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Caldeirão da Bolsa

A Crise Financeira, o Crash e os Baby Boomers.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Fogueiro » 3/8/2008 16:15

Comentário semanal

O panorama geral mantém-se com os Sectores Financeiro e Imobiliário a serem muito defendidos pelas autoridades americanas (Sec, Fed e Tesouro) mas com os Indicadores da Toolbox a apontarem para mais quedas. Todavia haverá que ter algum cuidado em ir contra estes sectores no curto prazo, pois, além da atitude de protecção referida, vamos entrar na fase de comparação com o 3º trimestre de 2007, quando começou a ser público o problema subprime e já houve muitas provisões nos bancos e quedas nas cotações.
Tirando essa circunstância, que pode temporariamente travar as quedas, a verdade é que o panorama está grave, com a média dos incumprimentos de hipotecas a atingirem os 7% (4% nas prime e 19% nas subprime) e o desemprego a caminhar para os 6%.

Neste fim-de-semana não tenho mais a comentar sobre os Mercados, a volatilidade de quase todos os Sectores ainda não permite identificar a sua tendência, mas gostei de ler um texto do filósofo Kent Keith, algo controverso por ter criado os seus novos 10 Mandamentos.

São estes:

1. As pessoas são ilógicas, nada razoáveis e egocêntricas. Amemo-las, mesmo assim.
2. Se fizermos o bem, poderemos causar motivações egoístas. Façamos o bem, mesmo assim.
3. Se formos bem sucedidos, ganharemos falsos amigos e verdadeiros inimigos. Sejamos bem sucedidos, mesmo assim.
4. O bem que fizermos hoje será esquecido amanhã. Façamos o bem, mesmo assim.
5. A honestidade e a franqueza tornam-nos vulneráveis. Sejamos francos e honestos, mesmo assim.
6. Os grandes homens e as grandes mulheres, com as melhores ideias, podem ser derrubados pelos mais pequenos, com as perspectivas de vida mais mesquinhas. Sejamos ambiciosos, mesmo assim.
7. As pessoas protegem os oprimidos, mas apenas seguem os poderosos. Lutemos pelos oprimidos, mesmo assim.
8. Aquilo que levámos anos a construir pode ser destruído numa única noite. Continuemos a construir, mesmo assim.
9. As pessoas talvez precisem realmente de ajuda, mas poderão voltar-se contra nós se as ajudarmos. Ajudemo-las, mesmo assim.
10. Demos ao mundo o nosso melhor, e haverá pessoas que nos desejarão mal. Dêmos ao mundo o nosso melhor, mesmo assim.
"Thinking is really the hardest work, that is why so few people do it." -- Henry Ford

"Imagination is more important than knowledge." -- Albert Einstein

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por EuroVerde » 28/7/2008 15:38

J.Smith Escreveu:Sim, mas ele comprou empresas directamente, nem sequer apostou nas acçoes...por isso nao sei.

Abraço


Não não.
Kraft Food, WellsFargo, Swiss Re e uma farmaceutica, foram investimentos directos na bolsa este ano.
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por J.Smith » 28/7/2008 2:51

Sim, mas ele comprou empresas directamente, nem sequer apostou nas acçoes...por isso nao sei.

Abraço
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por EuroVerde » 28/7/2008 2:46

Fogueiro Escreveu:Comentário semanal


Por falar em sinais de compra: uma das razões pelas quais desconfio muito que um fundo tenha sido feito é que não vejo o Warren Buffett (bem como outros menos badalados mas igualmente atentos) nem os Fundos Soberanos do Médio e Extremo Orientes, que estão a abarrotar de liquidez, a comprar nada que se veja.




Lembro-me em principios de Fevereiro deste ano quando anunciaram algumas compras por parte de Warren Buffett, os índices bolsistas estavam a um nível superior do actual.
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por Fogueiro » 26/7/2008 2:31

Comentário semanal

O Mercado tem sido dominado pelo short-covering no Sector Financeiro, a tal ponto que tem ignorado os bons resultados de algumas empresas com posições longas na Carteira NY e afectou fortemente as posições curtas, embora menos que na semana passada.
A boa notícia é que o short-covering deve ter terminado: ontem e hoje já houve quedas nas financeiras e, desde o seu início no dia 16, uma enorme percentagem (creio que sem precedentes) das acções do Sector Financeiro mudaram de mãos.

