US Dollar – Um novo tipo de guerra
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USD Dollar
A tendência de descida do dólar é clara. Mas targets como o acima in«dicado nunca se atingem em pouco tempo, claro que é sempre para o médio/longo prazo.
Pelo menos é o que se deseja... mas o problema é mesmo esse: o perigo de uma queda rápida e brusca do dólar! É que as moedas "estão habituadas" a tendências lentas embora sustentadas durante bastante tempo.
Cumprimentos
Comentador
Pelo menos é o que se deseja... mas o problema é mesmo esse: o perigo de uma queda rápida e brusca do dólar! É que as moedas "estão habituadas" a tendências lentas embora sustentadas durante bastante tempo.
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dolar
JN Escreveu:Penso que uma descida do dolar só poderá ser feita a longo prazo e com os efeitos a nivel mundial sob controlo.
Temos aqui dois aspectos:
1) Já se verificou uma descida do dolar.
Nos últimos 365 dias o dolar desvalorizou-se 21%.
Em 1 de Junho de 2002 1US$=1,07090€ e hoje temos 1US$=0,84955€
Não foi nenhuma catástrofe e, sob alguns aspectos até é positivo para os EUA. Favorece as suas exportações, onde estavam a ficar muito pouco competitivos.
2) Vai continuar a descida do dolar?
Eu estou convencido que sim.
Não tanto pela "fraqueza" do dolar mas mais pela cada vez maior procura ou adopção do Euro.
Temos o alargamento da Europa e poderemos ter alguns outros países a adoptarem o euro como referência monetária ou mesmo metendo-o nas reservas dos seus bancos centrais.
E uma grande descida do dolar ou uma grande subida do euro pode trazer graves tensões nas relações Europa-América. Eles estão habituados a ser os ricos, com forte poder de compra, quando passeiam pelo mundo...
JAS
Comentador,
Agradeço o esclarecimento e o texto que não conhecia.
No entanto a posição oficial do governo continua a ser contraditória, o que se compreende pois de outro modo ou seja uma intensão declarada de fazer baixar o dolar, seria catastrófica a nivel mundial.
Daí eu achar essa expressão(inundar o mercado de liquidez) muito forte.
Penso que uma descida do dolar só poderá ser feita a longo prazo e com os efeitos a nivel mundial sob controlo.
Um abraço!
Agradeço o esclarecimento e o texto que não conhecia.
No entanto a posição oficial do governo continua a ser contraditória, o que se compreende pois de outro modo ou seja uma intensão declarada de fazer baixar o dolar, seria catastrófica a nivel mundial.
Daí eu achar essa expressão(inundar o mercado de liquidez) muito forte.
Penso que uma descida do dolar só poderá ser feita a longo prazo e com os efeitos a nivel mundial sob controlo.
Um abraço!
Um abraço
JN
JN
Aumento de Dólares em circulação
Caro JN,
Lamento que tenha ouvido esssa expressão muitas vezes e que não tenha encontrado explicação. Cetamente melhor do que eu, este excerto de um artigo muito recente do Jim Puplava, que cita o governador Ben Bernanke, tirar-lhe-á as dúvidas (espero eu):
The message here is clear. A new trend is emerging as a result of the prolificacy of fiat money. Central banks–and especially the U.S. Fed–are creating a huge pool of money as a result of credit expansion. This credit expansion and fiat money is reducing the value of fiat currencies–in particular the dollar. In the words of Fed Governor Ben Bernanke,
”The conclusion that deflation is always reversible under a fiat money system follows from basic economic reasoning. A little parable may prove useful: Today an ounce of gold sells for $300, more or less. Now suppose that a modern alchemist solves his subject's oldest problem by finding a way to produce unlimited amounts of new gold at essentially no cost. Moreover, his invention is widely publicized and scientifically verified, and he announces his intention to begin massive production of gold within days. What would happen to the price of gold? Presumably, the potentially unlimited supply of cheap gold would cause the market price of gold to plummet. Indeed, if the market for gold is to any degree efficient, the price of gold would collapse immediately after the announcement of the invention, before the alchemist had produced and marketed a single ounce of yellow metal.
