acções, com o valor de subscrição unitário de 1,55 euros. Posteriormente, o Governo procederá a alienação directa de 15% no mercado, ficando apenas com uma minoria de bloqueio na empresa.
Esta fase do processo de privatização terá que passar por uma assembleia-geral em Agosto e segundo o Santander, a operação deverá estar findada a 5 de Setembro, caso contrário, o Governo poderá optar, alternativamente, pela venda directa de uma tranche de 30%.
Para Sónia Pimpão, analista do banco espanhol, este último cenário seria positivo para a Sonae SGPS, que apesar de não ter apresentado ontem uma proposta, não terá ainda desistido do controle da empresa, «já que lhe dá mais tempo para encontrar um novo parceiro», depois de desfeita a parceria coma Suzano.
Positivo poderia ser também para os títulos da Portucel, já que os 15% de acções a serem dispersas no mercado na segunda fase deste processo ficariam congelados, o que diminuiria a dispersão de acções e a consequente diluição de valor para o actuais accionistas.
«A Sonae poderá, no entanto, tentar travar a provação deste aumento de capital, o que a acontecer, seria negativo para a Portucel, devido ao adiamento na conclusão do processo», diz o BPI.
Processo de reestruturação da Sonae poderá ficar comprometido
No curto prazo, o facto da Sonae não se ter apresentado à privatização, é positivo, o que se provou ontem pela valorização de 12% que as acções conseguiram em Bolsa.
No entanto, Maria Lurdes Pinho do BPI avança que o processo de reestruturação anunciado em Março poderá ficar mais difícil, sem uma posição de controle na Portucel, um facto que poderá condicionar negativamente a acção no longo prazo.
Em Março, a Sonae SGPS anunciou que iria destacar a unidade industrial do grupo, criando uma nova empresa que vai incluir a Sonae Indústria (SI) [Cot, Not, P.Target], a Sonae Produtos e Derivados Florestais (SPDF) e a Gescartão. A operação de venda em mercado de 25% da Gescartão está agendada para meados de Junho.
Actualmente, a Portucel é detida em 55,72% pelo Estado, em 29,18% pela Sonae Wood Products e em 1% pela Big Capital, tendo um «free-float» que rondará os 14,10%.
Após o aumento de capital, e caso saia vencedora, a Cofina poderá ficar com 15,5% da Portucel, e a Lecta com 9,5%.
As acções da Portucel cotavam inalteradas nos 1,32 euros, a Sonae SGPS corrigia em queda de 4,26% para 0,45, e a Cofina, dona do Jornal de Negócios e do Negocios.pt, aumentava 1,4% para 2,17 euros. Na Finlândia, as acções da M-Real valorizavam 0,72% para 7 euros.
Por Pedro Carvalho
por Canal de Negócios
Quinta, 5 Jun 2003 11:07
O BPI diz que os dois candidatos que se apresentaram à Portucel são fortes, o que é «positivo» para a empresa. Sem o controlo da Portucel, o «spin-off» da Sonae Indústria poderá ficar comprometido. O Santander espera uma correcção da Sonae SGPS a curto prazo.
Os dois grupo que se apresentaram ontem ao processo de privatização da Portucel [Cot, Not, P.Target] foram a finlandesa M-Real e o consórcio entre a Cofina [Cot, Not, P.Target] (62%) e a Lecta (38%).
Segundo os analistas do BPI, «estas são notícias bastante positivas para a Portucel».
De acordo com Teresa Pinto Leite, a M-Real está bem posicionada na Europa Central, o mercado alvo para a expansão da Portucel. O outro consórcio, por seu lado, tem um investidor nacional «um factor que deverá pesar positivamente na futura atribuição».
«A Lecta com carência de activos de pasta em Espanha, encaixa bem na Portucel, que continua a ser parcialmente um ‘player’ no mercado de pasta», com o BPI a enaltecer também «as poupanças de custos em termos de transporte».
Esta segunda fase de privatização contempla 255.833.000 novas acções, com o valor de subscrição unitário de 1,55 euros. Posteriormente, o Governo procederá a alienação directa de 15% no mercado, ficando apenas com uma minoria de bloqueio na empresa.
Esta fase do processo de privatização terá que passar por uma assembleia-geral em Agosto e segundo o Santander, a operação deverá estar findada a 5 de Setembro, caso contrário, o Governo poderá optar, alternativamente, pela venda directa de uma tranche de 30%.
Para Sónia Pimpão, analista do banco espanhol, este último cenário seria positivo para a Sonae SGPS, que apesar de não ter apresentado ontem uma proposta, não terá ainda desistido do controle da empresa, «já que lhe dá mais tempo para encontrar um novo parceiro», depois de desfeita a parceria coma Suzano.
Positivo poderia ser também para os títulos da Portucel, já que os 15% de acções a serem dispersas no mercado na segunda fase deste processo ficariam congelados, o que diminuiria a dispersão de acções e a consequente diluição de valor para o actuais accionistas.
«A Sonae poderá, no entanto, tentar travar a provação deste aumento de capital, o que a acontecer, seria negativo para a Portucel, devido ao adiamento na conclusão do processo», diz o BPI.
Processo de reestruturação da Sonae poderá ficar comprometido
No curto prazo, o facto da Sonae não se ter apresentado à privatização, é positivo, o que se provou ontem pela valorização de 12% que as acções conseguiram em Bolsa.
No entanto, Maria Lurdes Pinho do BPI avança que o processo de reestruturação anunciado em Março poderá ficar mais difícil, sem uma posição de controle na Portucel, um facto que poderá condicionar negativamente a acção no longo prazo.
Em Março, a Sonae SGPS anunciou que iria destacar a unidade industrial do grupo, criando uma nova empresa que vai incluir a Sonae Indústria (SI) [Cot, Not, P.Target], a Sonae Produtos e Derivados Florestais (SPDF) e a Gescartão. A operação de venda em mercado de 25% da Gescartão está agendada para meados de Junho.
Actualmente, a Portucel é detida em 55,72% pelo Estado, em 29,18% pela Sonae Wood Products e em 1% pela Big Capital, tendo um «free-float» que rondará os 14,10%.
Após o aumento de capital, e caso saia vencedora, a Cofina poderá ficar com 15,5% da Portucel, e a Lecta com 9,5%.
As acções da Portucel cotavam inalteradas nos 1,32 euros, a Sonae SGPS corrigia em queda de 4,26% para 0,45, e a Cofina, dona do Jornal de Negócios e do Negocios.pt, aumentava 1,4% para 2,17 euros. Na Finlândia, as acções da M-Real valorizavam 0,72% para 7 euros.
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