Aquele movimento levou a uma melhoria nos Indicadores da Toolbox, mas eles voltaram a inverter, para baixo, nos 2 últimos dias. Aliás nunca chegaram a dar sinal de compra.

Por falar em sinais de compra: uma das razões pelas quais desconfio muito que um fundo tenha sido feito é que não vejo o Warren Buffett (bem como outros menos badalados mas igualmente atentos) nem os Fundos Soberanos do Médio e Extremo Orientes, que estão a abarrotar de liquidez, a comprar nada que se veja.

Não admira, pois do lado da macroeconomia as notícias não animam nada: o desemprego caminha para os 6% que é território de recessão. As actas do Fed revelaram grande divisão interna com respeito às taxas, e esse desentendimento deve levar a que não façam alterações antes do novo Presidente tomar posse e definir a sua política económica. Assim sendo, a estagflação deve continuar mais um semestre…
...
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por Fogueiro » 22/7/2008 21:06

Outro comentário que vale a pena ler:

The Mother Of All Short Squeezes May End Badly
By SPENCER JAKAB

In the words of the notorious 19th century speculator Daniel Drew: "He who sells what isn't his'n must buy it back or go to pris'n."

The rules governing short selling -- borrowing shares to bet on price declines -- are vastly more stringent than they were in the era of robber baron like Drew, Jay Gould and Jim Fisk, but one thing hasn't changed much: When markets decline, those who profit are seen as un-American, even evil, and the weight of the authorities is brought down against them with devastating, but usually temporary, results.

That pattern may be playing out now after Securities and Exchange Commission Chairman Christopher Cox shocked the market by announcing at a Banking Committee hearing Tuesday vague new emergency restrictions against "naked short selling" to begin four trading days later. Though almost none of the 19 financial firms targeted were on Reg SHO lists in place since 2005 that highlight firms with failures to deliver borrowed shares, his comments had explosive results after many of them had hit multiyear lows.

Fannie Mae (FNM) and Freddie Mac (FRE), which also received additional credit lines, each rallied by over 96% from Tuesday's intraday low through Friday's close while major firms with no government safety net like Ban of America Corp. (BAC) and Lehman Brothers Holdings Inc. (LEH) surged 49% and 59%, respectively, with some troubled regional lenders like Huntington Bancshares Inc. (HBAN) doing even better.

What does it all mean? Asked just hours after Cox's testimony, one dedicated short hedge fund manager had a sarcastic reply: "This means the financial crisis is over," he said, going on to clarify that nothing at all had changed fundamentally in his opinion. Of course many shorts like him suffered stinging losses and reduced capital, but the other side of the coin is that there are now far more shares to borrow at much higher prices than a few days ago. Financial stocks may well retrace at least part of their recent gains as the shock of Cox's step wears off.

Past Examples Not Encouraging


The fact that the initial results were spectacular, particularly for financial stocks, shouldn't be too encouraging. Consider what happened in April 1932, at the depth of the worst-ver bear market. Upon the announcement of a cumbersome new rule that required written permission from each shareholder before a broker lent out his stock, the Dow Jones Industrials rallied 3.51%. By the time the rules were instituted weeks later, the short covering was over and the slump had resumed.

More recently, attempts by authorities in the U.K. to force disclosure of short positions in financial firms undergoing capital raising have had mixed results as mortgage lenders Bradford & Bingley PLC (BB.LN) and HBOS PLC (HBOS.LN) traded near the prices of deeply discounted rights offerings. Nudgem Richyal, a fund manager at JO Hambro in London, said some secretive hedge funds pulled back in order not to leave themselves open to a short squeeze or bad publicity.

"The last thing you want is your name splashed all over the FT," he said.

An extreme example comes from Pakistan where the local SEC responded to a stock slump last month by banning short selling and limiting dail price declines to 1% while allowing them to rise by 10%. The initial reaction was a massive 8.6% one day rally followed by 15 straight days of slumping prices amid extremely low turnover, the worst such period for that market in several years. As rioting investors stormed the Karachi Stock Exchange last week, the rules were rescinded.

Shorts Help In Price Discovery

Aside from such extreme examples, a lack of price discovery because shorting is banned can sometimes hurt the most vulnerable investors. For example, when Palm Inc. (PALM) had its initial public offering in early March 2000, the initial pricing range was $14-$16 a share, reflecting bubble era valuation sensibilities, but the deal was so hot that it was issued at $38 and traded as high as $165 the first day as retail investors bought and those well-connected enough to get IPO stock sold. Since most of the equity was still owned by 3Com Corp. (COMS), the subsidiary was worth $54 billion and the parent at $28 billion. As a reult, 3Com's other businesses were briefly worth negative $60.78 a share according to Spinoff Advisors LLC, making a short sale or put buying of Palm a no-brainer but prohibitively expensive with such a small float.

