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Caldeirão da Bolsa

Momento de decisão

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por James Wheat » 3/4/2008 10:01

Sem querer ser pretensioso, mas antes para dar uma palavra de conforto aos mais 'novatos' - sobretudo aos que aqui contam como assistem frustados a ressaltos -, deixo aqui uma visão pessoal da experiência nos mercados.

Eu não faço disto vida, embora siga os mercados em 'real-time', porque é um hobby viciante e rentável. Ando nisto há mais de 15 anos. Graças a Deus - porque para se ganhar bom dinheiro é precisa ter uma grande dose de sorte, isto não há heróis, não acreditem em 'mágicos' ! - as coisas têm-me corrido bem.

Posto isto, se há lição que tirei do tempo que ando nisto (uma, entre muitas outras), é que é de extrema importância saber estar fora dos mercados - é tanto ou mais do que saber estar dentro !
É humano: se as coisas correm bem, há uma tendência natural e inevitável a estar sempre exposto.
Estar fora é como ver-se a 'deixar de ganhar' todos os dias, tanto quanto se tinha ganho no passado. Parece estúpido, contra-natura, porque ganhar... vicia !

Não se deixem iludir: muitas vezes há que deixar os mercados 'limpar' o entulho que acumulam após anos e anos sempre na mesma tendência. É como deixar uma máquina fazer o 'reset'. Saber estar fora é, por isso, muitissimo importante.

Eu considero que os tempos actuais são de construcção de grandes oportunidades para o futuro: em 2008 vão-se criar os lucros de 3-4 anos que virão a seguir. Eu como investidor estava desejoso de assistir a uma ajuste após tantos anos de subidas: era inevitável, a corda algum dia tinha que partir. Há que ter paciência e saber esperar, ou melhor ainda, não há que desesperar !

Lembrem-se que a ganância é um pecado de morte para o investidor !

Boa sorte a todos !

PS: leiam bem os posts de quem está 'longo' no Caldeirão... fácilmente se aperceberão que 90% (ou mais) dos que rejubilam com subidas está em perda, em recuperação, não está a ganhar nada ! E em 90% desses casos, se se virem 'em casa', serão os primeiros a 'fechar a loja' e ir embora, aguardando vários meses por melhores dias.
James Wheat
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por Capitão Nemo » 2/4/2008 23:23

Estes tempos exigem prudência na compra e venda de acções. De facto parece inexplicável que perante as palavras cépticas do presidente da FED, das estimativas em baixa do FMI e dos recessivos dados económicos que vão saindo, as bolsas têm um comportamento aparentemente autónomo, ora minimizando perdas ora a subir como se não houvesse amanhã.

Para um novato como eu é melhor estar quieto e aguardar melhores dias, porque uma coisa eu sei eles nunca dizem tudo. Eles são como os políticos tentam pintar o cenário com umas cores mais bonitas e atraentes para que não haja alarme em excesso, no fundo tentam que as más notícias sejam contidas.

Mas se de facto não existe esse optimismo entre quem dirige as instituições porque hei-de eu um pequeno investidor arriscar o meu capital, quando por certo virão tempos melhores nas bolsas.

Olho para estes ressaltos diários de 5% no BCP, de 10% na TDU, de 8% na ZON e fico com uma comichão no dedo ao ver subidas assim e, a vontade de disparar o gatilho e comprar não é pouca. São bons lucros que se podem ter, mas são grandes riscos que se correm.

O bear market não é para mim, até por falta de experiência e conhecimentos técnicos desta arte de investir na bolsa. O melhor é ir aprendendo agora porque no próximo bear market, daqui a uns bons anos, já vou estar melhor preparado para o enfrentar.
Cumprimentos,

Cap. Nemo
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por ltelesster » 2/4/2008 17:16

scpnuno Escreveu:
James Wheat Escreveu:Messieurs, faites vos jeux :mrgreen: :mrgreen: !!


Alguem pode traduzir? Já agora? :mrgreen:

ltelesster
 
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por scpnuno » 2/4/2008 16:30

James Wheat Escreveu:Messieurs, faites vos jeux :mrgreen: :mrgreen: !!


Poderei eu lembrar que também andam "madames" por aqui?

(esta frase não foi muito feliz, pois não?)
Esta é a vantagem da ambição:
Podes não chegar á Lua
Mas tiraste os pés do chão...
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por James Wheat » 2/4/2008 16:28

Bem, temos um retalhista a dizer que as vendas cairam MENOS do que o esperado...
E temos o principal Banco Central no Mundo a dizer que não pensa ter que intervir para evitar que OUTRO grande banco privado, cotado em Wall Street, vá á falência... opinião inesperada e sobretudo insuspeita !
São só boas notícias.

Messieurs, faites vos jeux :mrgreen: :mrgreen: !!
James Wheat
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por TP1 » 2/4/2008 16:20

U.S. Stocks Rise; Bernanke Doesn't Expect More Bank Failures
By Michael Patterson

April 2 (Bloomberg) -- U.S. stocks rose for a third day after Federal Reserve Chairman Ben S. Bernanke said he doesn't expect the central bank will have to rescue another investment bank.

Citigroup Inc., Bank of America Corp. and Wachovia Corp. advanced after Bernanke also said the Fed will consider more measures to stem credit losses. Best Buy Co., the largest U.S. consumer electronics chain, rallied to the highest in a month and helped spark gains in technology shares after earnings topped analysts' estimates on increased sales of laptops and video-game consoles.

The Standard & Poor's 500 Index increased 6.44 points, or 0.5 percent, to 1,376.62 at 10:56 a.m. in New York after falling 0.5 percent. The Dow Jones Industrial Average climbed 30.7, or 0.2 percent, to 12,685.06. The Nasdaq Composite Index added 16.22, or 0.7 percent, to 2,378.97. About two stocks rose for every one that fell on the New York Stock Exchange.

