Dividendo do BCP escala no “ranking” dos mais atrativos da banca europeia

[MarcoAntonio]

Mais uma vez a confirmação ficou adiada. A sessão de hoje, contudo, esteve longe de ser vigorosa e não desmanchou completamente o sinal dado pela sessão de ontem. Ficou tudo em aberto com os fechos do S&P e do Nasdaq Composite perto dos <i>mid-points</i> das velas de ontem. O volume descaiu um pouco...

No S&P, a quebra dos 965pts em baixa, a ocorrer, poderá despoletar um novo <i>sell-off</i> idêntico ao da sessão de ontem.

Acima dos 965pts, o índice está «seguro» numa perspectiva de curtíssimo-prazo.

[MarcoAntonio]

Não, não concordo. Pessoalmente não concordo. Como é sabido, a minha análise é técnica e para mim a questão da moeda é uma questão acessória.

Por exemplo, se eu apostasse no mercado americano fa-lo-ia por forma a cobrir o risco cambial (via CFD's ou cobrindo com warrants sobre a moeda por exemplo) por forma a não ser traído pelos movimentos adversos da moeda.

Esse efeito da moeda faz-se sentir apenas para quem investe noutro mercado que não o seu (ou o da sua moeda) sem cobrir o risco cambial.

Por outro lado, mesmo que se considerasse esse efeito da moeda, a verdade é que o Euro já se vem a valoriar há bastante tempo e o DAX teve um período significativo (antes de atingir os 3000pts) em que subia com firmeza (subia até mais do que os States) mesmo com o EUR/USD a subir. Nessa altura a valorização do EUR/USD não impediu que o DAX realizasse novos máximos relativos (e que até subisse mais do que os States).


Assim e como não invisto no mercado com base em pressupostos (macro-)económicos, mas preferencialmente (e quase em exclusivo) com base em aspectos técnicos, a questão da moeda é uma questão acessória (para mim) e caso investisse num mercado com moeda diferente iria tentar cobrir o risco cambial para não ser traído pelos movimentos adversos da moeda. Creio ser a opção mais correcta para quem analisar/investir no mercado numa perspectiva técnica caso contrário o investidor não estará a investir apenas «no gráfico», no aspecto técnico, mas também na Economia daquele mercado (o que porventura nem estará a considerar/analisar ou em condições de fazê-lo).

Eu concordo que existam outras perspectivas sobre este assunto, evidentemente. Dependerá é da forma como se investe e com base em que pressupostos se investe. Para quem investir em termos macro-economicos e para quem a economia global seja uma ferramenta de trabalho/estudo e uma base para o investimento, esta questão toma uma perspectiva diferente. Para quem não investe nessa perspectiva, esta questão pode e deve ser isolada e não tem necessariamente implicações no trading pois existem soluções para corrigir aquilo que, para um determinado tipo de investimento, é uma anomalia. Se se analisa um gráfico não tendo em conta a questão cambial, então o trading deve isolar essa questão, recorrendo a produtos que não sofram com a alteração cambial entre o momento da compra e o momento da venda ou fazendo hedging com uma posição inversa na moeda.

[Visitante]

Todos afirmam q o DAX nao fez máximos nesta subida e de facto o anterior máximo não foi ultrapassado. considerando que existiu uma forte valorização do euro/dollar, as contas n deveriam ser feitas de outra forma? é q se tivermos em conta a valorização do euro e comparando com o anterior máximo, n há duvidas q neste upside foram efectuados máximos relativos. concorda?

[MarcoAntonio]

A situação técnica do DAX é agora bastante diferente derivado da sua fraqueza relativa ao longo das últimas semanas. Este índice não chegou ainda sequer a bater o máximo relativo de há um mês atrás. Caso o índice venha a inverter amanhã, poderemos então ficar com uma importante referência horizontal em torno dos 3065pts.

Por outro lado, o índice começa a tender para o lateral no curto/médio-prazo. Um novo máximo relativo (em fecho de preferência) deixaria o índice com um aspecto <i>bullish</i> quebrando esta lateralização/consolidação em alta. Um quebra em baixa da zona dos 2750pts deixaria o índice <i>bearish</i> para o médio prazo e na minha opinião, bastante desamparado, praticamente sem suporte até à zona dos 2500pts, pelo menos.

[MarcoAntonio]

No Nasdaq Composite a situação técnica é ainda mais evidente, nomeadamente no que diz respeito ao volume onde se destaca o enorme volume na sessão de hoje, volume esse que pela primeira vez neste <i>rallye</i> surge associado a uma sessão que fechou em baixa relativamente à sessão anterior.

Até aqui a generalidade das correcções deu-se com fracos volumes. Estas descargas fortes após um <i>rallye</i> temporalmente já bastante longo não são a meu ver um bom pronúncio. Mais uma vez, existem sinais de distribuição...

Temos no caso do Nasdaq Composite um possível primeiro suporte nos 1550pts, seguido de uma relativamente interessante LTa, um pequeno suporte na zona dos 1475/1480pts e depois os já clássicos 1425pts. Até esta última zona consideraria uma correcção <i>bullish</i> em termos de médio-prazo.

[MarcoAntonio]

A sessão de hoje teve «ares» de <i>key reversal day</i>, pelo abertura em forte alta e pelo grande <i>sell-off intraday</i> que veio colocar o S&P praticamente no fecho da sessão anterior e o Nasdaq Composite mesmo negativo. O facto deste movimento dar-se com volume torna-o mais significativo.

De resto não vale a pena tecer grandes comentários dado que a minha opinião quanto ao mercado já está presente no comentário do final da semana anterior: as últimas sessões revelam uma euforia compradora que, penso, está a ser aproveitada para distribuir.

Se de facto estivermos perante uma importante inversão/correcção, a confirmação poderá surgir logo pela manhã com uma forte correcção no DAX (que fechou perto dos máximos ainda antes do forte <i>sell-off</i> dos States). Uma abertura em <i>gap down</i> nos States e uma vela negra seriam o ideal para confirmar o sinal (note-se que já tivemos na semana passada duas situações identicas mas que foram invalidadas logo nas sessões seguintes com boas aberturas).

Caso se confirme, o primeiro suporte no S&P surge nos 950pts. A quebra deste projectaria a correcção para uma amplitude bem superior, podendo ser vista na minha opinião como uma confirmação, recordo neste ponto que na anterior tentativa de quebra do <i>uptrend</i> em meados de Maio, o S&P falhou precisamente na confirmação que sería a quebra dos 920pts, na altura o primeiro suporte horizontal como são agora os 950pts.

Suportes horizontais seguintes: 920pts e 890/900pts. Uma correcção até este último nível parecer-me-ia uma correcção <i>bullish</i> para o médio-prazo. Abaixo, manteria a minha opinião de lateralização no médio-prazo deste índice.