What has this got to do with monetary policy? Like gold, U.S. dollars have value only to the extent that they are strictly limited in supply. But the U.S. government has a technology, called a printing press (or, today, its electronic equivalent), that allows it to produce as many U.S. dollars as it wishes at essentially no cost. By increasing the number of U.S. dollars in circulation, or even by credibly threatening to do so, the U.S. government can also reduce the value of a dollar in terms of goods and services, which is equivalent to raising the prices in dollars of those goods and services. We conclude that, under a paper-money system, a determined government can always generate higher spending and hence positive inflation. “
Um abraço e boa noite
Comentador
Lamento que tenha ouvido esssa expressão muitas vezes e que não tenha encontrado explicação. Cetamente melhor do que eu, este excerto de um artigo muito recente do Jim Puplava, que cita o governador Ben Bernanke, tirar-lhe-á as dúvidas (espero eu):
The message here is clear. A new trend is emerging as a result of the prolificacy of fiat money. Central banks–and especially the U.S. Fed–are creating a huge pool of money as a result of credit expansion. This credit expansion and fiat money is reducing the value of fiat currencies–in particular the dollar. In the words of Fed Governor Ben Bernanke,
”The conclusion that deflation is always reversible under a fiat money system follows from basic economic reasoning. A little parable may prove useful: Today an ounce of gold sells for $300, more or less. Now suppose that a modern alchemist solves his subject's oldest problem by finding a way to produce unlimited amounts of new gold at essentially no cost. Moreover, his invention is widely publicized and scientifically verified, and he announces his intention to begin massive production of gold within days. What would happen to the price of gold? Presumably, the potentially unlimited supply of cheap gold would cause the market price of gold to plummet. Indeed, if the market for gold is to any degree efficient, the price of gold would collapse immediately after the announcement of the invention, before the alchemist had produced and marketed a single ounce of yellow metal.
What has this got to do with monetary policy? Like gold, U.S. dollars have value only to the extent that they are strictly limited in supply. But the U.S. government has a technology, called a printing press (or, today, its electronic equivalent), that allows it to produce as many U.S. dollars as it wishes at essentially no cost. By increasing the number of U.S. dollars in circulation, or even by credibly threatening to do so, the U.S. government can also reduce the value of a dollar in terms of goods and services, which is equivalent to raising the prices in dollars of those goods and services. We conclude that, under a paper-money system, a determined government can always generate higher spending and hence positive inflation. “
Um abraço e boa noite
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podia fundamentar?
"Só que o FED está a inundar o mercado de liquidez,"
Não é a primeira vez que "oiço" isto. No entanto não vi nenhuma explicação para tal afirmação.
Será daquelas frazes que por tanto se repetirem acabam por ser verdade?
JN
Não é a primeira vez que "oiço" isto. No entanto não vi nenhuma explicação para tal afirmação.
Será daquelas frazes que por tanto se repetirem acabam por ser verdade?
JN
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Visitante
US Dollar – Um novo tipo de guerra
O valor da moeda é normalmente consequência do poder económico e do grau de competitividade de um país. Mas também existem outros factores: de natureza política e de táctica financeira global.
É o que se passa nos EUA, onde o dólar, um dos símbolos do seu domínio à escala mundial, tem apresentado nas últimas décadas grandes oscilações de valor, estando actualmente num ciclo que aponta para uma descida muito acentuada.
O preço do dólar, necessariamente avaliado através do US Dollar Index (DX), está numa tendência descendente de longo prazo, iniciada no princípio de 2002, quando a sua cotação estava a cerca de 122. A descida acentuou-se ao quebrar a neckline do H&S de longo prazo, nos 98, em final de Abril passado, tendo agora um target de 72. Na 6ª. feira passada fechou a 93,27.
