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Caldeirão da Bolsa

BCP...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por V. » 12/5/2008 0:30

alcinoguia Escreveu:
Fibonacci Escreveu:Seryon,

Acho que não estás a perceber o conceito de descida de 77% nos resultados.

No primeiro trimestre de 2007, o lucro foi de 191.3M€.

Os analistas esperam que a situação do mercado internacional afecte a actividade do BCP e que o lucro seja de apenas 135M€ (uma queda de 30%).
Se eles considerarem também o writedown da posição que têm no BPI (ao preço de mercado), então a queda é de 77%.

Acho que não é muito esquisito. Vê os resultados dos grandes bancos mundiais. Não estão a descer 77%: estão mesmo a passar de uma situação de lucro para uma situação de prejuízo significativo, devido a writedowns que estão a fazer em alguns activos.

Eu vejo como positivo o BCP colocar não só em writedown o BPI mas também outros activos que possam ter perdido valor...

Fibo


Também acho que seria a melhor opção, recomeçar de novo para acabarem com as surpresas, não seria mal visto pelos accionistas ao contrário, contas limpas que e o que todos querem e como os resultados do terceiro e quarto trimestre de 2007, já foram abaixo das expectativas esta administração pode ter de novo resultados óptimos no final deste ano, o mesmo antes.


O BCP nao esta tao (ou nada) exposto (penso eu) à crise do subprime como outros bancos estrangeiros que tem revelado perdas substancias devido as desvalorizaçao desses activos.

O BCP corre é o risco sistemico.
Cordiais cumprimentos,

V.

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por alcinoguia » 11/5/2008 10:32

Fibonacci Escreveu:Seryon,

Acho que não estás a perceber o conceito de descida de 77% nos resultados.

No primeiro trimestre de 2007, o lucro foi de 191.3M€.

Os analistas esperam que a situação do mercado internacional afecte a actividade do BCP e que o lucro seja de apenas 135M€ (uma queda de 30%).
Se eles considerarem também o writedown da posição que têm no BPI (ao preço de mercado), então a queda é de 77%.

Acho que não é muito esquisito. Vê os resultados dos grandes bancos mundiais. Não estão a descer 77%: estão mesmo a passar de uma situação de lucro para uma situação de prejuízo significativo, devido a writedowns que estão a fazer em alguns activos.

Eu vejo como positivo o BCP colocar não só em writedown o BPI mas também outros activos que possam ter perdido valor...

Fibo


Também acho que seria a melhor opção, recomeçar de novo para acabarem com as surpresas, não seria mal visto pelos accionistas ao contrário, contas limpas que e o que todos querem e como os resultados do terceiro e quarto trimestre de 2007, já foram abaixo das expectativas esta administração pode ter de novo resultados óptimos no final deste ano, o mesmo antes.
 
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por iurp » 11/5/2008 10:22


O BCP e a Sonangol estão a um passo de assinar o acordo do Millennium Angola. O anúncio poderá ser feito na próxima segunda feira durante a conferência de apresentação de resultados trimestrais do banco




in Expresso deste fim de semana.

Com a economia angolana a crescer a um ritmo fabuloso, prevê-se que este investimento traga mais valias significativas e melhore ainda mais o retorno dos investimentos na internacionalização do banco.

O aumento de capital resolveu o problema do rácio e agora é esperar pelos resultados do trabalho desta nova administração que se julga de grande capacidade.

Abraço e BN
 
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por rosario » 11/5/2008 10:10

Hoje tive um sonho muito esquisito... estava na minha secretária a acompanhar o BCP e só descia, chegou aos 1,68€ e com um volume já nos 40M... acho que estou a precisar fechar posições e ir de férias... :roll:
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por pvg80713 » 9/5/2008 13:30

KBW corta "target" do BCP para 1,70 euros e prevê queda de 12,5% nos resultados
A Keefe, Bruyette & Woods (KBW) reviu em baixa a avaliação para os títulos do Banco Comercial Português (BCP), de 1,90 euros para 1,70 euros, após actualizar as suas estimativas para o banco liderado por Santos Ferreira, ainda antes de serem conhecidos os resultados do primeiro trimestre. A casa de investimento espera uma quebra de 12,5% nos lucros.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


A Keefe, Bruyette & Woods (KBW) reviu em baixa a avaliação para os títulos do Banco Comercial Português (BCP), de 1,90 euros para 1,70 euros, após actualizar as suas estimativas para o banco liderado por Santos Ferreira, ainda antes de serem conhecidos os resultados do primeiro trimestre. A casa de investimento espera uma quebra de 12,5% nos lucros.