Stocks fell earlier after Bernanke indicated for the first time that the economy may be in a recession.

Citigroup, the largest U.S. bank, climbed $1.08 to $24.92. Bank of America, the second-biggest, added 19 cents to $41.05. Wachovia, the No. 4, rose 97 cents to $29.88.

Best Buy gained $1.37 to $44.84 after profit topped analyst estimates. The electronics retailer posted fiscal fourth-quarter earnings of $1.71 a share, topping the $1.65 average of analysts' estimates compiled by Bloomberg.

To contact the reporter on this story: Michael Patterson in New York at mpatterson10@bloomberg.net


http://www.bloomberg.com/apps/news?pid= ... refer=home
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por TP1 » 2/4/2008 16:17

Best Buy Profit Falls Less Than Estimated on Laptops (Update3)

By Mark Clothier

April 2 (Bloomberg) -- Best Buy Co., the largest U.S. electronics retailer, said fourth-quarter profit fell less than analysts estimated on higher sales of more-expensive laptops and video-game consoles.
Best Buy rose 2.4 percent in trading on the New York Stock Exchange. The chain forecast sales and profit this year that may rise more than some analysts estimated.

``Apparently the consumer still wants to spend on electronics,'' said Jon Fisher, a Minneapolis-based portfolio manager at Fifth Third Asset Management, which oversees $22 billion in assets including Best Buy. ``Best Buy has done a lot to offer more products and to make their stores more than a place to go to buy a flat-panel TV.''
Higher sales of flat-panel televisions and global positioning system devices, as well as the opening of 137 new stores, helped offset declining revenue from tube TVs, MP3 players and DVDs, the Richfield, Minnesota-based company said. Consumers have curbed non-essential spending as gas prices and other staple costs rise.

Net income dropped 3.4 percent to $737 million, or $1.71 a share, in the three months ended March 1, the retailer said today in a statement. Twenty-four analysts estimated profit of $1.65 a share, on average.

Full-Year Forecast

Best Buy said sales for the fiscal year would be $43 billion to $44 billion, with profit of $3.25 to $3.40 a share. Analysts surveyed by Bloomberg estimated profit of $3.31, on average, on sales of $43 billion.

``Earnings growth in the coming year will be muted'' by investment in expansion abroad, Robert Willett, head of the company's international division, said in the statement. Best Buy, which has stores in Canada and China, also plans to open locations in Mexico and Turkey.

Best Buy advanced $1.05 to $44.52 at 10:26 a.m. in New York Stock Exchange composite trading. This year through yesterday, Best Buy dropped 17 percent, and Circuit City Stores Inc., the second-biggest U.S. electronics retailer, has risen 4.8 percent.

Best Buy is putting more distance between itself and Circuit City, opening stores in more profitable locations. Investor Mark Wattles is pressuring Circuit City to replace its chief executive officer and directors. The Richmond, Virginia-based retailer has reported a net loss for five straight quarters.

Analysts favor purchasing Best Buy shares over Circuit City. Twelve analysts recommend buying Best Buy shares, 10 say ``hold,'' and three suggest selling. Circuit City shares are rated ``buy'' by two analysts, 20 say ``hold'' and two recommend selling.

Best Buy's fourth-quarter sales rose 4 percent to $13.4 billion, the smallest gain in at least nine years.

An International Council of Shopping Centers and UBS Securities LLC poll found 59 percent of consumers reduced or ceased spring-clothing purchases, with 34 percent citing limited budgets and 9 percent citing the economy. The survey was conducted March 27 and 30 by Opinion Research Corp.

To contact the reporter on this story: Mark Clothier in Atlanta at mclothier@bloomberg.net


http://www.bloomberg.com/apps/news?pid= ... refer=home
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por James Wheat » 2/4/2008 15:59

Este é o homem que menos interesse tem em ver os mercados cair:


"Bernanke admite contracção na economia americana no primeiro semestre
02/04/2008
O presidente da Reserva Federal dos EUA, Ben Bernanke, afirmou pela primeira vez que a economia pode contrair-se devido à fraqueza no sector imobiliário, ao avanço do desemprego e à quebra no consumo.
No seu discurso perante o Congresso, o responsável pela autoridade monetária dos EUA afirmou que "o produto interno bruto real não vai crescer muito", "durante o primeiro semestre de 2008 e pode mesmo contrair-se ligeiramente".
Bernanke sublinhou que a economia americana está "a atravessar um período muito difícil". Contudo, os responsáveis pela política monetária esperam que os cortes no preço do dinheiro e as acções no mercado financeiro este ano "vão ajudar a promover o crescimento ao longo do tempo e a mitigar os riscos à actividade económica".
A autoridade monetária estimava que a economia regressasse ritmo de crescimento em 2009, o que "à luz da recente turbulência nos mercados financeiros, a incerteza relacionada com esta previsão é muito alta e os riscos permanecem do lado da queda".
O responsável reafirmou a sua preocupação com a inflação, os elevados preços das matérias-primas e a fraqueza do dólar, sublinhando que a Fed espera que o índice de preço no consumidor se venha a moderar nos próximos trimestres."
James Wheat
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por James Wheat » 2/4/2008 15:52

DOW Escreveu:
James Wheat Escreveu:O UBS e a Lehman fazem novo pedido de aumento de capital e apresentam novas perdas.
Resultado: os mercados desatam a subir em mais de 3%.
Está certo.