Needless to say, many saw only the price and were sucked in at or near the top, losing over 99% on a split-adjusted basis if they still held it today. There is no record of the SEC warning these retail investors of their folly. Intervention is popular only in bear markets.

And what about the view that short sellers target and destroy otherwise healthy companies? Ignoring the possibility that banks could be hurt by illegal false rumors, it is hard to understand how the operations of most businesses can be affected by the simple act of selling their stock while legitimately borrowing it. Legendary hedge fund manager Michael Steinhardt weighed in on this subject last week.

"If one looks back and finds those stocks that have been picked upon by shorts, that have been he subject of all this sort of talk, and find out what ultimately occurs to the price of those shares, overwhelmingly, one will find that the shorts were right," he said in comments to CNBC.

Is it possible though that Cox's actions, however unnecessary, marked the ultimate bottom for banks? They do seem cheap by historical measures, but the widespread euphoria last week looks more like a bear market rally than classic capitulation.

Investment strategist Barry Ritholtz wrote in his blog that one reason to doubt that the bottom is in for bank stocks is that The New York Times, The Wall Street Journal and Barron's (the latter two sharing an owner with this newswire) all produced prominent articles on Saturday suggesting the worst was over for financial stocks.

"Can you recall the last time three major media players all picked the bottom in a market or sector on the exact same day -- and were all proven correct?" he asked.
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por Midas » 22/7/2008 20:48

Quero ver se os tótós quando o mercado ficar bull, um dia, vão impedir o alavancar nas acções quando elas subirem aos 100%... Os especuladores só são maus quando é para a queda, quando é para a subida já são dos nossos. :twisted: Estica corda, estica.
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por Ulisses Pereira » 22/7/2008 18:14

Fogueiro, deixa-me apenas dizer que o Art Cashin é das pessoas que mais gosto de ouvir falar sobre os mercados. Simples, directo e sem problemas de - em inúneras ocasiões - dizer que não há nada de relevante por detrás de subidas ou descidas. O que não é o caso actual.

É incrível como os anos passam e ele mantém a serenidade do costume e a acutilancia de sempre.

Um abraço,
Ulisses
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por Fogueiro » 22/7/2008 16:23

Pata-Hari Escreveu:Bom dia Fogueiro :).

Acabei de chegar de férias e estou um pouco à toa. A que controlo te referes? ... estou a ver que foi implementado algo para combater os terriveis especuladores que shortam o mercado e que só podem ser os responsaveis pelas quedas....


Por Art Cashin (of CNBC fame and also Head Floor Trader for UBS):

"Deconstructing The Rally – The sharp rally that sprang from the new short sale restrictions has been spiky and, in several ways, very powerful. The impact of the short rule change was evident. As Barron's notes, the 150 stocks with the heaviest short interest rallied a stunning 15%. The stocks with the smallest short positions rose only 2%. That may be a function of existing shorts scrambling to cover to pass the new, belated, scrutiny. That thesis got added weight from a couple of areas. The Merrill Lynch results got mostly panned by several analysts and TV pundits. Nonetheless, the stock closed 24% above its lows for the week. Also, the financial ector ETF rose nearly 25% from the lows.

"All of the above suggests that the rally is based on the two pronged government move. First, put a safety net under the financials, especially Fannie and Freddie. Second, restrict opportunities to sell the financials short. We'll wait to see if those efforts have further legs this week."
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por HeikinAshi » 22/7/2008 8:11

Bom dia, é isto Pata
[INFO] • Bank of America (BAC:xnys) • Citigroup Inc. (C:xnys) • Credit Suisse Group (CS:xnys) • Allianz SE (AZ:xnys) • Goldman Sachs (GS:xnys) • JPMorgan Chase & Co. (JPM:xnys) • Lehman Brothers (LEH:xnys) • Merrill Lynch (MER:xnys) • Morgan Stanley (MS:xnys) - Os CFDs mencionados não permitem a abertura de posições curtas. Esta medida foi tomada após medida de urgência da SEC.

Fonte LJC

Abraço
HA
 
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por Pata-Hari » 22/7/2008 8:03

Bom dia Fogueiro :).