"Esperamos lucros ajustados de 167 milhões de euros, uma melhoria de 4,4% face ao último trimestre de 2007, mas uma quebra de 12,5% em termos homólogos", afirma o analista Antonio Ramirez. A casa de investimento salienta que este valor pode descer para os 55 milhões, isto caso o BCP assuma a imparidade de 150 milhões de euros com a posição que detém no BPI.

Esta perda com o banco rival poderia colocar maior pressão nos rácios de capital do BCP. No entanto, tendo em conta que o banco já concluiu o aumento de capital de 1,3 mil milhões de euros, com a emissão de 1.083 milhões de novos títulos, a KBW estima um "core tier I" de 6,2%, acima do objectivo da instituição de 6%.

Apesar da quebra nos lucros, a KBW estima uma melhoria na margem financeira, face ao trimestre anterior. "As margens no mercado doméstico ainda estão sob pressão, mas esperamos algum alívio", refere a casa de investimento acrescentando que a nível internacional "a margem financeira deverá manter-se forte".

As estimativas revistas em baixa levaram o analista a cortar a avaliação para os títulos do BCP. O preço-alvo caiu 11% para 1,70 euros, "target" que confere às acções do maior banco privado nacional um potencial de queda de 6% face à cotação actual de 1,80 euros. A recomendação da KBW continua a ser de "underperform".
 
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por curvedair » 9/5/2008 13:26

É isso mesmo Fibonacci,

espera-se uma quebra nos lucros que pode ir até aos 77%. E isto segundo alguém devidamente identificado do Banesto.

Comparando isto com alguns "trambolhões" (do tipo pela escadaria abaixo) de outros bancos, o BCP até nem está muito mal, em termos de contas.
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por Fibonacci » 9/5/2008 13:17

Seryon,

Acho que não estás a perceber o conceito de descida de 77% nos resultados.

No primeiro trimestre de 2007, o lucro foi de 191.3M€.

Os analistas esperam que a situação do mercado internacional afecte a actividade do BCP e que o lucro seja de apenas 135M€ (uma queda de 30%).
Se eles considerarem também o writedown da posição que têm no BPI (ao preço de mercado), então a queda é de 77%.

Acho que não é muito esquisito. Vê os resultados dos grandes bancos mundiais. Não estão a descer 77%: estão mesmo a passar de uma situação de lucro para uma situação de prejuízo significativo, devido a writedowns que estão a fazer em alguns activos.

Eu vejo como positivo o BCP colocar não só em writedown o BPI mas também outros activos que possam ter perdido valor...

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por pvg80713 » 9/5/2008 13:13

seryon,
neste caso penso que os jornalistas nem fazem contas nenhumas.... apenas ligam aos principais operadores do mercado e recolhem estimativas.
portanto quem disse 77% foi um desses operadores de mercado, que provávelmente é o mais pessimista...
abraço
 
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por Ulisses Pereira » 9/5/2008 13:07

Seryon, eu tenho uma forma diferente de olhar para estas coisas. Se não faço contas, não posso dizer que estão erradas só porque acho exagerado.

Acho que falar de cor não faz sentido, sobretudo quando é para criticar o trabalho dos outros. Como eu não fiz as contas, não critico quem fez. Acho que estarão em muito melhores condições do que nós para fazer as suas previsões. E se queremos contestá-las, há que meter mãos à obra e fazermos nós as contas.

Dizer que é um absurdo e não rebater nenhum dos números faz pouco sentido para mim.

Um abraço,
Ulisses
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por Seryon » 9/5/2008 12:57

Ulisses Pereira Escreveu:Porquê Seryon, quais são as tuas contas caso o BCP contabilize as perdas no BPI?