:lol:
Os mercads têm destas coisas, por vezes um bocado irracionais... :oh:


Se os mercados fossem racionais, eramos todos no Mundo traders nos mercados financeiros.
E estavamos - todos - a viver disto e eramos - todos - multi-milionários.
Desde logo não estavamos aqui a trocar opiniões e a defender pontos de vista diferentes.
Se os mercados fossem totalmente racionais, não havia à data de hoje $230 biliões de perdas - porque estas deram-se contra o que os maiores banqueiros do mundo pensavam ser possível (erros de cálculo, apostas mal feitas, excessos de optimismo, avaliações de risco erradas, previsões falhadas).
É a imprevisibilidade que torna a vida nos mercados tão complicada - e por isso mesmo só uma perfeita minoria consegue viver disto em full-time durante anos a fio (é fácil ganhar 2-3 anos, mas fazer disto vida, ganhar 10, 15, 20 anos... uma perfeita minoria !).

Mais uma:
"Encomendas às fábricas nos EUA caem mais do que o previsto
02/04/2008
As encomendas às fábricas nos EUA caíram mais do que o previsto em Fevereiro, uma vez que as empresas desistiram de alguns dos seus planos de investimento perante preocupações de que a economia norte-americana já tenha entrado em recessão.
O declínio de 1,3% segue-se a uma queda de 2,3% em Janeiro, anunciou hoje o Departamento do Comércio. Os economistas consultados pela Bloomberg esperavam um deslize de 0,8%.
Excluindo encomendas de equipamento a procura deslizou 1,8%, o maior declínio desde Janeiro de 2007.
Os empresários estão a desistir de alguns dos seus planos de investimento uma vez que a queda no mercado habitacional e os preços recorde de energia estão a contrair os gastos dos consumidores."

Ainda não consegui ver nenhum artigo de opinião sério, onde se defenda que o consumo das familias não está em queda.
Até à data as surpresas positivas têm vindo sempre do lado das empresas, mas a nível do consumo das pessoas - que comanda o outro - é unânime que irá haver uma contracção.
A retracção nas vendas das empresas virá a seguir, uma vez saturados os canais de distribuição - como é expectável.

Os bancos centrais estão a tentar suster a queda nas bolsas, porque sabem que estas são o ultimo bastião do consumo privado; tentaram suster a queda nos activos imobiliários, mas... a banca fechou a torneira (por vários anos) e por isso não há baixa nas taxas de juros que altere a situação de fundo.

Over & out.
James Wheat
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por TP1 » 2/4/2008 15:31

UBS, Lehman Raisings May Signal Rout Is Nearing End (Update6)

By Elena Logutenkova and Aaron Kirchfeld

April 2 (Bloomberg) -- Securities sales by UBS AG, the world's largest money manager, and Lehman Brothers Holdings Inc. underpinned a rally in financial stocks that may signal an end to eight months of market turmoil.

UBS, battered by the biggest writedowns from the collapse of the U.S. subprime mortgage market, announced plans yesterday to seek 15 billion Swiss francs ($14.8 billion) in a rights offer to replenish capital, while New York-based Lehman, the fourth- largest U.S. securities firm, raised $4 billion in a stock sale.

The fund-raising plans quelled speculation the companies might follow New York-based Bear Stearns Cos., which agreed to sell itself last month to JPMorgan Chase & Co. for a fraction of its market value after a run on the company. Investors looked past Zurich-based UBS's 12 billion-Swiss franc first-quarter loss disclosed yesterday after record writedowns on debt securities, as well as Deutsche Bank AG's $3.9 billion of markdowns.

``When UBS does a massively dilutive deal and the stock still goes up, that's helpful,'' said Henry Herrmann, chief executive officer of Overland Park, Kansas-based Waddell & Reed Financial Inc., which manages $65 billion. ``It's a rally associated with the presumed elimination of survival risk. The market's getting a little more comfortable that the crisis is over.''

UBS rose as much as 5.5 percent in Swiss trading today, extending yesterday's 12 percent gain. It was up 1.04 francs, or 3.2 percent, at 33.44 francs by 3:54 p.m. in Zurich, bringing losses in the past 12 months to 54 percent.

`Enough Demand'

Chairman Marcel Ospel, 58, who helped form UBS through a merger a decade ago, will be replaced by general counsel Peter Kurer. UBS said it plans more job cuts at the investment bank and will set up a separate unit to segregate assets at risk from the credit-market meltdown.

Lehman fell 89 cents, or 2 percent, to $43.45 in composite trading on the New York Stock Exchange, after yesterday's 18 percent gain. The firm increased the size of its sale to 4 million convertible preferred shares from 3 million and said demand ``significantly'' outpaced supply. Investors paid $1,000 for each Lehman preferred stock, which can convert to 20.0509 common shares once the stock reaches $49.87, or 32 percent higher than the closing price on March 31.

Macquarie Group Ltd. and Mizuho Financial Group Inc. led the biggest gains in Asian financial stocks in almost nine years.

Asian Stocks

The MSCI Asia Pacific Financials Index rose 5.9 percent as of 4:20 p.m. in Tokyo, the most since August 1999. Macquarie, Australia's largest investment bank, jumped 9.9 percent in Sydney while Mizuho, Japan's third-biggest bank by market value, gained 10 percent in Tokyo. Kookmin Bank, South Korea's largest by assets, gained 11 percent in Seoul trading.

``Investors were worried that these big writedowns were going to impede their ability to raise capital,'' said William Fitzpatrick, an analyst at Optique Capital in Racine, Wisconsin, which owned 565,000 Citigroup Inc. shares as of Dec. 31. ``The way Lehman was able to bring in capital, that mitigates a lot of that risk. Clearly there's enough demand for these companies that raising capital is no longer the major overhang.''