Acabei de chegar de férias e estou um pouco à toa. A que controlo te referes? ... estou a ver que foi implementado algo para combater os terriveis especuladores que shortam o mercado e que só podem ser os responsaveis pelas quedas....
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por Fogueiro » 22/7/2008 1:12

Penso que o controlo do naked short às 19 financeiras, anunciado na semana passada e que entrou hoje em vigor, levou os Hedge Funds a vender Commodities e Energia para cobrir as referidas posições curtas.

Ou seja, houve movimentos para cima e para baixo, nesses Sectores, por factores não fundamentais.
Por isso deverão ser transitórios.
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por atomez » 19/7/2008 21:20

bolo Escreveu:Mas isso vai depender sempre para onde apontam os interesses de quem pode investir, não será uma questão de altruísmo ou de humanidade.

Pois claro que é assim. E ainda bem.

Isso de caridade e altruísmo é bonito, lá isso é, mas só resulta em casos muito pontuais e a muito curto prazo.

Porque isso está dependente da boa ou má a vontade de quem o faz, cria dependências e a longo prazo não é sustentável. O resultado acaba por ser pior para todos.
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por bolo » 19/7/2008 21:00

Correcto, mas penso que é uma questão de chadrez. É cada vez mais importante levar a evolução humana a todos os cantos do mundo. Mas isso vai depender sempre para onde apontam os interesses de quem pode investir, não será uma questão de altruísmo ou de humanidade.

Posso referir aqui a apaixanante relação entre o bem e o mal que parecem ser os últimos polos positivos e negativos da pilha humana.

De um lado temos essa consciência altruísta que se tem desenvolvido timidamente com a nossa evuloção. Do outro temos o lado egoista do nosso instinto de sobrevivência e da busca de prazer e isso impede-nos, p.e., de não ir, um dia, trabalhar para ajudar o vizinho que precisa de ajuda, ou de deslocalizar para África ou Ásia com o intuito de livrar milhões de vidas das baixas condições de vida.

Vejamos que as empresas só vão para África, Ásia e outros sítios pobres porque podem usufruir da mão-de-obra barata das infortunadas pessoas que lá vivem. É certo que já é uma excelente notíciapara elas e valha-lhes isso. É melhor serem exploradas, à luz do conceito moderno, e deixarem de comer apenas arroz e começarem a andar de carro, do que definharem sem nada para fazer. Acho eu!
O lado positivo será o facto de os "desenvolvidos" levarem atrás de si o desenvolvimento, com mais saúde e educação.

No entanto, se para as empresas o ganho com a deslocalização for zero, ninguém olhará ao desenvolvimento dos pobres. Só as normais organizações humanitárias.

Com o olhar de trabalhador desempregado português fico triste com a deslocalização, com o olhar de Deus, posso ficar um pouco mais satisfeito com a caridade que se fez.

Mas entendo o seu ponto de vista.
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por atomez » 19/7/2008 20:33

bolo Escreveu:No limite, podemos mudar de um dia para o outro toda a manufactura para África, Ásia e América do Sul e ficamos cá nós a pilar o nosso arroz.

Ei, nada disso. Não é preciso que nós andemos para trás para os outros poderem avançar!

O que se está a passar é que o mundo precisa de muito mais alimentos, energia, cuidados de saúde, matérias primas mais diversificadas, etc. para que o nível de todos se aproxime do nosso.

E para isso temos a maior oportunidade de todas para fazermos ainda mais aquilo que melhor sabemos fazer - investigação, inovação, novas tecnologias, organização, marketing, financiamento, investimento, etc.

Como diz na caixa do iPhone: "Designed by Apple in California. Assembled in China."

Se nos deixarmos ultrapassar nisso então é que estamos bem tramados!

Nota: qunado digo "nós" não me refiro a Portugal. Refiro-me àquilo que normalmente se chama "países desenvolvidos" -- basicamente a OCDE: UE, EUA, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia
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por bolo » 19/7/2008 20:09

Atomez Escreveu:
bolo Escreveu:embora a deslocalização dos anos 90 e 2000 tenha sido uma lufada de ar fresco para o tecido industrial e comercial do ocidente, ela prejudicou fortemente o emprego e condição de vida no ocidente e não salvou ninguém da actual crise

Crise? Qual crise?

De há uns 20 anos para cá a "malvada" globalização fez com que mais de 1 bilião de pessoas neste planeta saissem dos níveis de pobreza.

Veja-se a China, India e América do Sul. Parece que só em África é que nada resulta...