Um abraço,
Ulisses


Obviamente que não conheço os valores para por-me aqui a fazer contas, mas de uma forma clara que ninguém acredita numa queda de 77%, nem de perto, nem de longe. Acho que é unânime que todos esperam uma queda significativa mas, para estes analistas, mais um bocadinho e iam até aos 100% e fechava-se o banco de vez. Também me parece que se esqueceram das fortes valorizações do BCP na Polónia e de que o mercado já descontou a maior parte das desvalorizações que têm ocorrido nos últimos meses, principalmente o BCP que tem sido um dos mais penalizados. A crise interna não vai afectar absolutamente nada já que se estende há pelo menos 1 ano, e por isso não é novidade nenhuma.
A acreditar nos analistas o BPI tinha derrapado muito mais e o BES nunca teria tido a valorização inesperada que teve. A verdade é que não acertam uma e é por isso que o povo já não lhes dá credibilidade nenhuma. Uma queda de 77% é absolutamente ridiculo, a menos que estejam à espera de fazer descer a cotação para irem às compras.

Abraço
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por Ulisses Pereira » 9/5/2008 12:49

Precisar não precisa. Mas pode ser uma estratégia. E se o fizerem penso que seria uma óptima estratégia do BCP, aproveitando esta maré negra para "descarregar" tudo o que é mau nos resultados.

Um abraço,
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por pvg80713 » 9/5/2008 12:44

Ulisses
77% parece-me claramente muito. para este valor tinham que as participações no exterior também terem quedas muito acentudas.
Do BPI, o BCP, penso que nem precisa de contabilizar nada neste periodo.
cumprimentos a todos
 
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por Ulisses Pereira » 9/5/2008 12:38

Porquê Seryon, quais são as tuas contas caso o BCP contabilize as perdas no BPI?

Um abraço,
Ulisses
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por Seryon » 9/5/2008 12:31

pvg80713 Escreveu:Analistas esperam queda até 77% nos lucros do BCP


77%?! Estes analistas estão loucos.. Devem ter tirado o curso por correspondência.. enfim..
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por pvg80713 » 9/5/2008 12:18

BCP vai contestar acusação de que deu informação falsa
O BCP deverá contestar a acusação da CMVM de que o banco prestou em 2002 informação falsa ao regulador quando, numa averiguação sobre movimentos anómalos de acções BCP, a CMVM questionou o banco. Esse é o segundo processo contra-ordenacional da CMVM e já foi feita a acusação, estando agora a aguardar a contestação do banco. Trata-se de uma contra-ordenação muito grave cuja coima pode ir até aos 2,5 milhões de euros.

Maria Teixeira Alves, do Semanário Económico

Segundo soube o Semanário Económico, na altura a CMVM terá questionado o BCP sobre os movimentos anormais de acções BCP que se transaccionavam no mercado e o banco terá respondido que o comitente era o BCP Bank & Trust (Cayman), que por ser um banco de direito local está sujeito a legislação própria, que não permite a violação do sigilo bancário, como compete a uma praça off-shore. Mas foi respondido que esse banco terá transaccionado por conta de clientes, que por sigilo não podia identificar. Um jurista disse ao Semanário Económico que a subsidiária de Cayman só podia dar o nome dos clientes sob ordem de um tribunal local.

Esta semana o vice-presidente da CMVM, Amadeu Ferreira, revelou na Comissão Parlamentar de Inquérito que em 2002 se registou um movimento anómalo de acções do banco e que nessa altura a CMVM questionou o BCP.

Segundo os procedimentos normais da instituição financeira, as cartas da CMVM terão sido enviadas para o gabinete de relação com investidores mas dirigidas ao conselho de administração que por sua vez as encaminhava, para ser dada resposta, para o Centro Corporativo, na altura liderado por Luís Gomes.

Amadeu Ferreira respondeu o que pode ao Parlamento, contornando da melhor maneira possível a limitação de sigilo a que estava sujeito. “A CMVM detectou em 2002 um movimento anómalo de negociação de acções. Foi aqui que a CMVM esteve quase”. O regulador do mercado questionou sobre a identidade do comitente dessas transacções e os titulares por detrás das mesmas. “No entanto, a resposta do BCP convenceu-nos”, explicou Amadeu Ferreira. Isto porque o banco disse que esse conjunto de operações “vastíssimas” tinham sido feitas por contas de diferentes titulares, clientes do banco. A CMVM considerou na altura que estas eram explicações suficientes, dada a credibilidade da instituição (disse Amadeu Ferreira) e não mais questionou o banco.

É a isto que a CMVMse refere quando fala em afirmações falsas prestadas pelo BCP. E é isso que está num dos processos de contra-ordenação que está em fase de acusação, para o banco responder.