The debt market turmoil spurred by rising U.S. mortgage defaults hasn't abated, and presents the most severe crisis for banks in 30 years, Morgan Stanley and management-consulting firm Oliver Wyman said in a joint report yesterday.

Losses and Writedowns

The world's biggest financial companies reported about $232 billion in credit losses and writedowns since the start of 2007, data compiled by Bloomberg show. In all, investment banks may post $75 billion in markdowns in 2008, the report from analysts led by London-based Huw van Steenis said. Revenue from investment banking may drop 20 percent in 2008, with credit businesses declining 60 percent, the analysts said.

Deutsche Bank, which operates Europe's biggest investment bank by revenue, said it expects to book first-quarter writedowns on leveraged loans, commercial real estate and residential mortgage-backed securities. The Frankfurt-based company said market conditions ``have become significantly more challenging.''

``I don't see how many banks are going to sustain revenue because parts of the business have disappeared due to the financial crisis,'' said Stefan Mueller, a managing partner at Proprietary Partners AG, a Frankfurt fund-management company.

Earnings ``headwinds'' prompted Keefe, Bruyette & Woods today to abandon its estimate that Merrill Lynch & Co. would post a profit for the first quarter. The New York-based firm now predicts a per-share loss of $1.23 for Merrill, the third-biggest U.S. securities firm.

Merrill, Citigroup

Goldman Sachs Group Inc. analyst William Tanona cut his estimates for New York-based Merrill and Citigroup yesterday. Tanona expects the two banks to post a total of $14 billion in writedowns on assets linked to collateralized debt obligations.

``Housing is bad, it is getting worse, and this is likely to get reflected in markdowns,'' Deutsche Bank analyst Michael Mayo wrote in a March 31 report.

While investors agree that more writedowns and share-price swings are inevitable, Kevin Rendino, who runs the $6.5 billion BlackRock Basic Value Fund in Plainsboro, New Jersey, found cause for encouragement.

``You want to get all the bad assets off the balance sheets, and the banks are in the process of doing that,'' Rendino said in an interview. ``You're seeing the write-offs, the charges and the replenishment of the balance sheets, so all that's good.''

The U.S. Federal Reserve cut its main lending rate on March 18 by three-quarters of a percentage point to 2.25 percent. The central bank also started a lending program for brokers, which is similar to the so-called discount window used by commercial banks, after the run on Bear Stearns.

``You can't ignore what the Fed has done,'' Rendino said. ``It's been a game-changing set of events over the last couple months. It doesn't make the bad assets worth more, but it's going to be good for banks and it creates a better environment for financials going forward.''

To contact the reporters on this story: Elena Logutenkova in Zurich at elogutenkova@bloomberg.net; Aaron Kirchfeld in Frankfurt at akirchfeld@bloomberg.net.



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por DOW » 2/4/2008 15:20

James Wheat Escreveu:O UBS e a Lehman fazem novo pedido de aumento de capital e apresentam novas perdas.

Resultado: os mercados desatam a subir em mais de 3%.

Está certo.


:lol:
Os mercads têm destas coisas, por vezes um bocado irracionais... :oh:
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por James Wheat » 2/4/2008 15:12

Eu acho que vale a pena ler bem o que se escreve, vindo de diferentes quadrantes; mas acho ainda mais relevante ver o que se passa !

O UBS e a Lehman fazem novo pedido de aumento de capital e apresentam novas perdas.

Resultado: os mercados desatam a subir em mais de 3%.

Está certo.



"Banks Face Biggest Crisis in 30 Years, Report Says (Update1)
By Edward Evans
April 1 (Bloomberg) -- Credit market turmoil poses the most severe crisis for banks in 30 years, surpassing Black Monday in 1987, the Asia currency crisis and the burst of the dot-com bubble, Morgan Stanley and Oliver Wyman said in a joint report.
Revenue from investment banking may drop 20 percent in 2008 before a further $75 billion in markdowns, analysts led by Huw van Steenis said in a note to clients today. Six quarters of earnings will have been erased by writedowns and falling revenue by this month, rivaling the collapse of the junk bond market at the end of the 1980s that put Drexel Burnham Lambert Inc. out of business, the report said.
``The industry is facing the most severe investment banking crisis in 30 years,'' the analysts wrote in the report. ``Global securities markets are in the midst of profound cyclical and structural change.''
Banks' revenue from their credit businesses may drop as much as 60 percent, the analysts said, and the firms will have to provide more transparency to investors who buy their loans. At the same time, regulators will push the industry to retain more capital as a cushion, hurting banks' return on equity in the long-term, the group added.
Banks' earnings have been hit for the past three quarters by the turmoil in the credit markets, the report said. In total, the crisis may last for eight to 10 quarters, exceeding the six- quarter duration of the Asia crisis and bailout of LTCM in 1997- 8, and the seven-quarter fallout from the bursting of the dot- com bubble, the report said.
Investment-banking revenue has also stalled as the pace of takeovers and initial public offerings declined in the first quarter of 2008. Writedowns and losses on subprime-infected assets have already cost the world's biggest financial institutions about $230 billion since the start of 2007.
Zurich-based UBS AG today posted an additional $19 billion of writedowns and said it would seek $15.1 billion in a rights offering to replenish capital. Deutsche Bank AG, Germany's biggest bank, also said today it expects to book about 2.5 billion euros ($3.9 billion) in writedowns for the quarter.
Separately, Merrill Lynch & Co. and Citigroup Inc. had their first-quarter earnings estimates cut by Goldman Sachs Group Inc., which said the two banks may post $14 billion in writedowns on assets linked to collateralized debt obligations.
To contact the reporter on this story: Edward Evans in London at at eevans3@bloomberg.net "
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por TP1 » 2/4/2008 15:02

Diz gestor de fundos Bill Miller
“A crise do crédito chegou ao fim”
Bill Miller, gestor de três fundos da Legg Mason Investment Management, acredita que a operação de salvamento da Bear Stearns, há duas semanas, marca o final da crise do crédito.