Toda essa gente comia arroz e andava de bicicleta. Agora também querem comer bifes e andar de carro. E ganhar mais.

Por isso os preços de matérias primas, energia e alimentação têm subido.

Mas quem somos nós para lhes negar isso?

A crise está é na nossa mentalidade de encarar o mundo. E nós é que temos de nos adaptar à nova realidade.



Perfeito o que diz! mas posso perguntar, so what...?!

No limite, podemos mudar de um dia para o outro toda a manufactura para África, Ásia e América do Sul e ficamos cá nós a pilar o nosso arroz.
Editado pela última vez por bolo em 19/7/2008 20:35, num total de 2 vezes.
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Sub prime

por Crise » 19/7/2008 20:08

Entradas na banca?

Os bancos nunca têm perdas. A origem do capital de um banco encontra-se no passivo. 10% do passivo é do banco e dos outros 90%. Os bancos giram nesta base, na compensação da velocidade entre o dinheiro que entra e o que sai.

Quem perde na bolsa é o pequeno miúdo, que vai à bolsa. O grande investidor não perde porque está dentro do negócio.
 
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por atomez » 19/7/2008 19:56

bolo Escreveu:embora a deslocalização dos anos 90 e 2000 tenha sido uma lufada de ar fresco para o tecido industrial e comercial do ocidente, ela prejudicou fortemente o emprego e condição de vida no ocidente e não salvou ninguém da actual crise

Crise? Qual crise?

De há uns 20 anos para cá a "malvada" globalização fez com que mais de 1 bilião de pessoas neste planeta saissem dos níveis de pobreza.

Veja-se a China, India e América do Sul. Parece que só em África é que nada resulta...

Toda essa gente comia arroz e andava de bicicleta. Agora também querem comer bifes e andar de carro. E ganhar mais.

Por isso os preços de matérias primas, energia e alimentação têm subido.

Mas quem somos nós para lhes negar isso?

A crise está é na nossa mentalidade de encarar o mundo. E nós é que temos de nos adaptar à nova realidade.
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por bolo » 19/7/2008 19:45

Fogueiro Escreveu:Comentário semanal
Mercado global [/b]
Dizem os analistas técnicos que agora o DJI tem um suporte fraco nos 10.600 e um forte nos 9.600 – o que seria mais 15% de queda sobre os valores actuais.
Do ponto de vista fundamental, nada vejo que contrarie esta opinião.


Fogueiro Escreveu:Comentário semanal
O Indicador de 2” fez hoje um máximo de vários meses e todos os Sectores são de evitar, salvando-se Energia, algumas Tecnológicas, Saúde, Utilities e Metais Preciosos.
Fico por aqui: o que escrevi na semana passada contínua actual, seria aborrecido repetir as mesmas coisas.
...


o cenário é intenso:

- verão pela frente

- indicador 2" em grandes máximos

- clima económico mundial pouco animador:
> preço petróleo;
> preço das matérias primas;
> danos no sector financeiro em curso nas maiores empresas do crédito imobiliário norte americano;
> estabilidade financeira nos EUA assegurada pelo Estado;
> 2 sectores básicos profundamente atingidos: banca e imobiliário/construção; o primeiro é imprescindível para financiar a economia e o outro para sustentar toda a enorme indústria satelite da construção.
> embora o fenómeno da Deslocalização das empresas dos anos 90 e 2000 tenha sido uma lufada de ar fresco para o tecido industrial e comercial do ocidente, ela prejudicou fortemente o emprego e condição de vida dos países de origem dessas empresas e não salvou ninguém da actual crise;

- clima político mundial pouco animador:
> a crónica instabilidade do médio oriente agora reforçada pela tensão Israel-Irão;
> apenas as eleições americanas podem trazer alguma oportunidade de viragem política.
> o terrorismo está hoje em dia mais reforçado do que nunca pelas recentes guerras;
> por outro lado, há sempre forças e pressões que não conhecemos, como a da indústria de armamento.

recordo-me que no ano passado por esta altura começava o descalabro do Subprime. Mas antes de ele aparecer já me sentia muito incomodado por achar que estavamos a chegar ao céu muito depresssa. Os gráficos dificilmente tinham espaço para mais subidas.

Quanto a esse mal-cheiroso Subprime, todos nos recordamos da primeira vez em que o vimos chegar ao nosso bairro e do dia em que apareceu ao fundo da nossa rua com muito mau aspecto, ar medonho e completamente desconhecido. E pior do que tudo: trazia malas e vinha para ficar!