Volumes elevados de acções BCP coincide com entrada de clientes. Em 2002, mais precisamente no dia 4 de Dezembro, o BCP registou o quinto maior volume de sempre de acções transaccionadas (142,0547 milhões de acções), tendo atingido a cotação acima de dois euros, numa altura em que, após o 11 de Setembro de 2001, as acções raramente atingiam esse patamar. A que se deve tal volume? Ora foi exactamente nesta altura que os clientes do BCP Bernardino Gomes, Ilídio Monteiro e Frederico Moreira Rato, assumiram (via holdings) a titularidade das 17 off-shores que já estavam no balanço do banco desde a compra do BPA (1995). Estes assumiram assim a propriedade e o risco dessas off-shore sob a forma de um negócio do banco, em que este ganharia uma comissão no dia em que a cotação do BCP superasse o valor dos créditos, ficando esses clientes com a mais valia que daí resultasse. Isto aconteceu assim porque o BCP a certa altura apercebeu-se que essas off-shores tinham um elevado défice de cobertura, porque os empréstimos eram superiores ao valor dos títulos que serviam de garantia. O passivo líquido dessas off-shores era de 450 milhões de euros, segundo o prospecto do aumento de capital, e resulta do facto de entre 1999 e 2002 comprarem 5% do BCP (percentagem detida em Novembro de 2002) com recurso a crédito do próprio banco. Em Novembro de 2002 as sociedades venderam essas acções ao ABN com contrapartida em dinheiro, tendo também recebido valores mobiliários indexados às acções ('equity linked notes').

Em 2003 as 17 off-shores tinham desaparecido do balanço do banco, por terem passado para nome dos três clientes – razão pela qual o BCP não as incluiu na listagem de off-shores com créditos do banco, pedida em 2004 pelo Banco de Portugal.

CMVM conclui que off-shores não foram aos aumentos de capital. Tal como era já conhecido as off-shores não subscreveram acções em nenhum dos aumentos de capital do BCP: nem o de Dezembro de 2000, de 17 milhões de euros, por conversão de obrigações; nem o de Março de 2001 de 714 milhões de euros; nem o de Março de 2003, de 930 milhões; nem o de Janeiro de 2006 por conversão dos VMOC, de 700 milhões de euros. A CMVM ainda investigou se haveria uma subscrição por via indirecta (accionistas) e não encontrou provas dessa suspeita. Se o BCP tivesse subscrito acções do seu próprio aumento de capital seria inequivocamente um crime.

O vice-presidente da CMVM admitiu esta semana, na Comissão Parlamentar, que alguns factos no caso BCP poderão ter prescrito. Mas que “a CMVM tem vindo a montar os processos independentemente da eventual prescrição de factos. Até porque ainda que do ponto de vista contra-ordenacional possa ter prescrito, há ainda o ponto de vista da responsabilidade civil”.

Em 2004 entra Banco de Portugal.
No ano seguinte entravam em vigor as novas normas contabilísticas internacionais e as acções dadas em garantia passariam a contar em parte como acções próprias, cujo limite é de 10%. Até aí o Decreto-Lei 36/92 não permitia impor a consolidação de contas com a actividade desses veículos, pelo que os créditos a accionistas e a clientes para a compra de acções do banco em que os títulos serviam de garantia não entravam para o limite de acções próprias.

Terá sido por isso que os financiamentos àquelas 17 off-shores foram reestruturados e foram assumidos por um grupo empresarial imobiliário Grupo GI. Este assumiu o passivo das off-shores e o BCPvendeu-lhe a sociedade Comercial Imobiliária (liderada por Miguel Paupério, nome divulgado pelo Jornal Público) por 26 milhões de euros e ainda outros imóveis por 61 milhões de euros. O banco recompra então 11,5% da Comercial Imobiliária que entretanto emitiu papel comercial no valor de 200 milhões, todo entregue ao Fundo de Pensões como contribuição em espécie, em 2005. A Comercial Imobiliária usou então esses 200 milhões para pagar ao BCP e abater a dívida. O papel comercial foi depois convertido em capital social da Comercial Imobiliária e o Fundo de Pensões do BCPpassou a ter 28,29% dessa sociedade tendo vendido parte ao banco.

Esta Comercial Imobiliária era uma empresa deficitária quando em 2006 compra 54% de um projecto imobiliário Baía de Luanda, tendo para tal o banco injectado suprimentos de 300 milhões de euros. Esse projecto imobiliário está avaliado em 231 e os 279 milhões de euros.