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Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt


Bill Miller, gestor de três fundos da Legg Mason Investment Management, acredita que a operação de salvamento da Bear Stearns, há duas semanas, marca o final da crise do crédito.

Em entrevista à "Citywire", este responsável afirma que, ao ter conhecimento da ajuda à Bear, fez um investimento pessoal nos seus próprios fundos, coisa que, admite, raramente faz. Na sua opinião, a abertura da Fed a facilidades de desconto a bancos de investimento permitiu uma maior confiança e foi isso que levou à recuperação dos títulos financeiros nos mercados bolsistas.

Miller e a sua co-gestora Mary Chris Gay atribuem actualmente a recomendação ‘overweight’ aos serviços financeiros, à tecnologia e aos produtos de consumo corrente. No sector financeiro, Miller destaca os títulos da construção residencial como uma área em que está a apostar. "Apesar de esse segmento atrair notícias negativas por parte da imprensa, estou convicto de que estes títulos estão a começar a ter um desempenho melhor", explica à "Citywire".

Bill Miller aumentou também a exposição do seu fundo aos títulos das entidades financeiras que apresentam balanços de menor risco e que não estão expostos a produtos estruturados, como o US Bank Corporation e o Capital One. Além disso, afirma que bancos de investimento como a Merrill Lynch e a Lehman Brothers poderão ser as próximas apostas a ter em vista.

Este gestor prevê uma consolidação adicional do sistema financeiro e diz que poderemos assistir a alterações potenciais nos requisitos de capital da banca de investimento. Segundo ele, poderemos em breve ver entidades como a Merrill Lynch e a Lehman Brothers a fazerem parcerias com outros bancos, como o HSBC e Wachovia, antes do próximo ciclo do crédito terminar.

"O actual sistema está a ser penalizado por uma sobrecapacidade e o resultado, pelo que prevejo, poderá ser uma mudança nas estruturas dos bancos comerciais e de investimento", salienta aquele responsável.

Miller, que é também "chairman" da Legg Mason Capital Management, mantém-se optimista em relação ao sector dos cuidados de saúde, especialmente da assistência médica administrada.

Apesar de admitir que o trimestre passado foi o pior que já viveu em termos de "performance" do seu fundo Value Trust face ao mercado, Miller prevê uma viragem nesse desempenho. Uma das suas projecções aponta, muito particularmente, para a recuperação das bolsas americanas, o que aumentará a valorização daquele seu fundo. "Se tivermos um bom mercado, e acredito que é o que vai acontecer, é possível conseguir um desempenho extraordinário", afirma à "Citywire".

Miller considera que o actual ambiente de mercado não é favorável a investidores de impulso e acredita que estar perante um "ponto de viragem" em termos de avaliação de estratégias. O seu fundo Value Trust detinha uma forte posição na Bear Stearns, mas Miller sublinha que a sua carteira foi mais duramente afectada por outros títulos.

Recorde-se que, na sessão de ontem, as bolsas europeias e norte-americanas registaram fortes valorizações, o que fez com que muitos analistas começassem a afirmar que o pior desta crise – considerada a mais forte dos últimos 30 anos – já terá passado.


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por TP1 » 2/4/2008 14:53

Empresas dos EUA contratam inesperadamente 8 mil funcionários em Março
As empresas dos Estados Unidos contrataram mais funcionários em Março, ao contrário do que seria previsto, devido ao mau momento vivido na economia mundial, informou um relatório baseado em folhas de pagamento hoje divulgado.

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Patrícia Abreu
pabreu@mediafin.pt


As empresas dos Estados Unidos contrataram mais funcionários em Março, ao contrário do que seria previsto, devido ao mau momento vivido na economia mundial, informou um relatório baseado em folhas de pagamento hoje divulgado.

O aumento de 8.000 postos de trabalho no mês passado, segue-se a uma redução de 18.000 trabalhadores em Fevereiro, segundo o documento divulgado pela ADP Employer Services.

Esta notícia vem reforçar a ideia que o mercado está a incorporar de que o pior da crise já passou. O aumento do número de empregos é essencial para evitar uma queda do consumo, numa altura em que os preços das casas caem e os custos com a energia sobem.

As estimativas de 24 economistas consultados pela Blooberg apontavam para uma diminuição de 45.000 postos de trabalho em Março.



http://www.jornaldenegocios.pt/default. ... tId=314548
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por James Wheat » 2/4/2008 14:49

A questão está em que antes o FMI nem sequer falava de recessão... ou seja, de 100% passou para 75%... com a agravante de funcionar 'à posteriori', pq nunca o FMI quis ser 'bearish' sem antes se precaver (cobrar couro e cabelo).

Eu não sou jogador de apostar curto. Por várias razões. Conheço-me como investidor e desde logo falta-me o 'mind-set' para saber jogar do lado curto.
Em mais de 15 anos de mercados quando investi longo ganhei 8 em 10. Parece-me razoável. Quando apostei curto perdi... 9 em 10. Pior é dificil, se não mesmo impossível. Já pensei bem porquê: conclui que me 'falta a mão'.

Vou deixar os mercados rolar mais um par de semanas... acho que vou melhorar os rácios.
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por TP1 » 2/4/2008 13:04

FMI diz que existem 75% de probabilidades, de o mundo não entrar em recessão económica.