Vou dedicar-lhe, por isso, uma música no tópico "Os meus músicos".

Vejam, lá, a cara do Subprime e a maneira como ele chegou! :mrgreen:
Editado pela última vez por bolo em 19/7/2008 20:00, num total de 1 vez.
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por Fogueiro » 19/7/2008 1:34

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Esta semana foi marcada pelas declarações conjuntas do Tesouro, Fed e Sec de que teriam de ser tomadas medidas para controlar os short-sellers, tentando evitar que estes continuassem a prejudicar Fannie Mae (FNM), Freddie Mac (FRE), e mais 17 Financeiras. O efeito não se fez esperar e isso obrigou-me a acelerar a tomada de lucros no Sector, levando a liquidez para 70%.

As novas regras para shortar devem mudar a forma como o dinheiro se movimenta. Veremos nos próximos tempos o seu efeito prático, mas, como não sou adivinho, vou aguardar que a areia pouse e nos esclareça como e onde investir a liquidez acumulada.

É possível que já tenha sido feito o fundo no Sector Financeiro. Não só pela protecção fortíssima das entidades que referi, como porque os próximos trimestres já comparam com os homólogos do ano passado, que já tiveram algumas “limpezas” de crédito mal-parado.
Veremos.

Quanto ao esperado fundo global, depois da capitulação de 3ª feira, os mínimos do NYSE e do Nasdaq desceram bastante, como é lógico, mas ainda estão acima de 40.
Todos os restantes Indicadores da Toolbox estão também negativos, apontando para a possibilidade de novas quedas.
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por Fogueiro » 17/7/2008 15:24

Caro EuroVerde, isso gostava eu de saber...

Vou gerindo dia a dia, consoante as mensagens da Toolbox. E ela diz-me que as quedas não acabaram.

Na 3ª feira, 40% das acções do NYSE fizeram novos mínimos. Demora a reparar estes danos.

Embora ache que as Financeiras ainda não tiveram o seu fundo, e o que ontem houve foi um forte short-covering que provavelmente não terminou (o Fed comentou o "improper short selling" em Fannie Mae (FNM) e Freddie Mac (FRE) bem como em outras 17 Financeiras), o meu instinto de trader leva-me a tomar lucros parciais nalgumas Financeiras, e aumentar a liquidez.
Podemos sempre voltar a comprar, consoante os resultados e outlook que apresentarem.
A MER apresenta resultados hoje depois do fecho e o C amanhã antes da abertura.

O caso Wells Fargo é sintomático: o lucro caiu 22% e aumentaram o dividendo em 10%... isto é boa gestão?
Todavia apresentaram mais 3 cents do que os analistas de Wall Sreet esperavam... e houve rally!
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por acintra » 17/7/2008 2:50

Fogueiro Escreveu:Caro SisiphuS: que devem vir mais quedas.
...

Começei a aprender, e só agora Vos digo uma coisa,...Thats the way, ooh, ooh , I like it..
Um abraço e bons negócios.

Artur Cintra
 
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por EuroVerde » 17/7/2008 1:38

Fogueiro Escreveu:Caro SisiphuS: que devem vir mais quedas.
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Caro Fogueiro, murmura-se que a Fed pode dia 5 de Agosto subir juros para 2,25%, numa altura destas que muitos investidores acreditam que a crise financeira dos bancos e a crise imobiliária de crédito continua a fazer estragos, este provável aumento de juros pode piorar a situação e empurrar a economia mais depressa para a recessão? Até Agosto poderá haver fortes quedas? Ou vai-se dar mais importancia à apresentação dos resultados das empresas e por sinal uma recuperação?
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por Fogueiro » 16/7/2008 0:51

Caro SisiphuS: que devem vir mais quedas.
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NYLOW - Como interpretar o máximo histórico de hoje

por SisiphuS » 15/7/2008 22:34

Caro Fogueiro,

Uma vez que o nível de novos lows na NYSE hoje atingiu um máximo histórico dos últimos 8 anos (pelo menos) gostaria de saber como o interpreta.

Queria agradecer-lhe por nos ter mostrado este indicador que é sem dúvida um dos melhores indicadores prospectivos.

Com os melhores cumprimentos,
Sisiphus,
If the descent is thus sometimes performed in sorrow, it can also take place in joy. The struggle itself toward the heights is enough to fill a man's heart. One must imagine Sisyphus happy.

Albert Camus
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