Em 2007, o BCP aceita como dação em pagamento pela dívida, os 68,34% do Grupo CI que assim paga em espécie o que faltava pagar: 61 milhões de euros. Todos os empréstimos às 17 off-shores foram reembolsados ao BCP.

António Marta, ex-vice-Governador do BdP e responsável pela Supervisão, foi à Comissão Parlamentar de Inquérito explicar o que Vítor Constâncio já tinha explicado em Janeiro: “não se detectaram no BCP irregularidades, mas sim fragilidades
 
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por pvg80713 » 9/5/2008 12:12

Analistas esperam queda até 77% nos lucros do BCP
Consenso dos analistas aponta para quebra de 30%, mas se o banco contabilizar perdas com o BPI, a descida será ainda maior.

Bárbara Barroso e Maria Ana Barroso

O BCP apresenta segunda-feira os resultados do primeiro trimestre. Se estiverem correctas as previsões dos analistas, a queda dos lucros deverá atingir os 30%, para um resultado a rondar os 135,9 milhões de euros. Uma redução face aos 191,3 milhões dos três primeiros meses do ano passado.

No entanto, caso a administração de Carlos Santos Ferreira decidir reflectir directamente nos resultados a desvalorização da participação no BPI, a queda poderá ser bem maior. É esta a convicção de um dos analistas contactados pelo Diário Económico. José Brito Correia do Banesto dá como adquirido que o BCP vai levar as menos-valias potenciais com o BPI a resultados. E estima, por isso, que o banco vai apresentar um lucro de apenas 43 milhões, uma queda de 77% face ao primeiro trimestre do ano passado.

Os restantes analistas contactados pelo Diário Económico admitem que essa uma hipótese mas defendem que é pouco provável, não a considerando nas estimativas feitas.

A possibilidade foi, no entanto, deixada em aberto pelo próprio BCP, que numa adenda ao prospecto do aumento de capital feita a 21 de Abril, havia deixado o aviso de que nos resultados do primeiro trimestre iriam ser reflectivos “os elementos relativos à desvalorização da participação no Banco BPI”, de 9,99%.

Conforme noticiou o Diário Económico na altura, esta nota poderá ser o aviso de que o banco se prepara para reflectir nas suas contas as perdas acumuladas no BPI, considerando-as irreparáveis, ou seja, registando uma imparidade.

Uma das casas de investimento contactadas lembra, no entanto, que, apesar de mais benéfico para os rácios de capital, esta opção “teria um impacto maior para o mercado”, que olha para os lucros, acima de qualquer outro indicador.

Esta descida, a confirmar-se, fará com que o BCP seja a instituição mais afectada pela crise, de entre os quatro maiores bancos privados do mercado (BCP, BES, BPI, e Totta).

De qualquer forma, com ou sem este impacto não recorrente, o banco deverá registar, como aconteceu com a restante banca, uma desaceleração da actividade. As receitas, margem financeira e resultados de ‘trading’ deverão ter sido afectados, assim como o crédito.

Tal como aconteceu com outros bancos, a actividade internacional irá ajudar a compensar a descida no mercado doméstico. O polaco Bank Millennium registou no primeiro trimestre um lucro de 36 milhões de euros, uma subida de 51% face a igual período do ano passado.


Razões da queda

- Desaceleração do crédito a clientes, resultado do abrandamento económico.

- Queda considerável dos resultados de ‘trading’, consequência dos mercados bolsistas.

- Menor crescimento da margem financeira: analistas estimam entre 411 e 416 milhões de euros de margem. A confirmar-se, o crescimento será de apenas 6%. No primeiro trimestre de 2006 a margem tinha crescido 14%.

- Possível impacto da desvalorização da participação de 9,99% no BPI.

- Efeitos dos últimos dois anos do BCP, afectados pela OPA lançada ao BPI, e pela crise de poder vivida no banco. A instituição terminou 2007 em piores condições de fazer face aos impactos da crise.
 
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por iurp » 9/5/2008 9:38

Venda do BFA por parte do BPI à Sonangol vem demonstrar que o principal parceiro será o BCP. Poderemos continuar a assistir a um reforço da Sonangol conjuntamente com Stanley Ho, já que estes parecem estar a tornar-se parceiros de investimento em África e em Portugal.