Porreiro pá :!:
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por James Wheat » 2/4/2008 12:54

Nem de propósito:

"IMF Cuts Global Forecast on Worst Crisis Since 1930s (Update2)

By Shamim Adam

April 2 (Bloomberg) -- The International Monetary Fund cut its forecast for global growth this year and said there's a 25 percent chance of a world recession, citing the worst financial crisis in the U.S. since the Great Depression.

The world economy will expand 3.7 percent in 2008, the slowest pace since 2002, according to a document obtained by Bloomberg News at a meeting of Southeast Asian deputy finance ministers and central bankers in Da Nang, Vietnam. In January the fund projected growth of 4.1 percent.

The reduction is the third by the Washington-based lender since last July, when it predicted the world economy would cope with the U.S. credit squeeze and grow 5.2 percent this year. Central banks will need to conduct policy ``as flexibly'' as the circumstances warrant, the statement said, adding that the European Central Bank has room to lower borrowing costs.

``The financial shock that originated in the U.S. subprime mortgage market in August 2007 has spread quickly, and in unanticipated ways, to inflict extensive damage on markets and institutions at the core of the financial system,'' the statement said. ``The global expansion is losing momentum in the face of what has become the largest financial crisis in the United States since the Great Depression.''

The world's biggest financial companies have reported about $232 billion in credit losses and writedowns since the start of 2007, data compiled by Bloomberg show. UBS AG said yesterday it will have $19 billion more writedowns on assets related to mortgage assets, and Deutsche Bank AG reported $3.9 billion of further value reductions.

Lending Freeze

That's prompting banks to stop lending to all but the safest borrower, undermining consumer spending and business investment.

``The IMF's forecast is now below the world economy's longer- term trend so there is certainly some significance in what it is now seeing,'' said Andy Cates, a global economist at UBS in London. ``The world economy is slowing quite considerably and will be very different from what we've become accustomed to.''

The IMF gave a 25 percent chance that global growth will drop to 3 percent or less in 2008 and 2009, a pace the fund described as equivalent to a world recession. The last time that happened was in 2001.
U.S. European Growth

The fund lowered its forecast for U.S. economic growth to 0.5 percent this year, according to the document, below a 1.5 percent prediction made in January. The world's biggest economy will expand 0.6 percent in 2009, it said.

The euro region will expand 1.3 percent in 2008, the document said, down from the fund's 1.6 percent projection in January.

``Growth in the U.S. and Europe is slowing sharply,'' the IMF document said. ``The ECB can now afford some easing of the policy stance.''

The ECB has left its benchmark rate at a six-year high of 4 percent as inflation runs at 3.5 percent, above its goal of 2 percent and almost the fastest pace in 16 years.

``The greatest risk comes from the still-unfolding events in financial markets, particularly the potential that deep losses on structured credits related to the U.S. subprime mortgage market and other sectors would seriously impair financial-system capital and initiate a global de-leveraging that would turn the current credit squeeze into a full-blown credit crunch,'' the statement said.

Asian Forecasts

Japan's economy, the world's second largest, will grow 1.4 percent in 2008, less than the 1.5 percent the IMF predicted in January, according to the statement. China will grow 9.3 percent this year, slower than the 10 percent projection made in January, the statement said.

The Asian Development Bank today lowered its forecasts for Asia, and said central banks in the region would pursue policies to quell inflation rather than spur economic growth. The World Bank earlier this week also warned of the threat of rising energy and food prices.

Asia excluding Japan is predicted to expand 7.6 percent this year, less than a September estimate of 8.2 percent, the Manila- based ADB said in a report today.

``The divergence between advanced and emerging economies is expected to continue, with growth in advanced economies generally expected to fall well below potential,'' the IMF document said.

Roger Nightingale, global strategist at Pointon York Ltd. in London, said the IMF had been slow in spotting the slowdown.

Diverging Growth

``The IMF only really forecasts these things after they've begun,'' he told Bloomberg Television. ``You've got America, Italy and several other European countries and one or two Asian countries, actually in or very close to recession, and yet the IMF just now begins to talk about this phenomenon.''

The IMF statement said world inflation would remain elevated in the first half of 2008.

The U.S. dollar is strong relative to fundamentals and China's yuan remains ``substantially undervalued,'' the document said.

``The main counterpart of the dollar's depreciation since August has been the appreciation of freely floating currencies, notably the Canadian dollar and the euro, with the latter now being on the strong side relative to fundamentals,'' the statement said.

To contact the reporter on this story: Shamim Adam in Vietnam at sadam2@bloomberg.net"
James Wheat
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por James Wheat » 2/4/2008 12:33

My view: está bom para quem está longo ir fechando posições à medida que se aproximam dos preços de custo.

A tendência de médio e longo-prazo continua negativa, na medida que se espera um claro abrandamento do crescimento mundial. Isso vai inevitávelmente repercurtir-se nos resultados das empresas.
Cabe acrescentar que a crise do subprime ainda mal chegou à Europa, onde o UK e a Espanha terão os seus fantasmas para enterrar; ainda só vimos a banca na Europa a fazer write-offs do que perdeu nos States.

A minha estratégia continua inamovível: entrada no mercado nunca antes de Setembro de 2008. Até lá a volatilidade vai imperar e o risco de apostar do lado errado é enorme. Não vale a pena estar exposto ao desgaste do trading nas actuais condições do mercado.

Boa sorte a todos !
PS: oppss... postei isto noutro tópico por engano.
James Wheat
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por Capitão Nemo » 2/4/2008 0:25

Artigo interessante, embora não retrate nada de novo abre alguma luz ao fundo do túnel.


BCE avisa que a crise ainda está longe do fim

As bolsas subiram ontem com o anúncio de mais perdas dos bancos. O fim da crise?