O nível de 72 é um objectivo técnico que deverá ser levado a sério, sendo certo que a descida nunca será linear, podendo esperar-se correcções (até com certa força) e fases de lateralização. Mas, com toda a probabilidade, o caminho da descida está traçado e, pelo menos, uma zona próxima do target referido será atingida. Em 1992, numa conjuntura muito menos complicada a nível de défice externo, o DX já cotou a menos de 80. Embora a situação actual tenha causas e contornos completamente novos, que vão influenciar fortemente a evolução do DX, o potencial de descida é um dado adquirido.
Mas nas últimas semanas o DX caiu demais, motivado em parte pelas afirmações do Secretário do Tesouro John Snow, de tácito e claro abandono da política do dólar forte e, ao contrário, de manifesto apoio a uma maior desvalorização do dólar. Inexperiente nesta área financeira, Snow disse o que disse de uma maneira demasiado frontal e desajeitada. É sintomático (e caricato) que, agora, antes da reunião do G-8, seja o próprio Bush a vir dizer textualmente o contrário, isto é, que apoia a política do dólar forte. A mesma posição é desenvolvida, obviamente, pelo 1º ministro japonês que vai mais longe: irá levar este assunto a discussão no G-8 e lembra que o Japão continuando a ser um dos maiores compradores de divida governamental US, só pode defender um dólar forte. Mais claro é impossível!...
Há realmente aqui muita coisa em jogo. Só que o FED está a inundar o mercado de liquidez, no sentido de revigorar a economia americana, o que implicará maior descida do dólar. É a quadratura do círculo?
Este é um puzzle muito complicado, em que se confrontam diferentes politicas dos principais blocos mundiais (EUA, União Europeia, Japão, Países do Médio Oriente, China e Resto da Ásia, etc.).
Vou acompanhar de perto o que se irá passar.
Um abraço
Comentador
É o que se passa nos EUA, onde o dólar, um dos símbolos do seu domínio à escala mundial, tem apresentado nas últimas décadas grandes oscilações de valor, estando actualmente num ciclo que aponta para uma descida muito acentuada.
O preço do dólar, necessariamente avaliado através do US Dollar Index (DX), está numa tendência descendente de longo prazo, iniciada no princípio de 2002, quando a sua cotação estava a cerca de 122. A descida acentuou-se ao quebrar a neckline do H&S de longo prazo, nos 98, em final de Abril passado, tendo agora um target de 72. Na 6ª. feira passada fechou a 93,27.
O nível de 72 é um objectivo técnico que deverá ser levado a sério, sendo certo que a descida nunca será linear, podendo esperar-se correcções (até com certa força) e fases de lateralização. Mas, com toda a probabilidade, o caminho da descida está traçado e, pelo menos, uma zona próxima do target referido será atingida. Em 1992, numa conjuntura muito menos complicada a nível de défice externo, o DX já cotou a menos de 80. Embora a situação actual tenha causas e contornos completamente novos, que vão influenciar fortemente a evolução do DX, o potencial de descida é um dado adquirido.
Mas nas últimas semanas o DX caiu demais, motivado em parte pelas afirmações do Secretário do Tesouro John Snow, de tácito e claro abandono da política do dólar forte e, ao contrário, de manifesto apoio a uma maior desvalorização do dólar. Inexperiente nesta área financeira, Snow disse o que disse de uma maneira demasiado frontal e desajeitada. É sintomático (e caricato) que, agora, antes da reunião do G-8, seja o próprio Bush a vir dizer textualmente o contrário, isto é, que apoia a política do dólar forte. A mesma posição é desenvolvida, obviamente, pelo 1º ministro japonês que vai mais longe: irá levar este assunto a discussão no G-8 e lembra que o Japão continuando a ser um dos maiores compradores de divida governamental US, só pode defender um dólar forte. Mais claro é impossível!...
Há realmente aqui muita coisa em jogo. Só que o FED está a inundar o mercado de liquidez, no sentido de revigorar a economia americana, o que implicará maior descida do dólar. É a quadratura do círculo?
Este é um puzzle muito complicado, em que se confrontam diferentes politicas dos principais blocos mundiais (EUA, União Europeia, Japão, Países do Médio Oriente, China e Resto da Ásia, etc.).
Vou acompanhar de perto o que se irá passar.
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