Abraço e BN
 
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por pvg80713 » 8/5/2008 22:03

Nyk Escreveu:Millennium ultrapassa um milhão de clientes na Polónia
O Bank Millennium, detido maioritariamente pelo português Millennium BCP, ultrapassou um milhão de clientes activos no segmento do retalho, anunciou hoje o presidente executivo da instituição.

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Jornal de Negócios com Lusa



O Bank Millennium, detido maioritariamente pelo português Millennium BCP, ultrapassou um milhão de clientes activos no segmento do retalho, anunciou hoje o presidente executivo da instituição.

"Cada mês conquistamos 15 mil novos clientes, o que prova a qualidade da nossa oferta e a eficácia da estratégia da rede do Bank Millennium em toda a Polónia", disse Boguslaw Kott, citado pela Lusa, numa conferência de imprensa hoje, em Wrolow, para assinalar o dia em que se atingiu esse número.

O Bank Millennium tem a quarta maior rede de retalho na Polónia, com 425 agências espalhadas por todas as cidades do País.

De acordo com o plano de negócios em curso terá 560 agências no final do próximo ano.

O banco, onde o BCP detém uma participação de 65,5%, anunciou no final de Abril que obteve lucros de 127 milhões de zlotis (cerca de 36 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 51 por cento face ao mesmo período de 2007.

O aumento de clientes de retalho a subida dos volumes de negócios e activos neste segmento foi um dos factores que sustentou, precisamente este aumento do lucro.

Os resultados trimestrais consolidados do BCP serão apresentados na próxima segunda-feira após o encerramento da Euronext Lisboa.


não posso deixar passar este post....

com muita saudade ( não do Kott ) mas da Polónia e deste Banco onde estive na abertura e até ao balcão 110.


Sim eu fui um dos quatro Portugueses que estiveram na base deste Banco !


um abraço a todos

editado...

1998 e 1999 estive eu a minha mulher e dois filhos a viver em Varsóvia.

este ano faz dez anos que este banco abriu. Mas como acabou por absorver o BBG que já existia há muitos anos... penso que ninguem se vai lembrar do 10º aniversário.

dos quatro, um sou eu, outro está na Roménia, outro acaba de regressar do Banco em NY, e outro......

é agora Administrador do banco em Portugal.

mais um abraço
 
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por alcinoguia » 8/5/2008 21:39

"Neste momento faz sentido mantermo-nos, tanto pelo BCP, como para valorizar a nossa participação. A saída não é uma decisão de curto prazo, até porque ainda agora acompanhámos o aumento de capital", disse António Mexia.

Bem gosto do que o sr mexia disse mas a próxima vamos ter de lhe pedir mais argumentação para poder ser aqui publicado. Valorizar ele acredita que a acção vai subir? Esta uma frase que e bem capaz de levar alguns investidores as compras. já amanha.
 
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por alcinoguia » 8/5/2008 21:26

A EDP vai manter a participação no capital do BCP mas vai vender os 8% que detém na Sonaecom, afirmou António Mexia, presidente da eléctrica, na conferência de imprensa para apresentação dos resultados trimestrais.

"Mantemos a intenção de sair totalmente das telecomunicações e por isso vamos vender os 8% que temos na Sonaecom, assim como outra participação que temos neste sector no Brasil", disse o presidente da EDP.

Em relação à posição no BCP, Mexia admite que "a parceria foi constituída há alguns anos, num momento de estabilidade e as razões para a troca de participações alteraram-se".

No entanto, afasta, para já, um cenário de saída do capital do maior banco privado nacional.

"Neste momento faz sentido mantermo-nos, tanto pelo BCP, como para valorizar a nossa participação. A saída não é uma decisão de curto prazo, até porque ainda agora acompanhámos o aumento de capital", disse António Mexia.

O responsável avançou ainda que "a participação na Tejo Energia é menos relevante, mas é claro que queremos vender".

A EDP mantém a estratégia de desinvestir nos activos não estratégicos. No entanto, Mexia refere que "o objectivo traçado no plano estratégico em 2006 de obter uma receita de 800 milhões de euros com o desinvestimento nos activos não estratégicos já foi superado".

"Vamos continuar com esta política, mas não temos pressa. Vamos vender quando for o momento mais adequado no mercado. Já vendemos cerca de 80% dos activos não estratégicos", explicou na conferência de imprensa.
 