Pedro Latoeiro

Há um sinal de esperança. A crise do ‘subprime’ ainda não terminou e ninguém sabe até quando vai fazer tremer as bolsas mundiais, mas os especialistas acreditam que os bancos deram ontem o primeiro passo para superar um dos períodos mais negros de sempre nos mercados financeiros. Tudo porque o UBS e o Deutsche Bank, dois gigantes da banca europeia, levantaram ontem o véu sobre o que realmente perderam com o colapso hipotecário, dando um sinal ao mercado de que o pior da crise já pode ter passado. Resultado? As bolsas na Europa receberam o segundo trimestre de braços abertos e fecharam a sessão a subir 3%, mesmo com o Banco Central Europeu (BCE) a dizer que a crise ainda não chegou ao fim.

“Os bancos estão a actuar no sentido de mostrar a sua verdadeira exposição” ao mercado ‘subprime’ e “quanto mais cedo chegarem as más notícias, mais rapidamente poderemos começar a reparar os problemas”, explicou Peter Dizon, economista do alemão Commerzbank, à “Reuters”. De facto, desde que a crise rebentou nas bolsas, em Agosto passado, os analistas têm sublinhado que os mercados accionistas não podem recuperar antes de os bancos mostrarem o verdadeiro impacto do ‘subprime’ nas suas contas. É uma questão de confiança: os investidores fogem das acções porque não conseguem avaliar o real valor das empresas e, pelo mesmo motivo, os bancos param de emprestar dinheiro uns aos outros.

“Apesar de ainda ser difícil prever se a crise chegou realmente ao fim para os bancos, os mercados estão muito sub-avaliados. Analisando situações passadas nos últimos 20 ou 30 anos, não será de estranhar retornos interessantes num período entre seis e 24 meses”, diz António Seladas, director de ‘research’ do Millennium bcpi, ao Diário Económico. De qualquer forma, as principais bolsas mundiais seguem com perdas avultadas em 2008, apesar de terem recebido dois sinais positivos nos últimos dias: a maior reforma financeira dos Estados Unidos desde a depressão de 1929 e o reconhecimento das perdas no UBS e no Deutsche Bank. O banco suíço vai trocar de presidente e anunciou prejuízos adicionais de 12 mil milhões de euros em activos ligados ao ‘subprime’. Já o Deutsche Bank, maior banco alemão, advertiu que os resultados do primeiro trimestre serão afectados e que vai rever em baixa o valor das suas carteiras de créditos. Nos Estados Unidos, a Lehman Brothers também contribuiu para o sentimento positivo nas bolsas, ao realizar um aumento de capital de 2,53 mil milhões de euros para dissipar os rumores que davam conta de dificuldades financeiras na instituição. Ao todo - e desde que a crise começou - a banca mundial já acumulou perdas de 208 mil milhões de euros, entre prejuízos e amortizações.


Maior crise em 30 anos
Contra a onda optimista das bolsas, o BCE veio alertar que a crise “não chegou ao fim” e que as consequências “dos desequilíbrios financeiros” ainda não se fizeram sentir na sua plenitude. Christian Noyer, membro do conselho de governadores do BCE, também encurtou o espaço para uma descida dos juros no curto prazo, reafirmando que “em tempos de dificuldades é ainda mais necessário assegurar a estabilidade dos preços”.

No mesmo sentido, a Morgan Stanley afirma num relatório que os bancos estão a viver a maior crise em trinta anos, com efeitos que superam a segunda-feira negra de 1987, a crise das divisas asiáticas e a bolha dos dot.com. A instituição norte-americana prevê uma queda de 20% das receitas dos bancos de investimento em 2008, bem como uma diminuição de 60% dos ganhos obtidos nos negócios com créditos.

“A verdade é que a crise não cessou e o que assistimos foi ao progressivo contágio para um número cada vez maior de mercados. É provável que a crise volte a fazer-se sentir, não só nos Estados Unidos mas também na Europa, que tem estado arredada do ‘subprime’ nas últimas semanas”, disse Nicolas Véron, especialista em mercados financeiros do Brueghel, ao Diário Económico.


Alerta do BCE
Christian Noyer, um dos governadores do Banco Central Europeu (BCE), reiterou que o banco central tem de conter os riscos de inflação antes de cortar as taxas de juro na Zona Euro. “Um sólido controlo das expectativas da inflação permanece um pré-requisito para o corte dos juros, em tempos de elevada incerteza financeira e de riscos negativos em crescimento”, disse ontem. Noyer, afastando uma redução nos juros no curto prazo.


UBS amortiza 12 mil milhões
O banco suíço, afectado fortemente pela crise do ‘subprime’, apresentou ontem o seu segundo prejuízo trimestral consecutivo (7,6 mil milhões de euros) depois de ter amortizado 12 mil milhões de euros em activos. Com um valor total de amortizações que ascende já a quase 24 mil milhões desde o terceiro trimestre de 2007, o banco sedeado em Zurique pretende agora encaixar 9,67 mil milhões de euros com um aumento de capital.


Deutsche mantém metas
O maior banco alemão estima amortizar um valor recorde de 2,5 mil milhões de euros em activos no primeiro trimestre devido “às condições adversas dos mercados nas últimas semanas”. O Deutsche Bank, que não registou amortizações relacionadas com ‘subprime’ no quarto trimestre de 2007, já tinha alertado na semana passada que seria mais afectado pela crise do que o inicialmente previsto mas manteve as suas metas de crescimento.


Lehman compra acções
A quarta maior instituição de investimento dos EUA registou ontem a maior subida em bolsa numa semana, depois de ter encaixado 2,5 mil milhões de euros com a venda de 4 milhões de acções preferenciais. A procura superou “significativamente” a oferta, com os investidores a apostarem que a Lehman terá um destino diferente do seu rival Bear Stearns. A operação surgiu depois da especulação, que apontava para a falta de capital, ter levado o título a afundar 42% apenas neste ano.