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por Nyk » 8/5/2008 19:05

Millennium ultrapassa um milhão de clientes na Polónia
O Bank Millennium, detido maioritariamente pelo português Millennium BCP, ultrapassou um milhão de clientes activos no segmento do retalho, anunciou hoje o presidente executivo da instituição.

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Jornal de Negócios com Lusa



O Bank Millennium, detido maioritariamente pelo português Millennium BCP, ultrapassou um milhão de clientes activos no segmento do retalho, anunciou hoje o presidente executivo da instituição.

"Cada mês conquistamos 15 mil novos clientes, o que prova a qualidade da nossa oferta e a eficácia da estratégia da rede do Bank Millennium em toda a Polónia", disse Boguslaw Kott, citado pela Lusa, numa conferência de imprensa hoje, em Wrolow, para assinalar o dia em que se atingiu esse número.

O Bank Millennium tem a quarta maior rede de retalho na Polónia, com 425 agências espalhadas por todas as cidades do País.

De acordo com o plano de negócios em curso terá 560 agências no final do próximo ano.

O banco, onde o BCP detém uma participação de 65,5%, anunciou no final de Abril que obteve lucros de 127 milhões de zlotis (cerca de 36 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 51 por cento face ao mesmo período de 2007.

O aumento de clientes de retalho a subida dos volumes de negócios e activos neste segmento foi um dos factores que sustentou, precisamente este aumento do lucro.

Os resultados trimestrais consolidados do BCP serão apresentados na próxima segunda-feira após o encerramento da Euronext Lisboa.
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por alcinoguia » 8/5/2008 14:35

ate a data continua a ser o millennium bcp o "Best Bank"
eleito no ambito de"World's Best Banks"
 
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por Pollito » 8/5/2008 9:53

por mais voltas que dê não consigo encontrar melhor...mas isto acaba por ser um pouco como dizer que o FCP é a melhor equipa de Portugal...haverá sempre quem ache que não...
Saludos
Editado pela última vez por Pollito em 8/5/2008 14:41, num total de 1 vez.
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Re: BCP- Vai arrancar

por pcsilva » 7/5/2008 23:13

pvg80713

claro ! dentro de um ano voltaremos a 3 dois a 4 e...depois...

nessa altura estaremos em......... Aumento de Capital .


Um abraço a todos


Nota : Eu acredito que o BCP é o melhor banco em Portugal, que tem o melhor activo que são as pessoas.
Foram buscar o melhor que havia na Banca Portuguesa. Também pagam bem por isso...
Mas isto é a minha convicção.


Caro pvg80713 olhe que não. O BCP não é neste momento, o melhor Banco em Portugal. Pode ter sido o melhor (não confundir com maior), mas neste momento não o é.

[/quote]
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Re: BCP- Vai arrancar

por pvg80713 » 7/5/2008 20:19

jony_cash Escreveu:
iurp Escreveu:
Leblon2008 Escreveu:Disso não tenho duvidas, dentro de uma semana está nos 2.00 euros a acção.


Eu tenho muitas dúvidas. Mas penso que o principal "trigger" é neste momento a possibilidade de ser aprovado em AG a proposta de os accionista poderem votar com a exacta quantidade de títulos que possuem. E como Stanley Ho ainda não veio dizer que ia comprar (só fez o anúncio obrigatório dos 2%)isso poderá significar que está mesmo a aumentar a sua posição no BCP. Sonangol e Stanley HO serão num futuro próximo, os maiores investidores do BCP, já que este será banco que lançará os projectos da Sonangol para Portugal e também o banco que fará a ponte com os interesses chineses am Àfrica e fundamentalmente em Angola.

Dentro de 3 anos o BCP terá fundamentais que justificam ter dobrado a sua cotação actual.

Abraço


Talvez daqui a 5 anos até lá esqueçe não foram 5 anos até voltar aos 4€?

:-k



claro ! dentro de um ano voltaremos a 3 dois a 4 e...depois...

nessa altura estaremos em......... Aumento de Capital .


Um abraço a todos


Nota : Eu acredito que o BCP é o melhor banco em Portugal, que tem o melhor activo que são as pessoas.
Foram buscar o melhor que havia na Banca Portuguesa. Também pagam bem por isso...
Mas isto é a minha convicção.
 
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