Os CEO que foram despedidos depois de maus resultados

Marcel Ospel, Actual presidente do UBS
No mesmo dia em que anunciou uma amortização de 12 mil milhões de euros, o banco suíço revelou que o actual presidente irá abandonar o cargo, para ser sucedido pelo advogado Peter Kurer. A renovação pretende dar uma nova vida ao UBS e recuperar capital.

Charles Prince, Ex-CEO do Citigroup
A saída de Charles O. ‘Chuck’ Prince do Citigroup aconteceu em Dezembro passado, depois do banco ter perdido metade da sua capitalização e ter revelado no quarto trimestre de 2007 um prejuízo de 10 mil milhões de dólares devido à amortização de activos.

Stan O’Neal, Ex-CEO da Merrill Lynch
Os investidores e directores perderam a confiança em O’Neal depois de este ter dado as piores notícias da história do banco ao apresentar um prejuízo seis vezes superior ao estimado, afectado pelas perdas relacionadas com a crise no mercado ‘subprime’.

James Cayne, Ex- CEO da Bear Stearns
O abandono de Cayne acontece depois do Bear Stearns ter anunciado um prejuízo de 854 milhões de dólares no quarto trimestre de 2007. As acções desvalorizaram 57% no conjunto do ano passado, mais do que qualquer um dos seus rivais.

Peter Wuffli, Ex-director executivo do UBS
Os prejuízos de 480 milhões de euros registados no terceiro trimestre de 2007 e o encerramento de uma unidade de fundos em Maio, depois das obrigações garantidas por hipotecas terem entrado em colapso, resultaram na demissão de Peter Wuffli.


Fonte Diário Económico http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 06955.html
Cumprimentos,

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por Bala » 1/4/2008 23:46

artista Escreveu:Desde início de Janeiro que não faço um negócio em bolsa! :|

Quem me derá... no princípio do ano foi só stops a disparar... :cry:
Perdi 25% de carteira só porque estava no modo "bull", ou seja comprar nos suportes e deixar os stops bem alargados.

Capitão Nemo Escreveu:Também acho que os Bancos ainda irão reportar grandes perdas nos seus resultados relativas ao 1º trimestre do ano.

Mas as perspectivas, o outlook do subprime, para este 2º trimestre pode "desanuviar" um pouco em relação aos últimos meses e com isso as nuvens não ficarem tão negras como têm estado.

Mas ainda é melhor aguardar um pouco mais.


Não sei não, mas o que me parece é que os bancos andam todos por um fio, e se mais alguma coisa acontecer... isto dá um "pú"

Thunder Escreveu:E depois o abismo:
Ah pois, e cá estarei do lado mais curto...

De qualquer forma, volto a referir, que para os que esperam apanhar fundos, existe imenso risco de apanhar com facas a cair, até o índice ultrapassar a mm221 dias com alguma consistência :idea:

Até aí é jogar no lado de vendedores e ver se se aproveitam essas "loucuras" do mercado...

Abraço e bons trades...
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por Thunder » 1/4/2008 23:41

dvck Escreveu:Thunder, não deixas de ter razão. Neste contexto de incerteza e volatilidade todo o cuidado é pouco. Esse exemplo que mostraste é bem elucidativo disso.


Eu não sei se tenho razão ou não. Não faço a mínima ideia. O mercado tem o seu comportamento maníaco-depressivo, segue a sua vidinha e não quer saber da nossa opinião pra nada :mrgreen:

Mas como o artista quis tão bem alertar, temos que encarar os dois cenários. Não podemos dar como certo que está tudo descontado.

Um abraço 8-)
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por Thunder » 1/4/2008 23:35

artista Escreveu:Eu não sei se já tivémos um fundo, sobretudo a médio prazo, a tendência continua de queda, apenas referi o facto de me parecer importante perceber que há sempre dois caminhos possíveis e, no curto prazo, a tendência é de subida...

Bons negócios para todos

PS: Desde início de Janeiro que não faço um negócio em bolsa! :|


Artista, percebi o que tinhas dito :P . E a tua ideia tem toda a razão de ser. Não meter as "palas" e só ver um caminho. Tanto partilho o teu ponto de vista que neste momento a minha situação é:
Vejo o mercado bear a médio prazo, mas neste momento estou longo :wink:

A intenção é apenas chamar a atenção para que o pessoal não se entale.... com a certeza de que já fizemos o fundo e está tudo descontado.

Mas entendi totalmente o que querias dizer :)

Um abraço 8-)
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por dvck » 1/4/2008 23:33

Thunder, não deixas de ter razão. Neste contexto de incerteza e volatilidade todo o cuidado é pouco. Esse exemplo que mostraste é bem elucidativo disso.
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por Capitão Nemo » 1/4/2008 23:30

Também acho que os Bancos ainda irão reportar grandes perdas nos seus resultados relativas ao 1º trimestre do ano.

Mas as perspectivas, o outlook do subprime, para este 2º trimestre pode "desanuviar" um pouco em relação aos últimos meses e com isso as nuvens não ficarem tão negras como têm estado.

Mas ainda é melhor aguardar um pouco mais.
Cumprimentos,

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por artista_ » 1/4/2008 23:29

Eu não sei se já tivémos um fundo, sobretudo a médio prazo, a tendência continua de queda, apenas referi o facto de me parecer importante perceber que há sempre dois caminhos possíveis e, no curto prazo, a tendência é de subida...

Bons negócios para todos

PS: Desde início de Janeiro que não faço um negócio em bolsa! :|
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